Semeando o Evangelho

Semeando o Evangelho
Semear a Verdade e o Amor de Deus

sábado, 21 de janeiro de 2017

Tua Graça Me Basta (Part. Paulo Cesar Baruk) - Rachel Novaes


Conferência Nuvens Sem Água - Parte 9 - Justin Peters


Devocional Alegria Inabalável - John Piper

A ORDEM QUE CRIA

Versículo do dia: Porque tudo que se manifesta é luz. Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará. (Efésios 5.13-14)

Quando Jesus ordenou que Lázaro ressuscitasse dentre os mortos, como ele obedeceu a esse comando? João 11.43 diz que Jesus “clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!”. Essa foi uma ordem a um morto. O versículo seguinte diz: “Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço”.

Como Lázaro fez isso? Como um homem morto obedece a uma ordem para que viva novamente? A resposta parece ser: A ordem traz consigo o poder de criar uma nova vida. A obediência à ordem significa fazer o que as pessoas vivas fazem.

Isso é extremamente importante. O mandamento de Deus: “levanta-te de entre os mortos!”, traz em si o poder que nós precisamos para obedecê-lo. Não o obedecemos criando essa vida. Nós o obedecemos fazendo o que pessoas vivam fazem: Lázaro saiu. Ele se levantou. Ele foi até Jesus. O chamado de Deus cria a vida. Nós respondemos no poder do que o chamado cria.

Em Efésios 5.14, Paulo diz: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará”. Como você obedece a uma ordem para despertar do sono? Se houver monóxido de carbono tóxico em sua casa, e alguém gritar: “Acorde! Salve-se! Saia!”, você não obedece despertando a si mesmo. A alta e poderosa ordem em si o desperta. Você obedece fazendo o que as pessoas em alerta fazem diante do perigo. Você se levanta e sai da casa. O chamado cria o despertar. Você responde no poder do que o chamado criou: despertamento.

Eu creio que esta é a explicação para o motivo pelo qual a Bíblia diz coisas paradoxais sobre o novo nascimento; a saber, que devemos criar em nós novos corações, mas que é Deus quem cria o novo coração. Por exemplo:

Deuteronômio 10.16: “Circuncidai, pois, o vosso coração”.
Deuteronômio 30.6: “O SENHOR, teu Deus, circuncidará o teu coração”.

Ezequiel 18.31: “Criai em vós coração novo e espírito novo”.
Ezequiel 36.26: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo”.

João 3.7: “Importa-vos nascer de novo”.
1 Pedro 1.3: “[Deus] nos regenerou”.

A maneira de obedecer à ordem de nascer é primeiro experimentar o dom divino da vida e da respiração, e depois fazer o que as pessoas que vivem e respiram fazem: clamar a Deus com fé, gratidão e amor. Quando a ordem de Deus vem com o poder do Espírito Santo de criação e conversão, ela concede vida. E nós cremos, nós nos regozijamos e obedecemos.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: “Fez Josafá navios de Társis, para irem a Ofir em busca de ouro; porém, não foram, porque os navios se quebraram em Eziom-Geber.” (1Reis 22.49)

Os navios de Salomão retornaram em segurança, mas os de Josafá nunca chegaram à terra do ouro. A Providência faz prosperar a um e frustra os desejos de outro, no mesmo negócio, ao mesmo tempo. Apesar disso, o Grande Administrador é tão bom e sábio em uma época como na outra. Na lembrança deste versículo, tenhamos graça hoje, para bendizer o Senhor pelos navios quebrados em Eziom-Geber, bem como pelos navios repletos de bênçãos terrenas. Não tenhamos inveja dos mais prósperos, nem murmuremos diante de nossas perdas, como se estivéssemos sendo provados de maneira especial e singular. Semelhantemente a Josafá, podemos ser preciosos aos olhos do Senhor, embora nossos projetos findem em desapontamentos.

A causa secreta da perda de Josafá é digna de ser observada, visto que ela é a raiz de muitos dos sofrimentos do povo do Senhor. Foi a aliança de Josafá com uma família pecaminosa e seu companheirismo com pecadores que causaram o desastre. Em 2 Crônicas 20.37, somos informados de que o Senhor enviou um profeta, para declarar: “Porquanto te aliaste com Acazias, o SENHOR destruiu as tuas obras”. Esta foi uma disciplina paternal, que, parece ter abençoado Josafá, pois no verso que segue o texto deste dia, nós o encontramos recusando-se a permitir que seus servos velejassem nos mesmos barcos com os servos do rei perverso. A experiência de Josafá deve ser uma advertência para o resto do povo do Senhor, a fim de que evitem estar inequivocamente unidos com os incrédulos (ver 2 Coríntios 6.14)! Uma vida de miséria geralmente é a sorte dos que são unidos em casamento, ou em qualquer outro tipo de relacionamento, com as pessoas do mundo. Oh! Que tenhamos mais amor por Jesus e que, como Ele, sejamos santos, inculpáveis, imaculados e separados dos pecadores (ver Hebreus 7.26).

