Semeando o Evangelho

Semear a Verdade e o Amor de Deus
sábado, 15 de dezembro de 2018
A CARACTERÍSTICA DOS LÍDERES DE LOUVOR MAIS BEM SUCEDIDOS
Por Tim Challies
Toda semana um pastor ou líder de louvor escolhe as músicas que a sua igreja vai cantar no domingo seguinte. Toda semana, avalia as possibilidades de selecionar as cinco ou seis músicas que melhor se encaixam no culto que ele está planejando. Como ele pode escolher bem? Como pode servir melhor à sua congregação no que se refere aos seus louvores?
Eu viajei bastante no primeiro semestre deste ano, e em quase todos os lugares que passei, tive o privilégio de frequentar os cultos da igreja. Cultuei com pequenas congregações em lugares isolados e também com grandes congregações no centro de grandes cidades. Experimentei cultos em lares e ao ar livre, cantei sem o uso de instrumentos e com o acompanhamento de bandas de alta qualidade; cantei em inglês e me dediquei ao máximo para acompanhar os cantos em idiomas estrangeiros. E em meio a tudo isso, tenho feito observações discretas, mas deliberadas. Tenho pensado sobre como podemos adorar melhor.
Aquele que planeja os cultos enfrenta alguns desafios difíceis. O primeiro é o desafio da escolha. As possibilidades musicais são quase infinitas e temos dezenas de milhares disponíveis para nós. Temos hinos que já atravessaram os tempos, temos louvores modernos que foram escritos para se adequar aos nossos tempos, temos os salmos antigos e confiáveis, e muito mais. O segundo é o desafio da popularidade. Através da rádio e da internet, os cristãos têm acesso imediato às melhores e mais recentes músicas e muitas pessoas desejam cantar no domingo o que ouvem pela primeira vez na quarta-feira. É raro haver um líder que consiga suportar a pressão do top 100 da CCLI! O terceiro é o desafio da habilidade. Não temos uma cultura de canto. Não cantamos em público e raramente cantamos em privado. A maioria de nós não tem noção de como cantar em grupo e apenas raramente alguns têm noção de ritmos e harmonias.
Com esses desafios em mente, aqui está minha observação: Os líderes de louvor mais bem-sucedidos são aqueles que desejam ouvir as suas congregações cantando realmente. Os líderes de louvor mais bem-sucedidos são os que mais se sintonizam com a capacidade musical de suas congregações e os mais comprometidos com a escolha de músicas que o seu povo consiga cantar. Eles priorizam esses fatores sobre uma série de outros.
O fato é que existem músicas que têm um conteúdo saudável e cativante, mas são inadequadas para o canto congregacional. Há muitas músicas que são uma alegria para cantarmos juntos no carro, mas difíceis de cantar com uma congregação. Há muitas músicas que são escritas primeiro para a rádio e secundariamente para o canto congregacional. “Forever”, de Kari Jobe, soa bem quando ela canta, mas não soará tão bem quando sua igreja tentar cantá-la. “Lead Me To the Cross” pode ter uma mensagem inspiradora, mas ouça a sua igreja tentando dominar essa ponte.[1] Às vezes, as músicas são muito altas ou muito baixas, ou mudam de ritmo de modo inesperado, ou exigem muito alcance vocal, ou a ponte é muito diferente do restante da música. Às vezes, elas simplesmente não são adequadas para uma multidão de cantores amadores. E é isso que somos — somos amadores.
Estou convencido de que o que está acontecendo em tantas congregações é que o líder de louvor escolhe músicas que não são adequadas para o canto congregacional ou que estão além da habilidade de sua igreja. Ele ouve uma nova música, se apaixona por ela e, pelo melhor dos motivos, quer cantar com as pessoas que ama e lidera. Ele a pratica e domina, ensaia com a banda e parece ótimo. Mas quando a traz para o culto no domingo, ela fica bem além da capacidade de seu povo. A igreja tenta, mas canta mal, canta fracamente, ou nem consegue cantá-la. Porque o canto é tão ruim, a pessoa que controla o som aumenta o volume dos instrumentos e dos vocalistas. O canto congregacional se transformou em performance. E tudo poderia ser corrigido se o líder de louvor definisse como o seu objetivo realmente ouvir o seu povo cantar.
Deixe-me fazer uma analogia. Penso em um pai que compra para o seu filho de seis anos o primeiro kit de Lego dele. Papai está empolgado porque seu filho finalmente quer brincar com o Lego, então esbanja e compra um daqueles incríveis com centenas e centenas de peças. É um brinquedo incrível que ficará ótimo quando estiver pronto, mas está muito além da capacidade do filho dele. Então, papai intervém para “ajudar”. Ele ajuda fazendo praticamente todo o trabalho — lê o manual, monta as peças e faz tudo sozinho até o fim enquanto seu filho senta e assiste. No final de tudo, o menino leva o kit pronto para a mãe e diz: “Olha o que eu construí!”. Mas ele realmente não construiu nada, não é mesmo? Estou convencido de que é isso que acontece em muitas igrejas hoje. A banda tem um ótimo tempo no palco. Eles cantam bem e adoram livremente. Mas a congregação não. Ela não consegue. A música está além deles e, para ser franco, não foi verdadeiramente preparada para eles em primeiro lugar.
Um líder de louvor serve melhor a sua congregação quando escolhe músicas que eles podem cantar e cantar bem. Ele está altamente sintonizado com a capacidade deles. Ele prioriza a capacidade das músicas serem cantadas sobre a sua novidade ou antiguidade ou autor ou densidade teológica. Ele mede o seu sucesso não por sua própria adoração, mas pela deles. Sua pergunta não é: “Como a banda se sentiu?”, mas sim: “Como a congregação cantou?”. Quando ele para e ouve a sua igreja cantando — realmente cantando — sua alegria é completa.
Toda semana um pastor ou líder de louvor escolhe as músicas que a sua igreja vai cantar no domingo seguinte. Toda semana, avalia as possibilidades de selecionar as cinco ou seis músicas que melhor se encaixam no culto que ele está planejando. Como ele pode escolher bem? Como pode servir melhor à sua congregação no que se refere aos seus louvores?
Eu viajei bastante no primeiro semestre deste ano, e em quase todos os lugares que passei, tive o privilégio de frequentar os cultos da igreja. Cultuei com pequenas congregações em lugares isolados e também com grandes congregações no centro de grandes cidades. Experimentei cultos em lares e ao ar livre, cantei sem o uso de instrumentos e com o acompanhamento de bandas de alta qualidade; cantei em inglês e me dediquei ao máximo para acompanhar os cantos em idiomas estrangeiros. E em meio a tudo isso, tenho feito observações discretas, mas deliberadas. Tenho pensado sobre como podemos adorar melhor.
Aquele que planeja os cultos enfrenta alguns desafios difíceis. O primeiro é o desafio da escolha. As possibilidades musicais são quase infinitas e temos dezenas de milhares disponíveis para nós. Temos hinos que já atravessaram os tempos, temos louvores modernos que foram escritos para se adequar aos nossos tempos, temos os salmos antigos e confiáveis, e muito mais. O segundo é o desafio da popularidade. Através da rádio e da internet, os cristãos têm acesso imediato às melhores e mais recentes músicas e muitas pessoas desejam cantar no domingo o que ouvem pela primeira vez na quarta-feira. É raro haver um líder que consiga suportar a pressão do top 100 da CCLI! O terceiro é o desafio da habilidade. Não temos uma cultura de canto. Não cantamos em público e raramente cantamos em privado. A maioria de nós não tem noção de como cantar em grupo e apenas raramente alguns têm noção de ritmos e harmonias.
Com esses desafios em mente, aqui está minha observação: Os líderes de louvor mais bem-sucedidos são aqueles que desejam ouvir as suas congregações cantando realmente. Os líderes de louvor mais bem-sucedidos são os que mais se sintonizam com a capacidade musical de suas congregações e os mais comprometidos com a escolha de músicas que o seu povo consiga cantar. Eles priorizam esses fatores sobre uma série de outros.
O fato é que existem músicas que têm um conteúdo saudável e cativante, mas são inadequadas para o canto congregacional. Há muitas músicas que são uma alegria para cantarmos juntos no carro, mas difíceis de cantar com uma congregação. Há muitas músicas que são escritas primeiro para a rádio e secundariamente para o canto congregacional. “Forever”, de Kari Jobe, soa bem quando ela canta, mas não soará tão bem quando sua igreja tentar cantá-la. “Lead Me To the Cross” pode ter uma mensagem inspiradora, mas ouça a sua igreja tentando dominar essa ponte.[1] Às vezes, as músicas são muito altas ou muito baixas, ou mudam de ritmo de modo inesperado, ou exigem muito alcance vocal, ou a ponte é muito diferente do restante da música. Às vezes, elas simplesmente não são adequadas para uma multidão de cantores amadores. E é isso que somos — somos amadores.
Estou convencido de que o que está acontecendo em tantas congregações é que o líder de louvor escolhe músicas que não são adequadas para o canto congregacional ou que estão além da habilidade de sua igreja. Ele ouve uma nova música, se apaixona por ela e, pelo melhor dos motivos, quer cantar com as pessoas que ama e lidera. Ele a pratica e domina, ensaia com a banda e parece ótimo. Mas quando a traz para o culto no domingo, ela fica bem além da capacidade de seu povo. A igreja tenta, mas canta mal, canta fracamente, ou nem consegue cantá-la. Porque o canto é tão ruim, a pessoa que controla o som aumenta o volume dos instrumentos e dos vocalistas. O canto congregacional se transformou em performance. E tudo poderia ser corrigido se o líder de louvor definisse como o seu objetivo realmente ouvir o seu povo cantar.
Deixe-me fazer uma analogia. Penso em um pai que compra para o seu filho de seis anos o primeiro kit de Lego dele. Papai está empolgado porque seu filho finalmente quer brincar com o Lego, então esbanja e compra um daqueles incríveis com centenas e centenas de peças. É um brinquedo incrível que ficará ótimo quando estiver pronto, mas está muito além da capacidade do filho dele. Então, papai intervém para “ajudar”. Ele ajuda fazendo praticamente todo o trabalho — lê o manual, monta as peças e faz tudo sozinho até o fim enquanto seu filho senta e assiste. No final de tudo, o menino leva o kit pronto para a mãe e diz: “Olha o que eu construí!”. Mas ele realmente não construiu nada, não é mesmo? Estou convencido de que é isso que acontece em muitas igrejas hoje. A banda tem um ótimo tempo no palco. Eles cantam bem e adoram livremente. Mas a congregação não. Ela não consegue. A música está além deles e, para ser franco, não foi verdadeiramente preparada para eles em primeiro lugar.
Um líder de louvor serve melhor a sua congregação quando escolhe músicas que eles podem cantar e cantar bem. Ele está altamente sintonizado com a capacidade deles. Ele prioriza a capacidade das músicas serem cantadas sobre a sua novidade ou antiguidade ou autor ou densidade teológica. Ele mede o seu sucesso não por sua própria adoração, mas pela deles. Sua pergunta não é: “Como a banda se sentiu?”, mas sim: “Como a congregação cantou?”. Quando ele para e ouve a sua igreja cantando — realmente cantando — sua alegria é completa.
VOCÊ PODE SER UM JARDINEIRO
Por Tim Barnett
Traduzido por Anderson Rocha – Artigo original aqui.
Eu acho que precisamos repensar o modo como entendemos evangelismo. Quando a maioria das pessoas pensa em evangelismo, elas pensam em levar uma pessoa a Cristo. Fazem com que elas orem, que firmem um compromisso, fechem o acordo. Você pescou a ideia.
Jesus chamou isso de colheita.
Mas há mais no evangelismo do que simplesmente conduzir uma pessoa à Cristo. Para alguns, isso pode não parecer correto. Mas isso, penso eu, apenas ilustra o meu argumento. Evangelismo tornou-se sinônimo de colheita. Conseqüentemente, quanto maior a colheita, maior o evangelista. E, se você achar que não está constantemente colhendo novos convertidos, então a implicação é que você não é um bom evangelista.
Eu quero compartilhar algo com você que revolucionou minha forma de pensar sobre essa questão. Eu costumava me condenar por não estar sendo um colhedor melhor. Comparado à alguns evangelistas, eu sou um fracasso total. Como é que alguns cristãos parecem levar pessoas a Cristo o tempo todo, enquanto outros lutam sem ver nenhum fruto?
Acho que a resposta está em conhecer a estação e conhecer o seu papel.
Um campo com duas estações diferentes
Antes que haja uma colheita, sempre há uma estação de jardinagem. Há cultivo, plantação, rega e capina. Isso é trabalho duro. Mas quando chega a hora certa, e a fruta está madura, a fruta cai da árvore. A colheita é a parte fácil quando a fruta está pronta. Mas é preciso muito suor para chegar a esse ponto. Toda estação de colheita é precedida por uma estação de jardinagem.
Depois de falar por anos com pessoas que não compartilham das minhas convicções, percebi que eu sou um jardineiro.*
Se você fez algum trabalho de jardinagem com incrédulos, você sabe que é preciso muito esforço. É trabalho intensivo. Em vez de trabalho físico, isso envolve o trabalho intelectual e espiritual. Por exemplo, tive inúmeras conversas com as Testemunhas de Jeová que bateram em minha porta. Algumas dessas discussões duraram mais de duas horas. Cheguei a descobrir que uma conversa eficaz com as Testemunhas de Jeová leva tempo gasto num cuidadoso estudo da Bíblia. Isso envolve a defesa da fé cristã contra ataques de múltiplas frentes. Leva horas orando para que Deus abra seus olhos para a verdade. Isso implica sacrificar parte do seu fim de semana para você se tornar disponível. Isso é trabalhoso, e é exaustivo.
Pode surpreendê-lo saber que, em todas essas conversas com as Testemunhas de Jeová, nunca conduzi nenhum deles à Cristo. Ou seja, nenhum deles confiou em Jesus Cristo – Deus o Filho – como seu Salvador e Senhor enquanto estavam sentados na minha sala de estar. Isso significa que eu falhei como evangelista? Acho que não. Aqui está o porquê.
Uma equipe com duas funções diferentes
O evangelismo é um esforço de equipe. São necessários colhedores e jardineiros. De fato, Jesus usa essa mesma ilustração agrícola ao falar com os discípulos dele. Ele diz,
Já aquele que colhe está recebendo salários e recolhendo frutos para a vida eterna, para que o semeador e o ceifador possam se alegrar juntos. Por aqui, a afirmação é verdadeira: “Uma semeia e outra colhe.” Eu enviei você para colher aquele para o qual você não trabalhou. Outros trabalharam, e você entrou em seu trabalho. (João 4:36-38)
Por favor, ouça as palavras de Jesus de novo. Há ceifeiros e semeadores, colhedores e jardineiros. E os jardineiros desempenham um papel importante na liderança das pessoas para o Salvador do mundo. Jesus diz aos discípulos que eles estão colhendo onde eles não fizeram o jardim. Outras pessoas fizeram a jardinagem – o que Ele chama de trabalho. Então, é um esforço de equipe. Jardineiros e colhedores trabalham juntos para um objetivo final. Uma equipe com dois papéis diferentes. É por isso que o “semeador e ceifador podem se alegrar juntos” (João 4:36b).
Falar com incrédulos sobre coisas espirituais pode ser frustrante às vezes. Eu acho que isso é porque geralmente não vemos o fruto imediato de nosso trabalho. Tudo o que vemos é o trabalho. Após frequentes conversas espirituais infrutíferas com um colega muçulmano, ou debates repetidos com um cunhado incrédulo que parecem não ter efeito, estaríamos tentados a perguntar: Qual é o objetivo?
Não se desencoraje quando há esforço no seu trabalho e você não vê a colheita. Você pode ser um jardineiro, e pode ser que você esteja em uma estação de jardinagem. Em vez disso, seja encorajado no sentido de que Deus esteja usando seus esforços – juntamente com os esforços dos outros – para trazer uma colheita que você nunca pode ver.
Lembre-se sempre, é nosso trabalho sermos testemunhas fiéis de Cristo (Atos 1:8) e depois deixar os resultados para Deus. Paulo escreve: “Plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento” (1 Cor. 3:6).
________________________________________________________________
* Como jardineiro, tenho um objetivo modesto em qualquer conversa particular com um incrédulo. Quero colocar uma pedra no sapato. Faço isso com o plano de jogo delineado em Táticas: um plano de jogo para discutir suas condenações cristãs.
Traduzido por Anderson Rocha – Artigo original aqui.
Eu acho que precisamos repensar o modo como entendemos evangelismo. Quando a maioria das pessoas pensa em evangelismo, elas pensam em levar uma pessoa a Cristo. Fazem com que elas orem, que firmem um compromisso, fechem o acordo. Você pescou a ideia.
Jesus chamou isso de colheita.
Mas há mais no evangelismo do que simplesmente conduzir uma pessoa à Cristo. Para alguns, isso pode não parecer correto. Mas isso, penso eu, apenas ilustra o meu argumento. Evangelismo tornou-se sinônimo de colheita. Conseqüentemente, quanto maior a colheita, maior o evangelista. E, se você achar que não está constantemente colhendo novos convertidos, então a implicação é que você não é um bom evangelista.
