Semeando o Evangelho

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Semear a Verdade e o Amor de Deus

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

A Defesa do Evangelho (Série de Viagens de Paulo) Parte - 19 - Comunidade Cristã de Londrina


É A OBEDIÊNCIA NECESSÁRIA PARA A SALVAÇÃO?

Por Marcelo Berti

A questão sobre a relação da obediência e a salvação não deve ser menosprezada, pois tal relação é evidente nas escrituras. Entretanto, a questão que se nos impõe nesse artigo é: A obediência produzir a salvação? Que existe deliberada relação entre obediência e salvação nas escrituras não se pode negar, contudo, devemos nos perguntar: Existe causalidade entre um e outro? É a salvação que promove a obediência, ou a obediência que promove a salvação?

Segundo nos instrui Mateus, o jovem rico teria perguntado ao nosso Senhor: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?” (Mat.19.16). A este Jesus respondeu: “Se você quer entrar na vida, obedeça aos mandamentos” (v.17). Ao que esse texto parece indicar, nosso Senhor ensina que a obediência à Lei é um requisito para a Salvação. Paulo também parece favorecer a esse conceito quando diz: “Não me atrevo a falar de nada, exceto daquilo que Cristo realizou por meu intermédio em palavra e em ação, a fim de levar os gentios a obedecerem a Deus” (Rm.15.18). Esse texto parece indicar que a missão de Paulo era de levar os gentios à obediência a Deus, como uma missão de salvação. Será que a obediência é necessária para alguém chegar a salvação?

1. A obediência como causa da salvação

Em primeiro lugar, devemos colocar em perspectiva o diálogo entre Cristo e o Jovem rico. Observe primeiramente que a questão do jovem estava equivocada: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?” (Mat.19.16). Esse jovem acreditava que a vida eterna era resultado da qualidade do seu esforço. Contudo, Cristo ao invés de exortá-lo pela incoerência de sua afirmação, Ele responde à altura da sua pergunta: (1) Primeiro ele qualifica o sentido do termo bom (Bom só tem um!) e então (2) Ele quantifica a extensão da bondade requerida (Obedeça os mandamentos!).

O plural do termo “mandamentos” indica que Cristo em em mente todos os mandamentos apresentados na Torá, ao invés de uma lista restrita. Em outras palavras, se bondade é o caminho da salvação, perfeição é necessária. Como a desobediência de somente um ponto da lei tornaria o homem culpado de toda ela (Tg.2.10), Cristo ensina nessa parábola que para o homem a salvação é impossível (Mat.19.26), se a obediência é o caminho escolhido. Em outras palavras, o foco dessa perícope não é estabelecer que a obediência causa a salvação, mas que a obediência a Lei não pode levar a salvação!

Isso coloca por terra os argumentos infundados dos indoutos que defendem que a obediência é a causa da salvação. Há aqueles que se abstém do convívio dos incrédulos por não suportarem sua desobediência aos mandamentos divinos. Há aqueles que evitam e/ou são evitados por sua constante e irritante mania de tentar cercear a pecaminosidade de outros, como se isso fosse um serviço divino. Se sentem arautos da moralidade divina e querem impor suas preferências morais como forma de expandir a influência do Reino de Deus. Entretanto, todas essas iniciativas à parte da Graça encontrada Somente em Cristo não tem valor eterno e servem apenas para exaltar o ego do religioso orgulhoso que se considera juiz dos homens.

Alguns o fazem de modo tão persuasivo que existe pessoas que jamais encontraram a Cristo como salvador, mas por se submeterem a um rígido código moral (que eventualmente nem ético é) pensam ser portadores da luz divina, quando na verdade são apenas homens e mulheres enganados pela religiosidade vazia. Esse é o grande perigo do LEGALISMO! Ele impõe a obediência como fundamento da salvação e condena os desobedientes. É nada mais que uma perversão da verdade e um modo de aprisionamento religioso. Não salva e não pode salvar! É moralidade vazia, é legislação sem vida. É a mais cruel forma de aprisionamento religioso. É avesso à Cruz e a Cristo. É contra a Glória de Deus.

