Semeando o Evangelho

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Semear a Verdade e o Amor de Deus

domingo, 25 de junho de 2017

Crise Na Liderança Masculina - Paulo Junior


O SIGNIFICADO DO CASAMENTO

Por Matheus Negri

Primeiramente precisamos entender que existem mudanças ou transformações sobre o conceito de casamento. Primeiro o casamento era um contrato entre as famílias dos noivos e tinha por finalidade garantir a ordem social e incluir os sujeitos em sociedade. Depois o casamento se tornou um contrato entre duas partes, homem e mulher, que visava o crescimento e a satisfação sexual. Porém em nossos dias como afirmou J. Forbes (2015) o casamento se tornou um trato baseado na razão sensível, isto é, estamos juntos enquanto nos sentirmos bem. Desta forma há muita confusão sobre o que é o casamento e qual a sua finalidade. Vou apresentar dois caminhos populares.

O primeiro é sobre as mais variadas uniões ou tentativas delas como a união homoafetiva, e a união poliafetiva. Em 2012 um cartório de Tupã-SP oficializou a união entre um homem e duas mulheres. O documento não garante os direitos familiares previsto em lei, mas levanta a questão para debate. Uma jurista curitibana professora no curso de Direito da FAE está desenvolvendo sua pesquisa neste campo do casamento poliafetivo no mestrado da FABAPAR, pois há um projeto de lei para a oficialização desta união.

O segundo caminho é o descrédito desta união. Existem várias críticas contra o casamento como conhecemos: união entre homem e mulher. Uma crítica popular é que o casamento reprime a individualidade e a liberdade. Outra é de que os casais não se conheciam bem, isto é, não moraram juntos ou não tinham uma vida sexualmente ativa. Este é um erro, pois pesquisas desenvolvidas pelo The State of Our Unions: Marriage in America (2009) e pelo The Marriage Index (2009) demonstram que o maior número de divórcios em solo norte-americano se dá em casais que coabitavam ou possuíam vida sexual ativa antes do casamento tem mais chances de se divorciar. Outra questão é o maior número de divórcios provando que esta união está fadada ao fracasso. Pode parecer que sim, segundo o IBGE (2012) no Brasil há um aumento significativo no número de divórcios nos últimos 26 anos, porém o número de casamentos ainda é três vezes maior do que o de divórcios. E há segundo o mesmo órgão uma diminuição de 1,4% de divórcios de 2011 para cá. Como então responder a esta crise sobre o casamento?

CASAMENTO EM PERSPECTIVA BÍBLICA

Para P. Tillich (1984) a teologia apologética é a teologia que responde as questões últimas impostas pela “situação”, isto é, que tenha capacidade para responder “a totalidade da auto-interpretação criativa do homem em um período especial”. E para tanto propõe o método da correlação, que segundo o autor tem seu uso da seguinte maneira: a teologia “faz uma análise da situação humana, a partir da qual surgem as perguntas existenciais. E demonstra que os símbolos usados na mensagem cristã são respostas a estas perguntas”. Assumindo o método de P. Tillich, podemos entender a questão do casamento e seus debates como uma questão existencial, então precisamos responder a luz das Escrituras Sagradas.

Lemos em Efésios 5.31,32 “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne. Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja”. E realmente o casamento é um grande mistério, como duas pessoas tão diferentes podem se amar, viver juntas e procurar isso durante toda a sua vida? J. Gray usou a metáfora de habitantes de planetas diferentes que se encontram, Homens são de marte mulheres são de vênus, para exemplificar a grande diferença, ou melhor, o mistério paulino. Para P. O’Brien (1999) a palavra mistério em Paulo possui somente um significado, seria a revelação gradativa de Deus por meio de seu Espírito, isto é, só há um mistério e este é o evangelho. E F. F. Bruce (2012) afirmou que este mistério é carregado pelo ser humano desde a criação, e é uma pista do propósito de Deus para o ser humano.

Que mistério é este? Não é somente a união entre duas pessoas distintas, mas representa a união de Cristo com a Igreja. Este é o ápice do mistério do casamento, ou como preferiu chamar T. Keller (2012), O segredo do casamento. Então de maneira bem simples podemos afirmar sem medo de que biblicamente o casamento precisa obrigatória mente de duas pessoas e que as suas atitudes devem refletir a ação de Cristo para com sua Igreja e a da Igreja para com Jesus.

Mas o que Jesus fez? Precisamos entender que há um único Deus, e ele é o Criador dos céus e da terra. Ele nos fez à Sua imagem e semelhança, macho e fêmea, com dignidade, valor, importância e propósito. Ele nos fez para adora-lo. Porém nós escolhemos pecar contra Ele, se rebelar contra Ele, desobedecê-lo. Como resultado todos nós estamos separados de Deus vivendo sob o tolo mito de que, em certo grau, nós somos nossos próprios deuses, declarando o certo e o errado, e vivendo nossa própria vida por nossos próprios padrões.

