Muitas vezes queremos agir com a força do nosso braço mas
Deus quer que deixamos que Ele faça justiça. Pois quando queremos fazer justiça com nossas próprias mãos Ele fica impossibilitado de agir, pois fazemos o que é para Ele fazer.
Se você tem sido injustiçado, atribulado, perseguido, etc… não se desespere, pois pode até demorar mas a Sua Palavra não volta vazia e depois
vai entender porque não era na sua hora e sim na de Deus.
Todos os que se levantarem contra você vão ser reduzidos a nada pois o Senhor dos Exércitos vai na sua frente e é Ele quem luta por você.
Todos os que são contra você se tornam culpados! Gente como isso é maravilhoso!
Não tem governo, não tem diabo, não tem ninguém que vai te resistir!
Creia nisso e Deus fará isso prontamente.
Deus tem uma Balança e não é igual a nossa. Muitos acham que por serem injustos e ocultando fatos vão ser absolvidos no julgamento mas Deus olha tudo pois a Raiz de Davi é Justiça e se não for justo não tem como ser um bom rei.Jesus e Davi são a Raiz então imite Eles.
Semeando o Evangelho

Semear a Verdade e o Amor de Deus
domingo, 23 de setembro de 2018
FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR
UMA ORAÇÃO POR PIEDADE
E também faço esta oração: que o amor de vocês aumente mais e mais em conhecimento e toda a percepção (Filipenses 1:9).
Suas orações revelam o nível de sua maturidade espiritual.
Filipenses 1:9-11 é uma passagem sobre oração. Normalmente, as orações de Paulo refletiam sua preocupação de que seus leitores amadurecessem espiritualmente. Isso é impossível sem a oração, porque o crescimento espiritual depende do poder do Espírito Santo, que é proporcionado através da oração.
A oração é tão vital que Jesus instruiu os discípulos a orarem em todos os momentos (Lucas 18:1). Paulo nos ordena a “orar sem cessar” (1 Tessalonicenses 5:17). Pedro disse que devemos ser “criteriosos e sóbrios para podermos orar” (1 Pedro 4:7).
A Escritura apresenta muitos outros imperativos sobre a oração, mas a verdadeira prova de sua espiritualidade é o seu desejo de orar, e não simplesmente sua obediência aos imperativos. Como um cristão, você existe em um domínio espiritual em que a oração é tão natural quanto a respiração no reino natural. Assim como a pressão atmosférica exerce força em seus pulmões, obrigando você a respirar, então seu ambiente espiritual obriga você a orar. Resistir traz resultados devastadores.
Quanto mais você enxerga a vida através dos olhos de Deus, você é mais direcionado a orar. Nesse sentido, suas orações revelam o nível de sua maturidade espiritual. Paulo orou com urgência dia e noite porque compartilhou o amor de Deus pelo Seu povo e Sua preocupação com a maturidade espiritual.
Examine suas próprias orações. Você ora por um senso de dever ou é obrigado a orar? Você ora raramente ou brevemente? Suas orações são baseadas em suas próprias necessidades ou nas necessidades dos outros? Você ora pela maturidade espiritual dos outros? Essas questões importantes indicam o nível de sua maturidade espiritual e fornecem diretrizes para fazer as mudanças necessárias em seu padrão de oração.
Sugestão para oração
Agradeça a Deus pelo privilégio e poder da oração.
Se você negligenciou a oração, ou se suas orações foram centradas em você e não em outros, confesse esse pecado e peça a Deus que lhe conceda uma sensação de urgência a orar como deveria.
Existe alguém para quem você deveria estar orando de forma mais consistente?
Estudo adicional
Leia Daniel 6:1-28.
Qual foi o padrão da oração de Daniel?
Qual acusação os líderes políticos trouxeram contra Daniel?
Qual foi a atitude do rei em relação a Daniel?
Como Deus honrou a fé de Daniel?
E também faço esta oração: que o amor de vocês aumente mais e mais em conhecimento e toda a percepção (Filipenses 1:9).
Suas orações revelam o nível de sua maturidade espiritual.
Filipenses 1:9-11 é uma passagem sobre oração. Normalmente, as orações de Paulo refletiam sua preocupação de que seus leitores amadurecessem espiritualmente. Isso é impossível sem a oração, porque o crescimento espiritual depende do poder do Espírito Santo, que é proporcionado através da oração.
A oração é tão vital que Jesus instruiu os discípulos a orarem em todos os momentos (Lucas 18:1). Paulo nos ordena a “orar sem cessar” (1 Tessalonicenses 5:17). Pedro disse que devemos ser “criteriosos e sóbrios para podermos orar” (1 Pedro 4:7).
A Escritura apresenta muitos outros imperativos sobre a oração, mas a verdadeira prova de sua espiritualidade é o seu desejo de orar, e não simplesmente sua obediência aos imperativos. Como um cristão, você existe em um domínio espiritual em que a oração é tão natural quanto a respiração no reino natural. Assim como a pressão atmosférica exerce força em seus pulmões, obrigando você a respirar, então seu ambiente espiritual obriga você a orar. Resistir traz resultados devastadores.
Quanto mais você enxerga a vida através dos olhos de Deus, você é mais direcionado a orar. Nesse sentido, suas orações revelam o nível de sua maturidade espiritual. Paulo orou com urgência dia e noite porque compartilhou o amor de Deus pelo Seu povo e Sua preocupação com a maturidade espiritual.
Examine suas próprias orações. Você ora por um senso de dever ou é obrigado a orar? Você ora raramente ou brevemente? Suas orações são baseadas em suas próprias necessidades ou nas necessidades dos outros? Você ora pela maturidade espiritual dos outros? Essas questões importantes indicam o nível de sua maturidade espiritual e fornecem diretrizes para fazer as mudanças necessárias em seu padrão de oração.
Sugestão para oração
Agradeça a Deus pelo privilégio e poder da oração.
Se você negligenciou a oração, ou se suas orações foram centradas em você e não em outros, confesse esse pecado e peça a Deus que lhe conceda uma sensação de urgência a orar como deveria.
Existe alguém para quem você deveria estar orando de forma mais consistente?
Estudo adicional
Leia Daniel 6:1-28.
Qual foi o padrão da oração de Daniel?
Qual acusação os líderes políticos trouxeram contra Daniel?
Qual foi a atitude do rei em relação a Daniel?
Como Deus honrou a fé de Daniel?
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
CINCO MANEIRAS PELAS QUAIS A AFLIÇÃO AJUDA
Versículo do dia: Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra. (Salmo 119.67)
Este versículo mostra que Deus envia aflição para nos ajudar a aprender sua palavra. Poderíamos perguntar como a aflição nos ajuda a entender e guardar a palavra de Deus.
Existem inúmeras respostas, pois há inúmeras experiências. Porém, aqui estão cinco:
A aflição remove a suavidade da vida e nos torna mais sérios para que nossa mentalidade esteja mais em sintonia com a solenidade da palavra de Deus.
A aflição golpeia os suportes mundanos sob nós e nos compele a confiarmos mais em Deus, o que nos coloca em mais sintonia com o propósito da palavra.
A aflição nos faz examinar as Escrituras com maior desespero por ajuda, em vez de tratá-la como periférica à vida.
A aflição nos leva à comunhão com os sofrimentos de Cristo, para que possamos estar em comunhão com ele e ver mais facilmente o mundo através dos seus olhos.
A aflição mortifica desejos carnais enganosos e distratores, e assim nos conduz a um estado mais espiritual que se adequa mais à palavra de Deus.
Que o Espírito Santo nos dê graça para não rejeitarmos a pedagogia de Deus.
Versículo do dia: Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra. (Salmo 119.67)
Este versículo mostra que Deus envia aflição para nos ajudar a aprender sua palavra. Poderíamos perguntar como a aflição nos ajuda a entender e guardar a palavra de Deus.
Existem inúmeras respostas, pois há inúmeras experiências. Porém, aqui estão cinco:
A aflição remove a suavidade da vida e nos torna mais sérios para que nossa mentalidade esteja mais em sintonia com a solenidade da palavra de Deus.
A aflição golpeia os suportes mundanos sob nós e nos compele a confiarmos mais em Deus, o que nos coloca em mais sintonia com o propósito da palavra.
A aflição nos faz examinar as Escrituras com maior desespero por ajuda, em vez de tratá-la como periférica à vida.
A aflição nos leva à comunhão com os sofrimentos de Cristo, para que possamos estar em comunhão com ele e ver mais facilmente o mundo através dos seus olhos.
A aflição mortifica desejos carnais enganosos e distratores, e assim nos conduz a um estado mais espiritual que se adequa mais à palavra de Deus.
Que o Espírito Santo nos dê graça para não rejeitarmos a pedagogia de Deus.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do dia: “Sem derramamento de sangue, não há remissão.” (Hebreus 9.22)
Esta é a voz de uma verdade inalterada. Em nenhuma das cerimônias judaicas, os pecados eram removidos, nem mesmo de modo figurado, sem derramamento de sangue. O pecado não pode, de maneira alguma, ser perdoado sem expiação. Isto deixa evidente que sem Cristo não há esperança para mim. Não existe qualquer outro derramamento de sangue que seja digno de que pensemos nele como um instrumento de expiação pelo pecado. Estou eu, então, crendo em Cristo? O sangue da expiação dele já foi verdadeiramente aplicado à minha alma? Todos os homens se encontram no mesmo nível de necessidade do Senhor Jesus. Mesmo que sejamos virtuosos, generosos, amáveis ou patriotas, a regra não será alterada a fim de nos fazer concessão. O pecado não se renderá a nada menos poderoso que o sangue dAquele que Deus enviou como propiciação.
Que bênção é sabermos que existe um único meio de obtermos o perdão! Por que procuraríamos outro? As pessoas que são religiosas por formalidade não entendem como podemos nos regozijar no fato de que todos os nossos pecados foram perdoados pelo amor de Cristo. As obras, as orações e as cerimônias delas lhes têm oferecido pouquíssima consolação. É bom que estejam inquietas, pois negligenciam tão grande salvação e se esforçam por obterem remissão sem o derramamento de sangue. Alma minha, tome tempo para considerar que a justiça de Deus tem por obrigação o punir o pecado. Veja aquela punição executada no Senhor Jesus e prostre-se em humilde alegria. Beije os preciosos pés dAquele cujo sangue fez expiação por você. Quando a consciência é despertada, recorrer aos sentimentos e evidências em busca de consolação é uma atitude inútil. Este é um hábito que aprendemos no passado. O único remédio para uma consciência culpada é a contemplação de Jesus sofrendo na cruz. “O sangue é a vida” diz a Lei, no livro de Levítico. Devemos permanecer tranquilos na certeza de que o sangue é a vida da fé, da felicidade e de qualquer outra graça espiritual.
Esta é a voz de uma verdade inalterada. Em nenhuma das cerimônias judaicas, os pecados eram removidos, nem mesmo de modo figurado, sem derramamento de sangue. O pecado não pode, de maneira alguma, ser perdoado sem expiação. Isto deixa evidente que sem Cristo não há esperança para mim. Não existe qualquer outro derramamento de sangue que seja digno de que pensemos nele como um instrumento de expiação pelo pecado. Estou eu, então, crendo em Cristo? O sangue da expiação dele já foi verdadeiramente aplicado à minha alma? Todos os homens se encontram no mesmo nível de necessidade do Senhor Jesus. Mesmo que sejamos virtuosos, generosos, amáveis ou patriotas, a regra não será alterada a fim de nos fazer concessão. O pecado não se renderá a nada menos poderoso que o sangue dAquele que Deus enviou como propiciação.
Que bênção é sabermos que existe um único meio de obtermos o perdão! Por que procuraríamos outro? As pessoas que são religiosas por formalidade não entendem como podemos nos regozijar no fato de que todos os nossos pecados foram perdoados pelo amor de Cristo. As obras, as orações e as cerimônias delas lhes têm oferecido pouquíssima consolação. É bom que estejam inquietas, pois negligenciam tão grande salvação e se esforçam por obterem remissão sem o derramamento de sangue. Alma minha, tome tempo para considerar que a justiça de Deus tem por obrigação o punir o pecado. Veja aquela punição executada no Senhor Jesus e prostre-se em humilde alegria. Beije os preciosos pés dAquele cujo sangue fez expiação por você. Quando a consciência é despertada, recorrer aos sentimentos e evidências em busca de consolação é uma atitude inútil. Este é um hábito que aprendemos no passado. O único remédio para uma consciência culpada é a contemplação de Jesus sofrendo na cruz. “O sangue é a vida” diz a Lei, no livro de Levítico. Devemos permanecer tranquilos na certeza de que o sangue é a vida da fé, da felicidade e de qualquer outra graça espiritual.
UMA VERSÃO MAIS BRANDA DO EVANGELHO DA PROSPERIDADE
Por David Schrock
Enquanto os evangélicos tradicionalmente desacreditaram o evangelho da prosperidade em sua forma “violenta”, há uma forma mais atenuada desse ensino que é comum até demais entre nós.1 Frequentemente não detectado por cristãos bíblicos, ele minimiza o evangelho e leva seus adeptos a focar em coisas como planejamento financeiro, dieta e exercício, e estratégias de aperfeiçoamento pessoal, que oferecem miraculosas e imediatas saúde e riqueza. Essa variedade mais branda e sutil desafia os crentes a irromperem para uma vida de bênçãos por meio da técnica prescrita pelo pastor mais recente.
Obviamente, questões de mordomia pessoal como dinheiro, saúde e habilidades de liderança deveriam ser entrelaçadas em uma completa teologia bíblica de discipulado cristão. O problema vem quando os cristãos, especialmente os pastores, depositam grande ênfase a essas questões secundárias. O que escolhemos pregar ou ouvir diz muito sobre o que valorizamos; e o que eu vejo entre alguns evangélicos é uma disposição de priorizar essas questões menores da lei, acima das mais importantes misericórdias do evangelho.
Essa não é uma preocupação nova. Outros já descreveram as facetas desse evangelho da prosperidade com nomes como deísmo moralista terapêutico, cristianismo sem Cristo e mercantilização do cristianismo.2 Na verdade, todos os três concordam em descrever um evangelho da prosperidade que é facilmente ignorado, porque parece razoável para os cristãos que amam tanto a Deus quanto à realização dos sonhos de prosperidade.