Eu quero compartilhar algo com você que revolucionou minha forma de pensar sobre essa questão. Eu costumava me condenar por não estar sendo um colhedor melhor. Comparado à alguns evangelistas, eu sou um fracasso total. Como é que alguns cristãos parecem levar pessoas a Cristo o tempo todo, enquanto outros lutam sem ver nenhum fruto?
Acho que a resposta está em conhecer a estação e conhecer o seu papel.
Um campo com duas estações diferentes
Antes que haja uma colheita, sempre há uma estação de jardinagem. Há cultivo, plantação, rega e capina. Isso é trabalho duro. Mas quando chega a hora certa, e a fruta está madura, a fruta cai da árvore. A colheita é a parte fácil quando a fruta está pronta. Mas é preciso muito suor para chegar a esse ponto. Toda estação de colheita é precedida por uma estação de jardinagem.
Depois de falar por anos com pessoas que não compartilham das minhas convicções, percebi que eu sou um jardineiro.*
Se você fez algum trabalho de jardinagem com incrédulos, você sabe que é preciso muito esforço. É trabalho intensivo. Em vez de trabalho físico, isso envolve o trabalho intelectual e espiritual. Por exemplo, tive inúmeras conversas com as Testemunhas de Jeová que bateram em minha porta. Algumas dessas discussões duraram mais de duas horas. Cheguei a descobrir que uma conversa eficaz com as Testemunhas de Jeová leva tempo gasto num cuidadoso estudo da Bíblia. Isso envolve a defesa da fé cristã contra ataques de múltiplas frentes. Leva horas orando para que Deus abra seus olhos para a verdade. Isso implica sacrificar parte do seu fim de semana para você se tornar disponível. Isso é trabalhoso, e é exaustivo.
Pode surpreendê-lo saber que, em todas essas conversas com as Testemunhas de Jeová, nunca conduzi nenhum deles à Cristo. Ou seja, nenhum deles confiou em Jesus Cristo – Deus o Filho – como seu Salvador e Senhor enquanto estavam sentados na minha sala de estar. Isso significa que eu falhei como evangelista? Acho que não. Aqui está o porquê.
Uma equipe com duas funções diferentes
O evangelismo é um esforço de equipe. São necessários colhedores e jardineiros. De fato, Jesus usa essa mesma ilustração agrícola ao falar com os discípulos dele. Ele diz,
Já aquele que colhe está recebendo salários e recolhendo frutos para a vida eterna, para que o semeador e o ceifador possam se alegrar juntos. Por aqui, a afirmação é verdadeira: “Uma semeia e outra colhe.” Eu enviei você para colher aquele para o qual você não trabalhou. Outros trabalharam, e você entrou em seu trabalho. (João 4:36-38)
Por favor, ouça as palavras de Jesus de novo. Há ceifeiros e semeadores, colhedores e jardineiros. E os jardineiros desempenham um papel importante na liderança das pessoas para o Salvador do mundo. Jesus diz aos discípulos que eles estão colhendo onde eles não fizeram o jardim. Outras pessoas fizeram a jardinagem – o que Ele chama de trabalho. Então, é um esforço de equipe. Jardineiros e colhedores trabalham juntos para um objetivo final. Uma equipe com dois papéis diferentes. É por isso que o “semeador e ceifador podem se alegrar juntos” (João 4:36b).
Falar com incrédulos sobre coisas espirituais pode ser frustrante às vezes. Eu acho que isso é porque geralmente não vemos o fruto imediato de nosso trabalho. Tudo o que vemos é o trabalho. Após frequentes conversas espirituais infrutíferas com um colega muçulmano, ou debates repetidos com um cunhado incrédulo que parecem não ter efeito, estaríamos tentados a perguntar: Qual é o objetivo?
Não se desencoraje quando há esforço no seu trabalho e você não vê a colheita. Você pode ser um jardineiro, e pode ser que você esteja em uma estação de jardinagem. Em vez disso, seja encorajado no sentido de que Deus esteja usando seus esforços – juntamente com os esforços dos outros – para trazer uma colheita que você nunca pode ver.
Lembre-se sempre, é nosso trabalho sermos testemunhas fiéis de Cristo (Atos 1:8) e depois deixar os resultados para Deus. Paulo escreve: “Plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento” (1 Cor. 3:6).
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* Como jardineiro, tenho um objetivo modesto em qualquer conversa particular com um incrédulo. Quero colocar uma pedra no sapato. Faço isso com o plano de jogo delineado em Táticas: um plano de jogo para discutir suas condenações cristãs.
CUIDADO COM A MANIPULAÇÃO DA MÍDIA
Considero o jornal Estadão um dos melhores informativos da internet brasileira. No entanto, sob o pretexto de formar opinião, esse jornal publicou certa vez uma matéria com o propósito claro de manipular. O título é: Deputado quer ‘família margarina’ em comercial de TV. A matéria é sobre projeto de lei que regulamenta a publicidade infantil.
Não é necessário fazer um grande esforço mental para já percebermos de cara a ironia do título. Vejo que a discussão sobre o que é família está aberta e isso é importante em uma democracia. Serve ou para criar novos conceitos ou fortalecer conceitos antigos. Porém, o que vejo como manipulação é querer apresentar “a família homossexual” como modelo de família alternativa, desqualificando a família tradicional. Esse discurso além de ser antiético é desleal.
A expressão “família margarina” foi o termo usado pelo deputado Jean Willys (PSol-RJ) em uma das últimas discussões na Câmara sobre o assunto da homofobia. Nesta mesma discussão o referido deputado ainda chamou a família tradicional de utópica e ultrapassada.
A família tradicional está sujeita a uma série de problemas peculiares a ela como brigas, infidelidade, divórcio e tantos outros, mas a possibilidade desses problemas ou a ocorrência deles não desqualifica a família tradicional como modelo, nem muito menos serve como base ou justificativa para “a família homossexual”.
Há inúmeras famílias tradicionais que vivem felizes e em perfeita harmonia, assim como há inúmeras que vivem em decadência. Isso é probabilidade. Os casos negativos não desqualificam os positivos. É muito pretensioso apresentar a suposta “família homossexual” como o modelo alternativo perfeito em detrimento da família tradicional, como se esse modelo estivesse imune às mazelas sociais. Para concluir faço duas perguntas: De onde vieram “o anônimo autor” da reportagem e o nobre deputado Jean Willys? Por acaso também não são filhos da “família margarina”?
Referência
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,deputado-quer-familia-margarina-em-anuncios-na-tv,1052887,0.htm
Não é necessário fazer um grande esforço mental para já percebermos de cara a ironia do título. Vejo que a discussão sobre o que é família está aberta e isso é importante em uma democracia. Serve ou para criar novos conceitos ou fortalecer conceitos antigos. Porém, o que vejo como manipulação é querer apresentar “a família homossexual” como modelo de família alternativa, desqualificando a família tradicional. Esse discurso além de ser antiético é desleal.
A expressão “família margarina” foi o termo usado pelo deputado Jean Willys (PSol-RJ) em uma das últimas discussões na Câmara sobre o assunto da homofobia. Nesta mesma discussão o referido deputado ainda chamou a família tradicional de utópica e ultrapassada.
A família tradicional está sujeita a uma série de problemas peculiares a ela como brigas, infidelidade, divórcio e tantos outros, mas a possibilidade desses problemas ou a ocorrência deles não desqualifica a família tradicional como modelo, nem muito menos serve como base ou justificativa para “a família homossexual”.
Há inúmeras famílias tradicionais que vivem felizes e em perfeita harmonia, assim como há inúmeras que vivem em decadência. Isso é probabilidade. Os casos negativos não desqualificam os positivos. É muito pretensioso apresentar a suposta “família homossexual” como o modelo alternativo perfeito em detrimento da família tradicional, como se esse modelo estivesse imune às mazelas sociais. Para concluir faço duas perguntas: De onde vieram “o anônimo autor” da reportagem e o nobre deputado Jean Willys? Por acaso também não são filhos da “família margarina”?
Referência
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,deputado-quer-familia-margarina-em-anuncios-na-tv,1052887,0.htm
FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR
ORANDO DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS
No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que, de acordo com o que o SENHOR havia falado ao profeta Jeremias, a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos (Daniel 9:2).
A oração eficaz é sempre consistente com a vontade de Deus.
É característico dos cristãos identificarem-se com os propósitos de Deus e viverem de acordo com a sua vontade. Aprender a orar baseado na vontade de Deus é um passo importante nesse processo, porque leva você à Palavra e demonstra um coração humilde e submisso.
Jesus enfatizou a prioridade da vontade de Deus quando disse: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (João 6:38). Ele realizou esse objetivo, dizendo ao Pai: “Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer” (João 17:4). Mesmo quando enfrentou o horror da cruz, Jesus não titubeou. Em vez disso, Ele orou: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22:42).
Jesus ensinou aos seus discípulos a mesma prioridade, instruindo-os a orar: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:9-10).
Daniel sabia o que significava orar de acordo com a vontade de Deus. Depois de ler a profecia de um cativeiro babilônico de setenta anos, ele aceitou imediatamente como sendo a vontade de Deus e começou a orar por seu cumprimento. Sua oração não era uma resignação passiva a algum ato do destino além de seu controle; foi uma participação ativa no plano de Deus, conforme revelado nas Escrituras. Ele não estava tentando mudar a vontade de Deus, mas estava fazendo tudo o que podia para vê-la acontecer. Essa é a essência da oração de acordo com a vontade de Deus.
Quando você ora de acordo com a vontade de Deus, você pode ter certeza que Ele ouvirá e concederá seus pedidos (1 João 5:14-15). Viva nessa confiança hoje!
Sugestão para oração
Seja um estudante diligente da Palavra para que você conheça a vontade de Deus.
Peça a Deus que revele áreas nas quais a sua vontade não está conformada com a dele.
Estudo adicional
Leia Apocalipse 22:6-21, observando a vontade de Deus para o retorno de Cristo, e como devemos responder a isso.
No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que, de acordo com o que o SENHOR havia falado ao profeta Jeremias, a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos (Daniel 9:2).
A oração eficaz é sempre consistente com a vontade de Deus.
É característico dos cristãos identificarem-se com os propósitos de Deus e viverem de acordo com a sua vontade. Aprender a orar baseado na vontade de Deus é um passo importante nesse processo, porque leva você à Palavra e demonstra um coração humilde e submisso.
Jesus enfatizou a prioridade da vontade de Deus quando disse: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (João 6:38). Ele realizou esse objetivo, dizendo ao Pai: “Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer” (João 17:4). Mesmo quando enfrentou o horror da cruz, Jesus não titubeou. Em vez disso, Ele orou: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22:42).
Jesus ensinou aos seus discípulos a mesma prioridade, instruindo-os a orar: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:9-10).
Daniel sabia o que significava orar de acordo com a vontade de Deus. Depois de ler a profecia de um cativeiro babilônico de setenta anos, ele aceitou imediatamente como sendo a vontade de Deus e começou a orar por seu cumprimento. Sua oração não era uma resignação passiva a algum ato do destino além de seu controle; foi uma participação ativa no plano de Deus, conforme revelado nas Escrituras. Ele não estava tentando mudar a vontade de Deus, mas estava fazendo tudo o que podia para vê-la acontecer. Essa é a essência da oração de acordo com a vontade de Deus.
Quando você ora de acordo com a vontade de Deus, você pode ter certeza que Ele ouvirá e concederá seus pedidos (1 João 5:14-15). Viva nessa confiança hoje!
Sugestão para oração
Seja um estudante diligente da Palavra para que você conheça a vontade de Deus.
Peça a Deus que revele áreas nas quais a sua vontade não está conformada com a dele.
Estudo adicional
Leia Apocalipse 22:6-21, observando a vontade de Deus para o retorno de Cristo, e como devemos responder a isso.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus.” (1João 3.1-2)
” Vede que grande amor nos tem concedido o Pai.” Pense naquilo que éramos e no que agora somos, quando a corrupção ainda se mostra poderosa em nós, e você se admirará de nossa adoção. Apesar disso, somos chamados “filhos de Deus”. Que sublime é o relacionamento de um filho, e que privilégios estão incluídos neste relacionamento! Quanto cuidado e ternura o filho espera de seu pai, e quanto amor o pai sente pelo filho! Mas tudo isso, e mais do que isso, nós temos agora em Cristo Jesus. No tocante aos sofrimentos temporários, que experimentamos por causa de nosso Irmão mais velho, nós os aceitamos como honra.
“O mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.” Alegramo-nos em sermos desconhecidos juntamente com Ele, em sua humilhação, porque seremos exaltados com Ele. “Amados, agora, somos filhos de Deus.” Lemos isto com facilidade, mas não o sentimos com a mesma facilidade. Como está o seu coração hoje? Você se encontra no mais profundo vale de tristeza? A sua confiança quase fracassou? Não tema, você não tem de viver por intermédio de seus sentimentos. Tem de viver simplesmente por meio da fé em Cristo Jesus.
Com todas estas coisas contra nós – no mais profundo de nossa dor, onde quer que estejamos -“agora”, tanto no vale como na montanha, “somos filhos de Deus”. Talvez você diga: “Oh! Veja como estou! Minhas graças não resplandecem, e minha retidão não brilha com glória visível!” Espere, leia o versículo 2: 11: “Ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele”. O Espírito Santo purificará nossa mente, e o poder de Deus refinará nossos corpos; então, nós O veremos como Ele é.
” Vede que grande amor nos tem concedido o Pai.” Pense naquilo que éramos e no que agora somos, quando a corrupção ainda se mostra poderosa em nós, e você se admirará de nossa adoção. Apesar disso, somos chamados “filhos de Deus”. Que sublime é o relacionamento de um filho, e que privilégios estão incluídos neste relacionamento! Quanto cuidado e ternura o filho espera de seu pai, e quanto amor o pai sente pelo filho! Mas tudo isso, e mais do que isso, nós temos agora em Cristo Jesus. No tocante aos sofrimentos temporários, que experimentamos por causa de nosso Irmão mais velho, nós os aceitamos como honra.
“O mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.” Alegramo-nos em sermos desconhecidos juntamente com Ele, em sua humilhação, porque seremos exaltados com Ele. “Amados, agora, somos filhos de Deus.” Lemos isto com facilidade, mas não o sentimos com a mesma facilidade. Como está o seu coração hoje? Você se encontra no mais profundo vale de tristeza? A sua confiança quase fracassou? Não tema, você não tem de viver por intermédio de seus sentimentos. Tem de viver simplesmente por meio da fé em Cristo Jesus.
Com todas estas coisas contra nós – no mais profundo de nossa dor, onde quer que estejamos -“agora”, tanto no vale como na montanha, “somos filhos de Deus”. Talvez você diga: “Oh! Veja como estou! Minhas graças não resplandecem, e minha retidão não brilha com glória visível!” Espere, leia o versículo 2: 11: “Ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele”. O Espírito Santo purificará nossa mente, e o poder de Deus refinará nossos corpos; então, nós O veremos como Ele é.
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
A CIDADE PERFEITA
Versículo do dia: Deus… lhes preparou uma cidade. (Hebreus 11.16)
Sem poluição, pichação, lixo, pintura desbotando ou garagens caindo aos pedações, sem grama morta ou vidros quebrados, sem conversas desagradáveis na rua, sem confrontos diante dos seus olhos, sem conflitos ou violência no lar, sem perigos de noite, sem incêndios, mentiras, roubos ou assassinatos, sem vandalismo e sem feiúra.
A cidade de Deus será perfeita porque Deus estará nela. Ele andará e falará nela, e se manifestará em cada parte. Tudo o que é bom, belo, santo, pacífico, verdadeiro e feliz estará lá, porque Deus estará lá.
A justiça perfeita estará lá e recompensará mil vezes cada dor sofrida em obediência a Cristo. E ela nunca se corromperá. Em verdade, ela será cada vez mais brilhante, conforme a eternidade se estender em eras eternas de crescente alegria.
Quando você deseja esta cidade acima de tudo na terra, então você honra a Deus, que, de acordo com Hebreus 11.10, é o seu arquiteto e edificador. E quando Deus é honrado, ele se agrada e não se envergonha de ser chamado de seu Deus.
Versículo do dia: Deus… lhes preparou uma cidade. (Hebreus 11.16)
Sem poluição, pichação, lixo, pintura desbotando ou garagens caindo aos pedações, sem grama morta ou vidros quebrados, sem conversas desagradáveis na rua, sem confrontos diante dos seus olhos, sem conflitos ou violência no lar, sem perigos de noite, sem incêndios, mentiras, roubos ou assassinatos, sem vandalismo e sem feiúra.
A cidade de Deus será perfeita porque Deus estará nela. Ele andará e falará nela, e se manifestará em cada parte. Tudo o que é bom, belo, santo, pacífico, verdadeiro e feliz estará lá, porque Deus estará lá.
A justiça perfeita estará lá e recompensará mil vezes cada dor sofrida em obediência a Cristo. E ela nunca se corromperá. Em verdade, ela será cada vez mais brilhante, conforme a eternidade se estender em eras eternas de crescente alegria.
Quando você deseja esta cidade acima de tudo na terra, então você honra a Deus, que, de acordo com Hebreus 11.10, é o seu arquiteto e edificador. E quando Deus é honrado, ele se agrada e não se envergonha de ser chamado de seu Deus.