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

A CHAVE EXPERIENCIAL

Versículo do dia: Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra. (2Coríntios 9.8)

Nós sabemos que a fé na graça futura de Deus é a chave experimental para a generosidade, porque em 2Coríntios, Paulo apresenta esta promessa maravilhosa: “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra” (2Coríntios 9.8).

Em outras palavras, se você quer ser livre da necessidade de guardar o seu dinheiro, se deseja superabundar (de graça!) em toda boa obra, então deposite sua fé na graça futura. Confie na promessa de que “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça” em cada momento futuro para este propósito.

Eu acabei de chamar a fé na graça futura de “chave experiencial” para a generosidade, de modo a não negar que também existe uma chave histórica. Há uma chave da experiência e uma chave da história. Ao falar da graça que receberam, Paulo lembra aos Coríntios: “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2Coríntios 8.9).

Sem essa histórica obra da graça, a porta da generosidade que exalta a Cristo permaneceria fechada. Essa graça passada é a chave para o amor.

Porém, observe como a graça passada neste versículo funciona. Ela fez o fundamento (Cristo tornou-se pobre) da graça futura (para que nos tornássemos ricos). Assim, a chave histórica da nossa generosidade funciona ao colocar em nossa mão a chave experiencial da fé na graça futura.

Portanto, a chave experiencial do amor e generosidade é essa: Coloque sua fé firmemente na graça futura — que “Deus pode (no futuro) fazer-vos abundar em toda graça (futura)”, de modo que suas necessidades sejam supridas e que você seja capaz de transbordar com amor da generosidade.

A liberdade da ganância provém da fé na graça futura de Deus.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: “E vós, de Cristo, e Cristo, de Deus.” (1Coríntios 3.23)

Você é de Cristo. Pertence a Ele por doação, porque o Pai lhe deu ao Filho. Foi comprado por meio do sangue de Cristo, pois Ele levou em conta o preço que pagou por sua redenção. Você pertence a Cristo por dedicação, porque Ele o consagrou para si mesmo. Você pertence a Cristo por relacionamento, pois é chamado pelo nome dele, tornado um de seus irmãos e coerdeiros. Dedique-se para mostrar ao mundo, na prática, que você é o servo, o amigo, a noiva de Jesus. Quando for tentado a pecar, responda: “Não posso cometer esta grande impiedade, porque sou de Cristo”. Princípios imortais proíbem o amigo de Cristo de pecar. Quando for fácil conquistar riqueza por meios pecaminosos, diga que você pertence a Cristo e afaste-se dela. Você está exposto a dificuldades e perigos? Permaneça firme no dia mau, lembrando que você pertence a Cristo.

Você foi enviado aonde outros se assentam ociosamente, sem fazer nada? Com todas as suas forças, levante-se para a obra. Quando o suor estiver escorrendo em seu rosto e você for tentado a trabalhar vagarosamente, clame: “Não, eu não devo parar, pois sou de Cristo. Se eu não fosse comprado por sangue, seria como ‘Issacar… de repouso entre os rebanhos de ovelhas’ (Gênesis 49.14); mas eu sou de Cristo e não posso perder tempo”. Quando a sedutora canção de prazer tentá-lo a sair do caminho da retidão, responda: “Sua música não pode me encantar, eu sou de Cristo”. Quando a causa de Deus o chamar, dedique-se a ela. Quando o pobre necessitar de você, dê-lhe de si mesmo e de seus bens, porque você é de Cristo. Nunca contradiga sua profissão de fé. Sempre seja uma pessoa cujas atitudes são peculiares dos discípulos de Cristo, cujo falar é semelhante ao do Nazareno, cujo comportamento e conversa se mostram tão sugestivos do céu, que todos podem ver que você pertence ao Salvador. Que as pessoas reconheçam em você as características do amor de Cristo e seu semblante de santidade. Valioso é o seguinte argumento, e que ele seja seu: “Eu sou de Cristo”.

Deus de Novos Começos - Rafael Bitencourt


quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

APAIXONADOS POR DEUS E PELA VERDADE

Versículo do dia: E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado. (Romanos 3.3-4)

Nossa preocupação com a verdade é uma expressão inevitável de nossa preocupação com Deus. Se Deus existe, então ele é a medida de todas as coisas, e o que ele pensa sobre todas as coisas é a medida do que nós devemos pensar.

Não se preocupar com a verdade é não se preocupar com Deus. Amar a Deus com paixão é amar a verdade apaixonadamente. Ser centrado em Deus na vida significa ser conduzido pela verdade no ministério. O que não é verdade não procede de Deus.

Medite nestes quatro conjuntos de textos sobre Deus e a verdade:

1) Deus é a verdade

Romanos 3.3-4 (Deus Pai): “E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado”.

João 14.6 (Deus Filho): “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.

João 15.26 (Deus Espírito): “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim”.

2) Não amar a verdade é eternamente prejudicial

2Tessalonicenses 2.10: Eles perecerão, “porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos”.

3) A vida cristã baseia-se no conhecimento da verdade

1Coríntios 6.15-16: “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne”.

4) O corpo de Cristo é edificado com verdade em amor

Colossenses 1.28: “O qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”.