Um evangelho da prosperidade mais sutil e brando
Para os que têm olhos para ver, os sinais da pregação atenuada da prosperidade estão em todo lugar no evangelicalismo. A rádio cristã oferece uma experiência “positiva”, “encorajadora”, com inúmeras canções incentivando os ouvintes a serem vencedores. As editoras cristãs vendem livros que ajudam os cristãos a terem uma melhor aparência, se sentirem mais confiantes e alcançar seu máximo potencial. Semelhantemente, Jeremias 29.11 e Filipenses 4.13 continuam a ser repetidos como mantras por cristãos que querem ter um impacto no mundo.
Mas, é claro, esses exemplos são apenas sintomas, e a solução não é demonizar os comerciantes cristãos. Em vez disso, devemos todos aprender a pensar mais profundamente sobre o conteúdo da nossa fé e refutar os ensinos errôneos do atenuado evangelho da prosperidade (Tito 1.9).
Cinco marcas registradas da pregação atenuada da prosperidade
Para auxiliar nesse discernimento, deixe-me traçar cinco marcas registradas da pregação atenuada da prosperidade, especialmente como elas aparecem em sermões e livros.
A pregação atenuada da prosperidade eleva as “bênçãos” acima do bendito Deus.
Quando as bênçãos são divorciadas do Deus trino, tudo se compromete. A verdadeira bênção reside somente em Deus, o “bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores” (1Tm 6.15). Por consequência, buscar a bênção de Deus requer buscar a ele mesmo (Is 55.6-7; Mt 6.33). Cristo é o verdadeiro tesouro (Mt 13.44-46), e qualquer busca de bênção que torna Deus um meio para outro fim é errônea e idólatra.
A pregação atenuada da prosperidade separa os versículos da estrutura redentiva da Bíblia.
Quando os pregadores apresentam versículos isolados como princípios consagrados pelo tempo para reivindicar as bênçãos de Deus, o resultado é um evangelho falsificado. Ao invés de ligar todas as bênçãos a Cristo, eles aplicam diretamente versículos individuais às pessoas de hoje.
Tal promessa motiva o forte e extingue o fraco. A menos que uma passagem seja corretamente relacionada à estrutura redentiva da Bíblia, versículos, como Salmo 1.3, se tornam esteiras nas quais os cristãos sinceros e zelosos se exaurem. A genuína pregação expositiva cristocêntrica previne esse tipo de manipulação textual e protege contra o evangelho da prosperidade atenuado.
Mais especificamente, a pregação atenuada da prosperidade se deleita nas promessas tangíveis do Antigo Testamento.3 O erro é frequentemente o de prometer bênçãos da antiga aliança para os santos da nova aliança. Sempre que lemos o Antigo Testamento, como intérpretes fiéis, devemos ver como as promessas primeiramente se relacionaram a Israel e seu estado teocrático; segundo, a Jesus, que cumpriu perfeitamente a lei (Mt 5.17); e em terceiro lugar, a nós. Por vivermos sob a nova aliança, sempre haverá continuidade e descontinuidade entre a promessa do Antigo Testamento e seu cumprimento contemporâneo. Os pregadores devem aprender como interpretar tais textos antigos nos níveis textual, histórico e canônico.4 Semelhantemente, igrejas saudáveis devem aprender a ver como cada bênção é encontrada relacionando-a a Jesus Cristo, o mediador da nova aliança.
A pregação atenuada da prosperidade deprecia a maldição que Cristo suportou e a bênção do Espírito Santo.
Na Bíblia, bênção não é uma ideia amorfa. Deuteronômio 27-28 especifica o conteúdo das bênçãos e maldições da aliança mosaica. Citando tais versículos, os atenuados pregadores da prosperidade anunciam bênçãos divinas através de uma maior obediência, mas ignoram as letras miúdas. Apenas um homem obedeceu a Deus tão perfeitamente a ponto de merecer a bênção de Deus (Hb 10.5-10). E pela obediência pactual de Jesus, ele foi sentenciado à morte em uma cruz romana, amaldiçoado pelos pecados do seu povo (Gl 3.10-13).
Talvez o maior problema com a pregação atenuada da prosperidade é a maneira como ela minimiza a cruz de Cristo, em vez de adorar o Bendito que suportou a ira de Deus em nosso lugar (Gl 3.13). Os atenuados pregadores da prosperidade frequentemente falam sobre o que você pode fazer para experimentar o favor de Deus, mas passam longe da cruz, ignorando o fato de que cada dom espiritual foi assegurado para o crente por Jesus, que nos dá o seu Espírito como a principal bênção (Gl 3.14; Ef 1.3). Embora eles não neguem a via de salvação descrita em Romanos, eles estão dirigindo em outra estrada.
A pregação atenuada da prosperidade depende de técnicas terapêuticas prescritas pelo pastor.
Ao minimizar o evangelho, os atenuados pregadores da prosperidade preenchem o vácuo com um prato cheio de técnicas terapêuticas. Com a linguagem de Sião, eles enfatizam as boas obras do crente. Embora não neguem explicitamente a salvação pela graça através da fé, pastores que repetidamente insistem em dicas de vida, técnicas e estratégias para santo sucesso minam a fé que foi uma vez por todas entregue aos santos.
A pregação atenuada da prosperidade aborda amplamente problemas da classe média.
Enquanto que as primeiras quatro marcas registradas possam, de muitas maneiras, serem aplicadas tanto à violenta quanto à atenuada pregação da prosperidade, uma diferença surpreendente diferença permanece. Enquanto que a pregação violenta da prosperidade convida os seguidores a “declararem” e “reivindicarem”, os a pregação atenuada da prosperidade inspira o movimento ascendente para alcançar os sonhos. Na primeira, boa saúde e fortes finanças provam a salvação tangível de Deus; na segunda, os pregadores proclamam uma religião de soluções terapêuticas. Para citar apenas um dos mestres dessa prosperidade atenuada: “Se eu creio no retorno sobrenatural do ato de dar? Sim, senhor! Se eu creio que Deus abençoa dízimos e ofertas? Sim, eu creio. Mas por que deveríamos ensinar vocês a pedir por um carro sem ensinar a respeito do pagamento do carro e das taxas de juros de financiamento?”5
Em poucas palavras, a mensagem de T.D. Jake promete o mesmo ouro através de uma diferente linha de crédito: superabundante fé misturada com obras metódicas. Resumindo, essa pregação atenuada da prosperidade apela para pessoas de classe média que estão muito ocupadas vivendo para examinar uma mensagem que reafirma suas próprias aspirações naturais de sucesso. Tragicamente, “crentes” que engolem esse evangelho falso podem permanecer ignorantes de sua maior necessidade — expiação pelos pecados diante de um Deus santo — a menos que confrontados com o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo.
Uma melhor teologia da bênção
No fim das contas, a tragédia do evangelho da prosperidade atenuado é a maneira com que ele foca tanto em melhorias terrenas. Ao oferecer aos cristãos a melhor vida possível agora, as realidades eternas do céu e do inferno são perdidas. Isso traz a possibilidade muito real que muitos que ouvem o evangelho da prosperidade atenuado estão e continuarão estando perdidos.
Como resposta, os cristãos devem aprender a reconhecer o erro da pregação atenuada da prosperidade, e nós — especialmente pastores — devemos trabalhar em constante oração para libertar outros dela. Primeiro, devemos confessar as maneiras em que os desejos por sucesso terreno laçaram os nossos próprios corações. Segundo, devemos apresentar o evangelho bíblico, que excede em muito a oferta de sucesso santo. Devemos exaltar as riquezas do verdadeiro evangelho e confiar que quando as ovelhas de Deus ouvem o seu chamado para arrependerem-se de seus pecados e se voltarem para Cristo, elas também abandonarão a sua atenuada prosperidade e receberão como dom gratuito o único tesouro que conta — Jesus Cristo, o Único Rei Bendito.
NÃO SUPORTARÃO A SÃ DOUTRINA
“Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina…” (2ª Timóteo 4:3).
Há quase dois mil anos, o Apóstolo Paulo predisse o que nós estamos vendo acontecer nos nossos dias. A palavra de Deus é renegada, as doutrinas humanas são defendidas de todas as formas e maneiras em detrimento da verdade da sã doutrina, e as filosofias humanas infestam a igreja.
Tudo isto predito pelo Apóstolo Paulo, há quase dois mil anos. Ele disse: “pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”(2ª Timóteo 4:3 e 4). Nós estamos vivendo esses tempos previstos pelo Apóstolo Paulo. As pessoas não suportam ouvir a sã doutrina, o Evangelho da Graça de Deus, recusam-se a dar ouvidos à verdade e se entregam às fábulas.
A predestinação é uma sã doutrina, mas o livre-arbítrio é uma fábula. A segurança eterna da salvação é uma verdade cristalina de Deus, mas os homens se recusam a dar ouvidos à verdade, entregando-se à fábula da salvação que se perde.
Às vezes essa recusa à verdade da Bíblia é feita de uma forma tão estúpida, que chega às raias do absurdo. Um dos exemplos clássicos dessa estupidez é a matéria combatendo a predestinação, veiculada pelo Jornal Mensageiro da Paz, órgão informativo das Assembléias de Deus no Brasil. A matéria diz num dos seus textos: “A predestinação que a Bíblia ensina não se refere à vida eterna para alguns e a perdição eterna para outros; é para a salvação, isto é, para todos os que quiserem ser salvos…
A presciência de Deus não força a vontade do homem. Deus sabe os que o rejeitarão, mas não interfere para evitar isto, por ter o homem livre-arbítrio. Deus não criou o homem como um autômato, mas como ser moral, responsável por seus atos, com a faculdade de decisão e liberdade de escolha. Deus oferece ao homem a salvação e, mediante o seu Espírito, convence-o do seu pecado, da justiça e do juízo.
O homem aceita-o ou rejeita-o como está patente em muitos versículos da Bíblia..” Eu pergunto: Como é possível Deus convencer o homem do seu pecado, da justiça e do juízo e mesmo assim o homem rejeitá-lo? Se o homem já está convencido pelo Espírito Santo, fica óbvio que ele jamais iria rejeita-lo.
O Senhor Jesus Cristo, durante o seu ministério terreno, ensinou acerca da soberania de Deus e o falso livre-arbítrio do homem. Ele disse: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim…”…Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou, não o trouxer…Ninguém poderá vir a mim , se, pelo Pai não lhe for concedido”.(João 6:37, 44 e 65).
Para o homem vir até Jesus depende do Pai dar, do Pai trazer e do Pai conceder, porque ele está morto em delitos e pecados. O profeta Jeremias reconhece esta soberania absoluta de Deus sobre a vida dos homens, dizendo: “Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos” (Jeremias 10:23).
O jornal Mensageiro da Paz ignora tudo isto e diz “que Deus oferece ao homem a salvação, e o homem aceita ou rejeita”. Na sua fúria de combater a soberania de Deus e defender o livre-arbítrio do homem o jornal procura respaldar os seus argumentos com inúmeros versículos bíblicos, os quais passaremos a analisar a partir de agora.
A primeira passagem bíblica usada para respaldar a falsa doutrina do livre-arbítrio do homem, diz o seguinte: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal.
Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas. Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra.
Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse” (Isaías 1:16 a 20). Segundo o Mensageiro da Paz, aqui Deus está oferecendo a vida eterna e o homem aceita ou rejeita segundo o seu livre-arbítrio. Isto não é verdade, pois a salvação não é oferecida, ela é outorgada por Deus aos seus filhos eleitos e predestinados, graciosamente.
Neste texto em questão, Deus está dirigindo-se à nação de Israel que, naquele momento, estava vivendo em desobediência à sua palavra, como atesta as palavras de Isaías, que diz: “Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o Senhor é quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim.
O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende”(Isaías 1:2 e 3). Veja que Deus está reconhecendo o povo de Israel como seus filhos, como o seu povo. A verdade é que o profeta estava profetizando sobre a nova aliança da graça de Deus, que viria através de Jesus. Ele disse: “se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada”.
Os judeus fanatizados pela religião dos homens rejeitaram o estabelecimento da Nova Aliança, rejeitaram o Novo Pacto de melhores e superiores promessas e, como conseqüência, estão sendo devorados a espada até aos dias de hoje. Vemos, então, que nem de longe o texto fala do homem escolher ou rejeitar a Deus e, muito menos, de perder a salvação, porque a salvação não se perde.
Numa tentativa desesperada de provar que o homem é quem decide, mediante o seu livre-arbítrio, se quer ou não ser salvo, eles citam o texto de Josué que diz: “Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”(Josué 24:15). Em primeiro lugar, é preciso saber que o povo judeu já era o povo de Deus, os seus filhos.
O problema é que o povo de Israel, por falta de entendimento, várias vezes desobedeceu a Deus , misturando-se com os povos pagãos e servindo aos seus deuses. Todas as vezes que isso acontecia, sobrevinha grande sofrimento ao povo. Aqui, mais uma vez, nós encontramos um grande líder, Josué, exortando o povo do Senhor a servir a Deus com integridade e com fidelidade. Depois de exortar o povo eleito o profeta diz: “Se deixardes o Senhor e servirdes a deuses estranhos, então, se voltará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos ter feito bem”(Josué 24:20).
É a disciplina de Deus. Deus corrige, disciplina e açoita, mas, jamais retira a sua salvação. Foi isso que ele disse a Davi, confira: “Se os seus filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos, se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos. Então punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniqüidade. Mas jamais retirarei dele a minha bondade, nem desmentirei minha fidelidade”(Salmo 89:30 a 33).
A grande discussão é entre a verdade de Deus e a mentira de Satanás. A verdade da predestinação e a mentira do livre-arbítrio do homem. Na defesa da mentira de que o homem é quem decide aceitar ou rejeitar Jesus através do livre-arbítrio, o Mensageiro da Paz, órgão oficial das Assembléias de Deus, cita em defesa desta falsa doutrina o texto do Velho Testamento que diz: “Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito. Ao Senhor, teu Deus, temerás; a ele servirás, a ele te chegarás e, pelo seu nome jurarás”(Deteronômio 10:19 e 20).
Aqui, mais uma vez, vemos Deus através de Moisés, exortando o seu povo, Israel, à obediência. Aliás, coisa que o Senhor continua fazendo conosco, através dos seus servos, até aos dias de hoje. Uma das grandes desobediência do povo judeu era com respeito aos estrangeiros, os gentios.
Quando o profeta diz: “Ao Senhor, teu Deus, te chegarás”, no texto hebraico original é no sentido de adorá-lo, de obedecer, e nunca no sentido de aceitá-lo como Deus. Veja que ele disse: “Ao Senhor, teu Deus,” o que significa, que o Senhor já era o Deus deles. Para não pairar dúvidas a este respeito, a seqüência do texto diz: “Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e temíveis coisas que os teus olhos têm visto”(Dt 10:21). Vemos, então, que o Senhor já era o louvor e o Deus deles.