SALMOS DE LAMENTO: ONDE A MENTE E O CORAÇÃO SE ENCONTRAM
Por Christina Fox
Nós normalmente nos categorizamos entre racionais e emotivos. O racional está mais propenso a tomar decisões e agir baseado no conhecimento, enquanto o emotivo, na emoção. Quando se trata dos assuntos da fé, o racional enfatiza o que sabemos sobre a palavra de Deus, e o emotivo o que sentimos ou experimentamos em nossa fé. Parece ser uma escolha mutuamente exclusiva; mente ou coração.
Entretanto, há um lugar na Escritura onde a mente e o coração se encontram, onde os pensamentos e sentimentos se juntam: os Salmos de Lamento. E nos lamentos vemos que, embora a mente e o coração sejam importantes, há tempos em que um precisa liderar o outro.
Salmo 42
Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está? Lembro-me destas coisas – e dentro de mim se me derrama a alma -, de como passava eu com a multidão de povo e os guiava em procissão à Casa de Deus, entre gritos de alegria e louvor, multidão em festa. Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu. Sinto abatida dentro de mim a minha alma; lembro-me, portanto, de ti, nas terras do Jordão, e no monte Hermom, e no outeiro de Mizar. Um abismo chama outro abismo, ao fragor das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim. Contudo, o SENHOR, durante o dia, me concede a sua misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida. Digo a Deus, minha rocha: por que te olvidaste de mim? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos? Esmigalham-se-me os ossos, quando os meus adversários me insultam, dizendo e dizendo: O teu Deus, onde está? Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.
No Salmo 42, o salmista está distante do templo, o lugar da presença de Deus. Ele clama em lamento porque seus inimigos o oprimem e o mantêm afastado da adoração em Jerusalém. “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está?”
O salmista está desesperado. Ele verbaliza suas emoções a Deus, dizendo como se sente, “Sinto abatida dentro de mim a minha alma” Ele faz a Deus a pergunta que todos nós fazemos quando as circunstâncias se infiltram em nossa vida, “por que?” – “Digo a Deus, minha rocha: por que te olvidaste de mim? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos?”
Mas ele não para aqui. Ele não clama a Deus em pesar, simplesmente, e deixa por isso. Não é só um exercício de catarse. Em meio a seu lamento, o salmista verbaliza a verdade sobre quem Deus é. Quando ele clama na tribulação, ele se refere a Deus como sua “rocha”. Ele fala sobre a misericórdia de Deus, “o SENHOR, durante o dia, me concede a sua misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida”.
Ele também confronta suas emoções a falar consigo mesmo. Duas vezes o salmista questiona seu estado emocional e lembra a si mesmo da verdade, “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”. É aqui que a mente e o coração se encontram. É aqui que o salmista aplica o que ele sabe ser verdade sobre Deus ao seu coração. Deus é seu salvador. Deus é sua esperança. Deus é o seu Deus.
Onde a mente e o coração se encontram
É fácil, quando lemos os lamentos da Escritura, focarmos na expressão da emoção. Nós conseguimos nos relacionar com isso. A prosa é vívida e afiada, descrevendo nossa própria dor como se estivéssemos olhando nosso coração em um espelho. Talvez seja por isso que sejamos atraídos aos Salmos quando nossa vida está um redemoinho de caos, dor e medo paralisante.
Mas os lamentos nos mostram muito mais. Eles nos mostram não apenas que devemos ir a Deus como nossos medos e temores, mas que também precisamos nos lembrar de quem Deus é e o que ele já fez. No Salmo 42, o que o salmista sabia sobre Deus inundava seu coração, moldando suas emoções conforme a verdade. A verdade que ele aplica ao seu coração o move a um lugar de confiança – “pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”. Essa é a lição dos lamentos para todos nós.
No meu livro Um coração liberto – uma jornada de esperança pelos Salmos de lamento escrevi:
Muitas vezes permitimos que nossas emoções nos levem e tomem conta de nossas mentes. Os lamentos nos mostram que tanto a mente quanto o coração podem se encontrar. Eles nos mostram que a verdade da Palavra de Deus que temos guardado em nossas mentes podem levar o coração a se regozijar nessas verdades… É aqui que a nossa teologia e o que sabemos sobre Deus, a partir de sua Palavra, aparecem… O que aprendemos sobre Deus, na Escritura, sobre quem ele é, o que ele fez e quem somos à luz de tudo isso é a fundação da nossa fé. É a âncora que nos mantém quando as tempestades da vida assolam nossas vidas. É a luz que nos guia e nos dirige na escuridão das nossas circunstâncias. Quando nossas emoções nos levam a um passeio de montanha-russa, nossa teologia é o horizonte estável que nos mantém no lugar.
Tanto nossos pensamentos quanto nossas emoções são importantes, pois somos seres que pensam e que sentem. Mas nossas emoções nem sempre falam a verdade; às vezes elas exageram ou nos confundem. Entretanto, não precisamos ignorá-las completamente. Ao invés disso, como os lamentos nos mostram, precisamos trazer essas emoções ao nosso Pai que está no céu e, ao fazê-lo, precisamos nos lembrar da verdade de quem ele é: nossa rocha, nosso salvador e nossa esperança.
Nós normalmente nos categorizamos entre racionais e emotivos. O racional está mais propenso a tomar decisões e agir baseado no conhecimento, enquanto o emotivo, na emoção. Quando se trata dos assuntos da fé, o racional enfatiza o que sabemos sobre a palavra de Deus, e o emotivo o que sentimos ou experimentamos em nossa fé. Parece ser uma escolha mutuamente exclusiva; mente ou coração.
Entretanto, há um lugar na Escritura onde a mente e o coração se encontram, onde os pensamentos e sentimentos se juntam: os Salmos de Lamento. E nos lamentos vemos que, embora a mente e o coração sejam importantes, há tempos em que um precisa liderar o outro.
Salmo 42
Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está? Lembro-me destas coisas – e dentro de mim se me derrama a alma -, de como passava eu com a multidão de povo e os guiava em procissão à Casa de Deus, entre gritos de alegria e louvor, multidão em festa. Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu. Sinto abatida dentro de mim a minha alma; lembro-me, portanto, de ti, nas terras do Jordão, e no monte Hermom, e no outeiro de Mizar. Um abismo chama outro abismo, ao fragor das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim. Contudo, o SENHOR, durante o dia, me concede a sua misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida. Digo a Deus, minha rocha: por que te olvidaste de mim? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos? Esmigalham-se-me os ossos, quando os meus adversários me insultam, dizendo e dizendo: O teu Deus, onde está? Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.
No Salmo 42, o salmista está distante do templo, o lugar da presença de Deus. Ele clama em lamento porque seus inimigos o oprimem e o mantêm afastado da adoração em Jerusalém. “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está?”
O salmista está desesperado. Ele verbaliza suas emoções a Deus, dizendo como se sente, “Sinto abatida dentro de mim a minha alma” Ele faz a Deus a pergunta que todos nós fazemos quando as circunstâncias se infiltram em nossa vida, “por que?” – “Digo a Deus, minha rocha: por que te olvidaste de mim? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos?”
Mas ele não para aqui. Ele não clama a Deus em pesar, simplesmente, e deixa por isso. Não é só um exercício de catarse. Em meio a seu lamento, o salmista verbaliza a verdade sobre quem Deus é. Quando ele clama na tribulação, ele se refere a Deus como sua “rocha”. Ele fala sobre a misericórdia de Deus, “o SENHOR, durante o dia, me concede a sua misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida”.
Ele também confronta suas emoções a falar consigo mesmo. Duas vezes o salmista questiona seu estado emocional e lembra a si mesmo da verdade, “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”. É aqui que a mente e o coração se encontram. É aqui que o salmista aplica o que ele sabe ser verdade sobre Deus ao seu coração. Deus é seu salvador. Deus é sua esperança. Deus é o seu Deus.
Onde a mente e o coração se encontram
É fácil, quando lemos os lamentos da Escritura, focarmos na expressão da emoção. Nós conseguimos nos relacionar com isso. A prosa é vívida e afiada, descrevendo nossa própria dor como se estivéssemos olhando nosso coração em um espelho. Talvez seja por isso que sejamos atraídos aos Salmos quando nossa vida está um redemoinho de caos, dor e medo paralisante.
Mas os lamentos nos mostram muito mais. Eles nos mostram não apenas que devemos ir a Deus como nossos medos e temores, mas que também precisamos nos lembrar de quem Deus é e o que ele já fez. No Salmo 42, o que o salmista sabia sobre Deus inundava seu coração, moldando suas emoções conforme a verdade. A verdade que ele aplica ao seu coração o move a um lugar de confiança – “pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”. Essa é a lição dos lamentos para todos nós.
No meu livro Um coração liberto – uma jornada de esperança pelos Salmos de lamento escrevi:
Muitas vezes permitimos que nossas emoções nos levem e tomem conta de nossas mentes. Os lamentos nos mostram que tanto a mente quanto o coração podem se encontrar. Eles nos mostram que a verdade da Palavra de Deus que temos guardado em nossas mentes podem levar o coração a se regozijar nessas verdades… É aqui que a nossa teologia e o que sabemos sobre Deus, a partir de sua Palavra, aparecem… O que aprendemos sobre Deus, na Escritura, sobre quem ele é, o que ele fez e quem somos à luz de tudo isso é a fundação da nossa fé. É a âncora que nos mantém quando as tempestades da vida assolam nossas vidas. É a luz que nos guia e nos dirige na escuridão das nossas circunstâncias. Quando nossas emoções nos levam a um passeio de montanha-russa, nossa teologia é o horizonte estável que nos mantém no lugar.
Tanto nossos pensamentos quanto nossas emoções são importantes, pois somos seres que pensam e que sentem. Mas nossas emoções nem sempre falam a verdade; às vezes elas exageram ou nos confundem. Entretanto, não precisamos ignorá-las completamente. Ao invés disso, como os lamentos nos mostram, precisamos trazer essas emoções ao nosso Pai que está no céu e, ao fazê-lo, precisamos nos lembrar da verdade de quem ele é: nossa rocha, nosso salvador e nossa esperança.
O CRISTO REVELADO NAS ESCRITURAS
Por Anderson Rocha
Ao nos depararmos com a Palavra de Deus, vemos como o Senhor teve o cuidado de priorizar o mais importante assunto: A Revelação de Cristo. Ao longo do relato bíblico, podemos constatar que em toda sua história, o Cristo de Deus nos é revelado, página por página, gradativa e progressivamente. Desde seu início em Gênesis, Deus mostra logo nos primeiros capítulos que Cristo, a semente da mulher, derrotaria Satanás de uma vez por todas. Vemos ali a primeira promessa da revelação messiânica, quando lemos: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15). A história da Bíblia é uma história de redenção, isso em todo seu contexto, quer seja histórico ou teológico. Do jardim até a cruz, o Senhor nos conduz em graça pelo Seu Espírito, à revelação da Sua eterna salvação.
Esta semana, ao acessar uma das minhas redes sociais, pude contemplar uma cena de um vídeo que mexeu muito comigo, enquanto servo de Deus. Creio que era um povo da Ásia (os traços denunciavam), um grupo de cristãos que, extasiados e visivelmente alegres, recebiam caixas contendo bíblias cuidadosamente embaladas. Ao abrirem e se depararem com as Sagradas Escrituras, os irmãos avançavam nas caixas, como o leão faminto ante a sua presa. Estavam ávidos e maravilhados por terem em suas mãos seu exemplar da Palavra de Deus. Possivelmente, isso deve ter acontecido numa das nações perseguidas, daí podemos explicar o porquê de tanta emoção. Imagino o quão difícil foi para que aquelas bíblias chegassem até eles. Mas o mais interessante que vi foram suas reações: rasgando o fino plástico que as envolviam, eles cheiravam, abraçavam, choravam… por um instante, tive a sensação de que eles estariam ali sentindo a própria presença de Jesus. Lindo. Mas atrelado a isso, me veio uma súbita preocupação.
Preocupação porque fiquei receoso de demonstrar em minha caminhada o mesmo relaxamento que os discípulos (mais tarde, apóstolos) apresentaram quando o Senhor Jesus estava presente entre eles. Ao se revelar para os discípulos, pelas Escrituras, ao dizer que era “necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia” (Lucas 9:22), os mesmos negavam o que já estava escrito e decretado por Deus quando Pedro tomou a palavra e disse-lhe: “Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso” (Mateus 16:22b). Só que eles se esqueceram de um importante detalhe: ESTAVA ESCRITO! Ou seja, era algo que era inevitável, iria acontecer. Pensei: Porque no nosso dia-a-dia, não temos a mesma reação que a dos nossos irmãos asiáticos (do comentário anterior), quando estamos diante das nossas bíblias? Como dizem, é o único livro em que o Autor nos acompanha na leitura.
Me fiz essa pergunta. E isso me deixou inquieto por dias. Mas graças a Deus que me senti assim. Já pensou se não nos importássemos? Isso é sério, muito sério. Afinal, a Bíblia é Jesus, Seu ser, Sua vida, Seus ensinamentos, Sua história… tudo. A Palavra de Deus “é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4:12). Há vida em suas palavras, em cada linha, cada letra, cada história… pode-se desprezar tamanha riqueza? De certo que não. Queremos estar com Jesus. Amá-lo, abraçá-lo, sentir Seu perfume, assim como fizeram os nossos irmãos. Precisamos experimentá-lo, para que a cada dia, Ele se revele a nós.
Os discípulos que caminhavam pela estrada de Emaús viveram a experiência do Cristo revelando-se pela Palavra de Deus (Lucas 24:13,14). Caminhando com eles pela estrada, Jesus não mostrou nada além da revelação na Escritura Sagrada a Seu respeito, sobre tudo que Deus Pai havia estabelecido como decreto, para Si próprio, quando lhes disse: “Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras” (Lucas 24:25-27).
Quando lemos a Bíblia, com o desejo sincero de conhecê-Lo ainda mais, o Espírito Santo nos concede a mesma sensação que tiveram os discípulos ao receberem a revelação de Cristo: “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras? (Lucas 24:32). Nossos corações ardem em amor quando o nosso Salvador se revela a nós. Aconteceu com os discípulos em Emaús, aconteceu com os irmãos asiáticos e, com certeza, acontecerá conosco também.
Pelo Espírito, oremos para que essa expectativa do Cristo Revelado esteja sempre a incendiar nosso coração. Abra e leia a Bíblia hoje, agora. Jesus Cristo certamente se revela aos seus servos.
Ao nos depararmos com a Palavra de Deus, vemos como o Senhor teve o cuidado de priorizar o mais importante assunto: A Revelação de Cristo. Ao longo do relato bíblico, podemos constatar que em toda sua história, o Cristo de Deus nos é revelado, página por página, gradativa e progressivamente. Desde seu início em Gênesis, Deus mostra logo nos primeiros capítulos que Cristo, a semente da mulher, derrotaria Satanás de uma vez por todas. Vemos ali a primeira promessa da revelação messiânica, quando lemos: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15). A história da Bíblia é uma história de redenção, isso em todo seu contexto, quer seja histórico ou teológico. Do jardim até a cruz, o Senhor nos conduz em graça pelo Seu Espírito, à revelação da Sua eterna salvação.
Esta semana, ao acessar uma das minhas redes sociais, pude contemplar uma cena de um vídeo que mexeu muito comigo, enquanto servo de Deus. Creio que era um povo da Ásia (os traços denunciavam), um grupo de cristãos que, extasiados e visivelmente alegres, recebiam caixas contendo bíblias cuidadosamente embaladas. Ao abrirem e se depararem com as Sagradas Escrituras, os irmãos avançavam nas caixas, como o leão faminto ante a sua presa. Estavam ávidos e maravilhados por terem em suas mãos seu exemplar da Palavra de Deus. Possivelmente, isso deve ter acontecido numa das nações perseguidas, daí podemos explicar o porquê de tanta emoção. Imagino o quão difícil foi para que aquelas bíblias chegassem até eles. Mas o mais interessante que vi foram suas reações: rasgando o fino plástico que as envolviam, eles cheiravam, abraçavam, choravam… por um instante, tive a sensação de que eles estariam ali sentindo a própria presença de Jesus. Lindo. Mas atrelado a isso, me veio uma súbita preocupação.
Preocupação porque fiquei receoso de demonstrar em minha caminhada o mesmo relaxamento que os discípulos (mais tarde, apóstolos) apresentaram quando o Senhor Jesus estava presente entre eles. Ao se revelar para os discípulos, pelas Escrituras, ao dizer que era “necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia” (Lucas 9:22), os mesmos negavam o que já estava escrito e decretado por Deus quando Pedro tomou a palavra e disse-lhe: “Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso” (Mateus 16:22b). Só que eles se esqueceram de um importante detalhe: ESTAVA ESCRITO! Ou seja, era algo que era inevitável, iria acontecer. Pensei: Porque no nosso dia-a-dia, não temos a mesma reação que a dos nossos irmãos asiáticos (do comentário anterior), quando estamos diante das nossas bíblias? Como dizem, é o único livro em que o Autor nos acompanha na leitura.