Que Deus nos torne pessoas apaixonadas por ele e pela verdade.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: “Estes não têm raiz.” (Lucas 8.13)

O minha alma, examina-te à luz deste versículo. Recebeste a Palavra com alegria. Teus sentimentos espirituais foram aguçados e uma impressão vívida foi criada. Lembra que receber a Palavra com os ouvidos é uma coisa e que receber a Jesus no íntimo é outra bem diferente. Sentimentos superficiais geralmente acompanham dureza de coração e uma intensa impressão da Palavra nem sempre é definitiva.

Nesta parábola, a semente, em um caso, caiu no solo rochoso coberto por uma fina camada de terra. Quando a semente começou a criar raízes, seu crescimento para baixo foi obstruído pelas pedras. Por isso, ela utilizou as suas forças para empurrar as folhas a romperem, tanto quanto pudessem, em direção ao alto. No entanto, não possuindo seiva em seu interior, obtida do nutrimento das raízes, ela murchou.

Será que este é o meu caso? Tenho feito uma exibição na carne, sem possuir uma vida interior correspondente? O crescimento excelente ocorre tanto para cima como para baixo, ao mesmo tempo. Estou arraigado em sincera fidelidade e amor para com o Senhor Jesus? Se meu coração permanece endurecido e não está sendo nutrido pela graça de Deus, a boa semente pode germinar por um tempo, mas murchará depois, visto que não pode florescer em um espírito não-quebrantado e não-santificado. Devo temer uma piedade que cresce tão rápido, que carece de firmeza, como a planta de Jonas. Tenho de avaliar o custo de seguir a Cristo. Devo sentir o poder do seu Espírito Santo; então, possuirei uma semente duradoura e permanente em minha alma. Se meu caráter permanecer obstinado como o era por natureza, o sol do julgamento queimará e meu duro coração ajudará o calor a atingir mais a semente mal coberta. Logo minha fé morrerá e meu desespero será terrível; portanto, ó Semeador celeste, ara-me primeiro e depois, coloca a verdade dentro de mim. Deixa-me produzir uma abundante safra para Ti. ‘

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

COMO CRENTES SERÃO JULGADOS

Versículo do dia: Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. (Apocalipse 20.12)

Isso é sobre o juízo final? Os nossos pecados serão lembrados? Eles serão revelados? Anthony Hoekema responde sabiamente algo como isso: “As falhas e debilidades dos… crentes… estarão em cena no dia do juízo. Mas — e esse é o ponto importante — os pecados e debilidades dos crentes serão revelados no juízo como pecados perdoados, cuja culpa foi totalmente coberta pelo sangue de Jesus Cristo”.

Imagine-o assim: Deus tem um registro de cada pessoa (os “livros” de Apocalipse 20.12). Tudo o que você já fez ou disse (Mateus 12.36) está gravado ali com uma nota (de “0” a “10”). Quando você estiver diante do “tribunal de Cristo” (2Coríntios 5.10) para ser julgado “segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”, Deus abrirá o registro e disporá os testes com suas notas. Ele separará todos os “0” e os colocará em uma pilha. Depois, ele pegará todos os “4” e “6” e tirará as partes boas do teste e as colocará com os “10”, em seguida, colocará as partes ruins com o “0”. Depois, ele pegará todos os “7” e “9” e separará as partes ruins e as colocará na pilha “0”, e colocará todas as partes boas na pilha “10”.

Em seguida, ele abrirá outro registro (“o livro da vida”) e encontrará o seu nome. Atrás do seu nome haverá um fósforo feito da madeira da cruz de Jesus. Ele pegará o fósforo, o acenderá e lançará a pilha “0”, com todas as suas falhas e deficiências, no fogo e a queimará. Estas não lhe condenarão e não lhe recompensarão.

Depois, ele tirará do seu “livro da vida” um envelope selado marcado como “bônus gratuito e gracioso” e colocará na pilha “10” (veja Marcos 4.24 e Lucas 6.38). Então, ele levantará toda a pilha e declarará: “Com isso a sua vida dá testemunho da graça do meu Pai, do valor do meu sangue e do fruto do meu Espírito. Entre no gozo do seu Mestre”.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: “A coroa da justiça me está guardada.” (2 Timóteo 4.8)

Ó crente duvidoso, talvez você já tenha dito em alguns momentos: “Temo nunca entrar no céu”. Não tema! Todo o povo de Deus entrará no céu. Aprecio muito a exclamação singular de um crente que estava às portas da morte: “Não tenho medo de ir para casa. Todas as coisas que importam para mim já estão lá. A mão de Deus já está girando o trinco de minha porta. Estou pronto para que Ele entre”. Alguém lhe perguntou: “Você não tem receio de perder seus bens?” Ele respondeu: “No céu, existe uma coroa que o anjo Gabriel não pode usar. Não caberá na cabeça de ninguém, exceto na minha. Lá existe um trono no qual o apóstolo Paulo não pode assentar-se. Foi feito para mim; eu o receberei”. Ó crente, que pensamento repleto de alegria! A sua porção está garantida! “Resta um repouso para o povo de Deus” (Hebreus 4.9).