2. A obediência como salvação

Em segundo lugar, nós precisamos colocar em perspectiva algumas informações das escrituras relacionadas com a salvação e a obediência. Paulo, por exemplo, usava os termos “fé” e “obediência” de modo intercambiável. Observe que em Rm.1.8 ele afirma “que a vossa fé é anunciada em todo o mundo“, mas em 16.19 ele afirma: “pois a vossa obediência chegou ao conhecimento de todos“. Nesse caso, Paulo usa o mesmo conceito em termos que parecem antagônicos. Entretanto, esse sentido é visto claramente em Rm.15.18: “Não me atrevo a falar de nada, exceto daquilo que Cristo realizou por meu intermédio em palavra e em ação, a fim de levar os gentios a obedecerem a Deus“. Aqui é evidente a consideração de Paulo sobre o início da fé como obediência a Deus. Obviamente ele não tem em mente a moralização do mundo, como alguém poderia sugerir, mas sua evangelização: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1Co.2.2).

Essa co-relação é também exposta em sentido negativo, pois Paulo quando refere-se a judeus não convertidos ele diz: “Porquanto, ignorando a justiça que vem de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se submeteram à justiça de Deus“. A não sujeição, ou desobediência à Justiça que vem de Deus faz com que os judeus estejam fora da participação da fé salvadora. De modo semelhante Paulo diz em Rm.10.16: “No entanto, nem todos obedeceram ao evangelho“. A resposta ao evangelho foi entendida por Paulo como um ato de obediência, mas isso não significa que a obediência seja o meio de recebimento da salvação. Isso significa que a fé em Cristo é uma resposta obediente ao decreto salvífico de Deus.

Esse conceito é bem visto na conhecida declaração de Paulo sobre os gentios e judeus, antes e depois da fé, em Rm.11.30-32: “Assim como vocês, que antes eram desobedientes a Deus mas agora receberam misericórdia, graças à desobediência deles, assim também agora eles se tornaram desobedientes, a fim de que também recebam agora misericórdia, graças à misericórdia de Deus para com vocês. Pois Deus colocou todos sob a desobediência, para exercer misericórdia para com todos”. Em 2Co.9.13 a fé é vista como a submissão da confissão do evangelho de Cristo: “glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo”. Nesse texto a NVI traduziu a obediência que acompanha a confissão, o que segmenta o conceito de “obediência como demonstração de fé” em “obediência que segue a confissão“. Caso seja isso verdadeiro, a fé acontece antes da obediência, o que nos soa muito mais sensato.

O que isso nos instrui é que, para Paulo, a aceitação da mensagem aparece com um ato de obediência, pois a mensagem do evangelho está centrada no reconhecimento de Cristo morto e ressurreto como Senhor além de exigir a renúncia da autocompreensão antes da fé, e a inversão da direção volitiva (i.e. conversão). Essa obediência da fé é de fato a obediência verdadeira, aquela que a lei havia exigido, mas pelo mau uso da lei os judeus a reprimiram e instituíram a justiça própria como meio para se gloriarem nas obras da lei. Contudo, a atitude do homem debaixo da fé é radicalmente antagônica a do judeu, observe: “Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?” (1Co.4.7). Isso por que a Salvação oferecida por Deus tem por objetivo “que ninguém se glorie” (1Co.1.29; Ef.2.8-9), mas “aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1Co.1.31; 2Co.10.10), como o fez Abraão (Rm.4.20).

A implicação dessa submissão a Cristo como Senhor para participação da fé, não significa que a salvação vem pelo reconhecimento e submissão do senhorio de Cristo, mas implica na inabilidade das obras pessoais, ou da justiça própria para a salvação. É o reconhecimento humilde da impossibilidade de auto-salvação, e a plena dependência aos méritos de Cristo como único mediador entre Deus e os homens. Em outras palavras, crer é obedecer, ou submeter-se a Deus. Com essa compreensão em mente, podemos compreender o que Paulo que dizer quando chamou os judeus de rebeldes em Rm.15.31 (eles não crêem, portanto rejeitam).