Me fiz essa pergunta. E isso me deixou inquieto por dias. Mas graças a Deus que me senti assim. Já pensou se não nos importássemos? Isso é sério, muito sério. Afinal, a Bíblia é Jesus, Seu ser, Sua vida, Seus ensinamentos, Sua história… tudo. A Palavra de Deus “é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4:12). Há vida em suas palavras, em cada linha, cada letra, cada história… pode-se desprezar tamanha riqueza? De certo que não. Queremos estar com Jesus. Amá-lo, abraçá-lo, sentir Seu perfume, assim como fizeram os nossos irmãos. Precisamos experimentá-lo, para que a cada dia, Ele se revele a nós.
Os discípulos que caminhavam pela estrada de Emaús viveram a experiência do Cristo revelando-se pela Palavra de Deus (Lucas 24:13,14). Caminhando com eles pela estrada, Jesus não mostrou nada além da revelação na Escritura Sagrada a Seu respeito, sobre tudo que Deus Pai havia estabelecido como decreto, para Si próprio, quando lhes disse: “Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras” (Lucas 24:25-27).
Quando lemos a Bíblia, com o desejo sincero de conhecê-Lo ainda mais, o Espírito Santo nos concede a mesma sensação que tiveram os discípulos ao receberem a revelação de Cristo: “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras? (Lucas 24:32). Nossos corações ardem em amor quando o nosso Salvador se revela a nós. Aconteceu com os discípulos em Emaús, aconteceu com os irmãos asiáticos e, com certeza, acontecerá conosco também.
Pelo Espírito, oremos para que essa expectativa do Cristo Revelado esteja sempre a incendiar nosso coração. Abra e leia a Bíblia hoje, agora. Jesus Cristo certamente se revela aos seus servos.
A RESPONSABILIDADE DO CRISTÃO DIANTE DO MUNDO
INTRODUÇÃO
Estamos todos aqui como discípulos de Jesus que tiveram um encontro real com Ele e se tornaram parte do Seu Corpo, isto é, dEle mesmo. “Mas, o que se une ao Senhor é um só espírito com ele.” (1Co. 6:17). Mas porque somos um com Ele, passamos a conhecer Seu coração, a amar o que Ele ama e a identificar-nos com Suas visões.
Quem vem a Cristo é chamado a identificar-se com Seu caráter e missão. Nosso grande desafio é ser como Ele é (Rm 8:29; 2 Co. 3:18) e fazer o que Ele fez: Destruir as obras do diabo (1 Jo 3:8b), buscando e salvando o perdido (Mt 18:11).
Porque um dia ouvimos Sua voz dizendo-nos: “Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mt. 11:28-30), pudemos ouvir depois: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mt. 28:18-20).
Jesus nos concede o mais elevado privilégio do universo, que os anjos gostariam de ter: Ser canais da mensagem de redenção a um mundo em trevas e perdição, levando-lhes a luz do Evangelho. Chamados a ser líderes no poderoso exército de Deus que saqueia o inferno e povoa o céu.
Não temos que pagar nada pela salvação. Mas, para sermos líderes, devemos pagar um preço. Uma liderança eficaz exige investimento. O mundo clama por líderes que marquem esta geração. Hoje você pode ser a resposta a esse clamor.
Você está neste reencontro para dar mais um passo no seu preparo como um líder que fará a diferença em multidões.
Como reprodução de Jesus, Ele espera que sejamos de fato a extensão do Seu ministério de poder. “Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para o Pai;” (Jo. 14:12).
Ele espera que nós façamos coisas até maiores do que as Ele fez: curou enfermos, libertou cativos, pregou o Evangelho… (At 10:38; Lc. 4:18-19). Não há desculpas, temos que ser líderes. “Se eu não viera e não lhes falara, não teriam pecado; agora, porém, não têm desculpa do seu pecado.” (Jo. 15:22).
“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tg. 4:17). Nós somos responsáveis diante do mundo. Não somos mais novos crentes. O Espírito de Deus nos impele ao cumprimento de nossa responsabilidade diante do mundo. Todavia para compreender qual a sua responsabilidade algumas coisas precisam estar claras em sua mente e coração:
A – QUEM É VOCÊ
A primeira coisa a considerar é sua identidade como líder separado por Deus para fazer diferença em sua geração, no cumprimento da Grande Comissão. Saiba, portanto, que você é:
1. Alguém escolhido pelo próprio Deus – “Vós sois as minhas testemunhas, do Senhor, e o meu servo, a quem escolhi…” (Is. 43:10). “Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta. Então disse eu: Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque sou um menino. Mas o Senhor me respondeu: Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.” (Jr. 1:5-7).
2. Alguém escolhido por Jesus Cristo. “Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” (Jo. 15:16). “Disse-lhes, então, Jesus segunda vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” (Jo. 20:21).
3. Alguém escolhido pelo Espírito Santo. “Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo.” (1Co. 6:19-20).
O Espírito Santo o chamou para ser um líder, um ministro. Ele o escolheu para que possa viver em você, transformando-o em instrumento, canal, e possa viver e operar na terra através de você.
a. “O Espírito Santo quer usar o seu corpo e sua vida para mostrar como uma pessoa deve viver na terra.
b. O Espírito Santo quer conformá-lo com a imagem de Cristo – para fazer de você um exemplo para o mundo, de como Deus quer que vivamos: em justiça e santidade.
c. O Espírito Santo quer usá-lo para pregar e ensinar o glorioso evangelho de Jesus Cristo.
Você recebeu o privilégio mais glorioso no mundo. Foi chamado e escolhido pelo Espírito Santo de Deus; foi chamado a viver exatamente como Cristo viveu – uma vida santa e justa – e você foi chamado a proclamar o Evangelho de Cristo ao mundo perdido.” (LMW)
4. Um embaixador de Cristo. “Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação; pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus.” (2Co. 5:18-20).
a. Você recebeu o maior título – Embaixador de Cristo
b. Você recebeu a maior mensagem: “Reconciliai-vos com Deus”
B. QUAL A SUA RESPONABILIDADE COMO LÍDER
1. Ser um padrão da gloriosa verdade de que Deus salva os pecadores. “Exorta semelhantemente os moços a que sejam moderados. Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra integridade, sobriedade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo nenhum mal que dizer de nós.” (Tt. 2:6-8). “Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” (1Tm. 4:12).
2. Fazer discípulos de todas as nações (Mt 28:18-20) “e o que de mim ouviste de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.” (2 Tm. 2:2).
a. Discipule outros: invista especialmente em doze.
b. Ensine-lhes tudo quanto você sabe
c. Libere-os para fazerem o mesmo que você.
3. Apresentar cada homem perfeito em Cristo “o qual nós anunciamos, admoestando a todo homem, e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo;” (Cl. 1:28).
4. Ser testemunha de Jesus Cristo (At 1:8)
a. Que não se envergonha “Falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não me envergonharei.” (Sl. 119:46).
b. Ousada – “que se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras. Fala estas coisas, exorta e repreende com toda autoridade. Ninguém te despreze.” (Tt. 2:14-15). “… Não temas, mas fala e não te cales; porque eu estou contigo e ninguém te acometerá para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade.” (At. 18:9-10).
c. Testemunha aos familiares e amigos – “Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes o quanto o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti.” (Mc. 5:19).
d. Obediente – “Ide, apresentai-vos no templo, e falai ao povo todas as palavras desta vida. Ora, tendo eles ouvido isto, entraram de manhã cedo no templo e ensinavam. Chegando, porém o sumo sacerdote e os que estavam com ele, convocaram o sinédrio, com todos os anciãos dos filhos de Israel, e enviaram guardas ao cárcere para trazê-los.” (At. 5:20-21).
e. Cheia do Espírito “Quando vier o Ajudador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que do Pai procede, esse dará testemunho de mim; e também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio.” (Jo. 15:26-27).
5. Transformar uma nação inteira – “Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por possessão.” (Sl. 2:8).
(1) Você é responsável por esta geração de brasileiros
(2) Sua visão da nação inteira revolucionará seu ministério. Quando Wesley passou a ver o mundo como sua paróquia, que tremendo!
(3) A nação é transformada pela transformação de vidas. O canal para tanto somos nós, pela pregação ungida da Palavra de Deus.
(4) A conquista da nação para Cristo é seu maior desafio. Deus nos tem feito entender que vamos conquistar a nossa nação e vamos ajudar outros a conquistarem as suas.
(5) Tome sua posição para mudar sua nação. Tem que haver revolução. Revolução significa mover desde os alicerces. Entre em guerra para que haja mudança.
3. REQUISITOS PARA CUMPRIR SUA RESPONSABILIDADE
1. Uma vida de santidade “mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento;” (1Pe. 1:15). O líder precisa viver em santidade e vencer o pecado. Assumir a santidade e ensinar outros a viverem em santidade. Liderança requer maturidade crescente. Ex: Pedro era todo emocional, sacou a espada, cortou a orelha do soldado, no mar acabou olhado para as circunstâncias, mas, depois que Deus o sarou, libertou, fez dele um líder bem sucedido. Infelizmente, muitos líderes estão anos precisando de cura e libertação, de uma vida de santidade. Para cumprir o papel de conduzir uma nação e uma geração a Cristo é preciso que o líder desenvolva em seu caráter as marcas de santidade.
a. Santidade no Corpo. O pecado apela para os membros do corpo como seu instrumento de impureza e rebelião contra Deus. Há que desenvolver-se uma consciência de guardá-los sob sujeição.
(1) Apresente o corpo em sacrifício vivo “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Rm. 12:1-2).
(2) Saiba que seu corpo é o templo do Espírito Santo “Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo e em vosso espírito os quais pertencem a Deus.” (1Co. 6:19-20).
(3) Lute pelo controle de sua mente – data pensamento “derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo;” (2Co. 10:5). “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Fp. 4:8).
(4) Discipline e sujeite o corpo a Cristo para não ser desqualificado “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado.” (1Co. 9:27).
b. Santidade na Conduta
(1) Leve uma vida de caráter santo “Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, mas moderado, inimigo de contendas, não ganancioso; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não neófito, para que não se ensoberbeça e venha a cair na condenação do Diabo.
Também é necessário que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em opróbrio, e no laço do Diabo.” (1Tm. 3:1-7).
• Qualificações pessoais (v. 2 e 3)
• Qualificações familiares (v. 2,4-5)
• Qualificações espirituais (v. 7)
• Qualificações sociais (comunidade) (v. 7)
(2) Uma vida separada do mundo “Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” (2Co. 6:17-18). “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.” (1Jo. 2:15-16).
(3) Você deve ser um homem (mulher) de Deus “Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão. Peleja a boa peleja da fé, apodera-te da vida eterna, para a qual foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” (1Tm. 6:11-12).
(4) Você deve ser fiel na tentação e na prova “são ministros de Cristo? falo como fora de mim, eu ainda mais; em trabalhos muito mais; em prisões muito mais; em açoites sem medida; em perigo de morte muitas vezes; dos judeus cinco vezes recebi quarenta açoites menos um.
Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha raça, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez.
Além dessas coisas exteriores, há o que diariamente pesa sobre mim, o cuidado de todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase? Se é preciso gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza.” (2Co. 11:23-30).
(5) Você deve fugir das paixões da mocidade “Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor. E rejeita as questões tolas e desassisadas, sabendo que geram contendas;” (2Tm. 2:22-23).
(6) Saber que os tempos são perigoso e afastar-se de homens maus. “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses.” (2Tm. 3:1-5).
2. Tem que ter uma cobertura espiritual, estar debaixo de uma liderança. Não é sair por aí de qualquer jeito, tem que ter compromisso com a igreja local.
3. A Responsabilidade de ter permanentemente a presença de Deus dentro de nós.
Muitas vezes a igreja fica técnica. Não se faz ministério sem a presença de Deus. Veja o que Moisés disse ao Senhor em Êxodo 33:12-17. “E Moisés disse ao Senhor: Eis que tu me dizes: Faze subir a este povo; porém não me fazes saber a quem hás de enviar comigo. Disseste também: Conheço-te por teu nome, e achaste graça aos meus olhos.
Se eu, pois, tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que agora me mostres os teus caminhos, para que eu te conheça, a fim de que ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é teu povo. Respondeu-lhe o Senhor: Eu mesmo irei contigo, e eu te darei descanso. Então Moisés lhe disse: Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui.
Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? acaso não é por andares tu conosco, de modo a sermos separados, eu e o teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra? Ao que disse o Senhor a Moisés: Farei também isto que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos, e te conheço pelo teu nome.” (Êx. 33:12-17). v. 15. Moisés queria dizer: “Senhor, sem tua presença não vou”.
A presença de Deus não é opcional para um líder, pois o líder só será ouvido se tiver unção. I Co. 14
Charles Finney falava por 10 minutos, pregava e havia conversão, chegava numa cidade e as pessoas se convertiam. Buscava ao Senhor até sentir a Sua presença.
(Oração – Cântico Teus Olhos Dizem Que Eu – Ministração voltada para a consciência da responsabilidade de cada um diante do mundo)
Estamos todos aqui como discípulos de Jesus que tiveram um encontro real com Ele e se tornaram parte do Seu Corpo, isto é, dEle mesmo. “Mas, o que se une ao Senhor é um só espírito com ele.” (1Co. 6:17). Mas porque somos um com Ele, passamos a conhecer Seu coração, a amar o que Ele ama e a identificar-nos com Suas visões.
Quem vem a Cristo é chamado a identificar-se com Seu caráter e missão. Nosso grande desafio é ser como Ele é (Rm 8:29; 2 Co. 3:18) e fazer o que Ele fez: Destruir as obras do diabo (1 Jo 3:8b), buscando e salvando o perdido (Mt 18:11).
Porque um dia ouvimos Sua voz dizendo-nos: “Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mt. 11:28-30), pudemos ouvir depois: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mt. 28:18-20).
Jesus nos concede o mais elevado privilégio do universo, que os anjos gostariam de ter: Ser canais da mensagem de redenção a um mundo em trevas e perdição, levando-lhes a luz do Evangelho. Chamados a ser líderes no poderoso exército de Deus que saqueia o inferno e povoa o céu.
Não temos que pagar nada pela salvação. Mas, para sermos líderes, devemos pagar um preço. Uma liderança eficaz exige investimento. O mundo clama por líderes que marquem esta geração. Hoje você pode ser a resposta a esse clamor.
Você está neste reencontro para dar mais um passo no seu preparo como um líder que fará a diferença em multidões.
Como reprodução de Jesus, Ele espera que sejamos de fato a extensão do Seu ministério de poder. “Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para o Pai;” (Jo. 14:12).
Ele espera que nós façamos coisas até maiores do que as Ele fez: curou enfermos, libertou cativos, pregou o Evangelho… (At 10:38; Lc. 4:18-19). Não há desculpas, temos que ser líderes. “Se eu não viera e não lhes falara, não teriam pecado; agora, porém, não têm desculpa do seu pecado.” (Jo. 15:22).
“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tg. 4:17). Nós somos responsáveis diante do mundo. Não somos mais novos crentes. O Espírito de Deus nos impele ao cumprimento de nossa responsabilidade diante do mundo. Todavia para compreender qual a sua responsabilidade algumas coisas precisam estar claras em sua mente e coração:
A – QUEM É VOCÊ
A primeira coisa a considerar é sua identidade como líder separado por Deus para fazer diferença em sua geração, no cumprimento da Grande Comissão. Saiba, portanto, que você é:
1. Alguém escolhido pelo próprio Deus – “Vós sois as minhas testemunhas, do Senhor, e o meu servo, a quem escolhi…” (Is. 43:10). “Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta. Então disse eu: Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque sou um menino. Mas o Senhor me respondeu: Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.” (Jr. 1:5-7).
2. Alguém escolhido por Jesus Cristo. “Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” (Jo. 15:16). “Disse-lhes, então, Jesus segunda vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” (Jo. 20:21).
3. Alguém escolhido pelo Espírito Santo. “Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo.” (1Co. 6:19-20).
O Espírito Santo o chamou para ser um líder, um ministro. Ele o escolheu para que possa viver em você, transformando-o em instrumento, canal, e possa viver e operar na terra através de você.
a. “O Espírito Santo quer usar o seu corpo e sua vida para mostrar como uma pessoa deve viver na terra.
b. O Espírito Santo quer conformá-lo com a imagem de Cristo – para fazer de você um exemplo para o mundo, de como Deus quer que vivamos: em justiça e santidade.
c. O Espírito Santo quer usá-lo para pregar e ensinar o glorioso evangelho de Jesus Cristo.
Você recebeu o privilégio mais glorioso no mundo. Foi chamado e escolhido pelo Espírito Santo de Deus; foi chamado a viver exatamente como Cristo viveu – uma vida santa e justa – e você foi chamado a proclamar o Evangelho de Cristo ao mundo perdido.” (LMW)
4. Um embaixador de Cristo. “Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação; pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus.” (2Co. 5:18-20).
a. Você recebeu o maior título – Embaixador de Cristo
b. Você recebeu a maior mensagem: “Reconciliai-vos com Deus”
B. QUAL A SUA RESPONABILIDADE COMO LÍDER
1. Ser um padrão da gloriosa verdade de que Deus salva os pecadores. “Exorta semelhantemente os moços a que sejam moderados. Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra integridade, sobriedade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo nenhum mal que dizer de nós.” (Tt. 2:6-8). “Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” (1Tm. 4:12).