“Mas, é possível que eu a perca?” Não, ela está reservada em seu nome. Se eu sou um filho de Deus, não a perderei. Ela é tão minha como se eu já estivesse lá. Venha comigo, crente, assentemo-nos no cimo do monte Nebo e contemplemos a terra dos santos, a terra de Canaã. Veja aquele pequeno rio da morte, cintilando aos raios do sol. E, depois dele, você pode contemplar os pináculos da cidade eterna? Pode observar a terra agradável e seus felizes habitantes? Esteja certo de que, se você pudesse ir até lá, veria escrito numa das mansões da cidade: “Este galardão pertence àquele que é preservado por Deus apenas. Ele será levado, a fim de habitar com Deus eternamente”. Ó crente duvidoso e pobre, contemple a sua herança gloriosa. Ela é sua. Se realmente crê no Senhor Jesus, se já experimentou o arrependimento de seus pecados e já foi regenerado em espírito, você é um dos membros do povo de Deus. Existe um lugar reservado para você, uma coroa e uma harpa lhe estão preparadas. Ninguém tomará a sua porção, ela está reservada no céu para você, que logo a terá. Na glória, não haverá tronos vazios, quando todos os santos estiverem reunidos.

Conferência Nuvens Sem Água - Parte 8 - Justin Peters


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Teologia Do Coaching – A Substituta Da Teologia Da Prosperidade

A teologia da prosperidade já apanhou demais. Seus grandes ícones já foram expostos e desmascarados. Infelizmente ela ainda faz vítimas pela falta de conhecimento do povo, principalmente nas periferias, público alvo desse tipo de “teólogos”. Felizmente ela está cada vez mais marginalizada e ficando limitada a determinadas igrejas. Um bom números de crentes tem um grande repúdio por esse tipo de abordagem “evangélica”. Pois bem, eis que temos uma substituta para a tal da teologia da prosperidade (TP). Eu a chamo de teologia do coaching (TC). Usareis as siglas a partir de agora.

A Cultura do Coaching

Sou formado em administração. Cursei quatro anos de faculdade e fiz outros cursos na área. Na época o coaching não era tão conhecido como hoje. Sempre valorizei cursos com conteúdos práticos como finanças, marketing e recursos humanos. Nunca fomos ensinados que precisaríamos de pessoas nos acompanhando para ensinar, direcionar, motivar e cobrar. Nós mesmos faríamos isso. Então a cultura do coaching chegou. Vá a uma seção de administração e negócios de uma livraria hoje e você perceberá o que estou dizendo. Nunca me dei bem com ela para ser sincero. E quero explicar a razão usando duas citações do Instituto Brasileiro de Coaching. Primeiro, o que é o coaching?

“Um mix de recursos que utiliza técnicas, ferramentas e conhecimentos de diversas ciências como a administração, gestão de pessoas, psicologia, neurociência, linguagem ericksoniana, recursos humanos, planejamento estratégico, entre outras visando à conquista de grandes e efetivos resultados em qualquer contexto, seja pessoal, profissional, social, familiar, espiritual ou financeiro”¹
Agora pergunto: como o coaching acontece?

“Conduzido de maneira confidencial, o processo de Coaching é realizado através das chamadas sessões, onde um profissional chamado Coach tem a função de estimular, apoiar e despertar em seu cliente, também conhecido como coachee, o seu potencial infinito para que este conquiste tudo o que deseja”²
Antes de continuar deixe-me dizer algo para que fique claro. Acredito na liberdade de trabalho honesto. Se você gosta ou trabalha honestamente com isso, ok, é a sua escolha. Por mais que eu tenha críticas a essa prática, aqui entrarei na relação do coaching com a igreja. Usarei essas duas respostas dadas para analisar biblicamente o que chamo de TC. Minha argumentação será essa: Igreja e evangelho não combinam com o coaching e não devem se misturar jamais. Quando isso acontece temos uma nova TP com uma roupagem mais humanista e existencialista.

Junto com o coaching cresceu o chamado empreendedorismo de palco (EP). São aqueles profissionais que trabalham com palestras motivacionais e grandes palestras de coaching. Esse mercado tem crescido assustadoramente e também tenho sérias dificuldades com ele. Aqui se aplica a mesma observação que fiz aos profissionais de coaching. Mesmo assim indico um ótimo texto escrito por Ícaro de Carvalho chamado Por que o empreendedorismo de palco irá destruir você. O autor começa com uma afirmação que capta bem o ponto onde quero chegar:

“O empreendedorismo é a nova religião do homem moderno. Materialista e secular, ele substituiu os Santos do seu altar por fotografias de homens bem sucedidos; os seus Evangelhos são livros como “O sonho grande” e “A força do Hábito”. Ele acredita, de alguma maneira, que tudo aquilo irá aproximá-lo do seu objetivo principal: sucesso, fama e dinheiro…de preferência agora!”³
Essa cultura construída em torno do coaching e do EP é em sua maioria materialista. O objetivo de muitos é o sucesso financeiro, e isso significa enriquecer. Com um fator especial: o mais rápido possível. É comum ler e ouvir grandes promessas e ensinamentos sobre como trabalhar menos e ganhar mais. O foco está no esforço intelectual e físico daquele que está buscando seu lugar ao sol. É dessa cultura de palco, sonhos, riquezas e promessas que estou falando. Já viu onde isso vai chegar na igreja? Vamos falar disso agora!