Nesse sentido, a concepção de Paulo afirma que a fé não acontece primariamente com arrependimento e conversão (demonstrado pelo pouco uso que essas palavras tem na literatura paulina), mas com a obediência que renuncia a justiça própria. O princípio fundamental, portanto, é que a Graça divina foi manifesta em Cristo Jesus (Rm.3.21-4) que agora conclama todos os homens (1Tm.2.4; Tt.2.11) para si mesmo (2Co.5.19) por meio do ministério da igreja (1Co.1.21), e a fé (Ef.2.8) é a resposta obediente a esse chamado.

3. A salvação como causa da obediência

Por fim, precisamos colocar em ordem a relação entre salvação e obediência. Como já demonstrado, a obediência é incapaz de produzir a salvação. Também já vimos que eventualmente as escrituras (especialmente Paulo) usa o conceito da fé salvadora como um ato de obediencia. Agora, resta-nos demonstrar que a obediência verdadeira é produzida pela salvação. É Pedro quem nos ensina que os eleitos são eleitos para a obediência, e não o inverso: “eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo” (1Pe.1.2). As preposições aqui fazem toda a diferença e merecem ser observadas com atenção. As expressões “segundo” (prep. gr. κατα), “em” (gr. εν) e “para” (gr. εις) são usadas com cada uma das pessoas da Trindade e oferecem a descrição do processo da salvação.

(1) Os cristãos são eleitos por Deus segundo a presciência divina, e não por causa da presciência divina. Em outras palavras, o conhecimento prévio de Deus não foi a causa da escolha, mas a escolha estava em conformidade com ela. Para Pedro a determinação divina e Seu conhecimento antecipados dos fatos não estavam em conflito (At.2.23), e representam a Suprema Soberania Divina sobre a história humana (1Pe.1.20).

(2) Os cristãos são eleitos por meio da santificação do Espírito Santo. A preposição grega εν aqui funciona como um um dativo de instrumentalidade que manifesta o meio pelo qual a ação da eleição é realizada. Em outras palavras, “Deus [n]os escolheu para serem salvos mediante a obra santificadora do Espírito” (2Ts.2.13). É a ação do Espírito Santo o meio pelo qual a eleição é realizada. Isso manifesta que a ação humana em resposta à escolha divina é precedida/acompanhada pela obra Santificadora do Espírito Santo.

(3) Os cristãos são eleitos para a obediência. Por fim, a ação divina é que aquele que foi salvo por sua Graça seja então obediente. A obediência, portanto, segue a obra santificadora do Espirito Santo, e consequentemente é parte da manifestação da mesma. A também preposição εις manifesta o objetivo pelo qual nós fomos salvos, isto é, nos fomos salvos para obedecermos. Isso é complementado pela expressão “aspersão do sangue de Jesus Cristo“, que denota a consagração ministerial (cf. Ex.29.21; Lv.8.30; Hb.10.22).

Em outras palavras, as escrituras afirmam que a salvação precede a obediência, e que na verdade, a eleição é o fundamento da obediência cristã. Isso não significa que homens não regenerados não possam agir em conformidade com a estipulação moral divina (Rm.2.14-15; cf. At.10.1-2), mas segundo a escritura a tal conformidade não é fundamento para a salvação. O evangelho é necessário para a salvação (cf. At.4.12; At.10.36-43), e para o salvo a obediência é exigência (1Jo.2.3-11; cf. Para o Cristão a Obediência é Exigência).

A MISERICÓRDIA TRIUNFA SOBRE O JUÍZO (TIAGO 2:13b)

O que teria levado o apóstolo Tiago a fazer tal afirmação senão o fato de saber que nos encontramos, desde que Jesus morreu e ressuscitou, na dispensação da Graça, em que vigora uma nova aliança com Israel, na qual não apenas a nação de Israel é considerada o povo da aliança, como no período do Velho Testamento, mas todas as pessoas de todas as nações que estejam unidas a Cristo pela fé.