Agora, como é que eles se achegariam a Deus? Na seqüência do texto, ele responde como é que eles se achegariam a Deus: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, e todos os dias guardarás os seus preceitos, os seus estatutos, os seus juízos e os seus mandamentos”(Dt. 11:1).
A principio a tentativa do jornal Mensageiro da Paz é provar com versículos bíblicos isolados do seu contexto, que o homem tem livre-arbítrio para a salvação. O próximo texto isolado do contexto, que o jornal usa na sua matéria, visando criar um falso pretexto, é o que está escrito em 1ª de Reis, que diz: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu. Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei dos profetas do SENHOR, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinqüenta homens”(1ª Reis 18:21,22).
Mais uma vez, encontramos Deus usando um profeta para exortar o seu povo a não se misturar com falsos profetas, com falsos deuses. Neste momento aqui, o povo de Israel era governado pelo Rei Acabe, que depois que casou-se com a perversa Jezabel acabou induzindo o povo de Deus ao erro, fazendo-os deixar de lado os mandamentos de Deus e seguir os baalins. Um pouco antes do Profeta Elias se dirigir ao povo, ele tem um encontro com o rei Acabe.
Quando o rei viu o profeta, dirigiu-se a ele dizendo: “És tu, ó perturbador de Israel? Respondeu-lhe Elias: Eu não perturbo a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins” (1ª Reis 18:17,18).
O relato bíblico está mostrando que eles já eram de Deus, mas estavam negligenciando a Palavra de Deus, praticando ritos de adoração a Baal, que era o grande deus da fertilidade dos Cananeus.
Então, a exortação do profeta é no sentido do povo abrir os olhos e ver que estavam seguindo a deuses falsos, e nunca no sentido de usarem o livre-arbítrio e decidirem se queriam ser de Deus ou não, porque do Senhor eles já eram.
Quando as pessoas não têm um pleno conhecimento de Deus, quando elas não manejam bem a palavra da verdade, com muita facilidade elas são enganadas por falsos ensinamentos.
Muitas vezes um versículo isolado do contexto, cria um excelente pretexto, para se induzir as pessoas a crerem numa mentira. É o caso, por exemplo, dos versículos citados pelo Jornal da Assembléia de Deus, para provar que o homem tem livre-arbítrio para a salvação, que ele é quem decide se aceita ou se rejeita Jesus. O próximo texto citado está no livro de Crônicas e diz: “Veio o Espírito de Deus sobre Azarias, filho de Odede. Este saiu ao encontro de Asa e lhe disse: Ouvi-me, Asa, e todo o Judá, e Benjamim. O SENHOR está convosco, enquanto vós estais com ele; se o buscardes, ele se deixará achar; porém, se o deixardes, vos deixará”(2ª Crônicas 15:1 e 2).
Como é que os pregadores utilizam este versículo nas suas pregações? Eles fazem assim: “Irmãos, se você não buscar a Deus, você não será salvo, a decisão é sua. E você que já aceitou Jesus tem que ter muito cuidado, porque se você o deixar ele te lançará no inferno.” Para quem não tem um pleno conhecimento da palavra, parece ser esta a verdade do texto e, aí, a pessoa passa a crer que o homem é quem decide o seu destino espiritual.
Quem maneja bem a palavra não se deixa enganar por estas mentiras dos falsos profetas modernos.
Qual é na realidade a mensagem que o texto está transmitindo? O contexto do assunto em pauta começa a partir do capítulo 14, versículo 1. O relato sagrado mostra que o Rei Asa havia assumido o reinado de Judá no lugar do rei Abias, que havia morrido, e durante dez anos a terra esteve em paz. Por que a terra estava há dez anos vivendo na mais absoluta paz? Porque “Asa fez o que era bom e reto perante o Senhor, seu Deus”(2Crônicas 14:2).O que é que este rei fez de bom e reto? ” Porque aboliu os altares dos deuses estranhos e o culto nos altos, quebrou as colunas e cortou os postes-ídolos. Ordenou a Judá que buscasse ao SENHOR, Deus de seus pais, e que observasse a lei e o mandamento. Também aboliu de todas as cidades de Judá o culto nos altos e os altares do incenso; e houve paz no seu reinado”(2ª Crônicas 14:3 a 5).
Diante do que expomos acima, qual é o significado do texto de 2ª Crônicas 15:1 e 3? O significado, é que o Espírito Santo fala por intermédio do profeta Azarias, exortando o rei Asa e todo o povo de Judá, dizendo que, enquanto eles permanecessem obedientes, enquanto eles servissem a Deus de uma maneira digna como eles vinham fazendo até aquele momento, o Senhor estaria se manifestando em favor deles. Mas, se eles voltassem a ter uma vida desregrada, então, não desfrutariam do favor de Deus. O profeta lembra que, no passado, Israel já havia passado por momentos difíceis por causa da desobediência: “Israel esteve por muito tempo sem o verdadeiro Deus, sem sacerdote que o ensinasse e sem lei. Naqueles tempos, não havia paz nem para os que saíam nem para os que entravam, mas muitas perturbações sobre todos os habitantes daquelas terras”(2ª Crônicas 15:3 e 5).
Quando o povo servia a deuses falsos, quando não obedeciam à palavra, eles viviam dias de angústias tremendas. Mas, quando eles se voltavam para Deus, quando buscavam ao Senhor, quando tornavam outra vez a obedecerem, o Senhor se mostrava outra vez favorável a eles.
Fica muito claro, então, que o texto fala de obediência às regras de Deus. Quando se obedece, tem-se paz, alegria, saúde e prosperidade. Quando não se obedece: angústia, tristeza, miséria etc. A verdade é que aqui não se trata de livre-arbítrio para a salvação, não se trata de vida eterna.
O método dos falsos mestres combaterem a verdade sagrada é sempre usando passagens bíblicas, que, quando isoladas do seu contexto, dão margem para que se criem falsos ensinamentos. Veja que eles não suportam ouvir a sã doutrina, e combatem a verdade divina usando a própria palavra de Deus, só que de uma forma distorcida. O povo de Deus vive aí destruído na sua firmeza espiritual, crendo que a salvação se perde, que o demônio lhe pode tocar, que o homem tem livre-arbítrio e tantas outras barbaridades, por falta de conhecimento. Aliás, a única coisa capaz de destruir a vida de um filho de Deus e o fazer viver uma vida de sofrimentos é a desobediência.
O Senhor mesmo disse isto: “O meu povo está sendo destruído porque lhe falta o conhecimento”(Oséias 4:6).
Um outro versículo usado pelos pervertedores do evangelho, diz o seguinte: “Bom é o sal; mas, se o sal vier a se tornar insípido, como lhe restaurar o sabor? Tende sal em vós mesmos e paz uns com os outros”(Marcos 9:50). Este versículo é usado rotineiramente para se fazer terrorismo com o povo de Deus, fazendo-o acreditar que é possível hoje estar nas mãos de Jesus e amanhã ser lançado no inferno. Isso é uma bobagem sem tamanho, porque nós já mostramos anteriormente o Senhor Jesus declarando que o inferno foi preparado para o Diabo e seus anjos, e nunca para um filho seu. Aqui não está falando nem de salvação e muito menos de inferno. O Senhor está falando de vida espiritual mediante o conhecimento.
Quando e que é o sal torna-se insípido? Quando ele perde o sabor. Veja que, em Mateus, ele disse: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens”(Mateus 5:13). O Senhor estava mostrando que uma vida espiritual sem autenticidade, sem verdade, não tinha nenhuma serventia para o mundo nem para o próprio Deus. A expressão “Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens” foi usada baseada no Talmude, que dizia que o sal que não era puro e útil para ser usado nos ritos de sacrifícios, que na dispensação da lei eram oferecidos com sal, era lançado nos degraus e declives que haviam em redor do templo, para impedir que o terreno se tornasse escorregadio, e, assim, era pisado pelos homens.
Quando é que um crente se torna insípido? Quando ele começa a desprezar o conhecimento, desprezar a Bíblia, negligenciar a obediência à palavra. Jesus disse: “Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.” Aqui não se trata de ser lançado no inferno, mas de ser lançado fora da cobertura de Deus. A verdade é que todo crente que é lançado fora da cobertura de Deus, acaba pisado pelos homens. Quantas vezes nós vemos uma esposa crente ser traída pelo seu marido, ou um homem crente ser traído pela sua esposa. Quantas vezes um crente é ludibriado por um ímpio, vem o inimigo e o derrota.
Às vezes é um pastor que passa a ser humilhado, por circunstâncias que ele mesmo criou, por causa da sua vida espiritual relaxada. Foi o caso de Saul, que acabou morto pelos seus inimigos. Isto são exemplos de pessoas pisadas pelos homens.
Eu estava viajando para João Pessoa, e ouvi no rádio do meu carro um pregador de uma seita pentecostal, inflamado no seu discurso, dizer: “Meus irmãos, vocês têm que ter muito cuidado para não perder a salvação. Não acredite nessas heresias que alguns estão pregando de que quem foi predestinado por Deus é salvo para sempre. O Apóstolo Paulo mesmo alertou a igreja quanto a possibilidade de um crente perder a sua salvação.”
Logo em seguida, com ares de quem tinha um pleno conhecimento do assunto, ele citou as palavras de Paulo registradas na Epístola aos Coríntios, que diz: “Aquele, pois, que pensa está de pé veja que não caia”(1ª Coríntios 10:12).
Depois de ler o texto, emendou: “Está aqui a verdade: Paulo disse: aquele que está salvo cuide para que não perca a sua salvação.” Exemplos iguais a este têm acontecido aos milhares pelo Brasil afora. Deturpa-se o texto sagrado e se lança na mente do povo falsos ensinamentos, que só servem para desestabilizar a vida espiritual dos eleitos de Deus.
Qual é, na realidade, o sentido das palavras do Apóstolo Paulo no texto citado acima? Será que ele está realmente falando de salvação e da possibilidade desta vir a se perder? Absolutamente não.
No contexto do assunto, o apóstolo dos gentios está exortando à igreja dos coríntios a não incorrer nos mesmos erros que o povo de Israel cometeu no passado. Antes do versículo 12, ele diz: Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se. E não pratiquemos imoralidade, como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil. Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos tempos têm chegado”(1ª Coríntios 10:6-8;11).
Paulo está dizendo que o povo judeu cobiçou voltar ao Egito, fez o bezerro de ouro e, mesmo assim, comeu e bebeu como se nada demais estivesse acontecendo. Praticaram imoralidade, quando se prostituíram com as filhas dos Moabitas, e se inclinaram aos deuses pagãos. Paulo está dizendo que todas as vezes que o povo judeu caiu em desobediência, recebeu de Deus disciplina, correção e açoite, e que essas coisas sobrevieram aos nossos irmãos israelitas e foram escritas para nos advertir, a fim de que não venhamos a incorrer nos mesmos erros e, conseqüentemente, sofrer as mesmas penalidades. Por isso que no versículo 12, ele disse: “Aquele, pois, que pensa está de pé veja que não caia”, ou seja, aquele que está obedecendo, aquele que está recebendo os benefícios de Deus, cuide para que não caia, cuide para que não venha a desobedecer, como os antigos fizeram e seja disciplinado por Deus, como eles foram. Vemos, então, que eles não suportam a sã doutrina, chamam a verdade de Deus de heresia, e distorcem a palavra para perturbar o povo de Deus.
Voltando à matéria publicada pelo Jornal das Assembléias de Deus no Brasil, o Mensageiro da paz, no texto escrito para combater a verdade da predestinação bíblica, afirma que a predestinação é para todo aquele que aceitar Jesus e, mais uma vez, tenta respaldar o falso ensinamento usando um versículo bíblico que diz: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”(Atos 2:21). Para o jornal este versículo prova que o homem tem livre-arbítrio e que, por isso mesmo, é ele quem decide se quer ou não ser salvo. Para eles, a partir do momento em que o homem, por livre-arbítrio, aceita Jesus ele está predestinado para a salvação.
Está correta a maneira com que o texto de Atos 2:21 tem sido interpretado pelos pregadores da Assembléia de Deus? Infelizmente, está completamente errada. Para quem não tem o cuidado de discernir espiritualmente o assunto, à primeira vista pode parecer que o texto esteja transmitindo a idéia de que o homem tem livre-arbítrio, mas, na realidade, a verdade é outra. O versículo de Atos 2:21 faz parte da profecia de Joel, que Pedro citou para ilustrar o seu grande discurso do dia de Pentecostes. A profecia de Joel começa dizendo: “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne…”(Atos 2:17).
O profeta estava profetizando que nos últimos dias, isto é, aqueles que antecedem a segunda vinda de Jesus para buscar a sua igreja, o Espírito Santo seria derramado de uma forma universal e não de uma forma limitada ao povo de Israel, como era nos dias do Velho Testamento. A expressão “sobre toda a carne” mostra uma doação universal do dom do Espírito Santo, envolvendo todas as nacionalidades, sem distinção de raça, de cultura, de sexo, de posição social ou qualquer coisa que o valha. O texto final das palavras proféticas de Joel, apenas corroboram as primeiras. Quando ele diz: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”, na realidade ele está dizendo que, independente de nacionalidade, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, porque é uma ovelha, é um predestinado, é um salvo.
Por que essa preocupação de Deus em profetizar através de Joel o derramamento do Espírito Santo sobre os gentios, sobre aqueles que não têm sangue israelita? Porque sempre houve, por parte dos judeus, uma discriminação muito grande em relação aos estrangeiros. Por não compreenderem muito bem o plano divino, eles imaginaram que somente os nascidos em Israel eram, de fato, filhos de Deus, e por esta causa nutriam um tremendo preconceito contra os estrangeiros. A coisa era tão horripilante que, quando algum gentio queria adorar o Deus Todo-Poderoso, ele não tinha o direito de entrar no templo. Os judeus traçavam uma linha demarcatória fora do templo, e os estrangeiros só podiam chegar até àquela marca e, se passassem eram imediatamente apedrejados e mortos.
A falta de conhecimento dessas verdades que eu estou expondo, tem feito com que os homens criem muitas dúvidas na mente do povo de Deus. É o que faz, por exemplo, o Jornal das Assembléias de Deus, que no seu afã de combater a verdade da predestinação, cita as palavras proferidas por Pedro na casa de Cornélio, o centurião romano. Pedro disse: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas”(Atos 10:34). Num primeiro momento, quando apresentado isolado do contexto, este versículo parece provar que não há predestinação, todavia, isto não é verdade, pois a predestinação é a coluna vertebral do Evangelho, e Deus não se contradiz.