O Coaching na Igreja

Eu já vi palestras de coaching acontecendo onde deveria haver uma pregação da Palavra. Isso mesmo, em pleno culto público. Infelizmente essa cultura chegou em muitas igrejas. E se eu já não me dou bem com ela no mercado de trabalho, na igreja não tenho medo de dizer que ela é minha inimiga. Assim como repudio a TP também o faço com essa nova onda da TC. Em alguns sentidos essa segunda chega a ser pior do que a primeira. Vamos analisar três pontos que constroem a TC.

Humanismo: O coaching utiliza de técnicas humanas num indivíduo que é o centro de tudo para que este alcance seus objetivos humanos. Muitos pastores e líderes tem enveredado por esse caminho. Tratam suas pregações como palestras motivacionais da fé que confundem fé com força e vontade, evangelho com motivacionismo e Cristo com um palestrante. O foco está naquilo que o homem pode fazer através da sua fé pessoal. Fé essa que passa por Cristo, mas que tem seu objeto na própria pessoa e nos seus esforços dirigidos. Muitas “pregações” tem o mesmo objetivo do coaching, ou seja, estão “visando à conquista de grandes e efetivos resultados em qualquer contexto, seja pessoal, profissional, social, familiar, espiritual ou financeiro”. O apelo pode ser até espiritual, mas ainda assim Você já deve ter escutado muito coisas do tipo “como ser o melhor marido”, “como atrair e fidelizar pessoas para o reino”, “alcançando sucesso através da fé.”. Tudo isso travestido de espiritualidade…

Materialismo: há um desejo enorme em conquistar coisas. Sejam elas produtos do mercado como carros, casas, roupas, viagens ou algo mais “espiritual” como paz, pessoas, bom casamento, filhos educados, castidade, etc. As pessoas querem conquistar, possuir e avançar, sendo tudo isso fruto não da humilhante auto confrontação e negação de si mesmo, mas da auto-afirmação. O papel do pastor se tornou muito parecido com o do coach: “estimular, apoiar e despertar em seu cliente (ovelha)… o seu potencial infinito para que este conquiste tudo o que deseja”. É exatamente isso que essa mistura humanista-materialista busca: o potencial infinito de cada ser humano para conquistar aquilo que ele deseja. Há uma conexão com o existencialismo, onde o indivíduo e sua busca pessoal por significado em si mesmo passa a ser o centro do pensamento filosófico.

Ceticismo: Humanismo e materialismo são marcas de seres céticos. A crença no Deus da Bíblia é cada vez mais fraca onde esse tipo de cultura se manifesta. Como eu já disse, a TC busca descobrir o potencial de cada pessoas para que ela alcance seus próprios objetivos. Dependência de Deus é algo apenas fantasiado. Orações são feitas apenas para que Deus abençoe nossos planos e para que Ele nos dê apoio em nossa própria empreitada. O sobrenatural é esquecido e Deus vai ficando cada vez mais distante. Na TC o soberano é o indivíduo com suas decisões de fé e sucesso. Em muitas igrejas tudo que você vai encontrar nos púlpitos são mensagens sobre o que os homens podem fazer para serem alguma coisa melhor do que já são. Até a mistura com conteúdos de coaching, marketing pessoal e psicologia você encontrará. Aliás, tem sido comum pastores e líderes entrarem nesses cursos e palestras para serem mais persuasivos, contagiantes e teatrais (pra não usar manipuladores). O Espírito Santo não tem muito espaço na TC, mesmo que usem seu nome.

São por esses motivos principais que digo que a TC está substituindo a TP. Esse discurso tem atraído jovens, empresários, profissionais liberais, e todo o tipo de gente, principalmente na classe média. E aqui está a transição entre as duas abordagens. A TP faz uma barganha com Deus crendo que Ele efetuará milagres para benefício material e espiritual do homem. A TC eliminou a barganha ao deixar Deus de longe, mas passou a ter no próprio homem a força “milagrosa” para seu benefício material e espiritual. Na TP ainda há uma certa dependência de Deus e seu agir sobrenatural, enquanto na TC o homem declarou sua independência. O relacionamento de barganha foi substituído para o relacionamento de platéia. O Deus da TC está assistindo e torcendo pelos grandes empreendedores no palco da fé. Talvez você ache ruim o uso do palavra coaching, mas pelo que você entenda a expressão completa “teologia do coaching” que estou usando para definir esse tipo de abordagem..