Nesta é exigido que os aliançados sejam misericordiosos para com todos os pecadores, assim como Deus tem sido plenamente misericordioso para conosco.
Ele determinou ser completamente longânimo e misericordioso nesta dispensação, inclusive para com os Seus inimigos que vivem deliberadamente na impiedade, e não apenas com aqueles que tivessem sido alcançados pela Graça, tendo sido justificados pela fé nEle no período da dispensação da Lei, e mesmo antes deste período, conforme foi o caso por exemplo de Enoque, Noé, Abraão, entre outros.

Que a misericórdia triunfa sobre o juízo está sendo patentemente demonstrado pelo Senhor nesta dispensação da Graça; pois todos os que se arrependem de seus pecados e que simplesmente confiam em Cristo, são perdoados.
Nunca antes de Jesus ter feito a expiação dos nossos pecados na cruz do Calvário, e ter instituído uma Nova Aliança com base no sangue do Seu sacrifico, houve na Terra uma tal disponibilidade de graça salvadora e misericordiosa para todas as nações – as páginas do Velho Testamento demonstram este fato, especialmente nos chamados livros históricos.

Como o juízo divino é estabelecido com base na transgressão da Sua Lei, a qual é o reflexo exato da Sua vontade, então podemos dizer que a Graça tem triunfado sobre a Lei nesta presente dispensação, porque é por meio dela que somos resgatados da condenação da Lei, no que tange aos juízos da Lei, por causa da nossa fé em Jesus Cristo, pois somos considerados por Deus como tendo morrido para a Lei, por termos sido considerados participantes da morte de Cristo na cruz – e a Lei não tem poder sobre mortos, senão somente sobre quem está vivo.

A Lei e a Graça pertencem à mesma fonte que é Deus, mas a Lei não pode ser eficaz para a nossa salvação e livramento do poder do pecado, porque é somente uma norma e não um poder. Ela assim, ao contrário, em vez de nos ajudar eficazmente neste propósito da nossa salvação, nos condena justamente, porque somos pecadores transgressores da vontade de Deus.
Então este trabalho eficaz poderia ser realizado somente pela Graça, que não somente nos perdoa, como também é o poder que mortifica o pecado que habita em nossa natureza terrena.

Não se pense entretanto na Lei e na Graça como sendo coisas antagônicas. Ambas concorrem juntamente para o propósito da nossa salvação.
A Lei, conduzindo-nos ao conhecimento da vontade de Deus, e da Sua bondade e juízos, e ao convencimento da nossa condição pecaminosa, juntamente com o testemunho do Espírito Santo, e a Graça, nos capacitando a viver em conformidade com as exigências da Lei, até aquela perfeição de obediência que teremos à vontade de Deus quando formos introduzidos na glória celestial.
De maneira que a Graça não anula a Lei, antes a confirma, pois nos foi dada com o propósito de vivermos eternamente com Deus com uma justiça que excede até mesmo em muito todas as exigências da Lei de Moisés.

Assim que nem sequer um jota ou til serão eliminados da Lei até que tudo se cumpra, quando Cristo entregar o Reino ao Pai no qual não mais existirá o pecado, e por conseguinte a necessidade de uma Lei escrita, porque “não se promulga Lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matricidas, homicidas, impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina,” – I Tim 1.9,10.

Devocional Diário - Paulo Junior

PALAVRAS DE CONFORTO

“Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário cheio de uivos; cercou-o, instruiu-o, e guardou-o como a menina do seu olho. ”  (Deuteronômio 32.10)