Os mais apressados usam este versículo isoladamente e afirmam, ousadamente, que Deus não faz acepção de pessoas. Mas, a verdade bíblica é que Deus faz acepção de pessoas sim, ele não faz acepção de filhos. De Gênesis ao Apocalipse, a Escritura mostra que Deus faz acepção entre o joio e o trigo, entre a ovelha e o cabrito, entre os vasos de honra e os vasos de desonra. As palavras de Jesus, na sua oração sacerdotal, provam esta acepção: Ele disse: “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me destes, porque são teus”(João 17:9). Aqui está uma bela acepção de pessoas, Ele não roga pelo mundo, ele só roga pelos predestinados, porque são os verdadeiros filhos de Deus.
Agora, vamos entender o verdadeiro sentido da afirmativa de Pedro de que Deus não faz acepção de pessoas.
Observe que, tão logo Pedro acabou de fazer esta afirmativa, a frase pronunciada pelo Apóstolo termina com ponto e vírgula, o que significa que, em seguida, ele vai explicar em que sentido Deus não faz acepção de pessoas. Pediria encarecidamente aos inimigos da verdade sagrada que lessem o versículo subseqüente, no qual encontrarão a resposta. Pedro explica dizendo: “Pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável”(Atos 10:35). Ou seja, ao contrário do que imaginava os nossos irmãos judeus, existem filhos de Deus em todas as nações da terra e não apenas em Israel, como eles criam.
Por que razão Pedro, agora, está reconhecendo que era possível pessoas de qualquer nacionalidade serem aceitáveis ao Senhor? Porque os judeus nunca admitiram tal possibilidade. As palavras que Pedro dirigiu às pessoas que se encontravam na casa de Cornélio não deixam dúvidas a este respeito. Ele disse: “…Vós bem sabeis que é proibido a um judeu ajuntar-se ou mesmo aproximar-se a alguém de outra raça; mas Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo” (Atos 10:28). Então, Pedro estava dizendo que Deus não faz acepção de pessoas no sentido de nacionalidade, que era o que os judeus faziam.
Depois de fazer uma bela pregação sobre Jesus, sobre o seu ministério, sobre a sua morte e ressurreição, Pedro diz: “Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados”(Atos 10:43). A expressão “todo aquele que nele crê” foi usada por Pedro dentro do contexto que explanamos anteriormente, ou seja, todo aquele de qualquer nacionalidade, de qualquer nação da terra. A prova desta verdade é manifestada logo a seguir, quando o texto diz: “Ainda Pedro ainda falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo”(Atos 10:44 e 45).
Os fiéis que eram da lei, os judeus, admiraram-se ao ver os estrangeiros receberem aquilo que eles imaginavam ser exclusividade dos israelitas. Agora eles estavam comprovando com os seus próprios olhos, que todo aquele que nele crê, isto é, todo aquele de qualquer nação da terra pode receber remissão de pecados e, não somente, os nascidos em Israel.
Nós já mostramos em outro capítulo deste livro que o texto sagrado mostra, repetida vezes e, enfaticamente, que Jesus morreu pelo “seu povo”, “pela igreja”, pelas “suas ovelhas”, “por muitos”, ou seja, apenas por uma parte da raça humana. Paulo estava pregando para uma multidão em Antioquia, e Lucas registra que “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna”(Atos 13:48).
Aqui não diz que foram destinados à vida eterna os que creram, mas, que creram os que haviam sido destinados à vida eterna. E os que não foram destinados para a vida eterna? Não creram. Num total desprezo pela verdade bíblica, o Jornal Mensageiro da Paz diz que “Segundo a Bíblia, a pessoa que realmente crê em Jesus torna-se um dos escolhidos de Deus, pois somos eleitos nele (Efésios 1.4). Isto é, Deus elegeu primeiramente a seu Filho para nos salvar, e nele somos eleitos quando o aceitamos. Somos predestinados e escolhidos porque somos parte da igreja do Senhor, e não parte da Igreja porque somos predestinados individualmente. Deus elegeu um povo para si chamado “igreja”, não indivíduos.
O mesmo ocorreu com Israel no plano terreno: Deus elegeu para si uma nação; não indivíduos. Tanto é que muitos israelitas falharam como indivíduos, mas a eleição de Israel como povo continua até hoje. Muitos têm se desviado na igreja como indivíduos, mas a eleição da igreja como o corpo de Cristo não muda. Nos ensinos do Novo Testamento, como em Mt 22.1-14, vemos que chamados para festa real foram todos os convidados. Escolhidos foram os que aceitaram o convite e entraram para o banquete.”
A verdade é justamente o contrário do que ensina o Jornal Mensageiro da Paz, ou seja, nós somos parte integrante da Igreja porque Deus nos predestinou. Não satisfeitos em negarem esta verdade, eles vão mais além e negam que Deus tenha predestinado indivíduos, alegando que o Senhor só trata com multidão e nunca com pessoas individualmente. Ora, a prova de que Deus trata com pessoas individualmente está por toda a parte, em toda a Bíblia Sagrada. Nós podemos ver isso, por exemplo, em Romanos, capítulo 9 a 11, onde Paulo está falando da eleição de indivíduos para a salvação.
Exatamente por se referir a eleição de indivíduos é que o apóstolo cita o texto do profeta Isaías, que diz: “Ainda que o numero dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo” (Romanos 9:27). Em seguida, ele diz: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”(Rm 10:9,10 e 13). Negar que o Apóstolo esteja se referindo a pessoas, e não a grupos ou nações é, no mínimo, desonestidade espiritual.
Muitos tentam refutar esta verdade alegando que o assunto em pauta envolve a eleição de pessoas para a salvação, e não para serviço e testemunho. Esta é mais uma alegação descabida que visa, unicamente, encobrir a verdade sagrada. As palavras inspiradas do apóstolo define, de uma maneira muito clara, a questão. Ele diz: Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?(Romanos 9:22 a 24).
Ora, se Paulo estivesse referindo-se à eleição de pessoas para o serviço e testemunho e não para a salvação, não teria nenhum sentido sua referência a “vasos de ira preparados para a perdição” e a “vasos de misericórdia que para glória preparou de antemão”. Essas expressões não se referem, em hipótese alguma, ao serviço ou testemunho neste mundo, e sim à salvação ou à condenação eterna.
Para que não pairasse dúvida sobre esta questão, Paulo disse: “E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas; nem por serem descendentes de Abraão são todos seus filhos; mas: em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa” (Romanos 9:6 a 8). Aqui está a distinção entre o Israel físico e o Israel espiritual. Paulo está dizendo aqui que, aqueles que descendem fisicamente de Abraão podem, na sua natureza espiritual, ser filhos do Diabo.
Este texto bíblico, portanto, nega que a eleição de Deus envolva apenas privilégios religiosos, pois se assim o fosse, toda a nação de Israel teria sido eleita. Entretanto, a verdade bíblica é que a eleição de Deus visa a salvação, e a salvação de indivíduos. A totalidade destes indivíduos salvos a Bíblia chama de “a igreja”, “as minhas ovelhas”, “o seu povo” etc. E os indivíduos que se desviaram, tanto do meio do povo de Israel, como da igreja, hoje? Eram filhos de Deus que perderam a sua salvação? Não, porque um filho de Deus não pode perder a sua salvação, das mãos de Jesus ninguém os arrebatará.
Na realidade são os filhos do Diabo, o joio no meio do trigo. João explicou isso muito bem: “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos” (1ª João 2:19). Quem se desvia da igreja é porque não é ovelha, não foi predestinado por Deus para a salvação, é vaso de ira preparado para a perdição. Mas, e o que dizer do texto de Mateus 22:1-14, citado pelo jornal Mensageiro da Paz. Antes de qualquer consideração precisamos saber o que significa a palavra parábola.
No Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa encontramos a definição de que parábola, “é uma narração alegórica…” Sabendo então que Parábola é uma alegoria, o mesmo dicionário nos informa que alegoria é “a exposição de um pensamento sob forma figurada; ficção que representa um objeto para dar idéia de outro; continuação de metáforas que significam uma coisa nas palavras e outra no sentido”.
Diríamos então, que parábola é uma estória engendrada, uma ficção, uma fantasia que esconde e acoberta uma verdade importante, uma narração alegórica que contém algum preceito moral. Em muitas oportunidades, Jesus usou esse método para proclamar os seus ensinamentos. Quando os seus discípulos lhe perguntaram por que ele falava por parábolas, ele respondeu: “Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino do céu, mas àqueles não lhes é isso concedido” (Mateus 13:11).
Qual era então a mensagem que Jesus estava transmitindo através da parábola das bodas? Jesus estava com essa parábola abordando o problema dos judeus e gentios. Essa celebração das bodas se refere à vinda de Jesus ao mundo, como o Messias. Quem são os convidados que foram chamados para as bodas, mas não quiserem vir? Os judeus. João disse: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”(João 1:11). A nação de Israel, como um todo, não quis reconhecer Jesus como o Messias anunciado por todos os seus profetas. Os líderes espirituais do povo judeu os tinha prejudicado bastante, espiritualmente, ensinando-lhes doutrinas falsas, preceitos de homens e eles mesmos faziam oposição oficial e pública ao Filho de Deus. A verdade é que eles estavam totalmente despreparados para um acontecimento tão importante. Quem são os outros convidados que foram trazidos para a sala do banquete? Os gentios. Esta é a mensagem da parábola.
Na seqüência da matéria, o jornal das Assembléias de Deus afirma que a graça de Deus não é irresistível, ou seja, o homem pode aceitar ou não o chamado divino. Como é de praxe, os falsos ensinamentos sempre vêm respaldados por passagens bíblicas mal interpretadas ou separadas do seu contexto. É exatamente o que faz os autores da matéria contra a predestinação, quando citam algumas passagens bíblicas e que nós vamos explicar agora. O primeiro texto citado diz o seguinte: “Até quando, ó néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento? Atentai para a minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o meu espírito e vos farei saber as minhas palavras. Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo vosso terror, eu zombarei, em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angustia.
Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do Senhor; não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão” (Provérbios 1:22 a 30).
Segundo o Mensageiro da Paz, este texto prova que a graça salvadora de Deus não é irresistível, ou seja, mesmo Deus querendo salvar, os homens têm o poder de resistir a essa salvação graciosa.
Eu pergunto: será que é isto que o texto sagrado está mostrando? Sem dúvida nenhuma que não. O assunto aqui em questão é a sabedoria, e não a salvação. A primeira coisa que devemos saber é que esse livro foi escrito para exortar os filhos de Deus, para que dessem ouvidos aos ensinamentos de Deus. Ele diz: “Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe. Porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço. Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas” (Provérbios 1:8 a 10).
Quando um filho de Deus deixa a instrução do seu pai e da sua mãe, ele acaba sendo seduzido pelos pecadores. Ora, quantos filhos de Deus têm recusado o conhecimento e a sabedoria divina? Muitos. Hoje, noventa por cento do povo de Deus tem recusado o conhecimento da palavra de Deus. As pessoas, na sua grande maioria, têm vivido uma vida espiritual superficial, baseada apenas em doutrinas humanas e em vãs filosofias. Por isso que, quando o povo de Deus é exortado a se voltar para o conhecimento divino, os líderes espirituais já o instrui a responder: “O importante é crer em Jesus”.
Este é o tipo de cristianismo que tem imperado nos dias de hoje, na maioria das igrejas. Rejeita-se o conhecimento sobre o pretexto de que o importante é crer em Jesus.. Nada mais diabólico do que esse tipo de pensamento, pois as conseqüências são trágicas para os filhos de Deus. O Senhor mesmo disse: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim…”(Oséias 4:6).
Muitos filhos de Deus têm vivido assim, sem conhecimento, mas, nem por isso, deixam de ser filhos e muito menos são lançados no inferno. Um exemplo prático dessa verdade, é com relação ao povo de Israel que rejeitou a sabedoria do Evangelho da Graça de Deus e, por isso, tem sido destruído pela sua própria insensatez. Vemos, então, que o sábio Salomão está mostrando que, quem negligencia o conhecimento de Deus vive sem desfrutar do favor de Deus. O Senhor diz: “Em vindo a vossa perdição como redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia. Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do Senhor. Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão. Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem estar os leva à perdição (Provérbios 1:27 a 29; 31 e 32).
Tudo isso é a disciplina de Deus, conforme as palavras do salmista, que diz: “Se os seus filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos, se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos, (muitos pregadores já diriam: serão lançados no inferno, mas a atitude de Deus com os seus filhos é outra, conforme prova as palavras seguintes do salmo) então, punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniqüidade. Mas jamais retirarei dele a minha bondade, nem desmentirei a minha fidelidade” (Salmo 89:30 a 33).
Portanto, as pessoas a quem o texto de Provérbios se dirige já eram filhos, já eram salvos, não puderam resistir à graça de Deus como, erroneamente, ensina o Mensageiro da Paz.
Outro texto usado pelo jornal para mostrar que o homem pode resistir à graça de Deus e não ser salvo, são as palavras de Jesus, que disse: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mateus 23:37). Segundo os defensores do livre-arbítrio, este texto prova que a graça de Deus pode ser resistida pelo homem.
Eles dizem que Jesus quis várias vezes reunir os filhos de Jerusalém, mas eles resistiram e não quiseram. Será que é realmente isto que o texto está transmitindo? Seguramente, que não.
Eu já disse anteriormente que, quando se isola um texto do contexto, cria-se um pretexto, que é exatamente o que muitos têm feito com este texto de Mateus, que estamos analisando. O contexto do assunto em questão começa no versículo 1, do capítulo 23 de Mateus, que é uma severa repreensão do Senhor Jesus aos líderes dos escribas e fariseus. A maior parte dessa gente era composta da semente da perdição. O filho de Deus, quando é chamado por Deus, ele demonstra frutos dignos de arrependimento e a sua nova maneira de viver prova que ele, verdadeiramente, arrependeu-se dos seus pecados do passado. Só os filhos de Deus podem apresentar esse fruto.