Essa é uma teologia mais sutil, que parece mais humilde, mas na verdade transborda soberba ainda mais do que a tenebrosa TP. Seu ambiente menos escandaloso e mais conformado a cultura secular permite que esse tipo de abordagem lote igrejas e obtenha grande aceitação. Geralmente se fala o que as pessoas querem ouvir e pecados são tratados como pedra e obstáculos no caminho que devem ser superados. A pregação fica até mais dinâmica, com uso de mídias, frases de efeito e motivação mútua. Tudo isso associado com o desejo material dos nossos dias só contribuem para que a TC ganhe terreno. Logo logo nós teremos grandes problemas com ela e talvez ela chegue ao mesmo patamar da TP. Que Deus nos livre e proteja disso!

O que Jeremias e Tiago Diriam?

Não quero tornar esse texto num texto longo demais. Portanto, encerrarei apenas com três passagens bíblicas (quem sabe um artigo completo poderá sair em breve sobre o tema). Compare com as ideias da TC e veja como a Bíblia é contrária a isso. Jeremias profetizou para um povo orgulho e que confiava em suas próprias forças e em sua “tradição espiritual”. Contra isso Deus falou por meio do profeta:

“Assim diz o Senhor: “Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor, e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado”, declara o Senhor” (Jeremias 9:23,24)
Num momento mais a frente ele resume bem sua mensagem ao povo:

“Assim diz o Senhor: Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor… Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está” (Jeremias 17:5-7)
Encerro com a passagem de Tiago, um verdadeiro balde de água fria na teologia do coaching:

“Ouçam agora, vocês que dizem: “Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro”. Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. Ao invés disso, deveriam dizer: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo”. Agora, porém, vocês se vangloriam das suas pretensões. Toda vanglória como essa é maligna.” (Tiago 4:13-16)
TP e TC, ambas são maléficas e distantes do cristianismo bíblico que leva o homem a negar a si mesmo, humilhar-se diante de Deus e depender dele em tudo. Ter sucesso profissional e conquistar riquezas não é pecado em si, mas isso não pode ser um dos pontos centrais de nossa espiritualidade cristã. Cuidado para não substituir a teologia da prosperidade pela teologia do coaching, em ambas o deus que adoram é o mesmo: o homem.

Pedro Pamplona

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

APENAS UM POUCO

Versículo do dia: Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. (1Pedro 5.10)

Às vezes, no meio das aflições e estresses da vida cotidiana, podemos clamar: “Até quando, ó Senhor? Eu não consigo ver além da dor de hoje. O que o amanhã trará? Você estará presente nesta aflição também?”.

Esta pergunta é absolutamente urgente, porque Jesus disse: “Aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Marcos 13.13). Nós trememos diante do pensamento de estarmos entre os “que retrocedem para a perdição” (Hebreus 10.39). Nós não estamos brincando. O sofrimento é uma terrível ameaça à fé na futura graça de Deus.

Portanto, é maravilhoso ouvir Pedro prometer aos cristãos aflitos e cansados que “o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (1Pedro 5.10).

A segurança de que ele não demorará além do que podemos suportar e que aniquilará as falhas que lamentamos e que firmará para sempre aquele que vacilou por tanto tempo — essa segurança vem de “toda a graça”.

Deus não é o Deus de um pouco de graça — como graça derradeira. Ele é o Deus de “toda graça” — incluindo os infinitos e inesgotáveis ​​estoques de graça futura.

Fé nessa graça é a chave para permanecer no caminho estreito e difícil que conduz à vida.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: “Eu serei o seu Deus.” Jeremias 31.33

Crente, nestas palavras se encontra tudo que você necessita. Para ser feliz, você precisa de algo que lhe satisfaça. Se for beneficiado com esta promessa, também dirá: “Meu cálice transborda; tenho mais do que alguém pode desejar”. Quando se cumprem estas palavras: “Eu serei o seu Deus”, porventura, você não é o possuidor de todas as coisas? O desejo é insaciável como a morte, mas Aquele que enche tudo em todos (ver Efésios 1.23) pode satisfazer o desejo. Quem pode avaliar a capacidade de nossos desejos? No entanto, a imensurável riqueza de Deus pode mais do que transbordá-la. Eu pergunto: Você não é completo quando Deus está ao seu lado? Você precisa de qualquer coisa, menos de Deus? A autossuficiência dele não é o bastante para satisfazê-lo, se tudo o mais falhar? Porém, você quer mais do que satisfação tranquila; você quer deleites arrebatadores. Esta promessa soa como música celeste, pois Deus é o Criador do céu. Nenhuma música tocada em instrumentos suaves ou extraída de cordas habilidosas é capaz de produzir uma melodia tão agradável como a desta doce promessa: “E serei o seu Deus” (Génesis 17.8).

