Semeando o Evangelho

Semear a Verdade e o Amor de Deus
sábado, 4 de fevereiro de 2017
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
VÁ DIRETAMENTE A DEUS
Versículo do dia: Naquele dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus. (João 16.26-27)
Não faça do Filho de Deus um Mediador além do que ele é.
Jesus diz: “Não vos digo que rogarei ao Pai por vós”. Em outras palavras, não me colocarei entre vós e o Pai, como se vós não pudésseis ir diretamente a ele. Por quê? “Porque o próprio Pai vos ama”.
Isso é surpreendente. Jesus está nos advertindo a não pensar no Deus Todo-Poderoso como indisposto a nos receber diretamente em sua presença. Por “diretamente” intenciono o que Jesus quis indicar quando disse: “Eu não levarei os seus pedidos a Deus por vocês. Vocês poderão levá-los diretamente. Ele os ama. Ele quer que vocês venham. Ele não está irado com vocês”.
É absolutamente verdade que nenhum ser humano pecaminoso tem acesso ao Pai senão através do sangue de Jesus (Hebreus 10.19-20). Ele intercede por nós agora (Romanos 8.34; Hebreus 7.25). Ele é nosso advogado diante do Pai agora (1 João 2.1). Ele é nosso Sumo Sacerdote diante do trono de Deus agora (Hebreus 4.15-16). Ele disse: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).
Sim. Mas, Jesus está nos protegendo de considerar a sua intercessão além do limite. “E não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai vos ama”. Ele está lá. Ele está dando um testemunho constante e eterno da remoção da ira do Pai sobre nós.
Porém, ele não está lá para falar por nós, nem para nos manter afastados do Pai, nem para sugerir que o coração do Pai tem reservas para conosco ou nos despreza; por isso as palavras: “Porque o próprio Pai vos ama”.
Então venha. Venha com ousadia (Hebreus 4.16). Venha com expectativa. Venha esperando um sorriso. Venha tremendo de alegria, não de terror.
Jesus está dizendo: “Eu fiz um caminho para Deus. Agora, não ficarei no caminho”. Venha.
Versículo do dia: Naquele dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus. (João 16.26-27)
Não faça do Filho de Deus um Mediador além do que ele é.
Jesus diz: “Não vos digo que rogarei ao Pai por vós”. Em outras palavras, não me colocarei entre vós e o Pai, como se vós não pudésseis ir diretamente a ele. Por quê? “Porque o próprio Pai vos ama”.
Isso é surpreendente. Jesus está nos advertindo a não pensar no Deus Todo-Poderoso como indisposto a nos receber diretamente em sua presença. Por “diretamente” intenciono o que Jesus quis indicar quando disse: “Eu não levarei os seus pedidos a Deus por vocês. Vocês poderão levá-los diretamente. Ele os ama. Ele quer que vocês venham. Ele não está irado com vocês”.
É absolutamente verdade que nenhum ser humano pecaminoso tem acesso ao Pai senão através do sangue de Jesus (Hebreus 10.19-20). Ele intercede por nós agora (Romanos 8.34; Hebreus 7.25). Ele é nosso advogado diante do Pai agora (1 João 2.1). Ele é nosso Sumo Sacerdote diante do trono de Deus agora (Hebreus 4.15-16). Ele disse: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).
Sim. Mas, Jesus está nos protegendo de considerar a sua intercessão além do limite. “E não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai vos ama”. Ele está lá. Ele está dando um testemunho constante e eterno da remoção da ira do Pai sobre nós.
Porém, ele não está lá para falar por nós, nem para nos manter afastados do Pai, nem para sugerir que o coração do Pai tem reservas para conosco ou nos despreza; por isso as palavras: “Porque o próprio Pai vos ama”.
Então venha. Venha com ousadia (Hebreus 4.16). Venha com expectativa. Venha esperando um sorriso. Venha tremendo de alegria, não de terror.
Jesus está dizendo: “Eu fiz um caminho para Deus. Agora, não ficarei no caminho”. Venha.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do dia: “Do meio do povo, exaltei um escolhido.” (Salmos 89.19)
Por que Cristo foi escolhido do meio do povo? Fala, coração meu, pois estes pensamentos do coração são bons. Não foi para que Ele pudesse ser nosso irmão nos melhores laços de parentesco? Oh! Que relacionamento existe entre o crente e o Senhor Jesus! O crente pode dizer: “Tenho um irmão no céu. Talvez eu seja pobre, meu irmão, porém, é riquíssimo -Ele é um Rei. Ele me permitirá sofrer necessidade, enquanto estiver em seu trono? Oh! Não! Ele me ama; é meu irmão.” Crente, aprecie este pensamento como um colar de diamantes ao redor do pescoço de sua memória. Como um anel de ouro, coloque-o no dedo de sua lembrança e use-o como o selo do próprio Rei, marcando as petições feitas com fé, junto à crença no sucesso. O Senhor Jesus é um irmão, nascido para a adversidade, trate-O como esse tipo de irmão.
Cristo também foi escolhido do meio do povo para que conhecesse nossas necessidades e simpatizasse conosco. Ele foi “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hebreus 4.15). Em todas as nossas tristezas, podemos contar com a simpatia do Senhor Jesus. Tentação, desapontamento, fraqueza, dor, fadiga, pobreza – Ele os conhece bem, pois sentiu todas essas coisas. Crente, lembre-se disso e sinta-se confortado. Embora a sua jornada seja árdua e dolorosa, ela está marcada pelas pisadas de seu Senhor. Mesmo quando você chegar ao vale escuro da sombra da morte e às águas profundas do Jordão, encontrará as pisadas de Jesus ali. Em todos os lugares, onde quer que cheguemos, por ali Ele já terá passado; cada fardo que temos de suportar já foi, uma vez, colocado sobre os ombros de Emanuel.
O caminho dEle foi muito mais tosco e escuro que o meu. Cristo, meu Senhor, sofreu, e devo eu resmungar?
Encoraje-se! Os pés de um Rei deixaram um rastro de sangue no caminho e consagraram a jornada de espinhos para sempre.
Por que Cristo foi escolhido do meio do povo? Fala, coração meu, pois estes pensamentos do coração são bons. Não foi para que Ele pudesse ser nosso irmão nos melhores laços de parentesco? Oh! Que relacionamento existe entre o crente e o Senhor Jesus! O crente pode dizer: “Tenho um irmão no céu. Talvez eu seja pobre, meu irmão, porém, é riquíssimo -Ele é um Rei. Ele me permitirá sofrer necessidade, enquanto estiver em seu trono? Oh! Não! Ele me ama; é meu irmão.” Crente, aprecie este pensamento como um colar de diamantes ao redor do pescoço de sua memória. Como um anel de ouro, coloque-o no dedo de sua lembrança e use-o como o selo do próprio Rei, marcando as petições feitas com fé, junto à crença no sucesso. O Senhor Jesus é um irmão, nascido para a adversidade, trate-O como esse tipo de irmão.
Cristo também foi escolhido do meio do povo para que conhecesse nossas necessidades e simpatizasse conosco. Ele foi “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hebreus 4.15). Em todas as nossas tristezas, podemos contar com a simpatia do Senhor Jesus. Tentação, desapontamento, fraqueza, dor, fadiga, pobreza – Ele os conhece bem, pois sentiu todas essas coisas. Crente, lembre-se disso e sinta-se confortado. Embora a sua jornada seja árdua e dolorosa, ela está marcada pelas pisadas de seu Senhor. Mesmo quando você chegar ao vale escuro da sombra da morte e às águas profundas do Jordão, encontrará as pisadas de Jesus ali. Em todos os lugares, onde quer que cheguemos, por ali Ele já terá passado; cada fardo que temos de suportar já foi, uma vez, colocado sobre os ombros de Emanuel.
O caminho dEle foi muito mais tosco e escuro que o meu. Cristo, meu Senhor, sofreu, e devo eu resmungar?
Encoraje-se! Os pés de um Rei deixaram um rastro de sangue no caminho e consagraram a jornada de espinhos para sempre.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
NÓS GOVERNAREMOS TODAS AS COISAS
Versículo do dia: Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. (Apocalipse 3.21)
O que Jesus intencionava quando disse isso à igreja de Laodicéia?
Sentar-se com Jesus no seu trono? Mesmo?
Essa é uma promessa para todos os que vencem, ou seja, aqueles que perseveram na fé até o fim (1 João 5.4), apesar de toda dor ameaçadora e prazer atrativo. Então, se você é um crente em Jesus, sentar-se-á no trono do Filho de Deus que está sentado no trono de Deus, o Pai.
Eu considero que “trono de Deus” significa o direito e a autoridade para governar o universo. Então, Jesus nos promete uma parte no governo de todas as coisas.
É isso que Paulo tem em mente em Efésios 1.22-23? “E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas”.
Nós, a igreja, somos a “plenitude daquele que a tudo enche”. Considero que isso significa que o universo será preenchido com a glória do Senhor (Números 14.21). E uma dimensão dessa glória será a extensão completa e sem oposição do seu governo em todos os lugares.
Portanto, Efésios 1.23 pode indicar que Jesus enche o universo com o seu próprio governo glorioso através de nós. Somos a plenitude do seu governo. Nós governamos em seu nome. Nesse sentido, nós nos sentamos com ele em seu trono.
Nenhum de nós sente isso como deveria. É grandioso. É por isso que Paulo ora por ajuda divina “[para que possam ser] iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento” (Efésios 1.18).
Sem o auxílio onipotente agora, não podemos sentir a maravilha do que seremos. Porém, se nos for concedido sentir isso verdadeiramente, todas as nossas reações emocionais a esse mundo mudarão para melhor.
Versículo do dia: Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. (Apocalipse 3.21)
O que Jesus intencionava quando disse isso à igreja de Laodicéia?
Sentar-se com Jesus no seu trono? Mesmo?
Essa é uma promessa para todos os que vencem, ou seja, aqueles que perseveram na fé até o fim (1 João 5.4), apesar de toda dor ameaçadora e prazer atrativo. Então, se você é um crente em Jesus, sentar-se-á no trono do Filho de Deus que está sentado no trono de Deus, o Pai.
Eu considero que “trono de Deus” significa o direito e a autoridade para governar o universo. Então, Jesus nos promete uma parte no governo de todas as coisas.
É isso que Paulo tem em mente em Efésios 1.22-23? “E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas”.
Nós, a igreja, somos a “plenitude daquele que a tudo enche”. Considero que isso significa que o universo será preenchido com a glória do Senhor (Números 14.21). E uma dimensão dessa glória será a extensão completa e sem oposição do seu governo em todos os lugares.
Portanto, Efésios 1.23 pode indicar que Jesus enche o universo com o seu próprio governo glorioso através de nós. Somos a plenitude do seu governo. Nós governamos em seu nome. Nesse sentido, nós nos sentamos com ele em seu trono.
Nenhum de nós sente isso como deveria. É grandioso. É por isso que Paulo ora por ajuda divina “[para que possam ser] iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento” (Efésios 1.18).
Sem o auxílio onipotente agora, não podemos sentir a maravilha do que seremos. Porém, se nos for concedido sentir isso verdadeiramente, todas as nossas reações emocionais a esse mundo mudarão para melhor.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do dia: “Filho do homem, por que mais é o sarmento de videira que qualquer outro, o sarmento que está entre as árvores do bosque?” (Ezequiel 15.2)
Estas palavras foram proferidas a fim de humilhar o povo de Deus. Eles são chamados a videira de Deus. Entretanto, o que são eles, por natureza, mais que os outros? Pela graça de Deus, eles se tornaram frutíferos, pois foram plantados em bom solo. O Senhor os faz crescer, subindo pelas paredes do santuário e eles produzem fruto para a glória dele. Mas, o que são eles sem o seu Deus? O que seriam sem a contínua influência do Espírito Santo tornando-os frutíferos?
Ó crente, aprenda a rejeitar o orgulho, reconhecendo que você não tem qualquer motivo para cultivá-lo. Não importa o que você é, nada existe que lhe dê razão para orgulhar-se. Quanto mais você têm, tanto mais está em débito para com Deus, e não deveria se orgulhar daquilo que o torna devedor. Considere a sua origem; pense no que você era! Medite no que você seria sem a graça de Deus. Olhe para si mesmo, para o seu presente estado. A sua consciência o reprova? Os seus milhares de atos irracionais não se dispõem à sua vista, não dizem que você é indigno de ser chamado filho de Deus? E se Ele o transformou numa nova pessoa, isso não lhe ensina que foi a graça de Deus que o tornou diferente? Você seria um grande pecador, se Deus não o tivesse transformado. Ó, você que é determinado no momento da verdade, saiba que seria igualmente determinado no momento do erro, se a graça não o tivesse alcançado. Portanto, não seja orgulhoso (embora você desfrute de um grande patrimônio – um amplo domínio da graça), visto que você não tem uma simples coisa que possa chamar sua, exceto o pecado e a miséria. Oh, estranha obsessão, que você, a quem todas as coisas foram emprestadas, pense em exaltar a si mesmo! Você é um pobre pensionista, dependente da generosidade de seu Salvador; você é aquele cuja vida finda, sem a fresca nascente de vida de Jesus, e mesmo assim é orgulhoso! Que vergonha, ó, vil coração!