Então, esse Deus amorosamente veio à história humana como o homem: Jesus Cristo, plenamente Deus, plenamente homem. Nasceu de uma virgem, viveu uma vida sem pecado, embora foi tentado de todas as formas como todos nós diariamente somos tentados. Jesus foi à cruz, nela ele nos substituiu. Nossos primeiros pais, no jardim do Éden, substituíram Deus por eles mesmos e na cruz Jesus inverte essa substituição. Substituiu os pecadores por ele mesmo. Jesus foi à cruz, ele tomou voluntariamente sobre si o pecado daqueles que viriam a crer nele. Isso quer dizer: Jesus foi à cruz e tomou sobre si todos meus pecados passados, presentes e futuros. Jesus Cristo, Deus que foi um homem, morreu em meu lugar por meus pecados, pagando minha dívida com Deus e comprando minha salvação.

O cadáver de Jesus foi colocado numa sepultura e, por três dias, ele ficou enterrado. No terceiro dia, um domingo (por isso adoramos nesse dia), Jesus ressuscitou vitorioso sobre Satanás, o pecado, a morte, os demônios e o inferno. Jesus nos deu uma missão, com o Espírito Santo, para sermos enviados contando essa notícia maravilhosa: de que há um Deus que nos busca apaixonadamente, amorosamente, continuamente, incansavelmente.

Jesus subiu aos céus. Hoje está vivo e bem. Ele se assentou no trono. Ele está julgando e reinando sobre todas as nações, todas as culturas, todas as filosofias, todas as raças, todos os períodos de tempo. Ele está reinando sobre modernos e pós-modernos, mulheres, homens, crianças e os velhos, ricos, pobres, sábios, simples, negros, brancos, os que estão vivos, os que estão mortos, os que nasceram e os que vão nascer. Jesus é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Ele está julgando e reinando sobre todas as pessoas. Ordenando a todos em todos os lugares que se arrependam de seus pecados. Jesus está voltando para julgar os vivos e os mortos. Os que creram nele irão gozar a eternidade no seu reino celestial para todo o sempre. Os que não creram irão sofrer separados dele nos tormentos conscientes e eternos do inferno. Esta é a obra de Cristo em favor de sua Igreja, sua noiva.

Outro ponto essencial para entendermos o casamento é que a união de Cristo com a Igreja, este resgate salvador, é uma aliança. Aliança é uma palavra chave em toda a Escritura, e é muito diferente de um contrato ou de um trato. Segundo J. Guhrt (2000) a aliança Paulo toma o conceito de aliança como um testamento que não pode ser anulado, assim a aliança entre Deus e os seres humanos feita em Jesus jamais será desfeita (Rm 11.1; 2 Co 11.22; Fp 3.5). O contrato ou trato entre duas pessoas está baseado no sentimento e na paixão, porém a aliança une dever e sentimento, paixão e promessa. Um bom exemplo de aliança em nossa sociedade é a criação de filhos, é muito custoso e ao mesmo tempo prazeroso, mas se um pai ou uma mãe decidirem devolver o filho no cartório em que foi registrado não daria certo, e com certeza haveria alguma comoção popular contra esses pais.

Biblicamente o casamento segue a mesma lógica, é uma aliança entre três partes, os noivos entre si, os noivos e Deus. E tem por objetivo expressar a ação de Deus por meio de Jesus em favor da Igreja. Assim o casamento torna-se um lugar de sentimento e promessa, aprendizado, de perdoar e pedir perdão. Um ambiente onde aprendemos a sermos aceitos e amados e a compreender o amor inexplicável de Deus.

CONSIDERAÇÕES

Como cristão devemos entender que o casamento possui um grande objetivo: refletir o evangelho. E como tal deve cumprir exigências como o evangelho assim o faz. Deve ser entre duas pessoas de sexos diferentes, capazes de sair de casa e serem responsáveis uma pelas outras. Que o casamento prevê sacrifício, humildade, e amor verdadeiro. Que ao olharmos um casal de mãos dadas lembramos do grande amor de Deus e o custo dele em Jesus. Por isso não podemos e não devemos concordar com qualquer tipo de união que não reflita o grande mistério: Cristo e a Igreja.

ALEGRIA, PACIÊNCIA E PERSEVERANÇA

“regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes;” (Romanos 12.12)

“alegrai-vos na esperança, etc”. Três coisas são aqui ligadas entre si, e parecem de certo modo pertencer à frase do versículo anterior de “servir o tempo todo,” porque a pessoa que se acomoda melhor ao tempo, e aproveita a oportunidade de ativamente renovar seu curso, é aquela que deriva sua alegria da esperança da vida futura, e que pacientemente suporta as tribulações. No entanto, este pode ser o sentido (para o qual não importa muito se você considera essas três coisas como ligadas ou separadas): ele em primeiro lugar; nos proíbe de aquiescermos com as bênçãos presentes, e fundamentarmos nossa alegria na terra e nas coisas terrenas, como se a nossa felicidade estivesse baseada nelas; e ele nos convida a elevar nossas mentes para o céu, para que possamos possuir alegria sólida e completa.