Esta promessa contém um oceano profundo de bênção, um oceano infinito de deleites. Venha e banhe seu espírito nele. Nade por décadas e não encontrará porto; mergulhe por toda a eternidade e você não achará o seu fundo. “Eu serei o seu Deus”. Se isto não faz os seus olhos resplandecerem e seu coração bater aceleradamente, de felicidade, então, a sua alma está enferma. Porém, você necessita de mais que os deleites presentes – Você carece de algo com o qual possa exercitar esperança. Pelo que mais você pode esperar além do cumprimento da grande promessa: “Eu serei o seu Deus”? Estas palavras são a obra prima de todas as promessas. O gozo desta promessa faz com que tenhamos um céu nesta vida e o céu no porvir. Alimente-se da gordura e do tutano (ver Salmos 63.5) que esta promessa lhe proporciona. Viva de acordo com seus privilégios e regozije-se com alegria indizível.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Conferência Nuvens Sem Água - Parte 7 - Justin Peters


Devocional Alegria Inabalável - John Piper

GANHE O QUE VOCÊ NÃO PODE PERDER

Versículo do dia: Jesus, porém, fitando neles o olhar, disse: Para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível. (Marcos 10.27)

Aqui há dois grandes incentivos de Jesus para você se tornar um missionário e dedicar-se à causa das missões de fronteira.

 1. Toda impossibilidade para os homens é possível para Deus (Marcos 10.27). A conversão de pecadores endurecidos será obra de Deus e estará em harmonia com seu plano soberano. Não precisamos temer ou nos preocupar com nossa fraqueza. A batalha é do Senhor e ele dará a vitória.

 2. Cristo promete trabalhar por nós e ser para nós de tal modo que quando a nossa vida missionária acabar, não poderemos dizer que sacrificamos qualquer coisa (Marcos 10.29-30).

Quando seguimos sua prescrição missionária, descobrimos que até mesmo as consequências dolorosas cooperam para melhorar nossa condição. Nossa saúde espiritual e nossa alegria são aperfeiçoadas cem vezes. E quando morremos, não morremos. Nós ganhamos a vida eterna.

Meu apelo não é que você estrague sua coragem e seu sacrifício por Cristo. Apelo para que você renuncie a tudo o que tem para obter uma vida que satisfaça os seus anseios mais profundos. Eu apelo que você considere todas as coisas como escória pelo valor incomparável de permanecer no serviço ao Rei dos reis. Apelo para que você tire os seus trapos comprados e coloque as vestes dos embaixadores de Deus.

Eu lhe prometo perseguições e privações, mas “lembre da alegria”! “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5.10).

Em 8 de janeiro de 1956, cinco índios Auca do Equador mataram Jim Elliot e seus quatro companheiros missionários enquanto eles tentavam levar o evangelho à tribo Auca de sessenta pessoas.

Quatro jovens esposas perderam maridos e nove crianças perderam seus pais. Elisabeth Elliot escreveu que o mundo chamou isso de um trágico pesadelo. Depois acrescentou: “O mundo não reconheceu a verdade da segunda cláusula no credo de Jim Elliot: ‘Não é tolo aquele que abre mão do que não pode reter para ganhar o que não pode perder’”.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: “A iniquidade concernente às coisas santas.” (Êxodo 28.38)

Que véu é levantado por estas palavras e que revelação elas nos fazem! Parar um pouco e contemplar esta cena desagradável nos traria humildade e proveito – as iniquidades de nossa adoração coletiva, sua hipocrisia, formalidade, indiferença, irreverência, negligência e esquecimento de Deus – quanta abundância temos aqui! Nosso trabalho para o Senhor, a rivalidade, o egoísmo que caracteriza esse trabalho, a falta de cuidado, a descrença – que multidão de profanação! Nossas devoções particulares, frieza, falta de zelo, indiferença, morosidade e vaidade – que montanha de lixo! Se observássemos com mais cuidado, essa “iniquidade concernente às coisas santas” pareceria muito maior do que quando a olhamos pela primeira vez. O Dr. Payson, escrevendo ao seu irmão, disse: “Minha igreja, assim como o meu coração, parece o jardim do preguiçoso. E o que é pior, acho que muitos dos meus desejos referentes à melhora de ambos, procedem do orgulho, da vaidade ou da indolência. Procuro as ervas daninhas que arruínam meu jardim, exalando um desejo sincero de que elas sejam arrancadas. Mas, por quê? O que causa este desejo? Talvez, a vontade de poder sair e dizer para mim mesmo: ‘Em que excelente estado o meu jardim é mantido!’ Isto é orgulho. Pode acontecer que os meus vizinhos olhem por cima do muro e digam: ‘Ora, veja como o seu jardim está florescendo!’ Isto é vaidade! Ou talvez esteja desejando a destruição das ervas daninhas, porque estou cansado de arrancá-las. Isto é indolência!” Até o nosso desejo por santidade pode estar contaminado por motivos errados. Sob o mais verde gramado, vermes escondem-se, não é preciso procurar muito para os encontrarmos. Quão reconfortante é o pensamento de que, quando o sumo sacerdote levava a iniquidade das coisas santas, ele tinha sobre a sua testa as palavras “Santidade ao SENHOR” (Êxodo 28.36). Quando o Senhor Jesus leva nosso pecado, Ele apresenta ao seu Pai não a nossa falta de santidade, e sim a sua própria santidade. Ó, quanto precisamos de graça para ver, com olhos de fé, o nosso Grande Sacerdote!

domingo, 15 de janeiro de 2017

Conferência Nuvens Sem Água - Parte 6 - Justin Peters


Devocional Alegria Inabalável - John Piper

GRAÇA NEGADA E DADA

Devocional Diário: Através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus. (Atos 14.22)

A necessidade de força interior não surge apenas devido ao esgotamento do estresse cotidiano, mas das aflições e dos sofrimentos que ocorrem de tempos em tempos. E eles ocorrem.