Estas palavras foram proferidas a fim de humilhar o povo de Deus. Eles são chamados a videira de Deus. Entretanto, o que são eles, por natureza, mais que os outros? Pela graça de Deus, eles se tornaram frutíferos, pois foram plantados em bom solo. O Senhor os faz crescer, subindo pelas paredes do santuário e eles produzem fruto para a glória dele. Mas, o que são eles sem o seu Deus? O que seriam sem a contínua influência do Espírito Santo tornando-os frutíferos?
Ó crente, aprenda a rejeitar o orgulho, reconhecendo que você não tem qualquer motivo para cultivá-lo. Não importa o que você é, nada existe que lhe dê razão para orgulhar-se. Quanto mais você têm, tanto mais está em débito para com Deus, e não deveria se orgulhar daquilo que o torna devedor. Considere a sua origem; pense no que você era! Medite no que você seria sem a graça de Deus. Olhe para si mesmo, para o seu presente estado. A sua consciência o reprova? Os seus milhares de atos irracionais não se dispõem à sua vista, não dizem que você é indigno de ser chamado filho de Deus? E se Ele o transformou numa nova pessoa, isso não lhe ensina que foi a graça de Deus que o tornou diferente? Você seria um grande pecador, se Deus não o tivesse transformado. Ó, você que é determinado no momento da verdade, saiba que seria igualmente determinado no momento do erro, se a graça não o tivesse alcançado. Portanto, não seja orgulhoso (embora você desfrute de um grande patrimônio – um amplo domínio da graça), visto que você não tem uma simples coisa que possa chamar sua, exceto o pecado e a miséria. Oh, estranha obsessão, que você, a quem todas as coisas foram emprestadas, pense em exaltar a si mesmo! Você é um pobre pensionista, dependente da generosidade de seu Salvador; você é aquele cuja vida finda, sem a fresca nascente de vida de Jesus, e mesmo assim é orgulhoso! Que vergonha, ó, vil coração!
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
A ÂNCORA DA ALEGRIA
Versículo do dia: Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. (Mateus 5.11)
Jesus revelou um segredo que protege nossa felicidade da ameaça do sofrimento e da ameaça do sucesso. Esse segredo é: grande é o vosso galardão nos céus. E a soma desse galardão é desfrutar da plenitude da glória de Jesus Cristo (João 17.24).
Ele protege nossa felicidade do sofrimento quando diz:
“Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus” (Mateus 5.11-12).
Nossa grande recompensa no céu livra nossa alegria da ameaça de perseguição e injúria.
Ele também protege nossa alegria do sucesso quando diz:
“Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus” (Lucas 10.20).
Os discípulos foram tentados a colocar sua alegria no sucesso do ministério. “Os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!” (Lucas 10.17). Mas isso separaria a alegria deles da sua única âncora segura.
Assim, Jesus protege a alegria deles da ameaça do sucesso prometendo o grande galardão do céu. Alegrem-se nisso: que os seus nomes estejam escritos nos céus. Sua herança é infinita, eterna e segura.
Nossa alegria está a salvo. Nem o sofrimento nem o sucesso podem destruir sua âncora. Grande é o vosso galardão nos céus. Seu nome está escrito lá. Ele está seguro.
Jesus ancorou a felicidade dos santos sofredores na recompensa dos céus. E ancorou a felicidade dos santos bem-sucedidos na mesma recompensa.
E, assim, ele nos libertou da tirania da dor e do prazer mundanos.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do dia: “E, assim, todo o Israel será salvo.” (Romanos 11.26)
Quando Moisés cantou no Mar Vermelho, teve intensa alegria em saber que Israel estava seguro. Nem uma gota caiu daquele sólido muro de água até que o último dos eleitos de Deus tivesse plantado o pé em segurança na outra margem. Feita a travessia, as águas imediatamente retornaram ao seu lugar, mas não antes daquilo. Esta foi uma parte da canção de Moisés: “Com a tua beneficência guiaste o povo que salvaste” (Êxodo 15.13). No último tempo, quando os eleitos entoarão o cântico de Moisés, o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro (ver Apocalipse 15.3), ocorrerá uma exaltação da obra de Jesus: “Não perdi nenhum dos que me deste” (João 18.9). No céu, não haverá nenhum trono vazio.
Pois toda a eleita raça ao redor do trono, reunida, abençoando o ministrar de sua graça, Fará a sua glória conhecida.
Todos aqueles que o Pai escolheu, todos aqueles que Cristo redimiu, todos aqueles que o Espírito chamou, todos os crentes no Senhor Jesus atravessarão com segurança o mar divisor. Nem todos estamos aportados seguramente ainda. “Parte da multidão atravessou o mar e outra parte atravessa agora.”
A linha de frente do exército já chegou à praia. Estamos marchando por entre as profundezas. Nestes dias, seguimos com ardor nosso Líder no meio do mar. Tenhamos bom ânimo. Em breve, os que estão atrás estarão onde já se encontram os da frente. O último dos eleitos logo terá atravessado o mar; então, será ouvida a canção de triunfo, quando todos estiverem em segurança. E se um deles estivesse ausente? Se um dos membros da família eleita do Senhor fosse lançado fora, isso causaria uma desarmonia eterna na canção dos redimidos e rompimento das cordas das harpas do Paraíso de forma que jamais seria possível retirar sons delas.
Quando Moisés cantou no Mar Vermelho, teve intensa alegria em saber que Israel estava seguro. Nem uma gota caiu daquele sólido muro de água até que o último dos eleitos de Deus tivesse plantado o pé em segurança na outra margem. Feita a travessia, as águas imediatamente retornaram ao seu lugar, mas não antes daquilo. Esta foi uma parte da canção de Moisés: “Com a tua beneficência guiaste o povo que salvaste” (Êxodo 15.13). No último tempo, quando os eleitos entoarão o cântico de Moisés, o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro (ver Apocalipse 15.3), ocorrerá uma exaltação da obra de Jesus: “Não perdi nenhum dos que me deste” (João 18.9). No céu, não haverá nenhum trono vazio.
Pois toda a eleita raça ao redor do trono, reunida, abençoando o ministrar de sua graça, Fará a sua glória conhecida.
Todos aqueles que o Pai escolheu, todos aqueles que Cristo redimiu, todos aqueles que o Espírito chamou, todos os crentes no Senhor Jesus atravessarão com segurança o mar divisor. Nem todos estamos aportados seguramente ainda. “Parte da multidão atravessou o mar e outra parte atravessa agora.”
A linha de frente do exército já chegou à praia. Estamos marchando por entre as profundezas. Nestes dias, seguimos com ardor nosso Líder no meio do mar. Tenhamos bom ânimo. Em breve, os que estão atrás estarão onde já se encontram os da frente. O último dos eleitos logo terá atravessado o mar; então, será ouvida a canção de triunfo, quando todos estiverem em segurança. E se um deles estivesse ausente? Se um dos membros da família eleita do Senhor fosse lançado fora, isso causaria uma desarmonia eterna na canção dos redimidos e rompimento das cordas das harpas do Paraíso de forma que jamais seria possível retirar sons delas.
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
SEM OBEDIÊNCIA A DEUS E A SUA PALAVRA NÃO HÁ VITÓRIA
O que havia ocorrido com o povo de Israel no período dos Juízes é o mesmo que ocorre com a Igreja dos nossos dias, que tem apostatado da fé genuína do evangelho, sobretudo em razão da sua grande mistura com as práticas que são do mundo (Tiago 4.4; I João 2.15).
Podemos aprender muito com a narrativa do 2º capítulo de Juízes no qual se declara expressamente que a ruína de Israel era devida à sua assimilação das práticas pagãs dos habitantes da terra de Canaã.
Este capítulo segundo é uma síntese de tudo o que é narrado no livro de Juízes.
Ele é uma preparação para tudo o que será dito dali em diante.
Ele cita o que aconteceu, e estes fatos serão narrados detalhadamente nos capítulos posteriores, com exceção dos cinco últimos capítulos que se referem a um período anterior ao dos juízes.
A narrativa se inicia com o anjo do Senhor repreendendo duramente os israelitas, pelo fato de não terem conquistado os territórios que lhes foram designados por sortes, nos dias de Josué, e pelo fato de terem se acomodado e se misturado aos cananeus.
Nos versos 11 a 13 é citado que a geração que se seguiu à de Josué não conhecia ao Senhor, e fez o que era mau aos seus olhos, misturando-se aos cananeus e fazendo as mesmas práticas abomináveis deles.
A condição de todo o período coberto pela narrativa do livro de Juízes, o qual durou aproximadamente trezentos anos, está declarada de forma resumida nos versos 14 a 23.
Nestes versos está revelado claramente que o motivo de estarmos enfraquecidos diante de nossos inimigos espirituais e sujeitados a sermos pisados pelos homens, como sal que perdeu o sabor, está relacionado ao abandono do Senhor, e da prática da Sua Palavra.
A comunhão com Deus, garantida por um andar no Espírito Santo, fazendo aquilo que Ele nos tem ordenado na Bíblia e em relação à Sua vontade específica, no que se relaciona ao viver diário, especialmente o que diz respeito às coisas pertinentes ao ministério, que recebemos dEle para cumprir, é o modo de se ter uma vida verdadeiramente próspera e sermos mais do que vencedores, por meio de Jesus, sobre a carne, o mundo e o diabo.
Quando nos desviamos dos caminhos do Senhor ficamos sujeitados à disciplina da aliança, que temos com Ele, por iniciativa e autoridade dEle próprio, que nos deixa à mercê da opressão dos nossos inimigos, para que seja produzido em nós o devido arrependimento.
Quando este arrependimento ocorre e clamamos pelo livramento de Deus, Ele se apressa em socorrer-nos, voltando a nos conceder a Sua graça e poder, para sermos fortalecidos e podermos voltar a andar na Sua presença.
Deus é santo, e sem a santidade que Ele mesmo nos confere, por meio do Espírito Santo, é impossível estar em comunhão com Ele.
Por isso necessitamos da Sua graça, para que operando em nós, de forma a nos conceder um coração segundo o Seu coração, possamos retornar à comunhão.
Então nós vemos declarado na Palavra de Deus que era Ele próprio que entregava Israel nas mãos dos seus inimigos, e que também, por Sua própria deliberação, decidiu que não desapossaria mais aquelas nações da presença de Israel, para que por meio delas pudesse provar a fidelidade do Seu povo, em não se deixar levar pelas suas práticas abomináveis, e permanecerem fiéis, na guarda dos Seus mandamentos.
Por meio da permanência de muitas daquelas nações seria provado até que ponto Israel buscaria uma vida autêntica de fé e obediência, de modo que se pudesse provar através disso que estavam de fato fazendo a vontade de Deus, pois não havia outra maneira de terem sucesso sobre os seus inimigos.
Isto ensina claramente que não se vence o diabo com religiosidade desprovida de verdadeira comunhão com Deus, porque é se sujeitando a Ele e à Sua vontade, que vencemos o diabo e todas as suas hostes.
Em outras palavras: a vitória sobre as forças do inimigo decorre de um caminhar na presença do Senhor.
É sujeitando-se a Deus, mediante prática da Sua Palavra, que o diabo foge de nós.
Mas não era isto o que se via nas sucessivas gerações de Israel.
Deus havia formado um povo exclusivamente seu a partir de Abraão, para o propósito de preservar a vida do homem na Terra. Porque pelo modo santo com que deveriam viver revelariam que a prática da justiça divina preserva e traz prosperidade, mas a prática do mal, não somente destrói pessoas e nações, como também atrai os juízos condenatórios do Senhor.
E isto estava sendo observado de modo prático nos dias do Velho Testamento, através das assolações que Deus estava trazendo sobre as nações pagãs, como sobre o próprio povo de Israel, quando este também se encontrava debaixo das mesmas práticas abomináveis daquelas nações.
Em vez de serem distintos das nações de Canaã, pelo cumprimento de tudo que lhes foi ordenado na Lei de Moisés, se misturavam às práticas daquelas nações, e perdiam a sua identidade distintiva de povo do Senhor, porque quando se mistura água com vinho, o resultado é uma mistura homogênea, e não dá mais para se distinguir quem é a água e quem é o vinho.
Mas quando se mistura água com azeite, o azeite há de ficar por cima da água e não se misturará a ela.