À semelhança de Israel, o Senhor nos achou. Um dia, em um tempo remoto, em um lugar e situações inesperadas, Cristo nos encontrou! Estávamos assolados em num deserto infindável. É a figura deste mundo: repleto de cadáveres espirituais. Ali não havia vida, não havia beleza, alegria e nem paz. Estávamos mortos em pecados, cercados pelos uivos do inimigo. O grunhido dos demônios era a melodia noturna que pousava em nossos ouvidos. Por conta disso, o medo e pavor nos cercavam. Oh, quão miseráveis éramos! No entanto, em um belo dia, a luz da bendita aurora brilhou sobre nós e Cristo, nosso salvador, nos cercou com suas cordas de amor. Ele nos envolveu com sua abundante graça. Enviou seu Espírito para nos instruir. Agora sabemos de onde viemos, para onde vamos e que caminho devemos escolher. Suas leis estão escritas em nosso coração. Por fim, depois de ter realizado tanto ao nosso favor; depois da estupenda obra da cruz; ele está a te guardar como a menina dos seus olhos! Você não precisa temer nada nem ninguém meu irmão. Sua vida está oculta com Cristo. Ninguém pode lançar mão de você, tirar e desfazer aquilo que Cristo fez por você. Descanse! Respire aliviado! O Deus que te resgatou agora te guarda debaixo de suas asas e sob sua onipotente sombra! Amém!

Paulo Junior

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

O QUE SIGNIFICA AMAR A DEUS

Versículo do dia: Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória. (Salmo 63.1-2)

Somente Deus satisfará um coração como o de Davi. E Davi era um homem segundo o coração de Deus. Nós fomos criados para sermos assim.

Esta é a essência do que significa amar a Deus: ser satisfeito nele. Nele!

Amar a Deus incluirá obedecer a todos os seus mandamentos; incluirá crer em toda a sua palavra; incluirá agradecer-lhe por todos os seus dons; mas a essência de amar a Deus é desfrutar de tudo o que ele é. E é esse gozo em Deus que glorifica a sua excelência mais completamente.

Todos nós sabemos disso intuitivamente, bem como a partir da Escritura. Sentimo-nos mais honrados pelo amor daqueles que nos servem pelos constrangimentos do dever ou pelas delícias da comunhão?

Minha esposa é mais honrada quando eu digo: “Faz-me feliz passar tempo com você”. Minha felicidade é o eco da sua excelência. E é assim com Deus. Ele é mais glorificado em nós quando somos mais satisfeitos nele.

Nenhum de nós chegou à satisfação perfeita em Deus. Aflijo-me muitas vezes pela murmuração do meu coração diante da perda de consolos mundanos. Porém, eu provei que o Senhor é bom. Pela graça de Deus, agora conheço a fonte da alegria eterna.

E assim eu amo passar meus dias atraindo pessoas para a alegria, até que elas digam comigo: “Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo” (Salmo 27.4).

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do Dia: “De fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos.” (1Coríntios 15.20)

O cristianismo está alicerçado sobre o fato de que Cristo ressuscitou. “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé;… e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1 Coríntios 15.14,17). A divindade de Cristo tem como prova mais segura, a sua ressurreição, visto que “foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos” (Romanos 1.4). Alguém poderia da divindade de Jesus, se Ele não tivesse ressuscitado. Além do mais, a soberania de Cristo depende de sua ressurreição visto que “foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos” (Romanos 14.9). Nossa justificação, a bênção seleta da aliança, está vinculada à vitória triunfante de Cristo sobre a morte e o sepulcro. Ele “foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação” (Romanos 4.25). A nossa própria regeneração está vinculada à ressurreição do Senhor Jesus; Deus “nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1.3). E, com toda certeza, nossa ressurreição final está fundamentada na ressurreição de Cristo – “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita” (Romanos 8.11). Se Cristo não ressuscitou, também não ressuscitaremos. Mas, se Ele ressuscitou, aqueles que dormem em Cristo não pereceram e, em sua carne, contemplarão o seu Deus. O fio de prata da ressurreição perpassa todas as bênçãos do crente, desde a regeneração até à glória eterna, unindo-as todas. Então, quão importante será este glorioso fato aos olhos dele, e quanto se alegrará por estar estabelecido, acima de qualquer suspeita que “de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos”.

A promessa já está cumprida, a obra de redenção, Ele consumou. A justiça, com a misericórdia, unida,

Porque Deus a seu Filho ressuscitou!