Os filhos do Diabo jamais apresentarão um sincero arrependimento. Eles podem tornar-se religiosos, conhecer a Bíblia, praticar as obras da lei, orar, todavia, eles permanecem vivendo uma vida de erros, de pecados, que era exatamente o que acontecia com os fariseus naquela época. Depois de várias advertências, de vários ai logo em seguida, Jesus disse-lhes: “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mateus 23:33). Veja que Jesus via esses homens como pessoas completamente dissociadas de Deus e sem qualquer possibilidade de arrependimento. Depois de várias advertências, de vários ais, o Senhor diz: “Aí de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos e dizeis: se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido cúmplices no sangue dos profetas! Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas”(Mateus 23:29 a 31).
Eles edificavam os sepulcros dos profetas, mas ignoravam e pervertiam os seus ensinamentos. Veja a hipocrisia reinante nessa gente. Eles diziam: “Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido cúmplices no sangue dos profetas!” Em menos de uma semana, esses mesmos homens mataram a Jesus. Eram homens assassinos, violentos, eram hipócritas, eram sepulcros caiados. O Senhor já havia chamado essas autoridades de falsas, insensatas, cegas e hipócritas; agora, ele complementa dizendo que eles eram indivíduos totalmente iníquos, venenosos, e assassinos. Eram raça de víboras, eram da descendência da serpente e para eles não havia a mínima possibilidade de salvação. Eles eram da descendência da Caim e, por isso, nos versículos seguintes o Senhor diz: “Por isso, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e crucificareis; a outros açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade; para que sobre vós recaia todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias a quem matastes entre o santuário e o altar” (Mateus 23:34 e 35). Observe que, desde Abel e até aos dias de hoje, eles continuam agindo da mesma forma. Paulo disse que são vasos de ira preparados para a perdição.
Depois de tudo que foi explanado acima, nós podemos compreender, com clareza, as palavras de Jesus quando disse: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mateus 23:37). Quando foram essas muitas vezes que o Senhor quis reunir os filhos de Jerusalém, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas? Todas as vezes que ele enviou os seus profetas e eles os mataram. O Senhor disse: “E vós não o quisestes!”. Vós, quem? Os filhos de Jerusalém que estavam resistindo à chamada eficaz? Não, mil vezes não; vós, os líderes fariseus e os escribas que nunca desejaram que o povo de Deus conhecesse a verdade divina, pois, dessa forma, ele se libertaria da sua tirania religiosa.
A minha preocupação, é que, devido à terrível falta de conhecimento que reina hoje sobre a maioria esmagadora dos cristãos, com muita facilidade se consegue introduzir, dissimuladamente, heresias destruidoras e enganar os eleitos de Deus. A maioria dos falsos ensinamentos são respaldados com, apenas, um versículo bíblico isolado do seu contexto, fazendo com que o texto diga, exatamente, aquilo que ele nunca quis dizer. Por exemplo: o jornal Mensageiro da Paz diz que a graça de Deus não é irresistível e, para provar que Deus pode querer salvar o homem e o homem pode resistir a essa graça salvadora e não querer ser salvo, ele cita o texto bíblico que diz: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis”(Atos 7:51).). Ora, para quem não tem um profundo conhecimento, para quem não maneja bem a palavra da verdade, para quem não sabe interpretar o contexto do tema, este versículo parece provar que, realmente, os homens podem resistir à graça salvadora de Deus. Eles dizem assim: está aqui a prova: Os homens podem resistir ao Espírito Santo, mesmo que o Espírito queira graciosamente salvá-los eles podem rejeitar a salvação.
Mais uma vez, equivocam-se os que usam esse texto para provar que o homem pode resistir à graça de Deus. Nesse texto nós encontramos a mesma situação do texto analisado anteriormente, de Mateus 23:37, ou seja, Estevão está diante do Sinédrio, de algumas pessoas do povo, dos anciãos e dos escribas, conforme diz o relato do capítulo 6:12. Quem era essa gente que tentava a todo custo calar a boca de Estevão? Era a raça de víboras, a descendência da serpente, a geração de Caim. Quando Estevão disse que eles sempre resistiam ao Espírito Santo, não era no sentido de que o Espírito Santo queria salvá-los e eles resistiam a essa salvação graciosa de Deus. Eles resistiam ao Espírito Santo, no sentido de que eles sempre combatiam a verdade sagrada. Eles resistiam fanaticamente as verdades contidas na Palavra de Deus. Como é que eles resistiam? Exatamente como estavam fazendo, naquele momento, com Estevão e que acabou culminando com o seu apedrejamento e morte.
Observe que Estevão deixa isso bem claro. Ele disse: “Vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis”. Quer dizer que da mesma forma que eles resistiam ao Espírito Santo naquele momento, os seus pais, também, resistiram no passado. Como que os seus pais resistiram no passado? Será que era rejeitando a salvação que o Espírito queria graciosamente outorgar-lhes? Não, porque nunca foi intenção de Deus salvar a descendência da serpente. A resposta está no versículo subseqüente, que diz: “Qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda do justo, do qual agora vos tornastes traidores e assassinos, vós que recebestes a lei por ministério de anjos e não a guardastes”(Atos 7:52 e 53).
Então Eles tropeçam na palavra, são desobedientes, porque para isto foram postos neste mundo. São os vasos de desonra, os cabritos, os filhos malditos. Portanto, resistir ao Espírito Santo não é resistir à salvação de Deus, resistir ao Espírito é combater a verdade, é combater os mensageiros de Deus. Todas as vezes que os filhos do Diabo perseguem os santos do Altíssimo, os profetas de Deus, eles estão, na realidade, resistindo ao Espírito Santo. Eles foram postos neste mundo para isto, o Senhor permitiu que eles assumissem um corpo de carne para mostrar neles a sua ira e dar a conhecer o seu poder. Pedro disse: “…São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos”(1ª Pedro 2:8).
Há quase dois mil anos, o Apóstolo Paulo predisse o que nós estamos vendo acontecer nos nossos dias. A palavra de Deus é renegada, as doutrinas humanas são defendidas de todas as formas e maneiras em detrimento da verdade da sã doutrina, e as filosofias humanas infestam a igreja.
Tudo isto predito pelo Apóstolo Paulo, há quase dois mil anos. Ele disse: “pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”(2ª Timóteo 4:3 e 4). Nós estamos vivendo esses tempos previstos pelo Apóstolo Paulo. As pessoas não suportam ouvir a sã doutrina, o Evangelho da Graça de Deus, recusam-se a dar ouvidos à verdade e se entregam às fábulas.
A predestinação é uma sã doutrina, mas o livre-arbítrio é uma fábula. A segurança eterna da salvação é uma verdade cristalina de Deus, mas os homens se recusam a dar ouvidos à verdade, entregando-se à fábula da salvação que se perde.
Às vezes essa recusa à verdade da Bíblia é feita de uma forma tão estúpida, que chega às raias do absurdo. Um dos exemplos clássicos dessa estupidez é a matéria combatendo a predestinação, veiculada pelo Jornal Mensageiro da Paz, órgão informativo das Assembléias de Deus no Brasil. A matéria diz num dos seus textos: “A predestinação que a Bíblia ensina não se refere à vida eterna para alguns e a perdição eterna para outros; é para a salvação, isto é, para todos os que quiserem ser salvos…
A presciência de Deus não força a vontade do homem. Deus sabe os que o rejeitarão, mas não interfere para evitar isto, por ter o homem livre-arbítrio. Deus não criou o homem como um autômato, mas como ser moral, responsável por seus atos, com a faculdade de decisão e liberdade de escolha. Deus oferece ao homem a salvação e, mediante o seu Espírito, convence-o do seu pecado, da justiça e do juízo.
O homem aceita-o ou rejeita-o como está patente em muitos versículos da Bíblia..” Eu pergunto: Como é possível Deus convencer o homem do seu pecado, da justiça e do juízo e mesmo assim o homem rejeitá-lo? Se o homem já está convencido pelo Espírito Santo, fica óbvio que ele jamais iria rejeita-lo.
O Senhor Jesus Cristo, durante o seu ministério terreno, ensinou acerca da soberania de Deus e o falso livre-arbítrio do homem. Ele disse: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim…”…Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou, não o trouxer…Ninguém poderá vir a mim , se, pelo Pai não lhe for concedido”.(João 6:37, 44 e 65).
Para o homem vir até Jesus depende do Pai dar, do Pai trazer e do Pai conceder, porque ele está morto em delitos e pecados. O profeta Jeremias reconhece esta soberania absoluta de Deus sobre a vida dos homens, dizendo: “Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos” (Jeremias 10:23).
O jornal Mensageiro da Paz ignora tudo isto e diz “que Deus oferece ao homem a salvação, e o homem aceita ou rejeita”. Na sua fúria de combater a soberania de Deus e defender o livre-arbítrio do homem o jornal procura respaldar os seus argumentos com inúmeros versículos bíblicos, os quais passaremos a analisar a partir de agora.
A primeira passagem bíblica usada para respaldar a falsa doutrina do livre-arbítrio do homem, diz o seguinte: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal.
Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas. Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra.
Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse” (Isaías 1:16 a 20). Segundo o Mensageiro da Paz, aqui Deus está oferecendo a vida eterna e o homem aceita ou rejeita segundo o seu livre-arbítrio. Isto não é verdade, pois a salvação não é oferecida, ela é outorgada por Deus aos seus filhos eleitos e predestinados, graciosamente.
Neste texto em questão, Deus está dirigindo-se à nação de Israel que, naquele momento, estava vivendo em desobediência à sua palavra, como atesta as palavras de Isaías, que diz: “Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o Senhor é quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim.
O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende”(Isaías 1:2 e 3). Veja que Deus está reconhecendo o povo de Israel como seus filhos, como o seu povo. A verdade é que o profeta estava profetizando sobre a nova aliança da graça de Deus, que viria através de Jesus. Ele disse: “se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada”.
Os judeus fanatizados pela religião dos homens rejeitaram o estabelecimento da Nova Aliança, rejeitaram o Novo Pacto de melhores e superiores promessas e, como conseqüência, estão sendo devorados a espada até aos dias de hoje. Vemos, então, que nem de longe o texto fala do homem escolher ou rejeitar a Deus e, muito menos, de perder a salvação, porque a salvação não se perde.
Numa tentativa desesperada de provar que o homem é quem decide, mediante o seu livre-arbítrio, se quer ou não ser salvo, eles citam o texto de Josué que diz: “Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”(Josué 24:15). Em primeiro lugar, é preciso saber que o povo judeu já era o povo de Deus, os seus filhos.
O problema é que o povo de Israel, por falta de entendimento, várias vezes desobedeceu a Deus , misturando-se com os povos pagãos e servindo aos seus deuses. Todas as vezes que isso acontecia, sobrevinha grande sofrimento ao povo. Aqui, mais uma vez, nós encontramos um grande líder, Josué, exortando o povo do Senhor a servir a Deus com integridade e com fidelidade. Depois de exortar o povo eleito o profeta diz: “Se deixardes o Senhor e servirdes a deuses estranhos, então, se voltará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos ter feito bem”(Josué 24:20).
É a disciplina de Deus. Deus corrige, disciplina e açoita, mas, jamais retira a sua salvação. Foi isso que ele disse a Davi, confira: “Se os seus filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos, se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos. Então punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniqüidade. Mas jamais retirarei dele a minha bondade, nem desmentirei minha fidelidade”(Salmo 89:30 a 33).
A grande discussão é entre a verdade de Deus e a mentira de Satanás. A verdade da predestinação e a mentira do livre-arbítrio do homem. Na defesa da mentira de que o homem é quem decide aceitar ou rejeitar Jesus através do livre-arbítrio, o Mensageiro da Paz, órgão oficial das Assembléias de Deus, cita em defesa desta falsa doutrina o texto do Velho Testamento que diz: “Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito. Ao Senhor, teu Deus, temerás; a ele servirás, a ele te chegarás e, pelo seu nome jurarás”(Deteronômio 10:19 e 20).
Aqui, mais uma vez, vemos Deus através de Moisés, exortando o seu povo, Israel, à obediência. Aliás, coisa que o Senhor continua fazendo conosco, através dos seus servos, até aos dias de hoje. Uma das grandes desobediência do povo judeu era com respeito aos estrangeiros, os gentios.
Quando o profeta diz: “Ao Senhor, teu Deus, te chegarás”, no texto hebraico original é no sentido de adorá-lo, de obedecer, e nunca no sentido de aceitá-lo como Deus. Veja que ele disse: “Ao Senhor, teu Deus,” o que significa, que o Senhor já era o Deus deles. Para não pairar dúvidas a este respeito, a seqüência do texto diz: “Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e temíveis coisas que os teus olhos têm visto”(Dt 10:21). Vemos, então, que o Senhor já era o louvor e o Deus deles.
Agora, como é que eles se achegariam a Deus? Na seqüência do texto, ele responde como é que eles se achegariam a Deus: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, e todos os dias guardarás os seus preceitos, os seus estatutos, os seus juízos e os seus mandamentos”(Dt. 11:1).
A principio a tentativa do jornal Mensageiro da Paz é provar com versículos bíblicos isolados do seu contexto, que o homem tem livre-arbítrio para a salvação. O próximo texto isolado do contexto, que o jornal usa na sua matéria, visando criar um falso pretexto, é o que está escrito em 1ª de Reis, que diz: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu. Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei dos profetas do SENHOR, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinqüenta homens”(1ª Reis 18:21,22).
Mais uma vez, encontramos Deus usando um profeta para exortar o seu povo a não se misturar com falsos profetas, com falsos deuses. Neste momento aqui, o povo de Israel era governado pelo Rei Acabe, que depois que casou-se com a perversa Jezabel acabou induzindo o povo de Deus ao erro, fazendo-os deixar de lado os mandamentos de Deus e seguir os baalins. Um pouco antes do Profeta Elias se dirigir ao povo, ele tem um encontro com o rei Acabe.
Quando o rei viu o profeta, dirigiu-se a ele dizendo: “És tu, ó perturbador de Israel? Respondeu-lhe Elias: Eu não perturbo a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins” (1ª Reis 18:17,18).
O relato bíblico está mostrando que eles já eram de Deus, mas estavam negligenciando a Palavra de Deus, praticando ritos de adoração a Baal, que era o grande deus da fertilidade dos Cananeus.
Então, a exortação do profeta é no sentido do povo abrir os olhos e ver que estavam seguindo a deuses falsos, e nunca no sentido de usarem o livre-arbítrio e decidirem se queriam ser de Deus ou não, porque do Senhor eles já eram.
Quando as pessoas não têm um pleno conhecimento de Deus, quando elas não manejam bem a palavra da verdade, com muita facilidade elas são enganadas por falsos ensinamentos.