É pois somente estando cheios do azeite que simboliza o Espírito Santo, e andando nEle, que apesar de estarmos no mundo e termos que nos relacionar com as pessoas que são dele, com vistas a lhes conduzir à bênção do Senhor, por nosso bom testemunho de vida, não nos misturaremos jamais às coisas deste mundo e ao pecado, como diz o apóstolo Paulo em Gál 5.16: “Andai no Espírito e jamais satisfareis aos desejos da carne.”.
Assim, nós podemos concluir que a razão da repreensão que o anjo do Senhor dirigiu aos israelitas se prendeu muito mais à falta de fé, e a esta mistura com as práticas dos povos de Canaã, do que propriamente à falta de iniciativa em combater os cananeus, para se apossarem das terras que lhes foram designadas por sortes.
O anjo do Senhor vinha lhes acompanhando desde a saída do Egito, e declara isto nas palavras dos versos 1 a 3, e que estava sendo fiel ao pacto que haviam feito com Deus, de guardarem todos os Seus mandamentos, pois lhes estava ajudando a cumprirem tudo que lhes havia sido ordenado, especialmente no que se referia a prevalecerem contra os seus inimigos, mas manifestou o Seu desagrado diante do seu recuo em fazerem a vontade de Deus, com as seguintes palavras:
“1 O anjo do Senhor subiu de Gilgal a Boquim, e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe para a terra que, com juramento, prometi a vossos pais, e vos disse: Nunca violarei e meu pacto convosco;
2 e, quanto a vós, não fareis pacto com os habitantes desta terra, antes derrubareis os seus altares. Mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isso?
3 Pelo que também eu disse: Não os expulsarei de diante de vós; antes estarão quais espinhos nas vossas ilhargas, e os seus deuses vos serão por laço.”.
Nós lembramos nisto, das palavras de Paulo dirigidas aos Gálatas:
“Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho,” (Gál 1.6). E ainda em Gál 5.7: “Corríeis bem; quem vos impediu de obedecer à verdade?”.
A síntese de todo o conteúdo do livro de Juízes, que é feita neste segundo capítulo, revela que o propósito principal da escrita deste livro foi o de ensinar que a mistura do povo de Deus com as práticas abomináveis do mundo o torna impotente para conhecer e fazer a vontade do Senhor.
Ensina também que a falta de fé e determinação para cumprir tudo aquilo que Deus nos tem ordenado expressamente, como no caso dos israelitas, a indiferença em realizar a conquista total de Canaã, acaba por conduzir o povo de Deus a perder o seu caráter único e santo, e em decorrência disto, não terá poder e autoridade que procedem do Senhor para poder conhecer e fazer a Sua vontade, deixando portanto, de ser bênção para as nações.
O mundo espiritual é discernido espiritualmente, pelo Espírito Santo, e este jamais se moverá naqueles que não estiverem se movendo em direção à obediência à Palavra de Deus, pela busca de comunhão com Ele, em vidas verdadeiramente santas.
Em linhas gerais, foi este o propósito principal do Espírito Santo ao ter inspirado a escrita do livro de Juízes.
Aprendemos também neste livro de Juízes que períodos de arrependimento e de retorno à comunhão com o Senhor, podem ser seguidos por períodos de apostasia, se não cuidarmos diligentemente em prosseguir adiante na aplicação em nossos deveres para com Deus e com o próximo.
Vitórias alcançadas jamais devem ser motivo para descansarmos e não incentivarmos as gerações seguintes à mesma fidelidade com que estivermos nos empenhando em agradar ao Senhor.
O livro de Juízes dá um claro testemunho e palavra de alerta à Igreja para que não descuide em avançar na comissão que lhe foi ordenada por Jesus de ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura, pois quando a Igreja se desvia deste grande alvo, perdendo o ardor evangelístico e missionário, a consequência será o apostatar dos caminhos do Senhor, porque Ele não se deixará achar e não expulsará o Inimigo para que almas sejam conquistadas à fé, porque Ele faz isto, concedendo graça, somente quando há uma verdadeira disposição e empenho em se obedecer à Sua grande comissão.
A grande repreensão do anjo do Senhor aos israelitas, exibida nas palavras do verso 2: “Mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isso comigo?”, bem demonstra a grande indignação que Jesus sente ao nos ver de braços cruzados em relação à ordem que deu à Igreja de fazer discípulos em todas as nações.
Isto é um dever real que impôs à Igreja até que Ele volte.
E nós sabemos, pelo testemunho da história, quantas derrotas o povo de Deus teve que amargar em relação aos seus inimigos espirituais, e o pouco ou quase nenhum avanço que fez em determinadas épocas da história, pelo mesmo motivo que levou o anjo a se indignar em relação aos israelitas no passado: falta de empenho em cumprir a Sua ordem de avançar e conquistar para Deus tudo aquilo que Ele nos tem ordenado.
Os israelitas choraram por causa da repreensão do anjo (v 4), mas isto não é suficiente.
Não basta estarmos dispostos a mudar nossas atitudes, e mesmo lamentar o nosso estado espiritual, se isto não for acompanhado por ações de fé reais na direção do cumprimento daquilo que Jesus nos ordenou quanto à evangelização mundial.
Planos, reuniões, congressos, concílios, e quaisquer outras iniciativas serão de nenhum valor se não forem acompanhados por ações concretas visando à conversão de almas para Cristo.
Se o Espírito Santo não for conosco, assim como o anjo acompanhava, dirigia, instruía e fazia as conquistas para os israelitas, de modo algum poderemos pensar que estamos agradando a Deus, se fugiu de nós o desejo e o empenho direcionados à salvação dos perdidos.
Esta tarefa de conduzir o rebanho à obra de evangelização é uma das principais missões de qualquer pastor, pois são chamados de anjos das Igrejas, pelo Senhor Jesus, no livro de Apocalipse.
Foi a eles que se dirigiu cobrando o seu empenho em conduzir o rebanho segundo a Sua vontade, sob o risco de terem o seu candeeiro removido em caso de descumprimento daquilo de que foram encarregados pelo Senhor da Igreja.
Estes pastores, que são designados por anjos das Igrejas, aparecem em Apocalipse como estrelas nas mãos de Jesus.
Isto indica que assim como o Anjo da aliança apareceu a Josué, como príncipe do exército de Jeová, e conduziu tanto a Moisés, quanto a Josué, e todos os líderes verdadeiros de Israel, que foram levantados por Deus para conduzir o seu povo, de igual modo, Jesus é o mesmo Anjo na Nova Aliança, que tem toda a primazia sobre os pastores que Ele mesmo chama e constitui sobre o Seu povo, para que façam toda a Sua vontade.
O lugar onde o anjo falou aos israelitas ficou sendo conhecido por Boquim (v. 1 e 5), porque no hebraico, esta palavra significa chorões, porque que a palavra se encontra no plural, indicando que foram muitos os que prantearam em razão da repreensão do anjo do Senhor.
Quem dera, ao menos a Igreja chorasse a sua atual condição de quase completo desinteresse e imobilização quanto a buscar um real compromisso e consagração ao Senhor, para que no poder do Espírito Santo se entregue à obra de evangelização mundial, não somente em palavras, mas no poder do Espírito Santo, através do testemunho pessoal de vidas transformadas e santificadas.
Mas quando tão poucos se interessam pela salvação da própria alma, como estarão realmente interessados na salvação de outros?
Os israelitas ao menos lamentaram e choraram pela condição de desobediência à ordem de avançar e conquistar Canaã.
Sequer isto se vê na maior parte das Igrejas de nossos dias, apesar de haver, certamente, uma repreensão do Senhor pelo fato de não terem um maior empenho em prol da salvação dos perdidos em todo o mundo.
Os países da Ásia e de grande parte do Oriente, continuam com suas portas fechadas para o evangelho, mas importa que este seja pregado também a eles, para que Cristo volte.
Quando a Igreja despertará do seu sono e começará a trabalhar com todo o empenho na direção do cumprimento do Ide de Jesus?
Jesus disse que o evangelho será pregado em todo o mundo antes da Sua vinda, e o que nós estamos fazendo para que isto se cumpra?
O Senhor garantiu a posse de todo o território de Canaã aos israelitas, e o que eles fizeram em relação a isto?
O livro de Juízes revela o quadro, e este não é muito diferente do que tem ocorrido com a história da Igreja ao longo destes dois mil anos, em que o evangelho tem sido pregado no mundo.
Da parte do Senhor, a aliança que Ele fez conosco, nunca será quebrada, porque é fiel àquilo que prometeu, mas não se pode dizer o mesmo em relação a nós.
Devemos portanto, ser diligentes em todo o tempo e ter todo o cuidado necessário para que não nos desviemos do alvo que devemos atingir.
Gostando ou não, querendo ou não, temendo ou não, devemos nos lançar de corpo e alma à missão da qual fomos encarregados, e o Senhor será conosco e nos fará prosperar em nossos empreendimentos, porque Ele fez a promessa de não deixar e desamparar àqueles que Lhe obedecem e Lhe são fiéis.
Deste modo, os israelitas foram repreendidos, não somente por terem se desviado da missão de conquistar Canaã, como também por terem se misturado aos cananeus, que deixaram na terra, em vez de expulsá-los, e vieram a praticar as mesmas abominações que eles praticavam.
Não é de se estranhar portanto, que quando deixamos de ter este interesse em dar testemunho de Cristo às pessoas, que sejamos também encontrados em disposições de mundano proceder.
O pecado de Israel trouxe como consequência, o fato de Deus ter determinado que não expulsaria mais os cananeus.
De igual modo, quando deixamos de cumprir o Ide e passamos a nos misturar com as coisas que são do mundo, Deus também deixa de nos usar para conquistar as almas que são preciosas para Ele.
Outros o farão no nosso lugar, e teremos que lamentar uma vida vazia e sem frutos, porque o Senhor não dará jamais a honra de o indolente se gloriar em ter sido usado eficazmente por Ele.
Se não recebemos graça da parte de Deus, para realizar o trabalho que Ele nos designou, não teremos outra alternativa senão a de enterrar o talento que nos deu para fazer a Sua obra.
Aqueles que favorecem e são complacentes com as suas luxúrias e corrupções, que deveriam mortificar, perdem a graça de Deus, e esta é justamente retirada deles (ainda que não percam a salvação caso sejam crentes genuínos justificados e regenerados pelo Espírito Santo).
Se nós não resistirmos ao diabo, não devemos esperar que Deus o coloque debaixo dos nossos pés. O que se fará ao sal caso vier a perder o seu sabor e função de salgar este mundo de trevas, para que a corrupção não prevaleça?
Por isso, aos infiéis, em vez de promessas de bênçãos, Deus promete dificuldades, assim como disse aos israelitas sobre o que deveriam esperar da parte daqueles aos quais haviam se associado em suas más obras.
Seriam como espinhos e laço para eles, e isto indicava dificuldades e opressões.
Pois em vez de dominar as nações, Israel seria dominado por elas.
Deus os entregaria nas mãos dos seus inimigos por causa do seu pecado.
Ele afirmou que os venderia aos seus inimigos, assim como quem é vendido por causa de uma grande dívida que não pode liquidar.
A dívida dos israelitas seria cobrada na forma de opressões dos seus inimigos, que seriam determinadas pelo próprio Deus.
Porém, sendo benigno e misericordioso, o Senhor prometeu livrá-los das mãos dos seus opressores caso se arrependessem dos seus pecados.
Ele suscitaria libertadores para este propósito, e nós vemos esta promessa sendo cumprida em diversas ocasiões na narrativa do livro de Juízes, revelando-se assim o caráter fiel do Senhor, em cumprir as Suas promessas, e a sua infinita misericórdia para conosco.
Entretanto, em razão do Seu atributo de justiça, apesar de ser tardio em se irar, o Senhor não pode ser, de modo algum, conivente com o pecado e permanecer insensível às apostasias do Seu povo, e por isso sempre torna a exercer os Seus juízos, a par de toda a misericórdia exibida anteriormente.
Por causa de Sua longanimidade, pode até suportar, tolerar por muito tempo todos os nossos pecados, mas certamente não nos deixará sem a devida correção no tempo apropriado.
Isto aprendemos não somente na revelação que fez no livro de Juízes, como também em toda a Bíblia.
A história da Igreja, tal como a narrada em Juízes, tem revelado o modo como Deus tem levantado pessoas que qualificou e capacitou extraordinariamente, pela Sua graça, para redirecionar o Seu povo à prática da justiça e da santidade, e isto nos faz lembrar de Lutero, Calvino, Jonathan Edwards, Spurgeon, e muitos outros, que em suas próprias épocas, foram instrumentos nas mãos do Senhor para o referido propósito.