2. Fazer discípulos de todas as nações (Mt 28:18-20) “e o que de mim ouviste de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.” (2 Tm. 2:2).
a. Discipule outros: invista especialmente em doze.
b. Ensine-lhes tudo quanto você sabe
c. Libere-os para fazerem o mesmo que você.
3. Apresentar cada homem perfeito em Cristo “o qual nós anunciamos, admoestando a todo homem, e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo;” (Cl. 1:28).
4. Ser testemunha de Jesus Cristo (At 1:8)
a. Que não se envergonha “Falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não me envergonharei.” (Sl. 119:46).
b. Ousada – “que se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras. Fala estas coisas, exorta e repreende com toda autoridade. Ninguém te despreze.” (Tt. 2:14-15). “… Não temas, mas fala e não te cales; porque eu estou contigo e ninguém te acometerá para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade.” (At. 18:9-10).
c. Testemunha aos familiares e amigos – “Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes o quanto o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti.” (Mc. 5:19).
d. Obediente – “Ide, apresentai-vos no templo, e falai ao povo todas as palavras desta vida. Ora, tendo eles ouvido isto, entraram de manhã cedo no templo e ensinavam. Chegando, porém o sumo sacerdote e os que estavam com ele, convocaram o sinédrio, com todos os anciãos dos filhos de Israel, e enviaram guardas ao cárcere para trazê-los.” (At. 5:20-21).
e. Cheia do Espírito “Quando vier o Ajudador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que do Pai procede, esse dará testemunho de mim; e também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio.” (Jo. 15:26-27).
5. Transformar uma nação inteira – “Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por possessão.” (Sl. 2:8).
(1) Você é responsável por esta geração de brasileiros
(2) Sua visão da nação inteira revolucionará seu ministério. Quando Wesley passou a ver o mundo como sua paróquia, que tremendo!
(3) A nação é transformada pela transformação de vidas. O canal para tanto somos nós, pela pregação ungida da Palavra de Deus.
(4) A conquista da nação para Cristo é seu maior desafio. Deus nos tem feito entender que vamos conquistar a nossa nação e vamos ajudar outros a conquistarem as suas.
(5) Tome sua posição para mudar sua nação. Tem que haver revolução. Revolução significa mover desde os alicerces. Entre em guerra para que haja mudança.
3. REQUISITOS PARA CUMPRIR SUA RESPONSABILIDADE
1. Uma vida de santidade “mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento;” (1Pe. 1:15). O líder precisa viver em santidade e vencer o pecado. Assumir a santidade e ensinar outros a viverem em santidade. Liderança requer maturidade crescente. Ex: Pedro era todo emocional, sacou a espada, cortou a orelha do soldado, no mar acabou olhado para as circunstâncias, mas, depois que Deus o sarou, libertou, fez dele um líder bem sucedido. Infelizmente, muitos líderes estão anos precisando de cura e libertação, de uma vida de santidade. Para cumprir o papel de conduzir uma nação e uma geração a Cristo é preciso que o líder desenvolva em seu caráter as marcas de santidade.
a. Santidade no Corpo. O pecado apela para os membros do corpo como seu instrumento de impureza e rebelião contra Deus. Há que desenvolver-se uma consciência de guardá-los sob sujeição.
(1) Apresente o corpo em sacrifício vivo “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Rm. 12:1-2).
(2) Saiba que seu corpo é o templo do Espírito Santo “Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo e em vosso espírito os quais pertencem a Deus.” (1Co. 6:19-20).
(3) Lute pelo controle de sua mente – data pensamento “derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo;” (2Co. 10:5). “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Fp. 4:8).
(4) Discipline e sujeite o corpo a Cristo para não ser desqualificado “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado.” (1Co. 9:27).
b. Santidade na Conduta
(1) Leve uma vida de caráter santo “Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, mas moderado, inimigo de contendas, não ganancioso; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não neófito, para que não se ensoberbeça e venha a cair na condenação do Diabo.
Também é necessário que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em opróbrio, e no laço do Diabo.” (1Tm. 3:1-7).
• Qualificações pessoais (v. 2 e 3)
• Qualificações familiares (v. 2,4-5)
• Qualificações espirituais (v. 7)
• Qualificações sociais (comunidade) (v. 7)
(2) Uma vida separada do mundo “Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” (2Co. 6:17-18). “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.” (1Jo. 2:15-16).
(3) Você deve ser um homem (mulher) de Deus “Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão. Peleja a boa peleja da fé, apodera-te da vida eterna, para a qual foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” (1Tm. 6:11-12).
(4) Você deve ser fiel na tentação e na prova “são ministros de Cristo? falo como fora de mim, eu ainda mais; em trabalhos muito mais; em prisões muito mais; em açoites sem medida; em perigo de morte muitas vezes; dos judeus cinco vezes recebi quarenta açoites menos um.
Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha raça, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez.
Além dessas coisas exteriores, há o que diariamente pesa sobre mim, o cuidado de todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase? Se é preciso gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza.” (2Co. 11:23-30).
(5) Você deve fugir das paixões da mocidade “Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor. E rejeita as questões tolas e desassisadas, sabendo que geram contendas;” (2Tm. 2:22-23).
(6) Saber que os tempos são perigoso e afastar-se de homens maus. “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses.” (2Tm. 3:1-5).
2. Tem que ter uma cobertura espiritual, estar debaixo de uma liderança. Não é sair por aí de qualquer jeito, tem que ter compromisso com a igreja local.
3. A Responsabilidade de ter permanentemente a presença de Deus dentro de nós.
Muitas vezes a igreja fica técnica. Não se faz ministério sem a presença de Deus. Veja o que Moisés disse ao Senhor em Êxodo 33:12-17. “E Moisés disse ao Senhor: Eis que tu me dizes: Faze subir a este povo; porém não me fazes saber a quem hás de enviar comigo. Disseste também: Conheço-te por teu nome, e achaste graça aos meus olhos.
Se eu, pois, tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que agora me mostres os teus caminhos, para que eu te conheça, a fim de que ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é teu povo. Respondeu-lhe o Senhor: Eu mesmo irei contigo, e eu te darei descanso. Então Moisés lhe disse: Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui.
Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? acaso não é por andares tu conosco, de modo a sermos separados, eu e o teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra? Ao que disse o Senhor a Moisés: Farei também isto que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos, e te conheço pelo teu nome.” (Êx. 33:12-17). v. 15. Moisés queria dizer: “Senhor, sem tua presença não vou”.
A presença de Deus não é opcional para um líder, pois o líder só será ouvido se tiver unção. I Co. 14
Charles Finney falava por 10 minutos, pregava e havia conversão, chegava numa cidade e as pessoas se convertiam. Buscava ao Senhor até sentir a Sua presença.
(Oração – Cântico Teus Olhos Dizem Que Eu – Ministração voltada para a consciência da responsabilidade de cada um diante do mundo)
FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR
ORANDO COM COMPROMISSO
No primeiro ano do reinado de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, que foi constituído rei sobre os caldeus, no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que, de acordo com o que o SENHOR havia falado ao profeta Jeremias, a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos. Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, vestido de pano de saco e sentado na cinza (Daniel 9:1-3).
A oração comprometida traz glória a Deus.
A oração de Daniel, no capítulo 9:1-19, ilustra os elementos-chave da oração intercessora eficaz.
O versículo 1 diz que Daniel orou no primeiro ano do reinado do rei Dario, o primeiro grande rei do Império Medo-Persa. Cerca de sessenta e cinco anos antes, Deus havia punido o reino pecaminoso de Judá, permitindo que o rei Nabucodonosor, da Babilônia, conquistasse Jerusalém e levasse os israelitas cativos de volta à Babilônia.
Posteriormente, o Império Babilônico caiu para o Império Medo-Persa. Dario conquistou a Babilônia na noite em que o rei Belsazar deu uma festa em que Deus escreveu o destino de seu reino na parede (Daniel 5:24-28).
Daniel estava entre os cativos originalmente transportados para a Babilônia por Nabucodonosor. Durante todo o longo período de cativeiro, ele nunca se esqueceu que era um filho de Deus e sempre representava Deus adequadamente, apesar de suas circunstâncias difíceis. Ele era um homem de sabedoria e coragem incomuns. Sua confiança em Deus era inabalável, e seu compromisso com a oração intransigente – mesmo quando suas orações poderiam ter custado sua vida (Daniel 6:4-11).
Como resultado, Deus o protegeu, o exaltou e foi glorificado através dele – como evidenciado pelo decreto do rei Dario, de que todos no reino deviam temer e tremer diante do grande Deus de Daniel (Daniel 6:26).
Como Daniel entendia a prioridade da oração, ele se recusava a ser intimidado ou distraído. Seu compromisso é digno de imitação. Isso pode ser dito de você? Se todos seguissem seu padrão de oração, o Reino de Deus seria fortalecido?
Sugestão para oração
Consistência é importante na oração. Você pode tentar orar por solicitações diferentes em dias específicos. Por exemplo, às segundas-feiras, você pode orar pelos líderes no governo, às terças-feiras, pelo pastor e pelos ministérios de sua igreja, etc.
Estudo adicional
Leia Daniel 6.
Que posição Daniel tinha?
Por que o rei Dario queria promover Daniel?
Qual foi a reação dos comissários e sátrapas à popularidade de Daniel?
Como eles enganaram o rei?
Como Deus protegeu Daniel?
No primeiro ano do reinado de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, que foi constituído rei sobre os caldeus, no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que, de acordo com o que o SENHOR havia falado ao profeta Jeremias, a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos. Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, vestido de pano de saco e sentado na cinza (Daniel 9:1-3).
A oração comprometida traz glória a Deus.
A oração de Daniel, no capítulo 9:1-19, ilustra os elementos-chave da oração intercessora eficaz.
O versículo 1 diz que Daniel orou no primeiro ano do reinado do rei Dario, o primeiro grande rei do Império Medo-Persa. Cerca de sessenta e cinco anos antes, Deus havia punido o reino pecaminoso de Judá, permitindo que o rei Nabucodonosor, da Babilônia, conquistasse Jerusalém e levasse os israelitas cativos de volta à Babilônia.
Posteriormente, o Império Babilônico caiu para o Império Medo-Persa. Dario conquistou a Babilônia na noite em que o rei Belsazar deu uma festa em que Deus escreveu o destino de seu reino na parede (Daniel 5:24-28).
Daniel estava entre os cativos originalmente transportados para a Babilônia por Nabucodonosor. Durante todo o longo período de cativeiro, ele nunca se esqueceu que era um filho de Deus e sempre representava Deus adequadamente, apesar de suas circunstâncias difíceis. Ele era um homem de sabedoria e coragem incomuns. Sua confiança em Deus era inabalável, e seu compromisso com a oração intransigente – mesmo quando suas orações poderiam ter custado sua vida (Daniel 6:4-11).
Como resultado, Deus o protegeu, o exaltou e foi glorificado através dele – como evidenciado pelo decreto do rei Dario, de que todos no reino deviam temer e tremer diante do grande Deus de Daniel (Daniel 6:26).
Como Daniel entendia a prioridade da oração, ele se recusava a ser intimidado ou distraído. Seu compromisso é digno de imitação. Isso pode ser dito de você? Se todos seguissem seu padrão de oração, o Reino de Deus seria fortalecido?
Sugestão para oração
Consistência é importante na oração. Você pode tentar orar por solicitações diferentes em dias específicos. Por exemplo, às segundas-feiras, você pode orar pelos líderes no governo, às terças-feiras, pelo pastor e pelos ministérios de sua igreja, etc.
Estudo adicional
Leia Daniel 6.
Que posição Daniel tinha?
Por que o rei Dario queria promover Daniel?
Qual foi a reação dos comissários e sátrapas à popularidade de Daniel?
Como eles enganaram o rei?
Como Deus protegeu Daniel?
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
A PROVIDÊNCIA DE LINCOLN
Versículo do dia: Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! (Romanos 11.33)
Abraham Lincoln, que nasceu neste dia em 1809, permaneceu cético, e às vezes até mesmo sarcástico, sobre a religião até os seus quarenta anos. Logo, é surpreendente como o sofrimento pessoal e nacional atraiu Lincoln para a realidade de Deus, ao invés de afastá-lo.
Em 1862, quando Lincoln tinha 53 anos, Willie, seu filho de 11 anos, morreu. A esposa de Lincoln “tentou lidar com seu sofrimento buscando médiuns da Nova Era”. Lincoln se aproximou de Phineas Gurley, pastor da Igreja Presbiteriana da Avenida Nova York, em Washington.
Várias longas conversas levaram àquilo que Gurley descreveu como “uma conversão a Cristo”. Lincoln confessou: “fui levado muitas vezes aos joelhos pela convicção irresistível de que não tinha para onde ir”.
Da mesma forma, os horrores dos soldados mortos e feridos o atingiam diariamente. Havia cinquenta hospitais para os feridos em Washington. A rotunda do Capitólio tinha 2.000 leitos para soldados feridos.
Normalmente, cinquenta soldados morriam por dia nesses hospitais temporários. Tudo isso conduziu Lincoln mais profundamente à providência de Deus. “Não podemos deixar de crer que aquele que criou o mundo ainda o governa”.
Sua declaração mais famosa sobre a providência de Deus em relação à guerra civil foi o seu segundo discurso inaugural, que ocorreu um mês antes dele ser assassinado. Esse discurso é notável por não fazer de Deus um simples defensor da União ou da causa confederada. Deus tem seus próprios desígnios e não desculpa o pecado de qualquer parte.
Esperamos veementemente — oramos fervorosamente — que este poderoso flagelo da guerra acabe rapidamente…
Ainda assim, se Deus quiser que continue, até que toda a riqueza acumulada pelos duzentos anos de trabalho não remunerado dos escravos se esgote, e até que cada gota de sangue tirada com o chicote seja paga com outra tirada com a espada, como foi dito há três mil anos, assim deve ser afirmado: “os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos”.
Eu oro por todos vocês que sofrem perdas, dores e grande tristeza para que isso os desperte, como fez com Lincoln, não para um niilismo vazio, mas para uma confiança mais profunda na infinita sabedoria e amor da inescrutável providência de Deus.
Versículo do dia: Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! (Romanos 11.33)
Abraham Lincoln, que nasceu neste dia em 1809, permaneceu cético, e às vezes até mesmo sarcástico, sobre a religião até os seus quarenta anos. Logo, é surpreendente como o sofrimento pessoal e nacional atraiu Lincoln para a realidade de Deus, ao invés de afastá-lo.
Em 1862, quando Lincoln tinha 53 anos, Willie, seu filho de 11 anos, morreu. A esposa de Lincoln “tentou lidar com seu sofrimento buscando médiuns da Nova Era”. Lincoln se aproximou de Phineas Gurley, pastor da Igreja Presbiteriana da Avenida Nova York, em Washington.
Várias longas conversas levaram àquilo que Gurley descreveu como “uma conversão a Cristo”. Lincoln confessou: “fui levado muitas vezes aos joelhos pela convicção irresistível de que não tinha para onde ir”.
Da mesma forma, os horrores dos soldados mortos e feridos o atingiam diariamente. Havia cinquenta hospitais para os feridos em Washington. A rotunda do Capitólio tinha 2.000 leitos para soldados feridos.
Normalmente, cinquenta soldados morriam por dia nesses hospitais temporários. Tudo isso conduziu Lincoln mais profundamente à providência de Deus. “Não podemos deixar de crer que aquele que criou o mundo ainda o governa”.
Sua declaração mais famosa sobre a providência de Deus em relação à guerra civil foi o seu segundo discurso inaugural, que ocorreu um mês antes dele ser assassinado. Esse discurso é notável por não fazer de Deus um simples defensor da União ou da causa confederada. Deus tem seus próprios desígnios e não desculpa o pecado de qualquer parte.
Esperamos veementemente — oramos fervorosamente — que este poderoso flagelo da guerra acabe rapidamente…
Ainda assim, se Deus quiser que continue, até que toda a riqueza acumulada pelos duzentos anos de trabalho não remunerado dos escravos se esgote, e até que cada gota de sangue tirada com o chicote seja paga com outra tirada com a espada, como foi dito há três mil anos, assim deve ser afirmado: “os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos”.
Eu oro por todos vocês que sofrem perdas, dores e grande tristeza para que isso os desperte, como fez com Lincoln, não para um niilismo vazio, mas para uma confiança mais profunda na infinita sabedoria e amor da inescrutável providência de Deus.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo.” (2 Coríntios 1.5)
Este versículo nos apresenta uma bendita proporção. O Regente da Providência tem uma balança de dois pratos: de um lado, Ele coloca o seu povo em provações; do outro lado, as consolações deles. Quando o prato das aflições estiver quase vazio, você perceberá que o prato das consolações estará na mesma condição. Quando o prato das aflições estiver cheio, você encontrará o mesmo peso no prato das consolações. Quando as nuvens escuras se acumulam em grande quantidade, a luz se mostra mais brilhante para nós. Quando a noite cai e a tempestade se aproxima, o Capitão celeste sempre está mais próximo à sua tripulação. Desfrutamos de uma circunstância bendita, quando, prostrados em extremo, somos fortalecidos sobremaneira pelas consolações do Espírito.