Muitas vezes um versículo isolado do contexto, cria um excelente pretexto, para se induzir as pessoas a crerem numa mentira. É o caso, por exemplo, dos versículos citados pelo Jornal da Assembléia de Deus, para provar que o homem tem livre-arbítrio para a salvação, que ele é quem decide se aceita ou se rejeita Jesus. O próximo texto citado está no livro de Crônicas e diz: “Veio o Espírito de Deus sobre Azarias, filho de Odede. Este saiu ao encontro de Asa e lhe disse: Ouvi-me, Asa, e todo o Judá, e Benjamim. O SENHOR está convosco, enquanto vós estais com ele; se o buscardes, ele se deixará achar; porém, se o deixardes, vos deixará”(2ª Crônicas 15:1 e 2).
Como é que os pregadores utilizam este versículo nas suas pregações? Eles fazem assim: “Irmãos, se você não buscar a Deus, você não será salvo, a decisão é sua. E você que já aceitou Jesus tem que ter muito cuidado, porque se você o deixar ele te lançará no inferno.” Para quem não tem um pleno conhecimento da palavra, parece ser esta a verdade do texto e, aí, a pessoa passa a crer que o homem é quem decide o seu destino espiritual.
Quem maneja bem a palavra não se deixa enganar por estas mentiras dos falsos profetas modernos.
Qual é na realidade a mensagem que o texto está transmitindo? O contexto do assunto em pauta começa a partir do capítulo 14, versículo 1. O relato sagrado mostra que o Rei Asa havia assumido o reinado de Judá no lugar do rei Abias, que havia morrido, e durante dez anos a terra esteve em paz. Por que a terra estava há dez anos vivendo na mais absoluta paz? Porque “Asa fez o que era bom e reto perante o Senhor, seu Deus”(2Crônicas 14:2).O que é que este rei fez de bom e reto? ” Porque aboliu os altares dos deuses estranhos e o culto nos altos, quebrou as colunas e cortou os postes-ídolos. Ordenou a Judá que buscasse ao SENHOR, Deus de seus pais, e que observasse a lei e o mandamento. Também aboliu de todas as cidades de Judá o culto nos altos e os altares do incenso; e houve paz no seu reinado”(2ª Crônicas 14:3 a 5).
Diante do que expomos acima, qual é o significado do texto de 2ª Crônicas 15:1 e 3? O significado, é que o Espírito Santo fala por intermédio do profeta Azarias, exortando o rei Asa e todo o povo de Judá, dizendo que, enquanto eles permanecessem obedientes, enquanto eles servissem a Deus de uma maneira digna como eles vinham fazendo até aquele momento, o Senhor estaria se manifestando em favor deles. Mas, se eles voltassem a ter uma vida desregrada, então, não desfrutariam do favor de Deus. O profeta lembra que, no passado, Israel já havia passado por momentos difíceis por causa da desobediência: “Israel esteve por muito tempo sem o verdadeiro Deus, sem sacerdote que o ensinasse e sem lei. Naqueles tempos, não havia paz nem para os que saíam nem para os que entravam, mas muitas perturbações sobre todos os habitantes daquelas terras”(2ª Crônicas 15:3 e 5).
Quando o povo servia a deuses falsos, quando não obedeciam à palavra, eles viviam dias de angústias tremendas. Mas, quando eles se voltavam para Deus, quando buscavam ao Senhor, quando tornavam outra vez a obedecerem, o Senhor se mostrava outra vez favorável a eles.
Fica muito claro, então, que o texto fala de obediência às regras de Deus. Quando se obedece, tem-se paz, alegria, saúde e prosperidade. Quando não se obedece: angústia, tristeza, miséria etc. A verdade é que aqui não se trata de livre-arbítrio para a salvação, não se trata de vida eterna.
O método dos falsos mestres combaterem a verdade sagrada é sempre usando passagens bíblicas, que, quando isoladas do seu contexto, dão margem para que se criem falsos ensinamentos. Veja que eles não suportam ouvir a sã doutrina, e combatem a verdade divina usando a própria palavra de Deus, só que de uma forma distorcida. O povo de Deus vive aí destruído na sua firmeza espiritual, crendo que a salvação se perde, que o demônio lhe pode tocar, que o homem tem livre-arbítrio e tantas outras barbaridades, por falta de conhecimento. Aliás, a única coisa capaz de destruir a vida de um filho de Deus e o fazer viver uma vida de sofrimentos é a desobediência.
O Senhor mesmo disse isto: “O meu povo está sendo destruído porque lhe falta o conhecimento”(Oséias 4:6).
Um outro versículo usado pelos pervertedores do evangelho, diz o seguinte: “Bom é o sal; mas, se o sal vier a se tornar insípido, como lhe restaurar o sabor? Tende sal em vós mesmos e paz uns com os outros”(Marcos 9:50). Este versículo é usado rotineiramente para se fazer terrorismo com o povo de Deus, fazendo-o acreditar que é possível hoje estar nas mãos de Jesus e amanhã ser lançado no inferno. Isso é uma bobagem sem tamanho, porque nós já mostramos anteriormente o Senhor Jesus declarando que o inferno foi preparado para o Diabo e seus anjos, e nunca para um filho seu. Aqui não está falando nem de salvação e muito menos de inferno. O Senhor está falando de vida espiritual mediante o conhecimento.
Quando e que é o sal torna-se insípido? Quando ele perde o sabor. Veja que, em Mateus, ele disse: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens”(Mateus 5:13). O Senhor estava mostrando que uma vida espiritual sem autenticidade, sem verdade, não tinha nenhuma serventia para o mundo nem para o próprio Deus. A expressão “Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens” foi usada baseada no Talmude, que dizia que o sal que não era puro e útil para ser usado nos ritos de sacrifícios, que na dispensação da lei eram oferecidos com sal, era lançado nos degraus e declives que haviam em redor do templo, para impedir que o terreno se tornasse escorregadio, e, assim, era pisado pelos homens.
Quando é que um crente se torna insípido? Quando ele começa a desprezar o conhecimento, desprezar a Bíblia, negligenciar a obediência à palavra. Jesus disse: “Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.” Aqui não se trata de ser lançado no inferno, mas de ser lançado fora da cobertura de Deus. A verdade é que todo crente que é lançado fora da cobertura de Deus, acaba pisado pelos homens. Quantas vezes nós vemos uma esposa crente ser traída pelo seu marido, ou um homem crente ser traído pela sua esposa. Quantas vezes um crente é ludibriado por um ímpio, vem o inimigo e o derrota.
Às vezes é um pastor que passa a ser humilhado, por circunstâncias que ele mesmo criou, por causa da sua vida espiritual relaxada. Foi o caso de Saul, que acabou morto pelos seus inimigos. Isto são exemplos de pessoas pisadas pelos homens.
Eu estava viajando para João Pessoa, e ouvi no rádio do meu carro um pregador de uma seita pentecostal, inflamado no seu discurso, dizer: “Meus irmãos, vocês têm que ter muito cuidado para não perder a salvação. Não acredite nessas heresias que alguns estão pregando de que quem foi predestinado por Deus é salvo para sempre. O Apóstolo Paulo mesmo alertou a igreja quanto a possibilidade de um crente perder a sua salvação.”
Logo em seguida, com ares de quem tinha um pleno conhecimento do assunto, ele citou as palavras de Paulo registradas na Epístola aos Coríntios, que diz: “Aquele, pois, que pensa está de pé veja que não caia”(1ª Coríntios 10:12).
Depois de ler o texto, emendou: “Está aqui a verdade: Paulo disse: aquele que está salvo cuide para que não perca a sua salvação.” Exemplos iguais a este têm acontecido aos milhares pelo Brasil afora. Deturpa-se o texto sagrado e se lança na mente do povo falsos ensinamentos, que só servem para desestabilizar a vida espiritual dos eleitos de Deus.
Qual é, na realidade, o sentido das palavras do Apóstolo Paulo no texto citado acima? Será que ele está realmente falando de salvação e da possibilidade desta vir a se perder? Absolutamente não.
No contexto do assunto, o apóstolo dos gentios está exortando à igreja dos coríntios a não incorrer nos mesmos erros que o povo de Israel cometeu no passado. Antes do versículo 12, ele diz: Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se. E não pratiquemos imoralidade, como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil. Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos tempos têm chegado”(1ª Coríntios 10:6-8;11).
Paulo está dizendo que o povo judeu cobiçou voltar ao Egito, fez o bezerro de ouro e, mesmo assim, comeu e bebeu como se nada demais estivesse acontecendo. Praticaram imoralidade, quando se prostituíram com as filhas dos Moabitas, e se inclinaram aos deuses pagãos. Paulo está dizendo que todas as vezes que o povo judeu caiu em desobediência, recebeu de Deus disciplina, correção e açoite, e que essas coisas sobrevieram aos nossos irmãos israelitas e foram escritas para nos advertir, a fim de que não venhamos a incorrer nos mesmos erros e, conseqüentemente, sofrer as mesmas penalidades. Por isso que no versículo 12, ele disse: “Aquele, pois, que pensa está de pé veja que não caia”, ou seja, aquele que está obedecendo, aquele que está recebendo os benefícios de Deus, cuide para que não caia, cuide para que não venha a desobedecer, como os antigos fizeram e seja disciplinado por Deus, como eles foram. Vemos, então, que eles não suportam a sã doutrina, chamam a verdade de Deus de heresia, e distorcem a palavra para perturbar o povo de Deus.
Voltando à matéria publicada pelo Jornal das Assembléias de Deus no Brasil, o Mensageiro da paz, no texto escrito para combater a verdade da predestinação bíblica, afirma que a predestinação é para todo aquele que aceitar Jesus e, mais uma vez, tenta respaldar o falso ensinamento usando um versículo bíblico que diz: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”(Atos 2:21). Para o jornal este versículo prova que o homem tem livre-arbítrio e que, por isso mesmo, é ele quem decide se quer ou não ser salvo. Para eles, a partir do momento em que o homem, por livre-arbítrio, aceita Jesus ele está predestinado para a salvação.
Está correta a maneira com que o texto de Atos 2:21 tem sido interpretado pelos pregadores da Assembléia de Deus? Infelizmente, está completamente errada. Para quem não tem o cuidado de discernir espiritualmente o assunto, à primeira vista pode parecer que o texto esteja transmitindo a idéia de que o homem tem livre-arbítrio, mas, na realidade, a verdade é outra. O versículo de Atos 2:21 faz parte da profecia de Joel, que Pedro citou para ilustrar o seu grande discurso do dia de Pentecostes. A profecia de Joel começa dizendo: “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne…”(Atos 2:17).
O profeta estava profetizando que nos últimos dias, isto é, aqueles que antecedem a segunda vinda de Jesus para buscar a sua igreja, o Espírito Santo seria derramado de uma forma universal e não de uma forma limitada ao povo de Israel, como era nos dias do Velho Testamento. A expressão “sobre toda a carne” mostra uma doação universal do dom do Espírito Santo, envolvendo todas as nacionalidades, sem distinção de raça, de cultura, de sexo, de posição social ou qualquer coisa que o valha. O texto final das palavras proféticas de Joel, apenas corroboram as primeiras. Quando ele diz: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”, na realidade ele está dizendo que, independente de nacionalidade, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, porque é uma ovelha, é um predestinado, é um salvo.
Por que essa preocupação de Deus em profetizar através de Joel o derramamento do Espírito Santo sobre os gentios, sobre aqueles que não têm sangue israelita? Porque sempre houve, por parte dos judeus, uma discriminação muito grande em relação aos estrangeiros. Por não compreenderem muito bem o plano divino, eles imaginaram que somente os nascidos em Israel eram, de fato, filhos de Deus, e por esta causa nutriam um tremendo preconceito contra os estrangeiros. A coisa era tão horripilante que, quando algum gentio queria adorar o Deus Todo-Poderoso, ele não tinha o direito de entrar no templo. Os judeus traçavam uma linha demarcatória fora do templo, e os estrangeiros só podiam chegar até àquela marca e, se passassem eram imediatamente apedrejados e mortos.
A falta de conhecimento dessas verdades que eu estou expondo, tem feito com que os homens criem muitas dúvidas na mente do povo de Deus. É o que faz, por exemplo, o Jornal das Assembléias de Deus, que no seu afã de combater a verdade da predestinação, cita as palavras proferidas por Pedro na casa de Cornélio, o centurião romano. Pedro disse: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas”(Atos 10:34). Num primeiro momento, quando apresentado isolado do contexto, este versículo parece provar que não há predestinação, todavia, isto não é verdade, pois a predestinação é a coluna vertebral do Evangelho, e Deus não se contradiz.
Os mais apressados usam este versículo isoladamente e afirmam, ousadamente, que Deus não faz acepção de pessoas. Mas, a verdade bíblica é que Deus faz acepção de pessoas sim, ele não faz acepção de filhos. De Gênesis ao Apocalipse, a Escritura mostra que Deus faz acepção entre o joio e o trigo, entre a ovelha e o cabrito, entre os vasos de honra e os vasos de desonra. As palavras de Jesus, na sua oração sacerdotal, provam esta acepção: Ele disse: “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me destes, porque são teus”(João 17:9). Aqui está uma bela acepção de pessoas, Ele não roga pelo mundo, ele só roga pelos predestinados, porque são os verdadeiros filhos de Deus.
Agora, vamos entender o verdadeiro sentido da afirmativa de Pedro de que Deus não faz acepção de pessoas.
Observe que, tão logo Pedro acabou de fazer esta afirmativa, a frase pronunciada pelo Apóstolo termina com ponto e vírgula, o que significa que, em seguida, ele vai explicar em que sentido Deus não faz acepção de pessoas. Pediria encarecidamente aos inimigos da verdade sagrada que lessem o versículo subseqüente, no qual encontrarão a resposta. Pedro explica dizendo: “Pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável”(Atos 10:35). Ou seja, ao contrário do que imaginava os nossos irmãos judeus, existem filhos de Deus em todas as nações da terra e não apenas em Israel, como eles criam.
Por que razão Pedro, agora, está reconhecendo que era possível pessoas de qualquer nacionalidade serem aceitáveis ao Senhor? Porque os judeus nunca admitiram tal possibilidade. As palavras que Pedro dirigiu às pessoas que se encontravam na casa de Cornélio não deixam dúvidas a este respeito. Ele disse: “…Vós bem sabeis que é proibido a um judeu ajuntar-se ou mesmo aproximar-se a alguém de outra raça; mas Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo” (Atos 10:28). Então, Pedro estava dizendo que Deus não faz acepção de pessoas no sentido de nacionalidade, que era o que os judeus faziam.