É notável também, que sempre segue a um período de grande reforma e retorno à santidade, períodos de apostasias.
Tal como se deu com Israel, ocorre com a Igreja, e por isso, cada época testemunhará acerca daqueles que Deus levantou e continuará levantando para avivar o Seu povo.
Isto indica que o ideal seria que a Igreja permanecesse permanentemente avivada e fiel à vontade de Deus.
Mas como o evangelho opera entre pecadores, e por serem estes dados a se desviarem da vontade do Senhor, sempre será necessário manter uma postura de reforma, de modo a não se experimentar apostasias, que sempre virão, sem falta, se deixamos esfriar este espírito de manter as pessoas ocupadas em serem fiéis à vontade de Deus.
Veja o caso de Israel, que enquanto vivia Josué e os anciãos da sua geração, o povo andou obedientemente cumprindo a vontade do Senhor, especialmente no que se refere à ocupação e conquista de Canaã.
Mas quando uma nova liderança se levantou, e que não tinha o mesmo empenho em conduzir o povo nos caminhos de Deus, o resultado é o que encontramos no livro de Juízes, que afirma o seguinte nos versos 16 a 19: “16 Mas o Senhor suscitou juízes, que os livraram da mão dos que os espojavam. 17 Contudo, não deram ouvidos nem aos seus juízes, pois se prostituíram após outros deuses, e os adoraram; depressa se desviaram do caminho, por onde andaram seus pais em obediência aos mandamentos do Senhor; não fizeram como eles. 18 Quando o Senhor lhes suscitava juízes, ele era com o juiz, e os livrava da mão dos seus inimigos todos os dias daquele juiz; porquanto o Senhor se compadecia deles em razão do seu gemido por causa dos que os oprimiam e afligiam. 19 Mas depois da morte do juiz, reincidiam e se corrompiam mais do que seus pais, andando após outros deuses, servindo-os e adorando-os; não abandonavam nenhuma das suas práticas, nem a sua obstinação.”.
E tal é esta obstinação da natureza terrena, do coração carnal, que se diz que o povo não deu ouvido aos juízes e se prostituiu após outros deuses (v. 17).
A advertência bíblica para que nos empenhemos com toda diligência em confirmar a nossa vocação e eleição, não é de pouca importância, porque se refere a uma luta titânica contra um inimigo poderoso que é a nossa natureza pecaminosa, que pode ser mortificada somente pelo Espírito Santo, mas este trabalho não poderá ser realizado se não cooperarmos com a Sua vontade, por não nos tornarmos verdadeiramente submissos ao Senhor, e por não crermos e não nos dispormos a colocar em prática, todas as coisas que nos tem ordenado em Sua Palavra, e especificamente em nossa caminhada diária.
Assim, os cananeus não seriam expulsos por Deus, para que por meio deles, provasse a fidelidade de Israel.
De igual modo o diabo e todos os seus demônios permanecem no mundo, não por que isto seja agradável ao Senhor, mas para que por meio desta presença, a nossa fidelidade possa ser provada, de maneira a permanecermos firmes em fazer a vontade de Deus, em meio a todas as tentações que o inferno possa realizar.
E parece que a missão da Igreja de ser sal e luz do mundo se deteriora cada vez mais, permitindo que a luz do evangelho não brilhe em todo o seu fulgor e que o sal perca o seu poder de salgar e preservar.
Isto decorre do pecado de os cristãos em serem mundanos, ignorando a ordenança bíblica de serem um povo distinto e de não amarem o mundo e não tomarem a forma dele, como nos exortam especialmente os apóstolos João e Paulo, respectivamente.
Muitos cristãos não querem ser diferentes do mundo. Ao contrário, querem trazer para suas vidas e para dentro da Igreja aquilo que não é de Cristo, mas do mundo.
Pensam erroneamente, que esta será a melhor forma de trazer outros à conversão.
Estamos empenhados numa batalha espiritual de vida ou de morte. Na qual operam principados e potestades com toda a fúria inimaginável, para permanecerem na posse das almas humanas, as quais, para serem resgatadas demandam que primeiro seja amarrado o valente que as aprisiona, e este é um trabalho único e exclusivo para o Senhor Jesus e o Espírito Santo de Deus, sob a atração exercida por Deus Pai para trazer os pecadores em submissão a Seu Filho.
E como isto poderá ocorrer quando os cristãos se tornam mundanos?
Deus usaria Israel caso eles evitassem o pecado de se misturar com o pecado das nações pagãs. E não é portanto para se admirar que tantas exortações sejam feitas na Sua Palavra neste sentido.
E para o propósito de desencorajar o Seu povo à mistura com as nações de Canaã, Deus acrescentou variadas e grandes ameaças de maldições e castigos para os israelitas no caso de serem desobedientes a tal ordenança específica.
Muitas aflições viriam sobre eles, da parte do próprio Deus, caso se misturassem com as práticas abomináveis daquelas nações.
O que acontece com a Igreja de Cristo em nossos dias não é muito diferente disso.
Muitas bênçãos não são alcançadas, e muita correção da parte do Senhor sobrevém à Igreja, exatamente por causa deste pecado de se assumir a forma do mundo.
Se, conforme dizer do apóstolo é necessário não se conformar ao mundo para que se possa conhecer a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, então não é difícil de se entender que quando se toma a forma do mundo não somente ficamos impossibilitados de fazer a vontade de Deus, como até mesmo de conhecê-la, conforme se afirma em Rom 12.2.
Deus quer um povo santo, puro e separado, e o segundo capítulo de Juízes nos revela isto de forma muito direta e clara, e este povo, é formado na dispensação da graça, por pessoas que se convertem das trevas do mundo para a luz de Jesus.
Tudo o que estiver misturado com o mundo, passará debaixo do juízo ou da correção do Senhor, porque nada que provém do mundo pode ser um canal apropriado para trazer a nós a presença real e santa de Jesus.
Assim, todo ministério mundano não prevalecerá, e ficará destituído da graça de Deus.
Os pastores mundanos não terão qualquer mensagem recebida da parte de Deus para ser pregada com poder ao Seu povo. Porque o Espírito Santo não se detém onde mora o orgulho e disposições de mundano proceder.
Aquele que não separa o que é vil do que é precioso, não pode ser a boca de Deus.
Deste modo, todos os cristãos que se deixarem seduzir pelos prazeres deste mundo estarão áridos, vazios e confusos.
Serão como o povo de Israel, depois de ter fabricado o bezerro de ouro.
A presença da nuvem de glória entre eles se retirará e o Senhor não caminhará mais com eles, até que se arrependam e voltem a viver em verdadeira santidade.
“1 O anjo do Senhor subiu de Gilgal a Boquim, e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe para a terra que, com juramento, prometi a vossos pais, e vos disse: Nunca violarei e meu pacto convosco;
2 e, quanto a vós, não fareis pacto com os habitantes desta terra, antes derrubareis os seus altares. Mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isso?
3 Pelo que também eu disse: Não os expulsarei de diante de vós; antes estarão quais espinhos nas vossas ilhargas, e os seus deuses vos serão por laço.
4 Tendo o anjo do Senhor falado estas palavras a todos os filhos de Israel, o povo levantou a sua voz e chorou.
5 Pelo que chamaram àquele lugar Boquim; e ali sacrificaram ao Senhor.
6 Havendo Josué despedido o povo, foram-se os filhos de Israel, cada um para a sua herança, a fim de possuírem a terra.
7 O povo serviu ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que sobreviveram a Josué e que tinham visto toda aquela grande obra do Senhor, a qual ele fizera a favor de Israel.
8 Morreu, porém, Josué, filho de Num, servo do Senhor, com a idade de cento e dez anos;
9 e o sepultaram no território da sua herança, em Timnate-Heres, na região montanhosa de Efraim, para o norte do monte Gaás.
10 Foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e após ela levantou-se outra geração que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel.
11 Então os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, servindo aos baalins;
12 abandonaram o Senhor Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses dos povos que havia ao redor deles, e os adoraram; e provocaram o Senhor à ira,
13 abandonando-o, e servindo a baalins e astarotes.
14 Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e ele os entregou na mão dos espoliadores, que os despojaram; e os vendeu na mão dos seus inimigos ao redor, de modo que não puderam mais resistir diante deles.
15 Por onde quer que saíam, a mão do Senhor era contra eles para o mal, como o Senhor tinha dito, e como lho tinha jurado; e estavam em grande aflição.
16 Mas o Senhor suscitou juízes, que os livraram da mão dos que os espojavam.
17 Contudo, não deram ouvidos nem aos seus juízes, pois se prostituíram após outros deuses, e os adoraram; depressa se desviaram do caminho, por onde andaram seus pais em obediência aos mandamentos do Senhor; não fizeram como eles.
18 Quando o Senhor lhes suscitava juízes, ele era com o juiz, e os livrava da mão dos seus inimigos todos os dias daquele juiz; porquanto o Senhor se compadecia deles em razão do seu gemido por causa dos que os oprimiam e afligiam.
19 Mas depois da morte do juiz, reincidiam e se corrompiam mais do que seus pais, andando após outros deuses, servindo-os e adorando-os; não abandonavam nenhuma das suas práticas, nem a sua obstinação.
20 Pelo que se acendeu contra Israel a ira do Senhor, e ele disse: Porquanto esta nação violou o meu pacto, que estabeleci com seus pais, não dando ouvidos à minha voz,
21 eu não expulsarei mais de diante deles nenhuma das nações que Josué deixou quando morreu;
22 a fim de que, por elas, ponha a prova Israel, se há de guardar, ou não, o caminho do Senhor, como seus pais o guardaram, para nele andar.
23 Assim o Senhor deixou ficar aquelas nações, e não as desterrou logo, nem as entregou na mão de Josué.” (Jz 2.1-23).
Podemos aprender muito com a narrativa do 2º capítulo de Juízes no qual se declara expressamente que a ruína de Israel era devida à sua assimilação das práticas pagãs dos habitantes da terra de Canaã.
Este capítulo segundo é uma síntese de tudo o que é narrado no livro de Juízes.
Ele é uma preparação para tudo o que será dito dali em diante.
Ele cita o que aconteceu, e estes fatos serão narrados detalhadamente nos capítulos posteriores, com exceção dos cinco últimos capítulos que se referem a um período anterior ao dos juízes.
A narrativa se inicia com o anjo do Senhor repreendendo duramente os israelitas, pelo fato de não terem conquistado os territórios que lhes foram designados por sortes, nos dias de Josué, e pelo fato de terem se acomodado e se misturado aos cananeus.
Nos versos 11 a 13 é citado que a geração que se seguiu à de Josué não conhecia ao Senhor, e fez o que era mau aos seus olhos, misturando-se aos cananeus e fazendo as mesmas práticas abomináveis deles.
A condição de todo o período coberto pela narrativa do livro de Juízes, o qual durou aproximadamente trezentos anos, está declarada de forma resumida nos versos 14 a 23.
Nestes versos está revelado claramente que o motivo de estarmos enfraquecidos diante de nossos inimigos espirituais e sujeitados a sermos pisados pelos homens, como sal que perdeu o sabor, está relacionado ao abandono do Senhor, e da prática da Sua Palavra.
A comunhão com Deus, garantida por um andar no Espírito Santo, fazendo aquilo que Ele nos tem ordenado na Bíblia e em relação à Sua vontade específica, no que se relaciona ao viver diário, especialmente o que diz respeito às coisas pertinentes ao ministério, que recebemos dEle para cumprir, é o modo de se ter uma vida verdadeiramente próspera e sermos mais do que vencedores, por meio de Jesus, sobre a carne, o mundo e o diabo.
Quando nos desviamos dos caminhos do Senhor ficamos sujeitados à disciplina da aliança, que temos com Ele, por iniciativa e autoridade dEle próprio, que nos deixa à mercê da opressão dos nossos inimigos, para que seja produzido em nós o devido arrependimento.
Quando este arrependimento ocorre e clamamos pelo livramento de Deus, Ele se apressa em socorrer-nos, voltando a nos conceder a Sua graça e poder, para sermos fortalecidos e podermos voltar a andar na Sua presença.
Deus é santo, e sem a santidade que Ele mesmo nos confere, por meio do Espírito Santo, é impossível estar em comunhão com Ele.
Por isso necessitamos da Sua graça, para que operando em nós, de forma a nos conceder um coração segundo o Seu coração, possamos retornar à comunhão.
Então nós vemos declarado na Palavra de Deus que era Ele próprio que entregava Israel nas mãos dos seus inimigos, e que também, por Sua própria deliberação, decidiu que não desapossaria mais aquelas nações da presença de Israel, para que por meio delas pudesse provar a fidelidade do Seu povo, em não se deixar levar pelas suas práticas abomináveis, e permanecerem fiéis, na guarda dos Seus mandamentos.