Se a nossa alegria é derivada da esperança da vida futura, então a paciência vai crescer nas adversidades; porque nenhum tipo de tristeza será capaz de sobrepujar essa alegria. Portanto, essas duas coisas estão intimamente ligadas entre si, isto é, a alegria derivada da esperança e a paciência nas adversidades. Nenhum homem vai realmente calma e tranquilamente submeter-se a carregar a cruz, senão aquele que tem aprendido a buscar sua felicidade além deste mundo, de modo a mitigar e aliviar a amargura da cruz com o consolo da esperança.

Mas como as duas coisas estão muito acima da nossa força, temos de estar em oração, e buscar continuamente a Deus, para que ele não deixe os nossos corações desmaiarem e serem oprimidos, ou serem quebrados por eventos adversos. Mas Paulo não somente nos estimula à oração, mas expressamente exige perseverança; pois temos uma guerra contínua, e novos conflitos surgem diariamente, os quais para serem suportados, nem mesmo os mais fortes estão capacitados, a menos que eles adquiram frequentemente novo rigor. Portanto, para que nós não fiquemos enfraquecidos e cansados, o melhor remédio é a diligência na oração.

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

DEZ RESULTADOS DA RESSURREIÇÃO

Versículo do dia: E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. (1 Coríntios 15.17)

Aqui estão dez coisas maravilhosas que devemos à ressurreição de Jesus:

1) Um Salvador que nunca mais morrerá. “Sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre” (Romanos 6.9).

2) Arrependimento. “O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o num madeiro. Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento” (Atos 5.30-31).

3) Novo nascimento. “Segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1.3).

4) Perdão do pecado. “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1 Coríntios 15.17).

5) O Espírito Santo. “A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis” (Atos 2.32-33).

6) Nenhuma condenação para os eleitos. “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu — ou, antes, quem ressuscitou —, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Romanos 8.34).

7) A comunhão e proteção pessoal de Jesus. “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28.20).

8) Evidência do juízo futuro. “[Deus] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17.31).

9) Salvação da ira vindoura de Deus. “[Nós] aguardamos dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1 Tessalonicenses 1.10; Romanos 5.9).

10) Nossa própria ressurreição dentre os mortos. “[Nós sabemos] que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco” (2 Coríntios 4.14; Romanos 6.4; 8.11; 1 Coríntios 6.14; 15.20).

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do Dia: “Então, os discípulos todos, deixando-o, fugiram.” (Mateus 26.56)

O Senhor Jesus nunca abandonou os seus discípulos, mas estes, movidos por um temor covarde quanto à sua vida, fugiram dele no início de seus sofrimentos. Isto é apenas um exemplo da fragilidade de todos os crentes, quando estes são deixados a agir por si mesmos. Eles são apenas ovelhas e fogem quando o lobo aparece. Todos eles foram advertidos do perigo, mas prometeram morrer e não abandonar seu Senhor. Apesar disso, foram tomados por pavor repentino e fugiram. Pode acontecer que, no início deste dia, eu tenha fortalecido minha mente para suportar uma provação por amor ao Senhor e estou imaginando que com certeza demonstrarei perfeita fidelidade. Mas devo ter bastante cuidado comigo mesmo, para que, possuindo o mesmo coração de incredulidade, não me afaste de meu Senhor, como o fizeram os apóstolos.

Prometer é algo simples; cumprir o que prometemos é outra coisa muito diferente. Ter permanecido ao lado de Jesus teria contribuído para a honra eterna dos apóstolos. Eles fugiram da honra. Oh! que eu seja guardado de imitá-los! Onde mais eles estariam tão seguros quanto ao lado do Senhor, que poderia facilmente chamar doze legiões de anjos? Eles fugiram da verdadeira segurança. Ó Deus, não me permita fazer essa tolice. A graça divina pode transformar o covarde em uma pessoa valente. Estes mesmos apóstolos, que eram tímidos como lebres, se tornaram ousados como leões, depois que o Espírito Santo desceu sobre eles. De modo semelhante, o Espírito Santo pode tornar o meu espírito ousado em confessar o meu Senhor e testemunhar a sua verdade. Que tristeza deve ter enchido o coração de nosso Senhor, quando viu seus discípulos se mostrarem tão infiéis! Este foi mais um ingrediente amargo em seu cálice, mas esse cálice está completamente vazio. Não devo colocar nele qualquer gota. Se eu abandonar meu Senhor, O crucificarei de novo e O envergonharei publicamente (ver Hebreus 6.6). Ó bendito Espírito, guarda-me de tão vergonhoso final!