Depois de fazer uma bela pregação sobre Jesus, sobre o seu ministério, sobre a sua morte e ressurreição, Pedro diz: “Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados”(Atos 10:43). A expressão “todo aquele que nele crê” foi usada por Pedro dentro do contexto que explanamos anteriormente, ou seja, todo aquele de qualquer nacionalidade, de qualquer nação da terra. A prova desta verdade é manifestada logo a seguir, quando o texto diz: “Ainda Pedro ainda falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo”(Atos 10:44 e 45).
Os fiéis que eram da lei, os judeus, admiraram-se ao ver os estrangeiros receberem aquilo que eles imaginavam ser exclusividade dos israelitas. Agora eles estavam comprovando com os seus próprios olhos, que todo aquele que nele crê, isto é, todo aquele de qualquer nação da terra pode receber remissão de pecados e, não somente, os nascidos em Israel.
Nós já mostramos em outro capítulo deste livro que o texto sagrado mostra, repetida vezes e, enfaticamente, que Jesus morreu pelo “seu povo”, “pela igreja”, pelas “suas ovelhas”, “por muitos”, ou seja, apenas por uma parte da raça humana. Paulo estava pregando para uma multidão em Antioquia, e Lucas registra que “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna”(Atos 13:48).
Aqui não diz que foram destinados à vida eterna os que creram, mas, que creram os que haviam sido destinados à vida eterna. E os que não foram destinados para a vida eterna? Não creram. Num total desprezo pela verdade bíblica, o Jornal Mensageiro da Paz diz que “Segundo a Bíblia, a pessoa que realmente crê em Jesus torna-se um dos escolhidos de Deus, pois somos eleitos nele (Efésios 1.4). Isto é, Deus elegeu primeiramente a seu Filho para nos salvar, e nele somos eleitos quando o aceitamos. Somos predestinados e escolhidos porque somos parte da igreja do Senhor, e não parte da Igreja porque somos predestinados individualmente. Deus elegeu um povo para si chamado “igreja”, não indivíduos.
O mesmo ocorreu com Israel no plano terreno: Deus elegeu para si uma nação; não indivíduos. Tanto é que muitos israelitas falharam como indivíduos, mas a eleição de Israel como povo continua até hoje. Muitos têm se desviado na igreja como indivíduos, mas a eleição da igreja como o corpo de Cristo não muda. Nos ensinos do Novo Testamento, como em Mt 22.1-14, vemos que chamados para festa real foram todos os convidados. Escolhidos foram os que aceitaram o convite e entraram para o banquete.”
A verdade é justamente o contrário do que ensina o Jornal Mensageiro da Paz, ou seja, nós somos parte integrante da Igreja porque Deus nos predestinou. Não satisfeitos em negarem esta verdade, eles vão mais além e negam que Deus tenha predestinado indivíduos, alegando que o Senhor só trata com multidão e nunca com pessoas individualmente. Ora, a prova de que Deus trata com pessoas individualmente está por toda a parte, em toda a Bíblia Sagrada. Nós podemos ver isso, por exemplo, em Romanos, capítulo 9 a 11, onde Paulo está falando da eleição de indivíduos para a salvação.
Exatamente por se referir a eleição de indivíduos é que o apóstolo cita o texto do profeta Isaías, que diz: “Ainda que o numero dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo” (Romanos 9:27). Em seguida, ele diz: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”(Rm 10:9,10 e 13). Negar que o Apóstolo esteja se referindo a pessoas, e não a grupos ou nações é, no mínimo, desonestidade espiritual.
Muitos tentam refutar esta verdade alegando que o assunto em pauta envolve a eleição de pessoas para a salvação, e não para serviço e testemunho. Esta é mais uma alegação descabida que visa, unicamente, encobrir a verdade sagrada. As palavras inspiradas do apóstolo define, de uma maneira muito clara, a questão. Ele diz: Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?(Romanos 9:22 a 24).
Ora, se Paulo estivesse referindo-se à eleição de pessoas para o serviço e testemunho e não para a salvação, não teria nenhum sentido sua referência a “vasos de ira preparados para a perdição” e a “vasos de misericórdia que para glória preparou de antemão”. Essas expressões não se referem, em hipótese alguma, ao serviço ou testemunho neste mundo, e sim à salvação ou à condenação eterna.
Para que não pairasse dúvida sobre esta questão, Paulo disse: “E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas; nem por serem descendentes de Abraão são todos seus filhos; mas: em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa” (Romanos 9:6 a 8). Aqui está a distinção entre o Israel físico e o Israel espiritual. Paulo está dizendo aqui que, aqueles que descendem fisicamente de Abraão podem, na sua natureza espiritual, ser filhos do Diabo.
Este texto bíblico, portanto, nega que a eleição de Deus envolva apenas privilégios religiosos, pois se assim o fosse, toda a nação de Israel teria sido eleita. Entretanto, a verdade bíblica é que a eleição de Deus visa a salvação, e a salvação de indivíduos. A totalidade destes indivíduos salvos a Bíblia chama de “a igreja”, “as minhas ovelhas”, “o seu povo” etc. E os indivíduos que se desviaram, tanto do meio do povo de Israel, como da igreja, hoje? Eram filhos de Deus que perderam a sua salvação? Não, porque um filho de Deus não pode perder a sua salvação, das mãos de Jesus ninguém os arrebatará.
Na realidade são os filhos do Diabo, o joio no meio do trigo. João explicou isso muito bem: “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos” (1ª João 2:19). Quem se desvia da igreja é porque não é ovelha, não foi predestinado por Deus para a salvação, é vaso de ira preparado para a perdição. Mas, e o que dizer do texto de Mateus 22:1-14, citado pelo jornal Mensageiro da Paz. Antes de qualquer consideração precisamos saber o que significa a palavra parábola.
No Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa encontramos a definição de que parábola, “é uma narração alegórica…” Sabendo então que Parábola é uma alegoria, o mesmo dicionário nos informa que alegoria é “a exposição de um pensamento sob forma figurada; ficção que representa um objeto para dar idéia de outro; continuação de metáforas que significam uma coisa nas palavras e outra no sentido”.
Diríamos então, que parábola é uma estória engendrada, uma ficção, uma fantasia que esconde e acoberta uma verdade importante, uma narração alegórica que contém algum preceito moral. Em muitas oportunidades, Jesus usou esse método para proclamar os seus ensinamentos. Quando os seus discípulos lhe perguntaram por que ele falava por parábolas, ele respondeu: “Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino do céu, mas àqueles não lhes é isso concedido” (Mateus 13:11).
Qual era então a mensagem que Jesus estava transmitindo através da parábola das bodas? Jesus estava com essa parábola abordando o problema dos judeus e gentios. Essa celebração das bodas se refere à vinda de Jesus ao mundo, como o Messias. Quem são os convidados que foram chamados para as bodas, mas não quiserem vir? Os judeus. João disse: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”(João 1:11). A nação de Israel, como um todo, não quis reconhecer Jesus como o Messias anunciado por todos os seus profetas. Os líderes espirituais do povo judeu os tinha prejudicado bastante, espiritualmente, ensinando-lhes doutrinas falsas, preceitos de homens e eles mesmos faziam oposição oficial e pública ao Filho de Deus. A verdade é que eles estavam totalmente despreparados para um acontecimento tão importante. Quem são os outros convidados que foram trazidos para a sala do banquete? Os gentios. Esta é a mensagem da parábola.
Na seqüência da matéria, o jornal das Assembléias de Deus afirma que a graça de Deus não é irresistível, ou seja, o homem pode aceitar ou não o chamado divino. Como é de praxe, os falsos ensinamentos sempre vêm respaldados por passagens bíblicas mal interpretadas ou separadas do seu contexto. É exatamente o que faz os autores da matéria contra a predestinação, quando citam algumas passagens bíblicas e que nós vamos explicar agora. O primeiro texto citado diz o seguinte: “Até quando, ó néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento? Atentai para a minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o meu espírito e vos farei saber as minhas palavras. Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo vosso terror, eu zombarei, em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angustia.
Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do Senhor; não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão” (Provérbios 1:22 a 30).
Segundo o Mensageiro da Paz, este texto prova que a graça salvadora de Deus não é irresistível, ou seja, mesmo Deus querendo salvar, os homens têm o poder de resistir a essa salvação graciosa.
Eu pergunto: será que é isto que o texto sagrado está mostrando? Sem dúvida nenhuma que não. O assunto aqui em questão é a sabedoria, e não a salvação. A primeira coisa que devemos saber é que esse livro foi escrito para exortar os filhos de Deus, para que dessem ouvidos aos ensinamentos de Deus. Ele diz: “Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe. Porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço. Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas” (Provérbios 1:8 a 10).
Quando um filho de Deus deixa a instrução do seu pai e da sua mãe, ele acaba sendo seduzido pelos pecadores. Ora, quantos filhos de Deus têm recusado o conhecimento e a sabedoria divina? Muitos. Hoje, noventa por cento do povo de Deus tem recusado o conhecimento da palavra de Deus. As pessoas, na sua grande maioria, têm vivido uma vida espiritual superficial, baseada apenas em doutrinas humanas e em vãs filosofias. Por isso que, quando o povo de Deus é exortado a se voltar para o conhecimento divino, os líderes espirituais já o instrui a responder: “O importante é crer em Jesus”.
Este é o tipo de cristianismo que tem imperado nos dias de hoje, na maioria das igrejas. Rejeita-se o conhecimento sobre o pretexto de que o importante é crer em Jesus.. Nada mais diabólico do que esse tipo de pensamento, pois as conseqüências são trágicas para os filhos de Deus. O Senhor mesmo disse: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim…”(Oséias 4:6).
Muitos filhos de Deus têm vivido assim, sem conhecimento, mas, nem por isso, deixam de ser filhos e muito menos são lançados no inferno. Um exemplo prático dessa verdade, é com relação ao povo de Israel que rejeitou a sabedoria do Evangelho da Graça de Deus e, por isso, tem sido destruído pela sua própria insensatez. Vemos, então, que o sábio Salomão está mostrando que, quem negligencia o conhecimento de Deus vive sem desfrutar do favor de Deus. O Senhor diz: “Em vindo a vossa perdição como redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia. Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do Senhor. Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão. Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem estar os leva à perdição (Provérbios 1:27 a 29; 31 e 32).
Tudo isso é a disciplina de Deus, conforme as palavras do salmista, que diz: “Se os seus filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos, se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos, (muitos pregadores já diriam: serão lançados no inferno, mas a atitude de Deus com os seus filhos é outra, conforme prova as palavras seguintes do salmo) então, punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniqüidade. Mas jamais retirarei dele a minha bondade, nem desmentirei a minha fidelidade” (Salmo 89:30 a 33).
Portanto, as pessoas a quem o texto de Provérbios se dirige já eram filhos, já eram salvos, não puderam resistir à graça de Deus como, erroneamente, ensina o Mensageiro da Paz.
Outro texto usado pelo jornal para mostrar que o homem pode resistir à graça de Deus e não ser salvo, são as palavras de Jesus, que disse: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mateus 23:37). Segundo os defensores do livre-arbítrio, este texto prova que a graça de Deus pode ser resistida pelo homem.
Eles dizem que Jesus quis várias vezes reunir os filhos de Jerusalém, mas eles resistiram e não quiseram. Será que é realmente isto que o texto está transmitindo? Seguramente, que não.
Eu já disse anteriormente que, quando se isola um texto do contexto, cria-se um pretexto, que é exatamente o que muitos têm feito com este texto de Mateus, que estamos analisando. O contexto do assunto em questão começa no versículo 1, do capítulo 23 de Mateus, que é uma severa repreensão do Senhor Jesus aos líderes dos escribas e fariseus. A maior parte dessa gente era composta da semente da perdição. O filho de Deus, quando é chamado por Deus, ele demonstra frutos dignos de arrependimento e a sua nova maneira de viver prova que ele, verdadeiramente, arrependeu-se dos seus pecados do passado. Só os filhos de Deus podem apresentar esse fruto.
Os filhos do Diabo jamais apresentarão um sincero arrependimento. Eles podem tornar-se religiosos, conhecer a Bíblia, praticar as obras da lei, orar, todavia, eles permanecem vivendo uma vida de erros, de pecados, que era exatamente o que acontecia com os fariseus naquela época. Depois de várias advertências, de vários ai logo em seguida, Jesus disse-lhes: “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mateus 23:33). Veja que Jesus via esses homens como pessoas completamente dissociadas de Deus e sem qualquer possibilidade de arrependimento. Depois de várias advertências, de vários ais, o Senhor diz: “Aí de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos e dizeis: se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido cúmplices no sangue dos profetas! Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas”(Mateus 23:29 a 31).
Eles edificavam os sepulcros dos profetas, mas ignoravam e pervertiam os seus ensinamentos. Veja a hipocrisia reinante nessa gente. Eles diziam: “Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido cúmplices no sangue dos profetas!” Em menos de uma semana, esses mesmos homens mataram a Jesus. Eram homens assassinos, violentos, eram hipócritas, eram sepulcros caiados. O Senhor já havia chamado essas autoridades de falsas, insensatas, cegas e hipócritas; agora, ele complementa dizendo que eles eram indivíduos totalmente iníquos, venenosos, e assassinos. Eram raça de víboras, eram da descendência da serpente e para eles não havia a mínima possibilidade de salvação. Eles eram da descendência da Caim e, por isso, nos versículos seguintes o Senhor diz: “Por isso, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e crucificareis; a outros açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade; para que sobre vós recaia todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias a quem matastes entre o santuário e o altar” (Mateus 23:34 e 35). Observe que, desde Abel e até aos dias de hoje, eles continuam agindo da mesma forma. Paulo disse que são vasos de ira preparados para a perdição.
Depois de tudo que foi explanado acima, nós podemos compreender, com clareza, as palavras de Jesus quando disse: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mateus 23:37). Quando foram essas muitas vezes que o Senhor quis reunir os filhos de Jerusalém, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas? Todas as vezes que ele enviou os seus profetas e eles os mataram. O Senhor disse: “E vós não o quisestes!”. Vós, quem? Os filhos de Jerusalém que estavam resistindo à chamada eficaz? Não, mil vezes não; vós, os líderes fariseus e os escribas que nunca desejaram que o povo de Deus conhecesse a verdade divina, pois, dessa forma, ele se libertaria da sua tirania religiosa.