Por meio da permanência de muitas daquelas nações seria provado até que ponto Israel buscaria uma vida autêntica de fé e obediência, de modo que se pudesse provar através disso que estavam de fato fazendo a vontade de Deus, pois não havia outra maneira de terem sucesso sobre os seus inimigos.
Isto ensina claramente que não se vence o diabo com religiosidade desprovida de verdadeira comunhão com Deus, porque é se sujeitando a Ele e à Sua vontade, que vencemos o diabo e todas as suas hostes.
Em outras palavras: a vitória sobre as forças do inimigo decorre de um caminhar na presença do Senhor.
É sujeitando-se a Deus, mediante prática da Sua Palavra, que o diabo foge de nós.
Mas não era isto o que se via nas sucessivas gerações de Israel.
Deus havia formado um povo exclusivamente seu a partir de Abraão, para o propósito de preservar a vida do homem na Terra. Porque pelo modo santo com que deveriam viver revelariam que a prática da justiça divina preserva e traz prosperidade, mas a prática do mal, não somente destrói pessoas e nações, como também atrai os juízos condenatórios do Senhor.
E isto estava sendo observado de modo prático nos dias do Velho Testamento, através das assolações que Deus estava trazendo sobre as nações pagãs, como sobre o próprio povo de Israel, quando este também se encontrava debaixo das mesmas práticas abomináveis daquelas nações.
Em vez de serem distintos das nações de Canaã, pelo cumprimento de tudo que lhes foi ordenado na Lei de Moisés, se misturavam às práticas daquelas nações, e perdiam a sua identidade distintiva de povo do Senhor, porque quando se mistura água com vinho, o resultado é uma mistura homogênea, e não dá mais para se distinguir quem é a água e quem é o vinho.
Mas quando se mistura água com azeite, o azeite há de ficar por cima da água e não se misturará a ela.
É pois somente estando cheios do azeite que simboliza o Espírito Santo, e andando nEle, que apesar de estarmos no mundo e termos que nos relacionar com as pessoas que são dele, com vistas a lhes conduzir à bênção do Senhor, por nosso bom testemunho de vida, não nos misturaremos jamais às coisas deste mundo e ao pecado, como diz o apóstolo Paulo em Gál 5.16: “Andai no Espírito e jamais satisfareis aos desejos da carne.”.
Assim, nós podemos concluir que a razão da repreensão que o anjo do Senhor dirigiu aos israelitas se prendeu muito mais à falta de fé, e a esta mistura com as práticas dos povos de Canaã, do que propriamente à falta de iniciativa em combater os cananeus, para se apossarem das terras que lhes foram designadas por sortes.
O anjo do Senhor vinha lhes acompanhando desde a saída do Egito, e declara isto nas palavras dos versos 1 a 3, e que estava sendo fiel ao pacto que haviam feito com Deus, de guardarem todos os Seus mandamentos, pois lhes estava ajudando a cumprirem tudo que lhes havia sido ordenado, especialmente no que se referia a prevalecerem contra os seus inimigos, mas manifestou o Seu desagrado diante do seu recuo em fazerem a vontade de Deus, com as seguintes palavras:
“1 O anjo do Senhor subiu de Gilgal a Boquim, e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe para a terra que, com juramento, prometi a vossos pais, e vos disse: Nunca violarei e meu pacto convosco;
2 e, quanto a vós, não fareis pacto com os habitantes desta terra, antes derrubareis os seus altares. Mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isso?
3 Pelo que também eu disse: Não os expulsarei de diante de vós; antes estarão quais espinhos nas vossas ilhargas, e os seus deuses vos serão por laço.”.
Nós lembramos nisto, das palavras de Paulo dirigidas aos Gálatas:
“Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho,” (Gál 1.6). E ainda em Gál 5.7: “Corríeis bem; quem vos impediu de obedecer à verdade?”.
A síntese de todo o conteúdo do livro de Juízes, que é feita neste segundo capítulo, revela que o propósito principal da escrita deste livro foi o de ensinar que a mistura do povo de Deus com as práticas abomináveis do mundo o torna impotente para conhecer e fazer a vontade do Senhor.
Ensina também que a falta de fé e determinação para cumprir tudo aquilo que Deus nos tem ordenado expressamente, como no caso dos israelitas, a indiferença em realizar a conquista total de Canaã, acaba por conduzir o povo de Deus a perder o seu caráter único e santo, e em decorrência disto, não terá poder e autoridade que procedem do Senhor para poder conhecer e fazer a Sua vontade, deixando portanto, de ser bênção para as nações.
O mundo espiritual é discernido espiritualmente, pelo Espírito Santo, e este jamais se moverá naqueles que não estiverem se movendo em direção à obediência à Palavra de Deus, pela busca de comunhão com Ele, em vidas verdadeiramente santas.
Em linhas gerais, foi este o propósito principal do Espírito Santo ao ter inspirado a escrita do livro de Juízes.
Aprendemos também neste livro de Juízes que períodos de arrependimento e de retorno à comunhão com o Senhor, podem ser seguidos por períodos de apostasia, se não cuidarmos diligentemente em prosseguir adiante na aplicação em nossos deveres para com Deus e com o próximo.
Vitórias alcançadas jamais devem ser motivo para descansarmos e não incentivarmos as gerações seguintes à mesma fidelidade com que estivermos nos empenhando em agradar ao Senhor.
O livro de Juízes dá um claro testemunho e palavra de alerta à Igreja para que não descuide em avançar na comissão que lhe foi ordenada por Jesus de ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura, pois quando a Igreja se desvia deste grande alvo, perdendo o ardor evangelístico e missionário, a consequência será o apostatar dos caminhos do Senhor, porque Ele não se deixará achar e não expulsará o Inimigo para que almas sejam conquistadas à fé, porque Ele faz isto, concedendo graça, somente quando há uma verdadeira disposição e empenho em se obedecer à Sua grande comissão.
A grande repreensão do anjo do Senhor aos israelitas, exibida nas palavras do verso 2: “Mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isso comigo?”, bem demonstra a grande indignação que Jesus sente ao nos ver de braços cruzados em relação à ordem que deu à Igreja de fazer discípulos em todas as nações.
Isto é um dever real que impôs à Igreja até que Ele volte.
E nós sabemos, pelo testemunho da história, quantas derrotas o povo de Deus teve que amargar em relação aos seus inimigos espirituais, e o pouco ou quase nenhum avanço que fez em determinadas épocas da história, pelo mesmo motivo que levou o anjo a se indignar em relação aos israelitas no passado: falta de empenho em cumprir a Sua ordem de avançar e conquistar para Deus tudo aquilo que Ele nos tem ordenado.
Os israelitas choraram por causa da repreensão do anjo (v 4), mas isto não é suficiente.
Não basta estarmos dispostos a mudar nossas atitudes, e mesmo lamentar o nosso estado espiritual, se isto não for acompanhado por ações de fé reais na direção do cumprimento daquilo que Jesus nos ordenou quanto à evangelização mundial.
Planos, reuniões, congressos, concílios, e quaisquer outras iniciativas serão de nenhum valor se não forem acompanhados por ações concretas visando à conversão de almas para Cristo.
Se o Espírito Santo não for conosco, assim como o anjo acompanhava, dirigia, instruía e fazia as conquistas para os israelitas, de modo algum poderemos pensar que estamos agradando a Deus, se fugiu de nós o desejo e o empenho direcionados à salvação dos perdidos.
Esta tarefa de conduzir o rebanho à obra de evangelização é uma das principais missões de qualquer pastor, pois são chamados de anjos das Igrejas, pelo Senhor Jesus, no livro de Apocalipse.
Foi a eles que se dirigiu cobrando o seu empenho em conduzir o rebanho segundo a Sua vontade, sob o risco de terem o seu candeeiro removido em caso de descumprimento daquilo de que foram encarregados pelo Senhor da Igreja.
Estes pastores, que são designados por anjos das Igrejas, aparecem em Apocalipse como estrelas nas mãos de Jesus.
Isto indica que assim como o Anjo da aliança apareceu a Josué, como príncipe do exército de Jeová, e conduziu tanto a Moisés, quanto a Josué, e todos os líderes verdadeiros de Israel, que foram levantados por Deus para conduzir o seu povo, de igual modo, Jesus é o mesmo Anjo na Nova Aliança, que tem toda a primazia sobre os pastores que Ele mesmo chama e constitui sobre o Seu povo, para que façam toda a Sua vontade.
O lugar onde o anjo falou aos israelitas ficou sendo conhecido por Boquim (v. 1 e 5), porque no hebraico, esta palavra significa chorões, porque que a palavra se encontra no plural, indicando que foram muitos os que prantearam em razão da repreensão do anjo do Senhor.
Quem dera, ao menos a Igreja chorasse a sua atual condição de quase completo desinteresse e imobilização quanto a buscar um real compromisso e consagração ao Senhor, para que no poder do Espírito Santo se entregue à obra de evangelização mundial, não somente em palavras, mas no poder do Espírito Santo, através do testemunho pessoal de vidas transformadas e santificadas.
Mas quando tão poucos se interessam pela salvação da própria alma, como estarão realmente interessados na salvação de outros?
Os israelitas ao menos lamentaram e choraram pela condição de desobediência à ordem de avançar e conquistar Canaã.
Sequer isto se vê na maior parte das Igrejas de nossos dias, apesar de haver, certamente, uma repreensão do Senhor pelo fato de não terem um maior empenho em prol da salvação dos perdidos em todo o mundo.
Os países da Ásia e de grande parte do Oriente, continuam com suas portas fechadas para o evangelho, mas importa que este seja pregado também a eles, para que Cristo volte.
Quando a Igreja despertará do seu sono e começará a trabalhar com todo o empenho na direção do cumprimento do Ide de Jesus?
Jesus disse que o evangelho será pregado em todo o mundo antes da Sua vinda, e o que nós estamos fazendo para que isto se cumpra?
O Senhor garantiu a posse de todo o território de Canaã aos israelitas, e o que eles fizeram em relação a isto?
O livro de Juízes revela o quadro, e este não é muito diferente do que tem ocorrido com a história da Igreja ao longo destes dois mil anos, em que o evangelho tem sido pregado no mundo.
Da parte do Senhor, a aliança que Ele fez conosco, nunca será quebrada, porque é fiel àquilo que prometeu, mas não se pode dizer o mesmo em relação a nós.
Devemos portanto, ser diligentes em todo o tempo e ter todo o cuidado necessário para que não nos desviemos do alvo que devemos atingir.
Gostando ou não, querendo ou não, temendo ou não, devemos nos lançar de corpo e alma à missão da qual fomos encarregados, e o Senhor será conosco e nos fará prosperar em nossos empreendimentos, porque Ele fez a promessa de não deixar e desamparar àqueles que Lhe obedecem e Lhe são fiéis.
Deste modo, os israelitas foram repreendidos, não somente por terem se desviado da missão de conquistar Canaã, como também por terem se misturado aos cananeus, que deixaram na terra, em vez de expulsá-los, e vieram a praticar as mesmas abominações que eles praticavam.
Não é de se estranhar portanto, que quando deixamos de ter este interesse em dar testemunho de Cristo às pessoas, que sejamos também encontrados em disposições de mundano proceder.
O pecado de Israel trouxe como consequência, o fato de Deus ter determinado que não expulsaria mais os cananeus.
De igual modo, quando deixamos de cumprir o Ide e passamos a nos misturar com as coisas que são do mundo, Deus também deixa de nos usar para conquistar as almas que são preciosas para Ele.
Outros o farão no nosso lugar, e teremos que lamentar uma vida vazia e sem frutos, porque o Senhor não dará jamais a honra de o indolente se gloriar em ter sido usado eficazmente por Ele.
Se não recebemos graça da parte de Deus, para realizar o trabalho que Ele nos designou, não teremos outra alternativa senão a de enterrar o talento que nos deu para fazer a Sua obra.
Aqueles que favorecem e são complacentes com as suas luxúrias e corrupções, que deveriam mortificar, perdem a graça de Deus, e esta é justamente retirada deles (ainda que não percam a salvação caso sejam crentes genuínos justificados e regenerados pelo Espírito Santo).
Se nós não resistirmos ao diabo, não devemos esperar que Deus o coloque debaixo dos nossos pés. O que se fará ao sal caso vier a perder o seu sabor e função de salgar este mundo de trevas, para que a corrupção não prevaleça?
Por isso, aos infiéis, em vez de promessas de bênçãos, Deus promete dificuldades, assim como disse aos israelitas sobre o que deveriam esperar da parte daqueles aos quais haviam se associado em suas más obras.
Seriam como espinhos e laço para eles, e isto indicava dificuldades e opressões.
Pois em vez de dominar as nações, Israel seria dominado por elas.