O sofrimento é inevitavelmente adicionado ao cansaço do coração no caminho para o céu. Quando ele ocorre, o coração pode vacilar e o caminho estreito que leva à vida pode parecer impossivelmente difícil. É difícil o bastante ter um caminho estreito e alguns montes íngremes que testam a potência do velho calhambeque ao limite. Mas, o que faremos quando o carro quebrar?

Paulo orou três vezes com essa pergunta por causa de alguma aflição em sua vida. Suplicou alívio de seu espinho na carne. Porém, a graça de Deus não veio na forma que ele pediu. A graça veio de outro modo. Cristo respondeu: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Coríntios 12.9).

Aqui, vemos a graça dada sob a forma do poder sustentador de Cristo na aflição não removida — uma graça dada, nós poderíamos dizer, dentro do círculo de outra graça negada. E Paulo respondeu com fé na suficiência desta graça futura: “Por isso me gloriarei cada vez mais de minhas fraquezas, para que repouse sobre mim o poder de Cristo” (2Coríntios 12.9).

Deus muitas vezes nos abençoa com uma “graça dada” no círculo da “graça negada”.

Por exemplo, em um dia terrivelmente quente em julho, a bomba de água de nosso carro parou de funcionar. E a vinte quilômetros de qualquer cidade, estávamos parados na rodovia.

Eu tinha orado naquela manhã para que o carro funcionasse bem e que chegássemos ao nosso destino com segurança. Agora o carro tinha quebrado. A graça da viagem sem problemas tinha sido negada. Ninguém parou enquanto estávamos perto de nosso carro. Então, meu filho Abraham (que tinha cerca de onze anos na época) disse: “Papai, deveríamos orar”. Então, nos curvamos atrás do carro e pedimos a Deus por alguma graça futura, uma ajuda em tempo de necessidade. Quando olhamos para o alto, uma caminhonete havia parado.

O motorista era um mecânico que trabalhava há cerca de vinte quilômetros de distância. Ele disse que estava disposto a ir buscar as peças, voltar e consertar o carro. Fomos à cidade e pude compartilhar o evangelho com ele. Estávamos novamente em nosso caminho cerca de cinco horas depois.

Agora, a coisa notável sobre essa resposta à nossa oração é que ela veio dentro do círculo de uma oração negada. Nós pedimos uma viagem sem problemas. Deus nos deu problemas. Mas, no meio de uma graça negada, tivemos uma graça dada. Eu estou aprendendo a confiar na sabedoria de Deus em dar a graça que é melhor para mim e para mecânicos incrédulos e para a fé observadora de meninos de onze anos.

Não devemos nos surpreender que Deus nos dê graças maravilhosas em meio ao sofrimento que pedimos que ele nos livre. Ele sabe melhor como conceder a sua graça para o nosso bem e para a sua glória.


Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Filipenses 1.21)

O crente não vivia sempre para Cristo. Ele começou a viver somente depois que o Espírito Santo o convenceu do pecado e, pela graça, o fez ver o Salvador que morreu e fez propiciação pela culpa dele. Desde o momento do novo e celestial nascimento, o homem começa a viver para Cristo. Jesus é para o crente a pérola de grande valor, e por amor a Ele desejamos abandonar tudo o que temos. O Senhor Jesus conquistou nosso coração, que agora pulsa somente para Ele. Para glória dele, devemos viver. Em defesa do evangelho, devemos morrer. O Senhor Jesus é o padrão de nossa vida e o modelo segundo o qual devemos moldar nosso caráter.

Estas palavras do apóstolo Paulo significam mais do que muitos homens pensam. Elas nos dizem que Cristo era o alvo e o objetivo da vida de Paulo. Nas palavras de um antigo crente, Paulo comia, bebia e dormia a vida eterna. O Senhor Jesus era a própria respiração do apóstolo, a alma de sua alma, o coração de seu coração, a vida de sua vida. Você pode dizer, como alguém que professa ser crente, que sua vida corresponde à de Paulo? Pode dizer com sinceridade que para você o viver é Cristo? Em seus negócios, você vive para Cristo ou trabalha a fim de engrandecer a si mesmo e trazer vantagem à família? Você pergunta: “Viver para Cristo é essencial”? Para o crente é. Se um crente professa viver para Cristo, como ele pode viver para outro objeto, sem cometer adultério espiritual? Muitos cumprem este princípio em certa medida mas, quem ousa dizer que tem vivido totalmente para Cristo, como Paulo viveu? Mesmo assim, somente esta é a verdadeira vida cristã – sua origem, seu sustento, seu padrão e sua finalidade. A vida cristã resume-se em uma palavra: Jesus. Senhor, aceita-me. Apresento-me, suplicando que possa viver somente em Ti e para Ti. Deixe-me ser como o touro que fica entre o arado e o altar. Que meu lema seja: “Pronto para o trabalho ou para o sacrifício”.