Grandes corações só podem ser produzidos por grandes aflições. Quanto mais aflitiva for a situação em que o crente estiver, tanto maior será a consolação que ele receberá. Outra razão por que frequentemente nos sentimos mais felizes, quando estamos em aflições, é esta: em épocas de angústia, temos um relacionamento mais íntimo com Deus.
Quando o celeiro está cheio, o homem pode viver sem Deus. Quando a bolsa está repleta de ouro, tentamos fazer as coisas sem muita oração. No entanto, se a comida nos for retirada, desejaremos o nosso Deus. Se os ídolos de nosso lar forem removidos, seremos compelidos a honrar a Jeová.
“Das profundezas clamo a ti, SENHOR” (Salmos 130.1). Não existe oração tão sincera como aquela que vem do âmago de nossa alma, resultante de intensas provações e aflições. Elas nos aproximam de Deus e nos tornam mais felizes, visto que a intimidade com Deus é a nossa felicidade. Crente atribulado, não se desespere ante as suas árduas aflições, pois elas são o arauto de misericórdias mais excelentes.
Este versículo nos apresenta uma bendita proporção. O Regente da Providência tem uma balança de dois pratos: de um lado, Ele coloca o seu povo em provações; do outro lado, as consolações deles. Quando o prato das aflições estiver quase vazio, você perceberá que o prato das consolações estará na mesma condição. Quando o prato das aflições estiver cheio, você encontrará o mesmo peso no prato das consolações. Quando as nuvens escuras se acumulam em grande quantidade, a luz se mostra mais brilhante para nós. Quando a noite cai e a tempestade se aproxima, o Capitão celeste sempre está mais próximo à sua tripulação. Desfrutamos de uma circunstância bendita, quando, prostrados em extremo, somos fortalecidos sobremaneira pelas consolações do Espírito.
Grandes corações só podem ser produzidos por grandes aflições. Quanto mais aflitiva for a situação em que o crente estiver, tanto maior será a consolação que ele receberá. Outra razão por que frequentemente nos sentimos mais felizes, quando estamos em aflições, é esta: em épocas de angústia, temos um relacionamento mais íntimo com Deus.
Quando o celeiro está cheio, o homem pode viver sem Deus. Quando a bolsa está repleta de ouro, tentamos fazer as coisas sem muita oração. No entanto, se a comida nos for retirada, desejaremos o nosso Deus. Se os ídolos de nosso lar forem removidos, seremos compelidos a honrar a Jeová.
“Das profundezas clamo a ti, SENHOR” (Salmos 130.1). Não existe oração tão sincera como aquela que vem do âmago de nossa alma, resultante de intensas provações e aflições. Elas nos aproximam de Deus e nos tornam mais felizes, visto que a intimidade com Deus é a nossa felicidade. Crente atribulado, não se desespere ante as suas árduas aflições, pois elas são o arauto de misericórdias mais excelentes.
PROCLAMAÇÃO E ADORAÇÃO: O PÚLPITO COMO INSTRUMENTO DE LOUVOR (PARTE 2)
Por John McAlister
Antes de avaliarmos como exatamente o púlpito age como um instrumento de louvor e adoração na igreja, examinemos mais alguns argumentos que corroboram por que a pregação da Palavra é o elemento central do culto da igreja:
1. Nada é mais central na Criação do que a Palavra de Deus.
a. Ao abrirmos as páginas das Escrituras, logo em seu início ouvimos o relato de como Deus criou os céus e a terra pelo poder criativo da sua Palavra. (Gn 1) Pense nisso: tudo que existe foi criado e ordenado pela voz de Deus. Mais que isso: Deus não só criou o universo pela sua Palavra, como também o sustenta pela sua Palavra. (Hb 1.3) Tão importante é a Palavra de Deus para a ordem da criação que, quando Satanás apresentou-se no Jardim do Éden para tentar o primeiro casal e induzi-lo ao pecado, a primeira coisa que ele fez foi questionar e afrontar a Palavra de Deus: “Foi isto mesmo que Deus disse…?” (Gn 3.1) Se a ordem original do universo foi estabelecida pela Palavra de Deus, a desordem da criação se deu justamente pela rejeição e corrupção da Palavra de Deus. E seria diferente no culto da igreja ao seu Criador? Quando a Palavra de Deus é ouvida e obedecida, brotam vida, beleza e ordem no louvor da igreja ao Senhor. Porém, quando a Palavra é marginalizada, desprezada e corrompida, seguem a feiura, a corrupção e a desordem.
2. Nada é mais central na história do povo de Deus do que a Palavra de Deus.
a. Mesmo após a Queda, Deus agiu para restaurar a ordem da Criação por meio do chamado de um povo escolhido dentre as nações para pertencer a ele e adorá-lo. (Ex 19.4-6) Foi pela sua Palavra que Deus convocou Israel para fora do Egito, o libertou do seu cativeiro e o ensinou a cultuá-lo. Significativamente, Deus ensinou este povo pela sua Palavra a quem eles deveriam adorar e também como eles deveriam adorá-lo. (cf. Ex 20.1-6) E todas as vezes em que este povo afastou-se e rebelou-se do Senhor, corrompendo o seu chamado para glorificá-lo e adorá-lo, como Deus o chamou de volta à sua vocação original? Não por meio de cantores e dançarinos, atores e apresentadores, mas por meio de profetas e mensageiros (i.e. pregadores) incumbidos de trazer o povo de volta a Deus por meio de uma nova submissão à sua Palavra. E seria diferente em nosso tempo hoje? Como o povo que se chama pelo nome do Senhor voltará a cultuar a Deus com santidade e piedade se não pelo retorno às Sagradas Escrituras, mediante a sua exposição e pregação fiel dos púlpitos das igrejas?
3. Nada é mais central na missão de Jesus Cristo e da Igreja do que a Palavra de Deus.
a. Quando Jesus Cristo – o próprio Deus encarnado – adentrou a História, ele o fez iniciando o seu ministério terreno de que forma? Pregando a Palavra de Deus! (Mc 1.15) Ele mesmo definiu que esta era sua missão: vir ao mundo para proclamar as verdades libertadoras e transformadoras do Reino de Deus. (Mc 1.38; Lc 4.14-21) E após ter cumprido cabalmente o plano da redenção na Cruz do Calvário e no Túmulo Vazio, ele comissionou os seus discípulos, pelo poder do seu Santo Espírito, a irem pelo mundo todo, fazendo discípulos das nações, por meio da proclamação do Evangelho. (Mt 28.18-20; At 1.8) Logo, assim como Deus criou e ordenou o mundo por meio do poder conjunto da sua Palavra e do seu Santo Espírito (Gn 1.1-3), é assim que ele ordenou a redenção deste mundo caído, por meio do poder conjunto do Verbo Encarnado, Jesus Cristo, e do seu Santo Espírito, operantes no mundo agora por meio da pregação ungida das Escrituras Sagradas.
b. Então, como Deus age para redimir, salvar e transformar pecadores caídos a fim de que eles passem a adorar única e exclusivamente ao Senhor? Por meio da proclamação fiel e ungida da Palavra de Deus. (Rm 10.14-15) Foi assim que a Igreja nasceu: da Palavra e do Espírito. (At 2.1-41) E é assim que ela continuou crescendo e amadurecendo em seu serviço e louvor ao Senhor: por meio da proclamação fiel das Escrituras. (At 2.42-47; 2Tm 3.14 – 4.5) E seria diferente em nossos tempos, por acaso?
4. Nada é mais central na História da Igreja do que a Palavra de Deus.
a. Não é sem razão, portanto, que quanto mais a igreja se afasta do ensino e da proclamação fiel das Escrituras, mais ela se corrompe em seu culto e louvor a Deus. Todavia, quanto mais ela se aproxima da pregação fiel da Palavra, mais ela cresce e se fortalece em seu louvor a Deus. Tem sido assim desde a geração apostólica até os nossos tempos. Nenhum movimento de reforma e avivamento da igreja aconteceu à revelia da fiel proclamação das Escrituras Sagradas. (p.ex. [Pré-] Reforma Protestante [Wycliffe, Huss, Lutero, Calvino], Puritanismo e Grandes Avivamentos [Edwards, Whitefield], Avivamentos Modernos [Spurgeon, Lloyd-Jones]). Ou seja: quanto mais central for a proclamação da Palavra de Deus no culto da igreja, tanto mais centrada a igreja estará em seu culto a Deus. Ou melhor: o louvor e a adoração da igreja ficam de pé ou caem pela proclamação fiel ou não das Escrituras Sagradas.
Antes de avaliarmos como exatamente o púlpito age como um instrumento de louvor e adoração na igreja, examinemos mais alguns argumentos que corroboram por que a pregação da Palavra é o elemento central do culto da igreja:
1. Nada é mais central na Criação do que a Palavra de Deus.
a. Ao abrirmos as páginas das Escrituras, logo em seu início ouvimos o relato de como Deus criou os céus e a terra pelo poder criativo da sua Palavra. (Gn 1) Pense nisso: tudo que existe foi criado e ordenado pela voz de Deus. Mais que isso: Deus não só criou o universo pela sua Palavra, como também o sustenta pela sua Palavra. (Hb 1.3) Tão importante é a Palavra de Deus para a ordem da criação que, quando Satanás apresentou-se no Jardim do Éden para tentar o primeiro casal e induzi-lo ao pecado, a primeira coisa que ele fez foi questionar e afrontar a Palavra de Deus: “Foi isto mesmo que Deus disse…?” (Gn 3.1) Se a ordem original do universo foi estabelecida pela Palavra de Deus, a desordem da criação se deu justamente pela rejeição e corrupção da Palavra de Deus. E seria diferente no culto da igreja ao seu Criador? Quando a Palavra de Deus é ouvida e obedecida, brotam vida, beleza e ordem no louvor da igreja ao Senhor. Porém, quando a Palavra é marginalizada, desprezada e corrompida, seguem a feiura, a corrupção e a desordem.
2. Nada é mais central na história do povo de Deus do que a Palavra de Deus.
a. Mesmo após a Queda, Deus agiu para restaurar a ordem da Criação por meio do chamado de um povo escolhido dentre as nações para pertencer a ele e adorá-lo. (Ex 19.4-6) Foi pela sua Palavra que Deus convocou Israel para fora do Egito, o libertou do seu cativeiro e o ensinou a cultuá-lo. Significativamente, Deus ensinou este povo pela sua Palavra a quem eles deveriam adorar e também como eles deveriam adorá-lo. (cf. Ex 20.1-6) E todas as vezes em que este povo afastou-se e rebelou-se do Senhor, corrompendo o seu chamado para glorificá-lo e adorá-lo, como Deus o chamou de volta à sua vocação original? Não por meio de cantores e dançarinos, atores e apresentadores, mas por meio de profetas e mensageiros (i.e. pregadores) incumbidos de trazer o povo de volta a Deus por meio de uma nova submissão à sua Palavra. E seria diferente em nosso tempo hoje? Como o povo que se chama pelo nome do Senhor voltará a cultuar a Deus com santidade e piedade se não pelo retorno às Sagradas Escrituras, mediante a sua exposição e pregação fiel dos púlpitos das igrejas?
3. Nada é mais central na missão de Jesus Cristo e da Igreja do que a Palavra de Deus.
a. Quando Jesus Cristo – o próprio Deus encarnado – adentrou a História, ele o fez iniciando o seu ministério terreno de que forma? Pregando a Palavra de Deus! (Mc 1.15) Ele mesmo definiu que esta era sua missão: vir ao mundo para proclamar as verdades libertadoras e transformadoras do Reino de Deus. (Mc 1.38; Lc 4.14-21) E após ter cumprido cabalmente o plano da redenção na Cruz do Calvário e no Túmulo Vazio, ele comissionou os seus discípulos, pelo poder do seu Santo Espírito, a irem pelo mundo todo, fazendo discípulos das nações, por meio da proclamação do Evangelho. (Mt 28.18-20; At 1.8) Logo, assim como Deus criou e ordenou o mundo por meio do poder conjunto da sua Palavra e do seu Santo Espírito (Gn 1.1-3), é assim que ele ordenou a redenção deste mundo caído, por meio do poder conjunto do Verbo Encarnado, Jesus Cristo, e do seu Santo Espírito, operantes no mundo agora por meio da pregação ungida das Escrituras Sagradas.
b. Então, como Deus age para redimir, salvar e transformar pecadores caídos a fim de que eles passem a adorar única e exclusivamente ao Senhor? Por meio da proclamação fiel e ungida da Palavra de Deus. (Rm 10.14-15) Foi assim que a Igreja nasceu: da Palavra e do Espírito. (At 2.1-41) E é assim que ela continuou crescendo e amadurecendo em seu serviço e louvor ao Senhor: por meio da proclamação fiel das Escrituras. (At 2.42-47; 2Tm 3.14 – 4.5) E seria diferente em nossos tempos, por acaso?
4. Nada é mais central na História da Igreja do que a Palavra de Deus.
a. Não é sem razão, portanto, que quanto mais a igreja se afasta do ensino e da proclamação fiel das Escrituras, mais ela se corrompe em seu culto e louvor a Deus. Todavia, quanto mais ela se aproxima da pregação fiel da Palavra, mais ela cresce e se fortalece em seu louvor a Deus. Tem sido assim desde a geração apostólica até os nossos tempos. Nenhum movimento de reforma e avivamento da igreja aconteceu à revelia da fiel proclamação das Escrituras Sagradas. (p.ex. [Pré-] Reforma Protestante [Wycliffe, Huss, Lutero, Calvino], Puritanismo e Grandes Avivamentos [Edwards, Whitefield], Avivamentos Modernos [Spurgeon, Lloyd-Jones]). Ou seja: quanto mais central for a proclamação da Palavra de Deus no culto da igreja, tanto mais centrada a igreja estará em seu culto a Deus. Ou melhor: o louvor e a adoração da igreja ficam de pé ou caem pela proclamação fiel ou não das Escrituras Sagradas.
CRISTO NA VIDA CRISTÃ
Por Marcelo Berti
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” Gálatas 2.20
Nesse texto existem alguns paradoxos, tais como: “Eu fui crucificado” mas “agora vivo”. Na primeira premissa, vemos uma declaração de morte, a crucificação, e na segunda a explícita declaração de vida. Contudo, sabemos que isso é facilmente resolvido, é uma questão de compreender o assunto cronologicamente. Primeiro fomos crucificados com Cristo, e agora vivemos pela fé nEle. Entretanto, no mesmo verso lemos: “já não sou eu quem vive” e “agora vivo”. Ante a essas declarações não temos uma resposta tão conhecida quanto a anterior. O que Paulo quis dizer com essa expressão? Afinal de contas, eu vivo ou não?
Um paradoxo não é uma contradição, ele apenas soa com tal. Normalmente nesse tipo de paradoxo temos duas informações possívelmente verdadeiras, que, quando unidas para a formação de um conceito tornam-se aparentemente auto-excludentes. Para compreender o que Paulo está ensinando nesse verso precisaremos reunir outras informações importantes. Mas vamos por partes.
1. Fui Crucificado com Cristo
A primeira informação desse texto se refere a declaração de Paulo que fomos crucificados com Cristo. É interessante compreender esse sentido expressão de Paulo sobre a experiência do cristão. Algumas vezes Paulo faz referências sobre a vida cristão com a morte. Observe:
“Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Romanos 6.2-3
O início da experiência cristã está na morte. Em Cristo nós morremos para o pecado e para tudo o que se depreende dele. Em Cristo nós morremos para o mundo. Em Cristo nós somos feitos novas criaturas:
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” 2Co.5.17
Com essa convicção em mente, podemos compreender um pouco melhor o que Paulo quis apresentar nas expressões seguintes.
2. Cristo Vive em Mim
A aparente contradição vista nesses versos começa ser melhor compreendida a partir da convicção de que somos novas criaturas em Cristo. Assim, como novas criaturas, temos uma nova forma de viver. A declaração de Paulo para sua vida após ter sido crucificado, é uma vida de Cristo nele. Ou seja, a vida cristã não é mais definida por nossas próprias características, mas pela presença de Cristo em nós.
As aplicações dessa verdade são importantíssimas para nossa vida hoje, pois podemos perceber Cristo em nós, de algumas formas. Observe:
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece” Fp.4.13
“Para isso eu me esforço, lutando conforme a sua força, que atua poderosamente em mim” Cl.1.29
Existe na vida cristão não apenas a presença de Cristo em nós, mas a percepção prática dessa presença em nossa vida. Nas questões ministeriais, Paulo sempre volta-se para a presença ativa de Cristo em sua vida, pois tem convicção que não é sua capacidade ou poder que realiza a Obra de Deus, por isso pode dizer:
“Não me atrevo a falar de nada, exceto daquilo que Cristo realizou por meu intermédio em palavra e em ação” Rm.15.18
Ou seja a vida cristã é vista como a morte para o pecado e a vida com Cristo habitando em nós e nos sustentando e fortalecendo para realizar o que Deus espera de nós.