Deus os entregaria nas mãos dos seus inimigos por causa do seu pecado.
Ele afirmou que os venderia aos seus inimigos, assim como quem é vendido por causa de uma grande dívida que não pode liquidar.
A dívida dos israelitas seria cobrada na forma de opressões dos seus inimigos, que seriam determinadas pelo próprio Deus.
Porém, sendo benigno e misericordioso, o Senhor prometeu livrá-los das mãos dos seus opressores caso se arrependessem dos seus pecados.
Ele suscitaria libertadores para este propósito, e nós vemos esta promessa sendo cumprida em diversas ocasiões na narrativa do livro de Juízes, revelando-se assim o caráter fiel do Senhor, em cumprir as Suas promessas, e a sua infinita misericórdia para conosco.
Entretanto, em razão do Seu atributo de justiça, apesar de ser tardio em se irar, o Senhor não pode ser, de modo algum, conivente com o pecado e permanecer insensível às apostasias do Seu povo, e por isso sempre torna a exercer os Seus juízos, a par de toda a misericórdia exibida anteriormente.
Por causa de Sua longanimidade, pode até suportar, tolerar por muito tempo todos os nossos pecados, mas certamente não nos deixará sem a devida correção no tempo apropriado.
Isto aprendemos não somente na revelação que fez no livro de Juízes, como também em toda a Bíblia.
A história da Igreja, tal como a narrada em Juízes, tem revelado o modo como Deus tem levantado pessoas que qualificou e capacitou extraordinariamente, pela Sua graça, para redirecionar o Seu povo à prática da justiça e da santidade, e isto nos faz lembrar de Lutero, Calvino, Jonathan Edwards, Spurgeon, e muitos outros, que em suas próprias épocas, foram instrumentos nas mãos do Senhor para o referido propósito.
É notável também, que sempre segue a um período de grande reforma e retorno à santidade, períodos de apostasias.
Tal como se deu com Israel, ocorre com a Igreja, e por isso, cada época testemunhará acerca daqueles que Deus levantou e continuará levantando para avivar o Seu povo.
Isto indica que o ideal seria que a Igreja permanecesse permanentemente avivada e fiel à vontade de Deus.
Mas como o evangelho opera entre pecadores, e por serem estes dados a se desviarem da vontade do Senhor, sempre será necessário manter uma postura de reforma, de modo a não se experimentar apostasias, que sempre virão, sem falta, se deixamos esfriar este espírito de manter as pessoas ocupadas em serem fiéis à vontade de Deus.
Veja o caso de Israel, que enquanto vivia Josué e os anciãos da sua geração, o povo andou obedientemente cumprindo a vontade do Senhor, especialmente no que se refere à ocupação e conquista de Canaã.
Mas quando uma nova liderança se levantou, e que não tinha o mesmo empenho em conduzir o povo nos caminhos de Deus, o resultado é o que encontramos no livro de Juízes, que afirma o seguinte nos versos 16 a 19: “16 Mas o Senhor suscitou juízes, que os livraram da mão dos que os espojavam. 17 Contudo, não deram ouvidos nem aos seus juízes, pois se prostituíram após outros deuses, e os adoraram; depressa se desviaram do caminho, por onde andaram seus pais em obediência aos mandamentos do Senhor; não fizeram como eles. 18 Quando o Senhor lhes suscitava juízes, ele era com o juiz, e os livrava da mão dos seus inimigos todos os dias daquele juiz; porquanto o Senhor se compadecia deles em razão do seu gemido por causa dos que os oprimiam e afligiam. 19 Mas depois da morte do juiz, reincidiam e se corrompiam mais do que seus pais, andando após outros deuses, servindo-os e adorando-os; não abandonavam nenhuma das suas práticas, nem a sua obstinação.”.
E tal é esta obstinação da natureza terrena, do coração carnal, que se diz que o povo não deu ouvido aos juízes e se prostituiu após outros deuses (v. 17).
A advertência bíblica para que nos empenhemos com toda diligência em confirmar a nossa vocação e eleição, não é de pouca importância, porque se refere a uma luta titânica contra um inimigo poderoso que é a nossa natureza pecaminosa, que pode ser mortificada somente pelo Espírito Santo, mas este trabalho não poderá ser realizado se não cooperarmos com a Sua vontade, por não nos tornarmos verdadeiramente submissos ao Senhor, e por não crermos e não nos dispormos a colocar em prática, todas as coisas que nos tem ordenado em Sua Palavra, e especificamente em nossa caminhada diária.
Assim, os cananeus não seriam expulsos por Deus, para que por meio deles, provasse a fidelidade de Israel.
De igual modo o diabo e todos os seus demônios permanecem no mundo, não por que isto seja agradável ao Senhor, mas para que por meio desta presença, a nossa fidelidade possa ser provada, de maneira a permanecermos firmes em fazer a vontade de Deus, em meio a todas as tentações que o inferno possa realizar.
E parece que a missão da Igreja de ser sal e luz do mundo se deteriora cada vez mais, permitindo que a luz do evangelho não brilhe em todo o seu fulgor e que o sal perca o seu poder de salgar e preservar.
Isto decorre do pecado de os cristãos em serem mundanos, ignorando a ordenança bíblica de serem um povo distinto e de não amarem o mundo e não tomarem a forma dele, como nos exortam especialmente os apóstolos João e Paulo, respectivamente.
Muitos cristãos não querem ser diferentes do mundo. Ao contrário, querem trazer para suas vidas e para dentro da Igreja aquilo que não é de Cristo, mas do mundo.
Pensam erroneamente, que esta será a melhor forma de trazer outros à conversão.
Estamos empenhados numa batalha espiritual de vida ou de morte. Na qual operam principados e potestades com toda a fúria inimaginável, para permanecerem na posse das almas humanas, as quais, para serem resgatadas demandam que primeiro seja amarrado o valente que as aprisiona, e este é um trabalho único e exclusivo para o Senhor Jesus e o Espírito Santo de Deus, sob a atração exercida por Deus Pai para trazer os pecadores em submissão a Seu Filho.
E como isto poderá ocorrer quando os cristãos se tornam mundanos?
Deus usaria Israel caso eles evitassem o pecado de se misturar com o pecado das nações pagãs. E não é portanto para se admirar que tantas exortações sejam feitas na Sua Palavra neste sentido.
E para o propósito de desencorajar o Seu povo à mistura com as nações de Canaã, Deus acrescentou variadas e grandes ameaças de maldições e castigos para os israelitas no caso de serem desobedientes a tal ordenança específica.
Muitas aflições viriam sobre eles, da parte do próprio Deus, caso se misturassem com as práticas abomináveis daquelas nações.
O que acontece com a Igreja de Cristo em nossos dias não é muito diferente disso.
Muitas bênçãos não são alcançadas, e muita correção da parte do Senhor sobrevém à Igreja, exatamente por causa deste pecado de se assumir a forma do mundo.
Se, conforme dizer do apóstolo é necessário não se conformar ao mundo para que se possa conhecer a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, então não é difícil de se entender que quando se toma a forma do mundo não somente ficamos impossibilitados de fazer a vontade de Deus, como até mesmo de conhecê-la, conforme se afirma em Rom 12.2.
Deus quer um povo santo, puro e separado, e o segundo capítulo de Juízes nos revela isto de forma muito direta e clara, e este povo, é formado na dispensação da graça, por pessoas que se convertem das trevas do mundo para a luz de Jesus.
Tudo o que estiver misturado com o mundo, passará debaixo do juízo ou da correção do Senhor, porque nada que provém do mundo pode ser um canal apropriado para trazer a nós a presença real e santa de Jesus.
Assim, todo ministério mundano não prevalecerá, e ficará destituído da graça de Deus.
Os pastores mundanos não terão qualquer mensagem recebida da parte de Deus para ser pregada com poder ao Seu povo. Porque o Espírito Santo não se detém onde mora o orgulho e disposições de mundano proceder.
Aquele que não separa o que é vil do que é precioso, não pode ser a boca de Deus.
Deste modo, todos os cristãos que se deixarem seduzir pelos prazeres deste mundo estarão áridos, vazios e confusos.
Serão como o povo de Israel, depois de ter fabricado o bezerro de ouro.
A presença da nuvem de glória entre eles se retirará e o Senhor não caminhará mais com eles, até que se arrependam e voltem a viver em verdadeira santidade.
“1 O anjo do Senhor subiu de Gilgal a Boquim, e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe para a terra que, com juramento, prometi a vossos pais, e vos disse: Nunca violarei e meu pacto convosco;
2 e, quanto a vós, não fareis pacto com os habitantes desta terra, antes derrubareis os seus altares. Mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isso?
3 Pelo que também eu disse: Não os expulsarei de diante de vós; antes estarão quais espinhos nas vossas ilhargas, e os seus deuses vos serão por laço.
4 Tendo o anjo do Senhor falado estas palavras a todos os filhos de Israel, o povo levantou a sua voz e chorou.
5 Pelo que chamaram àquele lugar Boquim; e ali sacrificaram ao Senhor.
6 Havendo Josué despedido o povo, foram-se os filhos de Israel, cada um para a sua herança, a fim de possuírem a terra.
7 O povo serviu ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que sobreviveram a Josué e que tinham visto toda aquela grande obra do Senhor, a qual ele fizera a favor de Israel.
8 Morreu, porém, Josué, filho de Num, servo do Senhor, com a idade de cento e dez anos;
9 e o sepultaram no território da sua herança, em Timnate-Heres, na região montanhosa de Efraim, para o norte do monte Gaás.
10 Foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e após ela levantou-se outra geração que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel.
11 Então os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, servindo aos baalins;
12 abandonaram o Senhor Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses dos povos que havia ao redor deles, e os adoraram; e provocaram o Senhor à ira,
13 abandonando-o, e servindo a baalins e astarotes.
14 Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e ele os entregou na mão dos espoliadores, que os despojaram; e os vendeu na mão dos seus inimigos ao redor, de modo que não puderam mais resistir diante deles.
15 Por onde quer que saíam, a mão do Senhor era contra eles para o mal, como o Senhor tinha dito, e como lho tinha jurado; e estavam em grande aflição.
16 Mas o Senhor suscitou juízes, que os livraram da mão dos que os espojavam.
17 Contudo, não deram ouvidos nem aos seus juízes, pois se prostituíram após outros deuses, e os adoraram; depressa se desviaram do caminho, por onde andaram seus pais em obediência aos mandamentos do Senhor; não fizeram como eles.
18 Quando o Senhor lhes suscitava juízes, ele era com o juiz, e os livrava da mão dos seus inimigos todos os dias daquele juiz; porquanto o Senhor se compadecia deles em razão do seu gemido por causa dos que os oprimiam e afligiam.
19 Mas depois da morte do juiz, reincidiam e se corrompiam mais do que seus pais, andando após outros deuses, servindo-os e adorando-os; não abandonavam nenhuma das suas práticas, nem a sua obstinação.
20 Pelo que se acendeu contra Israel a ira do Senhor, e ele disse: Porquanto esta nação violou o meu pacto, que estabeleci com seus pais, não dando ouvidos à minha voz,
21 eu não expulsarei mais de diante deles nenhuma das nações que Josué deixou quando morreu;
22 a fim de que, por elas, ponha a prova Israel, se há de guardar, ou não, o caminho do Senhor, como seus pais o guardaram, para nele andar.
23 Assim o Senhor deixou ficar aquelas nações, e não as desterrou logo, nem as entregou na mão de Josué.” (Jz 2.1-23).
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
A BATALHA PARA LEMBRAR
Versículo do dia: Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim. (Lamentações 3.21-22)
Um dos grandes inimigos da esperança é esquecer as promessas de Deus. Lembrar é um grande ministério. Pedro e Paulo escreveram por tal razão (2Pedro 1.13; Romanos 15.15).
O principal recordador é o Espírito Santo (João 14.26). Porém, não seja passivo. Você é responsável somente pelo seu próprio ministério de lembrar. E o primeiro que você precisa lembrar é você mesmo.
A mente tem esse grande poder: pode falar consigo mesma por meio de lembrança. A mente pode “trazer à memória”. Por exemplo: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança… as suas misericórdias não têm fim” (Lamentações 3.21-22).
Se não “trouxermos à memória” o que Deus disse sobre si mesmo e sobre nós, enfraqueceremos. Oh, como eu sei disso por experiência dolorosa! Não vacile no lamaçal de mensagens ímpias. Eu quero dizer, as mensagens em sua própria cabeça. “Eu não consigo…”. “Ela não fará…”. “Eles nunca…”. “Isso nunca funcionou…”.
A questão não é se tais pensamentos são verdadeiros ou falsos. Sua mente sempre encontrará uma maneira de torná-los verdadeiros, a menos que você “traga à memória” algo maior. Deus é o Deus do impossível. Raciocinar sobre a sua saída de uma situação impossível não é tão eficaz quanto lembrar do seu caminho para fora dela.