A minha preocupação, é que, devido à terrível falta de conhecimento que reina hoje sobre a maioria esmagadora dos cristãos, com muita facilidade se consegue introduzir, dissimuladamente, heresias destruidoras e enganar os eleitos de Deus. A maioria dos falsos ensinamentos são respaldados com, apenas, um versículo bíblico isolado do seu contexto, fazendo com que o texto diga, exatamente, aquilo que ele nunca quis dizer. Por exemplo: o jornal Mensageiro da Paz diz que a graça de Deus não é irresistível e, para provar que Deus pode querer salvar o homem e o homem pode resistir a essa graça salvadora e não querer ser salvo, ele cita o texto bíblico que diz: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis”(Atos 7:51).). Ora, para quem não tem um profundo conhecimento, para quem não maneja bem a palavra da verdade, para quem não sabe interpretar o contexto do tema, este versículo parece provar que, realmente, os homens podem resistir à graça salvadora de Deus. Eles dizem assim: está aqui a prova: Os homens podem resistir ao Espírito Santo, mesmo que o Espírito queira graciosamente salvá-los eles podem rejeitar a salvação.
Mais uma vez, equivocam-se os que usam esse texto para provar que o homem pode resistir à graça de Deus. Nesse texto nós encontramos a mesma situação do texto analisado anteriormente, de Mateus 23:37, ou seja, Estevão está diante do Sinédrio, de algumas pessoas do povo, dos anciãos e dos escribas, conforme diz o relato do capítulo 6:12. Quem era essa gente que tentava a todo custo calar a boca de Estevão? Era a raça de víboras, a descendência da serpente, a geração de Caim. Quando Estevão disse que eles sempre resistiam ao Espírito Santo, não era no sentido de que o Espírito Santo queria salvá-los e eles resistiam a essa salvação graciosa de Deus. Eles resistiam ao Espírito Santo, no sentido de que eles sempre combatiam a verdade sagrada. Eles resistiam fanaticamente as verdades contidas na Palavra de Deus. Como é que eles resistiam? Exatamente como estavam fazendo, naquele momento, com Estevão e que acabou culminando com o seu apedrejamento e morte.
Observe que Estevão deixa isso bem claro. Ele disse: “Vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis”. Quer dizer que da mesma forma que eles resistiam ao Espírito Santo naquele momento, os seus pais, também, resistiram no passado. Como que os seus pais resistiram no passado? Será que era rejeitando a salvação que o Espírito queria graciosamente outorgar-lhes? Não, porque nunca foi intenção de Deus salvar a descendência da serpente. A resposta está no versículo subseqüente, que diz: “Qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda do justo, do qual agora vos tornastes traidores e assassinos, vós que recebestes a lei por ministério de anjos e não a guardastes”(Atos 7:52 e 53).
Então Eles tropeçam na palavra, são desobedientes, porque para isto foram postos neste mundo. São os vasos de desonra, os cabritos, os filhos malditos. Portanto, resistir ao Espírito Santo não é resistir à salvação de Deus, resistir ao Espírito é combater a verdade, é combater os mensageiros de Deus. Todas as vezes que os filhos do Diabo perseguem os santos do Altíssimo, os profetas de Deus, eles estão, na realidade, resistindo ao Espírito Santo. Eles foram postos neste mundo para isto, o Senhor permitiu que eles assumissem um corpo de carne para mostrar neles a sua ira e dar a conhecer o seu poder. Pedro disse: “…São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos”(1ª Pedro 2:8).
FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR
ORANDO COMO JESUS ORAVA
Portanto, orem assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!” Porque, se perdoarem aos outros as ofensas deles, também o Pai de vocês, que está no céu, perdoará vocês; se, porém, não perdoarem aos outros as ofensas deles, também o Pai de vocês não perdoará as ofensas de vocês (Mateus 6:9-15).
Jesus forneceu seis elementos que constituem a verdadeira oração.
Muitas pessoas memorizaram a Oração dos Discípulos para que possam recitá-la com frequência; mesmo sendo tão bela, não foi dada para esse propósito. Na verdade, depois que Jesus a ensinou, ninguém no Novo Testamento a recitou – nem mesmo o próprio Jesus (ver João 17)!
Os discípulos não pediram a Jesus que lhes ensinasse uma oração, mas que lhes ensinassem a orar (Lucas 11:1). Há uma diferença nisso. Jesus precedeu a Sua oração, dizendo: “Portanto, orem assim…” (v. 9), o que, literalmente, significa: “Ore baseado nestas linhas”. Sua oração era um padrão geral para toda a oração, e embora não fosse recitada, seus princípios são evidentes em todas as orações do Novo Testamento.
A oração modelo de Cristo nos ensina a pedir a Deus seis coisas: (1) Que o Seu nome seja honrado; (2) que Ele traga o Seu reino para a terra; (3) que Ele faça a Sua vontade; (4) que Ele supra nossas necessidades diárias; (5) que Ele perdoe nossos pecados; e (6) que ele nos livre do mal. Cada uma desses pontos contribui para o objetivo final de toda oração, que é glorificar a Deus. Os três últimos são os meios pelos quais os três primeiros são alcançados. Como Deus providencia o nosso pão diário, perdoa nossos pecados e protege-nos quando somos tentados ao mal, Ele é exaltado em Seu nome, reino e vontade.
Se você entender e seguir o padrão de Cristo para a oração, você pode ter certeza de que está orando como Ele instruiu, e que tudo o que você pedir em Seu nome, Ele fará, “para que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14:13).
Sugestão para oração
Suas orações refletem os seis elementos delineados na Oração dos Discípulos? Se não, trabalhe para torná-las uma parte regular das suas orações.
Estudo adicional
Leia Mateus 6:1-8, onde Jesus discute algumas das práticas dos líderes religiosos judeus.
Que práticas e motivos ele mencionou?
Portanto, orem assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!” Porque, se perdoarem aos outros as ofensas deles, também o Pai de vocês, que está no céu, perdoará vocês; se, porém, não perdoarem aos outros as ofensas deles, também o Pai de vocês não perdoará as ofensas de vocês (Mateus 6:9-15).
Jesus forneceu seis elementos que constituem a verdadeira oração.
Muitas pessoas memorizaram a Oração dos Discípulos para que possam recitá-la com frequência; mesmo sendo tão bela, não foi dada para esse propósito. Na verdade, depois que Jesus a ensinou, ninguém no Novo Testamento a recitou – nem mesmo o próprio Jesus (ver João 17)!
Os discípulos não pediram a Jesus que lhes ensinasse uma oração, mas que lhes ensinassem a orar (Lucas 11:1). Há uma diferença nisso. Jesus precedeu a Sua oração, dizendo: “Portanto, orem assim…” (v. 9), o que, literalmente, significa: “Ore baseado nestas linhas”. Sua oração era um padrão geral para toda a oração, e embora não fosse recitada, seus princípios são evidentes em todas as orações do Novo Testamento.
A oração modelo de Cristo nos ensina a pedir a Deus seis coisas: (1) Que o Seu nome seja honrado; (2) que Ele traga o Seu reino para a terra; (3) que Ele faça a Sua vontade; (4) que Ele supra nossas necessidades diárias; (5) que Ele perdoe nossos pecados; e (6) que ele nos livre do mal. Cada uma desses pontos contribui para o objetivo final de toda oração, que é glorificar a Deus. Os três últimos são os meios pelos quais os três primeiros são alcançados. Como Deus providencia o nosso pão diário, perdoa nossos pecados e protege-nos quando somos tentados ao mal, Ele é exaltado em Seu nome, reino e vontade.
Se você entender e seguir o padrão de Cristo para a oração, você pode ter certeza de que está orando como Ele instruiu, e que tudo o que você pedir em Seu nome, Ele fará, “para que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14:13).
Sugestão para oração
Suas orações refletem os seis elementos delineados na Oração dos Discípulos? Se não, trabalhe para torná-las uma parte regular das suas orações.
Estudo adicional
Leia Mateus 6:1-8, onde Jesus discute algumas das práticas dos líderes religiosos judeus.
Que práticas e motivos ele mencionou?
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
O CICLO DO PERDÃO
Versículo do dia:Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve; e não nos deixes cair em tentação. (Lucas 11.4)
Quem perdoa quem primeiro?
“Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve” (Lucas 11.4).
“Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Colossenses 3.13).
Quando Jesus nos ensina a orar para que Deus nos perdoe “pois também nós perdoamos”, ele não está dizendo que o primeiro movimento no perdão foi nosso. Pelo contrário, isso ocorre assim: Deus nos perdoou quando cremos em Cristo (Atos 10.43). Então, a partir dessa quebrantada, alegre, grata e esperançosa experiência de sermos perdoados, oferecemos perdão aos outros.
Isso significa que fomos perdoados salvificamente. Ou seja, nosso perdão aos outros demonstra que temos fé, estamos unidos a Cristo e somos habitados pelo Espírito.
Porém, nós ainda pecamos (1João 1.8, 10). Portanto, ainda nos voltamos para Deus por novas aplicações da obra de Cristo em nosso favor — novas aplicações do perdão. Não podemos fazer isso com qualquer confiança se estivermos abrigando um espírito incompassivo (Mateus 18.23-35).
É por isso que Jesus diz que nós pedimos perdão porque estamos perdoando. Isso é como dizer: “Pai, continua a alcançar-me com as misericórdias compradas por Cristo, porque por meio dessas misericórdias eu abandono a vingança e estendo aos outros o que você tem estendido a mim”.
Que você conheça o perdão de Deus hoje novamente e que a graça transborde em seu coração em perdão para com os outros.
Versículo do dia:Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve; e não nos deixes cair em tentação. (Lucas 11.4)
Quem perdoa quem primeiro?
“Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve” (Lucas 11.4).
“Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Colossenses 3.13).
Quando Jesus nos ensina a orar para que Deus nos perdoe “pois também nós perdoamos”, ele não está dizendo que o primeiro movimento no perdão foi nosso. Pelo contrário, isso ocorre assim: Deus nos perdoou quando cremos em Cristo (Atos 10.43). Então, a partir dessa quebrantada, alegre, grata e esperançosa experiência de sermos perdoados, oferecemos perdão aos outros.
Isso significa que fomos perdoados salvificamente. Ou seja, nosso perdão aos outros demonstra que temos fé, estamos unidos a Cristo e somos habitados pelo Espírito.
Porém, nós ainda pecamos (1João 1.8, 10). Portanto, ainda nos voltamos para Deus por novas aplicações da obra de Cristo em nosso favor — novas aplicações do perdão. Não podemos fazer isso com qualquer confiança se estivermos abrigando um espírito incompassivo (Mateus 18.23-35).
É por isso que Jesus diz que nós pedimos perdão porque estamos perdoando. Isso é como dizer: “Pai, continua a alcançar-me com as misericórdias compradas por Cristo, porque por meio dessas misericórdias eu abandono a vingança e estendo aos outros o que você tem estendido a mim”.
Que você conheça o perdão de Deus hoje novamente e que a graça transborde em seu coração em perdão para com os outros.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do dia: “E cantarão os caminhos do SENHOR.” (Salmos 138.5)
O crente começou a louvar os caminhos do Senhor quando, aos pés da cruz, ele foi liberto de seu fardo de pecado. Nem mesmo o canto dos anjos parece tão agradável como a primeira melodia de livramento que brota da alma do filho perdoado de Deus. Você sabe como John Bunyan descreveu este momento. Ele disse que quando o pobre peregrino perdeu seu fardo diante da Cruz, ele deu três grandes pulos e prosseguiu cantando: “… Bendita a cruz! E o túmulo! E mais bendito seja o Homem que vergonha e dor por mim sofreu!”
Crente, você recorda o dia em que os seus grilhões caíram? Você ainda lembra o lugar em que o Senhor Jesus o encontrou e lhe disse: “Com amor eterno eu te amei” (Jeremias 31.3). “Desfaço as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem” (Isaías 44.22); “nunca mais serão citados contra ti, para sempre”. Quão maravilhoso é o fato de que Jesus removeu a penalidade do meu pecado! Na ocasião em que o Senhor, pela primeira vez, perdoou meu pecado, eu fiquei tão feliz que simplesmente não conseguia parar de dançar. Quando saí do lugar onde havia sido posto em liberdade e me dirigia à minha casa, eu pensava que deveria contar às pedras da rua a história de minha libertação. Minha alma estava tão repleta de alegria que eu queria falar com cada floco de neve que caía do céu a respeito do magnífico amor de Jesus, que limpara um dos maiores rebeldes dos pecados que tinha.
Não é somente no início da vida cristã que os crentes têm motivos para cantar. Enquanto eles vivem, descobrem razões para cantar os caminhos do Senhor. A experiência dos crentes em desfrutarem constantemente da amabilidade do Senhor os leva a cantar: “Bendirei O SENHOR em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios” (Salmos 34.1). Esteja atento, amigo, para que você magnifique o Senhor neste dia.
O crente começou a louvar os caminhos do Senhor quando, aos pés da cruz, ele foi liberto de seu fardo de pecado. Nem mesmo o canto dos anjos parece tão agradável como a primeira melodia de livramento que brota da alma do filho perdoado de Deus. Você sabe como John Bunyan descreveu este momento. Ele disse que quando o pobre peregrino perdeu seu fardo diante da Cruz, ele deu três grandes pulos e prosseguiu cantando: “… Bendita a cruz! E o túmulo! E mais bendito seja o Homem que vergonha e dor por mim sofreu!”
Crente, você recorda o dia em que os seus grilhões caíram? Você ainda lembra o lugar em que o Senhor Jesus o encontrou e lhe disse: “Com amor eterno eu te amei” (Jeremias 31.3). “Desfaço as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem” (Isaías 44.22); “nunca mais serão citados contra ti, para sempre”. Quão maravilhoso é o fato de que Jesus removeu a penalidade do meu pecado! Na ocasião em que o Senhor, pela primeira vez, perdoou meu pecado, eu fiquei tão feliz que simplesmente não conseguia parar de dançar. Quando saí do lugar onde havia sido posto em liberdade e me dirigia à minha casa, eu pensava que deveria contar às pedras da rua a história de minha libertação. Minha alma estava tão repleta de alegria que eu queria falar com cada floco de neve que caía do céu a respeito do magnífico amor de Jesus, que limpara um dos maiores rebeldes dos pecados que tinha.
Não é somente no início da vida cristã que os crentes têm motivos para cantar. Enquanto eles vivem, descobrem razões para cantar os caminhos do Senhor. A experiência dos crentes em desfrutarem constantemente da amabilidade do Senhor os leva a cantar: “Bendirei O SENHOR em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios” (Salmos 34.1). Esteja atento, amigo, para que você magnifique o Senhor neste dia.
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