3. Vivo Pela Fé
Aqui vemos o ponto mais alto desse verso sobre a vida cristã, pois a compreensão dos fatos anteriormente anunciados nos levam a uma única forma de vida hoje: “A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. Como vimos, o cristão morre para o pecado com Cristo e com Ele vive e na sua dependência prossegue. Contudo, como realizar isso? Aqui vemos a descrição mais clara: “pela fé”. Essa vida, tal como estamos vivendo, só pode ser completa a partir do momento que compreendemos essa verdade: “Cristo sofreu e morreu por mim, no meu lugar, por amor, para me habilitar a viver pela fé com Ele”.
De Deus não temos apenas exigências para uma vida correta que Lhe é agradável, mas toda a condição para isso pela vida de Cristo em mim. Hoje não somos mais escravos do pecado (Rm.6.6), fomos libertos para viver como servos de Cristo (Rm.6.18). O pecado não precisa mais nos dominar pois somos servos da justiça e vivemos debaixo da graça de Deus. Assim, a vida do cristão consciente da Obra de Cristo em seu Favor, é uma vida pela Fé em Cristo que me amou e se entregou voluntariamente por mim.
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” Gálatas 2.20
Nesse texto existem alguns paradoxos, tais como: “Eu fui crucificado” mas “agora vivo”. Na primeira premissa, vemos uma declaração de morte, a crucificação, e na segunda a explícita declaração de vida. Contudo, sabemos que isso é facilmente resolvido, é uma questão de compreender o assunto cronologicamente. Primeiro fomos crucificados com Cristo, e agora vivemos pela fé nEle. Entretanto, no mesmo verso lemos: “já não sou eu quem vive” e “agora vivo”. Ante a essas declarações não temos uma resposta tão conhecida quanto a anterior. O que Paulo quis dizer com essa expressão? Afinal de contas, eu vivo ou não?
Um paradoxo não é uma contradição, ele apenas soa com tal. Normalmente nesse tipo de paradoxo temos duas informações possívelmente verdadeiras, que, quando unidas para a formação de um conceito tornam-se aparentemente auto-excludentes. Para compreender o que Paulo está ensinando nesse verso precisaremos reunir outras informações importantes. Mas vamos por partes.
1. Fui Crucificado com Cristo
A primeira informação desse texto se refere a declaração de Paulo que fomos crucificados com Cristo. É interessante compreender esse sentido expressão de Paulo sobre a experiência do cristão. Algumas vezes Paulo faz referências sobre a vida cristão com a morte. Observe:
“Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Romanos 6.2-3
O início da experiência cristã está na morte. Em Cristo nós morremos para o pecado e para tudo o que se depreende dele. Em Cristo nós morremos para o mundo. Em Cristo nós somos feitos novas criaturas:
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” 2Co.5.17
Com essa convicção em mente, podemos compreender um pouco melhor o que Paulo quis apresentar nas expressões seguintes.
2. Cristo Vive em Mim
A aparente contradição vista nesses versos começa ser melhor compreendida a partir da convicção de que somos novas criaturas em Cristo. Assim, como novas criaturas, temos uma nova forma de viver. A declaração de Paulo para sua vida após ter sido crucificado, é uma vida de Cristo nele. Ou seja, a vida cristã não é mais definida por nossas próprias características, mas pela presença de Cristo em nós.
As aplicações dessa verdade são importantíssimas para nossa vida hoje, pois podemos perceber Cristo em nós, de algumas formas. Observe:
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece” Fp.4.13
“Para isso eu me esforço, lutando conforme a sua força, que atua poderosamente em mim” Cl.1.29
Existe na vida cristão não apenas a presença de Cristo em nós, mas a percepção prática dessa presença em nossa vida. Nas questões ministeriais, Paulo sempre volta-se para a presença ativa de Cristo em sua vida, pois tem convicção que não é sua capacidade ou poder que realiza a Obra de Deus, por isso pode dizer:
“Não me atrevo a falar de nada, exceto daquilo que Cristo realizou por meu intermédio em palavra e em ação” Rm.15.18
Ou seja a vida cristã é vista como a morte para o pecado e a vida com Cristo habitando em nós e nos sustentando e fortalecendo para realizar o que Deus espera de nós.
3. Vivo Pela Fé
Aqui vemos o ponto mais alto desse verso sobre a vida cristã, pois a compreensão dos fatos anteriormente anunciados nos levam a uma única forma de vida hoje: “A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. Como vimos, o cristão morre para o pecado com Cristo e com Ele vive e na sua dependência prossegue. Contudo, como realizar isso? Aqui vemos a descrição mais clara: “pela fé”. Essa vida, tal como estamos vivendo, só pode ser completa a partir do momento que compreendemos essa verdade: “Cristo sofreu e morreu por mim, no meu lugar, por amor, para me habilitar a viver pela fé com Ele”.
De Deus não temos apenas exigências para uma vida correta que Lhe é agradável, mas toda a condição para isso pela vida de Cristo em mim. Hoje não somos mais escravos do pecado (Rm.6.6), fomos libertos para viver como servos de Cristo (Rm.6.18). O pecado não precisa mais nos dominar pois somos servos da justiça e vivemos debaixo da graça de Deus. Assim, a vida do cristão consciente da Obra de Cristo em seu Favor, é uma vida pela Fé em Cristo que me amou e se entregou voluntariamente por mim.
A QUESTÃO ÉTICA, O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O ASSUNTO
O mundo atual está em constante mutação, isso por causa do fenômeno da globalização. Com raríssimas exceções, não há mais uma cultura intacta, hermética, que não seja acessada pelos meios de comunicação de massas, que estão interferindo em quase todas elas com uma facilidade e intensidade nunca vistas. Aquilo que a tempo atrás era um valor absoluto, aceito por quase todos, hoje está sendo questionado e mudado, como por exemplo, a honestidade sendo trocada pela esperteza; a indissolubilidade do casamento sendo trocada pelo divórcio sem razões bíblicas que o justifique; a heterodoxidade sendo trocada pela homossexualidade, e assim por diante. Isso tudo que está acontecendo e se avolumando cada dia é uma crise ética de proporção nunca vista. É o aumento da iniqüidade, um dos sinais da segunda vinda do Salvador, e a consequente consumação de todas as coisas.
Neste artigo iremos abordar a questão ética, e o que a Bíblia diz sobre o assunto.
– Ética, Etimologia, Conceitos
A palavra ética é de origem grega “ethos”, e significa modo de ser, caráter, comportamento. Dentro do estudo da ética temos uma vertente que enfatiza a moral, palavra esta derivada do latim mos, mores = costume, que segundo o Dicionário Larousse, significa, dentre outras coisas, regras de conduta que regem uma sociedade; conjunto de princípios e valores que regem as normas sociais; princípios da honestidade e do pudor; moralidade. Baseado no significado da palavra Ética, com ênfase na moral, a conceituaremos assim: Ética é conjunto de valores ou princípios que norteiam a vida cultural de um povo. Acrescentando ao conceito acima a variável cristã, podemos conceituar Ética Cristã como segue: Ética
Cristã é o conjunto de valores e princípios estabelecidos nas Sagradas Escrituras que norteiam a vida do povo de Deus.
– A Fonte Da Ética Cristã
Tratando-se simplesmente de ética (moral) podemos extrair das Escrituras que os valores inatos dos seres humanos advêm da benção do homem ter sido criado a imagem e semelhança de Deus. É a Imago Dei (imagem de Deus) implantada no homem por ocasião da criação. “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” Gn 1.27. (Veja ainda Gn 2.7). Essa imagem de Deus mesmo deteriorada por causa do pecado, ainda conserva no homem a consciência do que é certo e do que é errado, do bem e do mal, conforme explicado por Paulo quando escreveu aos Romanos, mostrando o estado pecaminoso do homem diante de Deus. “os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” Rm 2.15.
Para o povo de Deus, além do reflexo da Imago Dei nele, ele tem uma regra de fé e prática, ou melhor, um código de ética dado pelo próprio Deus através das Sagradas Escrituras. Esse código ético é encontrado tanto nas Escrituras do Antigo como na do Novo Testamento. “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” 2 Tm 3.16:17.
O Espírito Santo foi dado ao crente em Cristo para ajudá-lo a cumprir o código de ética de Deus para o Seu povo. (Jo 14.26; Gl 5.22).
A Ética do Antigo Testamento
A lei dada por Deus ao povo de Israel divide-se em três partes: a lei cerimonial, a lei civil e a lei moral. A lei cerimonial cumpriu-se totalmente em Cristo não sendo obrigado ao cristão obedecê-la, pois Cristo já fez isso por nós na cruz. A lei civil foi dada por Deus para disciplinar o relacionamento entre os israelitas no que se refere ao viver numa sociedade agropecuária, inclusive é ela hoje uma das fontes do direito nas sociedades evoluídas. A lei moral, sintetizada no Decálogo (os dez mandamentos), é o grande código de ética do Antigo Testamento.
No Decálogo temos mandamentos éticos que tratam do relacionamento do homem com Deus (os quatro primeiros) e mandamentos que disciplinam o relacionamento ético entre os seres humanos (os seis seguintes). (Veja o Decálogo em Ex 20.3-17 e em Dt 5.7-21). Esse código de ética era tão importante aos olhos de Deus, pois revelava a Sua vontade, que Ele determinou que os pais o transmitissem aos seus filhos. “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” Dt 6.6,7. Ainda a relevância desse código de ética era tal para o povo de Deus do passado que a transgressão de alguns de seus mandamentos implicava na pena de morte para o transgressor.
A Ética do Novo Testamento
A lei moral não caducou, ela é também o código moral do Novo Testamento, ela foi ratificada por Cristo em sua totalidade, com exceção do mandamento da guarda do sábado que Ele, como Senhor e Deus, mudou para o domingo, o primeiro dia da semana, que foi o dia da Sua ressurreição. O Senhor mudou o dia, mas não mudou o princípio do sábado, que é: do tempo semanal que Deus nos deu, um dia seja reservado para adoração e descanso.
Junto com a lei moral temos o sermão do monte proferido por Jesus no início do seu ministério e as instruções constantes das epístolas do Novo Testamento. Leia o sermão do monte que se encontra nos Evangelhos de Mateus (capítulos 5) e de Lucas (capítulo 6.20-49). Equivocadamente um segmento evangélico expressivo ensina que o sermão do monte não é um código de ética para o cristão e sim para os participantes do reino milenar. O Mestre foi claro e enfático em mostrar que aquilo que Ele proferiu naquela ocasião era para observância da Sua Igreja em todas as épocas. ( Mt 7.24-27).
– A Ética Na Igreja
É do conhecimento de todos que a Igreja, tanto na sua expressão universal como na sua expressão local, desde que esta última tenha sido estabelecida de acordo com o padrão neotestamentário, é uma instituição divina. O padrão ético determinado por Deus para aqueles que professam o nome de Jesus é altíssimo. “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” Mt 5.20.
A ética na Igreja envolve os relacionamentos do homem com Deus, com os seus irmãos na fé, e com os outros que não professam a fé cristã.
1) A Ética na Igreja Contempla o Relacionamento do Crente com Deus
O crente tem um relacionamento íntimo com Deus através de Jesus Cristo. Ele é identificado como um filho adotivo de Deus. Como filho o cristão deve viver uma vida ética no que se refere à obediência incondicional a vontade do Pai Celeste. “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos” Jo 14.15.
Nessa relação, a comunhão com Deus tem papel preponderante. Deus é santo e exige que aqueles que se relacionam com Ele vivam uma vida de santidade, ou melhor, viva uma vida ética que Lhe agrade. “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” Am 3.3. Qualquer coisa que não seja eticamente correta aos olhos de Deus atrapalha a nossa comunhão com Ele, atrapalha a nossa vida cristã. “Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade” 2 Tm 2.19. (Leia 1 Pe 1.15,16).
2) A ética na Igreja contempla o relacionamento do crente com os seus irmãos na fé
A Bíblia Sagrada revela que os crentes em Cristo fazem parte da família de Deus. Deus é o Pai dessa família (Ef 2.19). Os crentes são identificados ainda como irmãos em Cristo (Mt 23.8). A nota dominante no relacionamento ético entre os cristãos é o amor, ágape (o amor de Deus derramado pelo Espírito Santo no coração do cristão). “E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” Rm 5.5. O mandamento de “amai-vos uns aos outros” é um dos mandamentos mais repetido pelo Senhor Jesus no Evangelho de João. “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” Jo 13.34. (Veja ainda Jo 15.12; 15.17). Os apóstolos Paulo, Pedro e João enfatizaram esse mandamento (Rm 12.10; 1 Pe 1.22; 3.8; 1 Jo 3.11,23; 4.7; 2 Jo 5). Quem ama, disse Paulo, não faz mal ao seu próximo. (Rm 13.10).
3) A ética na Igreja contempla o relacionamento dos crentes com os não crentes
A orientação ética da Palavra de Deus disciplina o relacionamento do crente com o não crente, mesmo eles sendo identificados como ímpios aos olhos de Deus, como estando mortos em seus delitos e pecados, e como sendo inimigos de Deus, senão vejamos: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” Gl 6.10 (grifo nosso). “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade” 1 Tm 2.1,2. (grifo nosso). (Veja ainda Rm 13.1; Tt 3.1,2).
As mulheres crentes, por exemplo, são orientadas pelo código de ética bíblico a serem submissas aos seus respectivos maridos mesmos sendo eles descrentes. “Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra, considerando a vossa vida casta, em temor” 1 Pe 3.1,2. (Veja 1 Co 7.13)
IV – ÉTICA NAS PEQUENAS COISAS
Falamos no item III que a ética cristã excede em exigência a qualquer outra ética no mundo. Como Deus é puro e essa pureza é de forma absoluta (veja Hc 1.13), o que Ele exige para aqueles que são deles é que vivam na luz, sendo éticos em tudo, inclusive naquelas coisas que achamos que não há mal algum.
1) Pequenas coisas que comprometem o viver ético do cristão
Muitas coisas poder-se-iam ser elencadas nesta lição sobre a questão da ética em pequenas coisas, mas citaremos apenas algumas delas: Aquela mentirinha que dizemos de vez em quando (Cl 3.9). Aquelas piadinhas de crentes que proferimos, às vezes até envolvendo o santíssimo nome de Deus (Ef 5.4). Aquele compromisso que assumimos e “nos esquecemos” dele (Pv 18.7). Aquela palavra empenhada que não nos preocupamos em cumprir (Mt 5.37). Aquele sentimento mesquinho que nos faz reter aquilo que é de Deus, o dízimo e as ofertas (Ml 3.8); aquela maledicenciazinha que propagamos com regozijo sobre as fraquezas de nossos irmãos em Cristo (Tg 4.11); aquele comentário descaridoso que fazemos sobre uma atitude de um irmão nosso que não gostamos (Tg 4.11); aquele boicote que se faz para desestabilizar o ministério dos líderes da Igreja porque não concordamos com as suas diretrizes (Hb 13.17); aquele corpo mole que fazemos ausentando-nos de alguma atividade na Igreja porque não vamos com a cara do dirigente, mesmo tendo dons e capacidade para fazê-la (Cl 3.23); aquele livro que pedimos emprestado e nunca devolvemos ao seu possuidor (Mt 21.3); aquele dinheiro que emprestamos a juros fora da realidade do mercado aproveitando a necessidade do irmão (Dt 23.19); aquela discriminação que fazemos aos pobres, analfabetos, deficientes, etc (Tg 2.9).
2) Existe gradação de pecados ou de falhas éticas?
Lembramos aos irmãos que não existe aos olhos de Deus uma gradação de pecados (pecadinho, pecado, pecadão), pois “pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus ou a transgressão dessa lei”. As coisas citadas no item anterior, aparentemente pequenas, ferem a santidade de Deus e comprometem a comunhão com Aquele que se diz Dele que é santíssimo, separado dos pecadores e feito mais sublime do que o próprio Céu. (Hb 7.26). Observem a gravidade do assunto olhando para o pecado de Adão, que ocasionou a queda de toda a humanidade (Gn 3.1-19). Aos olhos humanos o pecado de Adão não foi tão grave assim, pois ele não matou, não blasfemou, nem cometeu nenhum crime hediondo, apenas desobedeceu a uma ordem de Deus. Aos olhos de Deus aquele “pecadinho” foi uma falha gravíssima que comprometeu todo o Seu programa inicial para o ser humano, e cuja punição foi a morte. “O salário do pecado é a morte…” Rm 6.23 (Veja ainda Rm 3.23; 5.12).
Este artigo versou sobre a questão ética na vida do cristão. Abordamos o assunto desde a sua etimologia até a ética relacionada às pequenas coisas, aquilo que cometemos e que não são corretas aos olhos de Deus, e que não condiz com o testemunho de uma pessoa que foi regenerada pela instrumentalidade do Espírito Santo.
Se quisermos ser usados por Deus com graça e com poder precisamos levar a questão ética em consideração, inclusive a ética nas pequenas coisas, pois, Deus não usa vaso sujo. (Veja 2 Tm 2.19-21). É apropriada para o assunto a recomendação do autor de Cantares quando se referiu a pequenas coisas que estragam as grandes: “Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor” Ct 2.15.
Por Rev. Eudes Lopes Cavalcanti
Neste artigo iremos abordar a questão ética, e o que a Bíblia diz sobre o assunto.