Sem nos lembrarmos da grandeza, graça, poder e sabedoria de Deus, mergulhamos em pessimismo. “Eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença” (Salmo 73.22).
A grande mudança do desespero para a esperança no Salmo 77 vem com essas palavras: “Recordo os feitos do SENHOR, pois me lembro das tuas maravilhas da antiguidade. Considero também nas tuas obras todas e cogito dos teus prodígios” (Salmo 77.11-12).
Essa é a grande batalha da minha vida. Eu presumo que seja a da sua também. A batalha para lembrar! A mim mesmo. Depois, a outros.
Versículo do dia: Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim. (Lamentações 3.21-22)
Um dos grandes inimigos da esperança é esquecer as promessas de Deus. Lembrar é um grande ministério. Pedro e Paulo escreveram por tal razão (2Pedro 1.13; Romanos 15.15).
O principal recordador é o Espírito Santo (João 14.26). Porém, não seja passivo. Você é responsável somente pelo seu próprio ministério de lembrar. E o primeiro que você precisa lembrar é você mesmo.
A mente tem esse grande poder: pode falar consigo mesma por meio de lembrança. A mente pode “trazer à memória”. Por exemplo: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança… as suas misericórdias não têm fim” (Lamentações 3.21-22).
Se não “trouxermos à memória” o que Deus disse sobre si mesmo e sobre nós, enfraqueceremos. Oh, como eu sei disso por experiência dolorosa! Não vacile no lamaçal de mensagens ímpias. Eu quero dizer, as mensagens em sua própria cabeça. “Eu não consigo…”. “Ela não fará…”. “Eles nunca…”. “Isso nunca funcionou…”.
A questão não é se tais pensamentos são verdadeiros ou falsos. Sua mente sempre encontrará uma maneira de torná-los verdadeiros, a menos que você “traga à memória” algo maior. Deus é o Deus do impossível. Raciocinar sobre a sua saída de uma situação impossível não é tão eficaz quanto lembrar do seu caminho para fora dela.
Sem nos lembrarmos da grandeza, graça, poder e sabedoria de Deus, mergulhamos em pessimismo. “Eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença” (Salmo 73.22).
A grande mudança do desespero para a esperança no Salmo 77 vem com essas palavras: “Recordo os feitos do SENHOR, pois me lembro das tuas maravilhas da antiguidade. Considero também nas tuas obras todas e cogito dos teus prodígios” (Salmo 77.11-12).
Essa é a grande batalha da minha vida. Eu presumo que seja a da sua também. A batalha para lembrar! A mim mesmo. Depois, a outros.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do dia: “Abel foi pastor de ovelhas.” (Gênesis 4.2)
Como pastor, Abel santificou seu trabalho para a glória de Deus e ofereceu um sacrifício de sangue em seu altar. O Senhor aceitou a Abel e a sua oferta. Este antigo exemplo de nosso Senhor é bastante claro e distinto. Assim como os primeiros raios de luz que colorem o Oriente na alvorada não revelam tudo, o exemplo acima também não revela tudo. Porém, sabemos por meio dos raios, que o sol está vindo. Quando contemplamos Abel, um pastor e sacerdote, oferecendo um sacrifício de aroma agradável a Deus, reconhecemos nosso Senhor, que apresenta ao seu Pai um sacrifício que Jeová aceita.
Abel foi odiado sem motivo por seu irmão; o Salvador experimentou esse mesmo ódio. O homem natural e carnal odiou o Homem aceito, no qual habitava o Espírito da graça, e não descansou até que o sangue do Homem aceito fosse derramado. Abel caiu e aspergiu com seu próprio sangue o seu altar e o seu sacrifício. De modo semelhante, o Senhor Jesus foi morto pela inimizade do homem, enquanto servia como sacerdote diante do Senhor. O Bom Pastor entregou a sua vida pelas ovelhas (ver João 10.11). Pranteemos ao vê-Lo morto pelo ódio da humanidade, tingindo os chifres de seu altar com seu próprio sangue. O sangue de Abel falou. O Senhor disse a Caim: “A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim” (Gênesis 4.10). O sangue de Jesus possui uma voz poderosa, e o seu eficiente clamor não é de vingança, e sim de misericórdia. Estar ao lado do altar de nosso Bom Pastor é precioso além de toda preciosidade vê-Lo sangrando, como sacerdote sacrificado, e depois ouvir seu sangue falando de paz a todo o seu rebanho, paz de consciência, paz entre judeus e gentios, paz entre o homem e o Criador ofendido, paz por toda eternidade aos homens lavados pelo sangue. Abel foi o primeiro pastor em ordem de tempo, mas o nosso coração sempre dará a Jesus a prioridade em ordem de excelência. Ó Grande Pastor de Ovelhas, nós, povo do teu pastoreio, Te bendizemos com todo o nosso coração, quando Te vemos morto por nós.
Como pastor, Abel santificou seu trabalho para a glória de Deus e ofereceu um sacrifício de sangue em seu altar. O Senhor aceitou a Abel e a sua oferta. Este antigo exemplo de nosso Senhor é bastante claro e distinto. Assim como os primeiros raios de luz que colorem o Oriente na alvorada não revelam tudo, o exemplo acima também não revela tudo. Porém, sabemos por meio dos raios, que o sol está vindo. Quando contemplamos Abel, um pastor e sacerdote, oferecendo um sacrifício de aroma agradável a Deus, reconhecemos nosso Senhor, que apresenta ao seu Pai um sacrifício que Jeová aceita.
Abel foi odiado sem motivo por seu irmão; o Salvador experimentou esse mesmo ódio. O homem natural e carnal odiou o Homem aceito, no qual habitava o Espírito da graça, e não descansou até que o sangue do Homem aceito fosse derramado. Abel caiu e aspergiu com seu próprio sangue o seu altar e o seu sacrifício. De modo semelhante, o Senhor Jesus foi morto pela inimizade do homem, enquanto servia como sacerdote diante do Senhor. O Bom Pastor entregou a sua vida pelas ovelhas (ver João 10.11). Pranteemos ao vê-Lo morto pelo ódio da humanidade, tingindo os chifres de seu altar com seu próprio sangue. O sangue de Abel falou. O Senhor disse a Caim: “A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim” (Gênesis 4.10). O sangue de Jesus possui uma voz poderosa, e o seu eficiente clamor não é de vingança, e sim de misericórdia. Estar ao lado do altar de nosso Bom Pastor é precioso além de toda preciosidade vê-Lo sangrando, como sacerdote sacrificado, e depois ouvir seu sangue falando de paz a todo o seu rebanho, paz de consciência, paz entre judeus e gentios, paz entre o homem e o Criador ofendido, paz por toda eternidade aos homens lavados pelo sangue. Abel foi o primeiro pastor em ordem de tempo, mas o nosso coração sempre dará a Jesus a prioridade em ordem de excelência. Ó Grande Pastor de Ovelhas, nós, povo do teu pastoreio, Te bendizemos com todo o nosso coração, quando Te vemos morto por nós.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
COMO SERVIR A UM MAU CHEFE
Versículo do dia: Servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre. (Efésios 6.7-8)
Considere estes cinco aspectos de Efésios 6.7-8 em relação ao seu trabalho.
1) Um chamado a viver radicalmente centrado no Senhor.
Isso é surpreendentemente comparado com a forma como normalmente vivemos. Paulo diz que todo nosso serviço deve ser feito como serviço a Cristo, não a qualquer supervisor humano. Sirva de boa vontade “como ao Senhor” e não ao homem.
Isso significa que pensaremos no Senhor no que fazemos no trabalho. Nós perguntaremos: Por que o Senhor gostaria que isso fosse feito? Como o Senhor gostaria que isso fosse feito? Quando o Senhor gostaria que isso fosse feito? O Senhor me ajudará a fazer isto? Que consequência isso terá para a honra do Senhor? Em outras palavras, ser cristão significa viver radicalmente centrado no Senhor.
2) Um chamado para ser uma boa pessoa.
Uma vida centrada no Senhor significa ser uma pessoa boa e fazer coisas boas. Paulo diz: “De boa vontade” sirva… “se fizer alguma coisa boa…”. Jesus disse que quando deixarmos nossa luz brilhar, os homens verão nossas “boas obras” e glorificarão o nosso Pai que está nos céus (Mateus 5.16).
3) Poder para fazer um bom trabalho para chefes mundanos e maus.
O objetivo de Paulo é capacitar os cristãos com motivos centrados no Senhor a fazerem o bem a chefes que não são bons. Como você continua fazendo o bem em um trabalho quando seu chefe o ignora ou até mesmo o critica? A resposta de Paulo é: pare de pensar em seu chefe como seu principal supervisor e comece a trabalhar para o Senhor. Faça isso nos próprios deveres dados a você por seu chefe terreno.
4) Encorajamento de que nada de bom é feito em vão.
Talvez a frase mais maravilhosa de todas seja esta: “se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor”. Isto é surpreendente. Alguma coisa boa. Toda pequena coisa que você faz que seja boa é vista e valorizada pelo Senhor.
E ele te recompensará por isso. Não no sentido de que você mereceu qualquer coisa, colocando-o em dívida. Ele é o seu dono e de tudo no universo. Ele não nos deve nada. Porém, ele livre e graciosamente escolhe recompensar as coisas boas feitas em fé.
5) Encorajamento de que uma posição insignificante na terra não é obstáculo para grande recompensa no céu.
O Senhor recompensará todas as coisas boas que você fizer — “quer seja servo, quer livre”. Seu chefe pode pensar que você não é ninguém. Ou mesmo pode não saber que você existe. Isso não importa. O Senhor sabe que você existe.
Versículo do dia: Servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre. (Efésios 6.7-8)
Considere estes cinco aspectos de Efésios 6.7-8 em relação ao seu trabalho.
1) Um chamado a viver radicalmente centrado no Senhor.
Isso é surpreendentemente comparado com a forma como normalmente vivemos. Paulo diz que todo nosso serviço deve ser feito como serviço a Cristo, não a qualquer supervisor humano. Sirva de boa vontade “como ao Senhor” e não ao homem.
Isso significa que pensaremos no Senhor no que fazemos no trabalho. Nós perguntaremos: Por que o Senhor gostaria que isso fosse feito? Como o Senhor gostaria que isso fosse feito? Quando o Senhor gostaria que isso fosse feito? O Senhor me ajudará a fazer isto? Que consequência isso terá para a honra do Senhor? Em outras palavras, ser cristão significa viver radicalmente centrado no Senhor.
2) Um chamado para ser uma boa pessoa.
Uma vida centrada no Senhor significa ser uma pessoa boa e fazer coisas boas. Paulo diz: “De boa vontade” sirva… “se fizer alguma coisa boa…”. Jesus disse que quando deixarmos nossa luz brilhar, os homens verão nossas “boas obras” e glorificarão o nosso Pai que está nos céus (Mateus 5.16).
3) Poder para fazer um bom trabalho para chefes mundanos e maus.
O objetivo de Paulo é capacitar os cristãos com motivos centrados no Senhor a fazerem o bem a chefes que não são bons. Como você continua fazendo o bem em um trabalho quando seu chefe o ignora ou até mesmo o critica? A resposta de Paulo é: pare de pensar em seu chefe como seu principal supervisor e comece a trabalhar para o Senhor. Faça isso nos próprios deveres dados a você por seu chefe terreno.
4) Encorajamento de que nada de bom é feito em vão.
Talvez a frase mais maravilhosa de todas seja esta: “se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor”. Isto é surpreendente. Alguma coisa boa. Toda pequena coisa que você faz que seja boa é vista e valorizada pelo Senhor.
E ele te recompensará por isso. Não no sentido de que você mereceu qualquer coisa, colocando-o em dívida. Ele é o seu dono e de tudo no universo. Ele não nos deve nada. Porém, ele livre e graciosamente escolhe recompensar as coisas boas feitas em fé.
5) Encorajamento de que uma posição insignificante na terra não é obstáculo para grande recompensa no céu.
O Senhor recompensará todas as coisas boas que você fizer — “quer seja servo, quer livre”. Seu chefe pode pensar que você não é ninguém. Ou mesmo pode não saber que você existe. Isso não importa. O Senhor sabe que você existe.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do dia: “Busquei-o e não o achei.” (Cântico dos Cânticos 3.1)
Diga-me onde você perdeu a companhia de Cristo, e eu lhe direi o lugar mais provável onde poderá encontrá-Lo. Perdeu a Cristo em seu quarto, porque não O tem buscado em oração? Então, é ali que deve procurá-Lo e encontrá-Lo. Perdeu a Cristo por causa de pecado? Não encontrará a Cristo de nenhuma outra maneira, exceto por meio de abandonar o pecado e de buscar o Espírito Santo, para mortificar o membro em que habita a concupiscência. Perdeu a Cristo por negligenciar as Escrituras? Você tem de encontrá-Lo nas Escrituras.
É verdadeiro o ditado: “Procure algo onde você o perdeu e ali o achará”. Procure a Cristo onde você O perdeu. Ele não foi embora. Retornar a Cristo é um trabalho duro. John Bunyan nos conta que o Peregrino considerou muito árdua a parte do caminho de volta até a árvore agradável, onde ele havia perdido o seu rolo selado. Avançar trinta quilômetros é melhor do que retornar um quilômetro e meio em busca de evidências perdidas. Tenha o cuidado de, ao encontrar o seu Senhor, apegar-se a Ele com intimidade. Mas como você o perdeu? Alguém pode ter pensado que você nunca se afastaria de um Amigo tão precioso, cuja presença é doce, cujas palavras são consoladoras. Como você pôde não ter mantido os olhos nEle o tempo todo, pelo temor de perdê-Lo de vista? Entretanto, embora O tenha deixado ir; é sinal de misericórdia, o fato de você O estar procurando. Apesar de gemer pesarosamente: “Ah! Se eu soubesse onde poderia achá-Lo!” Continue, visto que é perigoso ficar sem o seu Senhor. Sem Cristo, você é como uma ovelha sem pastor; como uma árvore sem água nas raízes; como uma folha seca numa tempestade – sem ligação com a árvore que lhe daria vida. Busque-O com todo seu coração, e você o achará. Empenhe-se de forma completa nesta busca e, verdadeiramente, para sua alegria, O descobrirá.
Diga-me onde você perdeu a companhia de Cristo, e eu lhe direi o lugar mais provável onde poderá encontrá-Lo. Perdeu a Cristo em seu quarto, porque não O tem buscado em oração? Então, é ali que deve procurá-Lo e encontrá-Lo. Perdeu a Cristo por causa de pecado? Não encontrará a Cristo de nenhuma outra maneira, exceto por meio de abandonar o pecado e de buscar o Espírito Santo, para mortificar o membro em que habita a concupiscência. Perdeu a Cristo por negligenciar as Escrituras? Você tem de encontrá-Lo nas Escrituras.
É verdadeiro o ditado: “Procure algo onde você o perdeu e ali o achará”. Procure a Cristo onde você O perdeu. Ele não foi embora. Retornar a Cristo é um trabalho duro. John Bunyan nos conta que o Peregrino considerou muito árdua a parte do caminho de volta até a árvore agradável, onde ele havia perdido o seu rolo selado. Avançar trinta quilômetros é melhor do que retornar um quilômetro e meio em busca de evidências perdidas. Tenha o cuidado de, ao encontrar o seu Senhor, apegar-se a Ele com intimidade. Mas como você o perdeu? Alguém pode ter pensado que você nunca se afastaria de um Amigo tão precioso, cuja presença é doce, cujas palavras são consoladoras. Como você pôde não ter mantido os olhos nEle o tempo todo, pelo temor de perdê-Lo de vista? Entretanto, embora O tenha deixado ir; é sinal de misericórdia, o fato de você O estar procurando. Apesar de gemer pesarosamente: “Ah! Se eu soubesse onde poderia achá-Lo!” Continue, visto que é perigoso ficar sem o seu Senhor. Sem Cristo, você é como uma ovelha sem pastor; como uma árvore sem água nas raízes; como uma folha seca numa tempestade – sem ligação com a árvore que lhe daria vida. Busque-O com todo seu coração, e você o achará. Empenhe-se de forma completa nesta busca e, verdadeiramente, para sua alegria, O descobrirá.
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
O REMEDIO PARA O ORGULHO
Versículo do dia: Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna. (Tiago 4. 13-16)
Quando você considera três categorias de tentação de autossuficiência — sabedoria, poder e riquezas — elas formam um forte incentivo para a forma final de orgulho, a saber, o ateísmo. A maneira mais segura de permanecermos supremos em nossa própria estima é negar qualquer coisa acima de nós.
É por isso que os orgulhosos se preocupam em olhar para os outros. “Um homem orgulhoso está sempre olhando de cima para as coisas e pessoas, e, claro, enquanto você está olhando para baixo, não consegue ver algo que está acima de si mesmo” (C. S. Lewis, Mere Christianity [Cristianismo Puro e Simples – WMF Martins Fontes]).
Porém, para preservar o orgulho, pode ser mais fácil proclamar que não há nada acima para olhar. “O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações” (Salmo 10.4). Em última análise, os orgulhosos devem convencer a si mesmos de que não há Deus.
Uma razão para isso é que a realidade de Deus é esmagadoramente intrusiva em todos os detalhes da vida. O orgulho não pode tolerar o envolvimento íntimo de Deus gerindo até mesmo os assuntos ordinários da vida.
O orgulho não gosta da soberania de Deus. Portanto, o orgulho não gosta da existência de Deus, porque Deus é soberano. Isso poderia ser expresso ao dizer: “Não há Deus”. Ou pode se expresso ao dizer: “Dirigirei até São Paulo para o Natal”.
Tiago diz: “Não tenha tanta certeza”. Em vez disso, diga: “Se o Senhor quiser, viveremos e iremos a São Paulo para o Natal”. A questão de Tiago é que Deus governa sobre se iremos a São Paulo e se você viverá até o final deste devocional. Isto é extremamente ofensivo para a autossuficiência do orgulho: não ter controle nem mesmo sobre chegar ao final deste devocional sem ter um derrame!
Tiago diz que não crer nos direitos soberanos de Deus de conduzir os detalhes do seu futuro é arrogância.
A maneira de combater essa arrogância é ceder à soberania de Deus em todos os detalhes da vida e descansar em suas promessas infalíveis de mostrar-se poderoso em nosso favor (2Crônicas 16.9), de nos seguir com bondade e misericórdia a cada dia (Salmo 23.6), de trabalhar para aqueles que esperam por ele (Isaías 64.4) e nos capacitar com tudo o que nós precisamos para viver para a sua glória (Hebreus 13.21).
Em outras palavras, o remédio para o orgulho é a fé inabalável na graça futura de Deus.
Versículo do dia: Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna. (Tiago 4. 13-16)
Quando você considera três categorias de tentação de autossuficiência — sabedoria, poder e riquezas — elas formam um forte incentivo para a forma final de orgulho, a saber, o ateísmo. A maneira mais segura de permanecermos supremos em nossa própria estima é negar qualquer coisa acima de nós.
É por isso que os orgulhosos se preocupam em olhar para os outros. “Um homem orgulhoso está sempre olhando de cima para as coisas e pessoas, e, claro, enquanto você está olhando para baixo, não consegue ver algo que está acima de si mesmo” (C. S. Lewis, Mere Christianity [Cristianismo Puro e Simples – WMF Martins Fontes]).
Porém, para preservar o orgulho, pode ser mais fácil proclamar que não há nada acima para olhar. “O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações” (Salmo 10.4). Em última análise, os orgulhosos devem convencer a si mesmos de que não há Deus.
Uma razão para isso é que a realidade de Deus é esmagadoramente intrusiva em todos os detalhes da vida. O orgulho não pode tolerar o envolvimento íntimo de Deus gerindo até mesmo os assuntos ordinários da vida.
O orgulho não gosta da soberania de Deus. Portanto, o orgulho não gosta da existência de Deus, porque Deus é soberano. Isso poderia ser expresso ao dizer: “Não há Deus”. Ou pode se expresso ao dizer: “Dirigirei até São Paulo para o Natal”.
Tiago diz: “Não tenha tanta certeza”. Em vez disso, diga: “Se o Senhor quiser, viveremos e iremos a São Paulo para o Natal”. A questão de Tiago é que Deus governa sobre se iremos a São Paulo e se você viverá até o final deste devocional. Isto é extremamente ofensivo para a autossuficiência do orgulho: não ter controle nem mesmo sobre chegar ao final deste devocional sem ter um derrame!
Tiago diz que não crer nos direitos soberanos de Deus de conduzir os detalhes do seu futuro é arrogância.
A maneira de combater essa arrogância é ceder à soberania de Deus em todos os detalhes da vida e descansar em suas promessas infalíveis de mostrar-se poderoso em nosso favor (2Crônicas 16.9), de nos seguir com bondade e misericórdia a cada dia (Salmo 23.6), de trabalhar para aqueles que esperam por ele (Isaías 64.4) e nos capacitar com tudo o que nós precisamos para viver para a sua glória (Hebreus 13.21).
Em outras palavras, o remédio para o orgulho é a fé inabalável na graça futura de Deus.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do dia: “Portanto, resta um repouso para o povo de Deus.” (Hebreus 4.9)
O estado do crente no céu será muitíssimo diferente do seu estado neste mundo. Aqui, ele nasce para trabalhar arduamente e sofrer fadiga. Na terra da imortalidade, a fadiga é desconhecida. Desejando muito servir o seu Senhor, o crente percebe que suas forças não correspondem ao seu zelo. Seu clamor constante é: “Ajuda-me a servir-te, ó meu Deus”. Se o crente se mostrar ativo, ele terá muito trabalho a realizar, não muito para a sua vontade, porém mais do que o bastante para suas energias. Por isso, ele clamará: “Não estou cansado do trabalho, e sim no trabalho”.
Crente, o árduo dia de fadiga não durará para sempre. O sol está se aproximando do horizonte. Ele despontará novamente, em um dia mais resplandecente do que nunca, em uma terra onde os crentes servem a Deus, dia e noite, e, apesar disso, descansam de suas obras. Aqui o descanso é apenas parcial; lá, é perfeito. Aqui o crente sempre está inquieto; Ele sente que ainda não descansou. Lá tudo encontra-se em paz; já chegaram ao cume do monte. Ascenderam ao seio de seu Deus. Não há lugar mais alto para onde subir. Ó crente que trabalha a ponto de fatigar-se, pense tão-somente naquele tempo quando você descansará para sempre! Você pode imaginá-lo? É um descanso eterno. Aqui, minhas maiores alegrias trazem diante de si a perspectiva da morte, minhas formosas flores murcham, meu delicioso cálice é lançado aos detritos, os mais doces pássaros caem devido às flechas da Morte, os mais agradáveis dias passam a ser noites, e as ondas da minha felicidade precipitam-se na maré baixa da mágoa. Entretanto, lá, tudo é imortal. A harpa não se desgasta, a coroa permanece imarcescível, os olhos não se obscurecem, a voz não falha, o coração não hesita, e os seres imortais estão completamente envolvidos em deleite eterno. Será um dia felicíssimo aquele em que a mortalidade for absorvida pela vida (ver 2 Coríntios 5.4), e o descanso eterno começará!
O estado do crente no céu será muitíssimo diferente do seu estado neste mundo. Aqui, ele nasce para trabalhar arduamente e sofrer fadiga. Na terra da imortalidade, a fadiga é desconhecida. Desejando muito servir o seu Senhor, o crente percebe que suas forças não correspondem ao seu zelo. Seu clamor constante é: “Ajuda-me a servir-te, ó meu Deus”. Se o crente se mostrar ativo, ele terá muito trabalho a realizar, não muito para a sua vontade, porém mais do que o bastante para suas energias. Por isso, ele clamará: “Não estou cansado do trabalho, e sim no trabalho”.
Crente, o árduo dia de fadiga não durará para sempre. O sol está se aproximando do horizonte. Ele despontará novamente, em um dia mais resplandecente do que nunca, em uma terra onde os crentes servem a Deus, dia e noite, e, apesar disso, descansam de suas obras. Aqui o descanso é apenas parcial; lá, é perfeito. Aqui o crente sempre está inquieto; Ele sente que ainda não descansou. Lá tudo encontra-se em paz; já chegaram ao cume do monte. Ascenderam ao seio de seu Deus. Não há lugar mais alto para onde subir. Ó crente que trabalha a ponto de fatigar-se, pense tão-somente naquele tempo quando você descansará para sempre! Você pode imaginá-lo? É um descanso eterno. Aqui, minhas maiores alegrias trazem diante de si a perspectiva da morte, minhas formosas flores murcham, meu delicioso cálice é lançado aos detritos, os mais doces pássaros caem devido às flechas da Morte, os mais agradáveis dias passam a ser noites, e as ondas da minha felicidade precipitam-se na maré baixa da mágoa. Entretanto, lá, tudo é imortal. A harpa não se desgasta, a coroa permanece imarcescível, os olhos não se obscurecem, a voz não falha, o coração não hesita, e os seres imortais estão completamente envolvidos em deleite eterno. Será um dia felicíssimo aquele em que a mortalidade for absorvida pela vida (ver 2 Coríntios 5.4), e o descanso eterno começará!
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