– Ética, Etimologia, Conceitos
A palavra ética é de origem grega “ethos”, e significa modo de ser, caráter, comportamento. Dentro do estudo da ética temos uma vertente que enfatiza a moral, palavra esta derivada do latim mos, mores = costume, que segundo o Dicionário Larousse, significa, dentre outras coisas, regras de conduta que regem uma sociedade; conjunto de princípios e valores que regem as normas sociais; princípios da honestidade e do pudor; moralidade. Baseado no significado da palavra Ética, com ênfase na moral, a conceituaremos assim: Ética é conjunto de valores ou princípios que norteiam a vida cultural de um povo. Acrescentando ao conceito acima a variável cristã, podemos conceituar Ética Cristã como segue: Ética
Cristã é o conjunto de valores e princípios estabelecidos nas Sagradas Escrituras que norteiam a vida do povo de Deus.
– A Fonte Da Ética Cristã
Tratando-se simplesmente de ética (moral) podemos extrair das Escrituras que os valores inatos dos seres humanos advêm da benção do homem ter sido criado a imagem e semelhança de Deus. É a Imago Dei (imagem de Deus) implantada no homem por ocasião da criação. “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” Gn 1.27. (Veja ainda Gn 2.7). Essa imagem de Deus mesmo deteriorada por causa do pecado, ainda conserva no homem a consciência do que é certo e do que é errado, do bem e do mal, conforme explicado por Paulo quando escreveu aos Romanos, mostrando o estado pecaminoso do homem diante de Deus. “os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” Rm 2.15.
Para o povo de Deus, além do reflexo da Imago Dei nele, ele tem uma regra de fé e prática, ou melhor, um código de ética dado pelo próprio Deus através das Sagradas Escrituras. Esse código ético é encontrado tanto nas Escrituras do Antigo como na do Novo Testamento. “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” 2 Tm 3.16:17.
O Espírito Santo foi dado ao crente em Cristo para ajudá-lo a cumprir o código de ética de Deus para o Seu povo. (Jo 14.26; Gl 5.22).
A Ética do Antigo Testamento
A lei dada por Deus ao povo de Israel divide-se em três partes: a lei cerimonial, a lei civil e a lei moral. A lei cerimonial cumpriu-se totalmente em Cristo não sendo obrigado ao cristão obedecê-la, pois Cristo já fez isso por nós na cruz. A lei civil foi dada por Deus para disciplinar o relacionamento entre os israelitas no que se refere ao viver numa sociedade agropecuária, inclusive é ela hoje uma das fontes do direito nas sociedades evoluídas. A lei moral, sintetizada no Decálogo (os dez mandamentos), é o grande código de ética do Antigo Testamento.
No Decálogo temos mandamentos éticos que tratam do relacionamento do homem com Deus (os quatro primeiros) e mandamentos que disciplinam o relacionamento ético entre os seres humanos (os seis seguintes). (Veja o Decálogo em Ex 20.3-17 e em Dt 5.7-21). Esse código de ética era tão importante aos olhos de Deus, pois revelava a Sua vontade, que Ele determinou que os pais o transmitissem aos seus filhos. “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” Dt 6.6,7. Ainda a relevância desse código de ética era tal para o povo de Deus do passado que a transgressão de alguns de seus mandamentos implicava na pena de morte para o transgressor.
A Ética do Novo Testamento
A lei moral não caducou, ela é também o código moral do Novo Testamento, ela foi ratificada por Cristo em sua totalidade, com exceção do mandamento da guarda do sábado que Ele, como Senhor e Deus, mudou para o domingo, o primeiro dia da semana, que foi o dia da Sua ressurreição. O Senhor mudou o dia, mas não mudou o princípio do sábado, que é: do tempo semanal que Deus nos deu, um dia seja reservado para adoração e descanso.
Junto com a lei moral temos o sermão do monte proferido por Jesus no início do seu ministério e as instruções constantes das epístolas do Novo Testamento. Leia o sermão do monte que se encontra nos Evangelhos de Mateus (capítulos 5) e de Lucas (capítulo 6.20-49). Equivocadamente um segmento evangélico expressivo ensina que o sermão do monte não é um código de ética para o cristão e sim para os participantes do reino milenar. O Mestre foi claro e enfático em mostrar que aquilo que Ele proferiu naquela ocasião era para observância da Sua Igreja em todas as épocas. ( Mt 7.24-27).
– A Ética Na Igreja
É do conhecimento de todos que a Igreja, tanto na sua expressão universal como na sua expressão local, desde que esta última tenha sido estabelecida de acordo com o padrão neotestamentário, é uma instituição divina. O padrão ético determinado por Deus para aqueles que professam o nome de Jesus é altíssimo. “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” Mt 5.20.
A ética na Igreja envolve os relacionamentos do homem com Deus, com os seus irmãos na fé, e com os outros que não professam a fé cristã.
1) A Ética na Igreja Contempla o Relacionamento do Crente com Deus
O crente tem um relacionamento íntimo com Deus através de Jesus Cristo. Ele é identificado como um filho adotivo de Deus. Como filho o cristão deve viver uma vida ética no que se refere à obediência incondicional a vontade do Pai Celeste. “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos” Jo 14.15.
Nessa relação, a comunhão com Deus tem papel preponderante. Deus é santo e exige que aqueles que se relacionam com Ele vivam uma vida de santidade, ou melhor, viva uma vida ética que Lhe agrade. “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” Am 3.3. Qualquer coisa que não seja eticamente correta aos olhos de Deus atrapalha a nossa comunhão com Ele, atrapalha a nossa vida cristã. “Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade” 2 Tm 2.19. (Leia 1 Pe 1.15,16).
2) A ética na Igreja contempla o relacionamento do crente com os seus irmãos na fé
A Bíblia Sagrada revela que os crentes em Cristo fazem parte da família de Deus. Deus é o Pai dessa família (Ef 2.19). Os crentes são identificados ainda como irmãos em Cristo (Mt 23.8). A nota dominante no relacionamento ético entre os cristãos é o amor, ágape (o amor de Deus derramado pelo Espírito Santo no coração do cristão). “E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” Rm 5.5. O mandamento de “amai-vos uns aos outros” é um dos mandamentos mais repetido pelo Senhor Jesus no Evangelho de João. “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” Jo 13.34. (Veja ainda Jo 15.12; 15.17). Os apóstolos Paulo, Pedro e João enfatizaram esse mandamento (Rm 12.10; 1 Pe 1.22; 3.8; 1 Jo 3.11,23; 4.7; 2 Jo 5). Quem ama, disse Paulo, não faz mal ao seu próximo. (Rm 13.10).
3) A ética na Igreja contempla o relacionamento dos crentes com os não crentes
A orientação ética da Palavra de Deus disciplina o relacionamento do crente com o não crente, mesmo eles sendo identificados como ímpios aos olhos de Deus, como estando mortos em seus delitos e pecados, e como sendo inimigos de Deus, senão vejamos: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” Gl 6.10 (grifo nosso). “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade” 1 Tm 2.1,2. (grifo nosso). (Veja ainda Rm 13.1; Tt 3.1,2).
As mulheres crentes, por exemplo, são orientadas pelo código de ética bíblico a serem submissas aos seus respectivos maridos mesmos sendo eles descrentes. “Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra, considerando a vossa vida casta, em temor” 1 Pe 3.1,2. (Veja 1 Co 7.13)
IV – ÉTICA NAS PEQUENAS COISAS
Falamos no item III que a ética cristã excede em exigência a qualquer outra ética no mundo. Como Deus é puro e essa pureza é de forma absoluta (veja Hc 1.13), o que Ele exige para aqueles que são deles é que vivam na luz, sendo éticos em tudo, inclusive naquelas coisas que achamos que não há mal algum.
1) Pequenas coisas que comprometem o viver ético do cristão
Muitas coisas poder-se-iam ser elencadas nesta lição sobre a questão da ética em pequenas coisas, mas citaremos apenas algumas delas: Aquela mentirinha que dizemos de vez em quando (Cl 3.9). Aquelas piadinhas de crentes que proferimos, às vezes até envolvendo o santíssimo nome de Deus (Ef 5.4). Aquele compromisso que assumimos e “nos esquecemos” dele (Pv 18.7). Aquela palavra empenhada que não nos preocupamos em cumprir (Mt 5.37). Aquele sentimento mesquinho que nos faz reter aquilo que é de Deus, o dízimo e as ofertas (Ml 3.8); aquela maledicenciazinha que propagamos com regozijo sobre as fraquezas de nossos irmãos em Cristo (Tg 4.11); aquele comentário descaridoso que fazemos sobre uma atitude de um irmão nosso que não gostamos (Tg 4.11); aquele boicote que se faz para desestabilizar o ministério dos líderes da Igreja porque não concordamos com as suas diretrizes (Hb 13.17); aquele corpo mole que fazemos ausentando-nos de alguma atividade na Igreja porque não vamos com a cara do dirigente, mesmo tendo dons e capacidade para fazê-la (Cl 3.23); aquele livro que pedimos emprestado e nunca devolvemos ao seu possuidor (Mt 21.3); aquele dinheiro que emprestamos a juros fora da realidade do mercado aproveitando a necessidade do irmão (Dt 23.19); aquela discriminação que fazemos aos pobres, analfabetos, deficientes, etc (Tg 2.9).
2) Existe gradação de pecados ou de falhas éticas?
Lembramos aos irmãos que não existe aos olhos de Deus uma gradação de pecados (pecadinho, pecado, pecadão), pois “pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus ou a transgressão dessa lei”. As coisas citadas no item anterior, aparentemente pequenas, ferem a santidade de Deus e comprometem a comunhão com Aquele que se diz Dele que é santíssimo, separado dos pecadores e feito mais sublime do que o próprio Céu. (Hb 7.26). Observem a gravidade do assunto olhando para o pecado de Adão, que ocasionou a queda de toda a humanidade (Gn 3.1-19). Aos olhos humanos o pecado de Adão não foi tão grave assim, pois ele não matou, não blasfemou, nem cometeu nenhum crime hediondo, apenas desobedeceu a uma ordem de Deus. Aos olhos de Deus aquele “pecadinho” foi uma falha gravíssima que comprometeu todo o Seu programa inicial para o ser humano, e cuja punição foi a morte. “O salário do pecado é a morte…” Rm 6.23 (Veja ainda Rm 3.23; 5.12).
Este artigo versou sobre a questão ética na vida do cristão. Abordamos o assunto desde a sua etimologia até a ética relacionada às pequenas coisas, aquilo que cometemos e que não são corretas aos olhos de Deus, e que não condiz com o testemunho de uma pessoa que foi regenerada pela instrumentalidade do Espírito Santo.
Se quisermos ser usados por Deus com graça e com poder precisamos levar a questão ética em consideração, inclusive a ética nas pequenas coisas, pois, Deus não usa vaso sujo. (Veja 2 Tm 2.19-21). É apropriada para o assunto a recomendação do autor de Cantares quando se referiu a pequenas coisas que estragam as grandes: “Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor” Ct 2.15.
Por Rev. Eudes Lopes Cavalcanti
REJEITANDO AS AMBIÇÕES MUNDANAS
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados (Mateus 5:6).
Somente Cristo pode satisfazer suas necessidades mais profundas.
Dentro de cada homem e cada mulher há uma fome e sede que somente Deus pode satisfazer. É por isso que Jesus disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim jamais terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede” (João 6:35).
Infelizmente, a maioria das pessoas procura por felicidade nos lugares errados. O filho pródigo, em Lucas 15, é um exemplo. Ele se afastou de Deus para buscar os prazeres pecaminosos, mas logo descobriu que o pecado não pode satisfazer uma alma faminta. Depois voltou para a casa de seu pai, onde recebeu uma grande festa – uma imagem da salvação.
O rico tolo de Lucas 12 pensou que acumular bens era a chave para a felicidade, dizendo para si mesmo: “Que farei, pois não tenho onde armazenar a minha colheita?” Até que disse: “Já sei! Destruirei os meus celeiros, construirei outros maiores e aí armazenarei todo o meu produto e todos os meus bens. Então direi à minha alma: ‘Você tem em depósito muitos bens para muitos anos; descanse, coma, beba e aproveite a vida.’” Mas Deus lhe disse: “Louco! Esta noite lhe pedirão a sua alma; e o que você tem preparado, para quem será?” Assim é o que ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico para com Deus” (vv. 17-21). Ao contrário do filho pródigo, o rico tolo nunca se voltou para Deus em arrependimento. Consequentemente, ele perdeu tudo.
O rico tolo retrata muitas pessoas hoje em dia: elas ignoram a Cristo e tentam preencher o vazio com os prazeres mundanos. A maioria está alheia ao perigo eterno que os espera se não se arrependerem.
Aqueles que amam a Deus evitam o mundanismo, buscam a justiça e conhecem a satisfação que vem de agradá-Lo. Essa é a essência do Sermão da Montanha: “Mas busquem em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas” (Mateus 6:33). Mantenha esse objetivo em primeiro lugar em sua mente ao encarar o desafio de cada novo dia.
Sugestão para oração
Graças a Deus que Ele satisfaz os desejos mais profundos do seu coração.
Estudo adicional
Leia Daniel 4:28-37.
Qual foi o pecado de Nabucodonosor?
Como Deus o puniu?
Como Nabucodonosor reagiu depois de ser punido?
Somente Cristo pode satisfazer suas necessidades mais profundas.
Dentro de cada homem e cada mulher há uma fome e sede que somente Deus pode satisfazer. É por isso que Jesus disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim jamais terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede” (João 6:35).
Infelizmente, a maioria das pessoas procura por felicidade nos lugares errados. O filho pródigo, em Lucas 15, é um exemplo. Ele se afastou de Deus para buscar os prazeres pecaminosos, mas logo descobriu que o pecado não pode satisfazer uma alma faminta. Depois voltou para a casa de seu pai, onde recebeu uma grande festa – uma imagem da salvação.
O rico tolo de Lucas 12 pensou que acumular bens era a chave para a felicidade, dizendo para si mesmo: “Que farei, pois não tenho onde armazenar a minha colheita?” Até que disse: “Já sei! Destruirei os meus celeiros, construirei outros maiores e aí armazenarei todo o meu produto e todos os meus bens. Então direi à minha alma: ‘Você tem em depósito muitos bens para muitos anos; descanse, coma, beba e aproveite a vida.’” Mas Deus lhe disse: “Louco! Esta noite lhe pedirão a sua alma; e o que você tem preparado, para quem será?” Assim é o que ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico para com Deus” (vv. 17-21). Ao contrário do filho pródigo, o rico tolo nunca se voltou para Deus em arrependimento. Consequentemente, ele perdeu tudo.
O rico tolo retrata muitas pessoas hoje em dia: elas ignoram a Cristo e tentam preencher o vazio com os prazeres mundanos. A maioria está alheia ao perigo eterno que os espera se não se arrependerem.
Aqueles que amam a Deus evitam o mundanismo, buscam a justiça e conhecem a satisfação que vem de agradá-Lo. Essa é a essência do Sermão da Montanha: “Mas busquem em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas” (Mateus 6:33). Mantenha esse objetivo em primeiro lugar em sua mente ao encarar o desafio de cada novo dia.
Sugestão para oração
Graças a Deus que Ele satisfaz os desejos mais profundos do seu coração.
Estudo adicional
Leia Daniel 4:28-37.
Qual foi o pecado de Nabucodonosor?
Como Deus o puniu?
Como Nabucodonosor reagiu depois de ser punido?
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
MELHOR DO QUE DINHEIRO, SEXO E PODER
Versículo do dia: Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. (Hebreus 10.35)
Nós precisamos refletir sobre a superioridade de Deus como nosso grande galardão sobre tudo o que o mundo tem para oferecer. Se não o fizermos, amaremos o mundo e viveremos como todas as outras pessoas.
Então, pense nas coisas que dirigem o mundo e pondere o quão melhor e mais permanente Deus é. Medite sobre o dinheiro ou sexo ou poder e pense sobre eles em relação à morte. A morte acabará com cada um deles. Se você vive para isso, não terá muito, e o que tem, você perde.
Porém, o tesouro de Deus é permanente. Ele permanece. Vai além da morte. É melhor do que o dinheiro, porque Deus é dono de todo o dinheiro e é nosso Pai. “Tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus” (1Coríntios 3.22-23).
É melhor do que o sexo. Jesus nunca teve relações sexuais, e ele foi o mais pleno e completo ser humano que alguma vez existirá. O sexo é uma sombra — uma imagem — de uma realidade maior, de um relacionamento e prazer que fará o sexo parecer um bocejo.
O galardão de Deus é melhor que o poder. Não há maior poder humano do que ser filho do Deus Todo-Poderoso. “Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos?” (1Coríntios 6.3).
E assim prossegue. Quanto a tudo que o mundo tem para oferecer, Deus é melhor e mais permanente.
Não há comparação. Deus sempre vence. A pergunta é: Nós teremos a Deus? Será que acordaremos do êxtase desse mundo entorpecedor e veremos, creremos, nos alegraremos e amaremos?
Versículo do dia: Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. (Hebreus 10.35)
Nós precisamos refletir sobre a superioridade de Deus como nosso grande galardão sobre tudo o que o mundo tem para oferecer. Se não o fizermos, amaremos o mundo e viveremos como todas as outras pessoas.
Então, pense nas coisas que dirigem o mundo e pondere o quão melhor e mais permanente Deus é. Medite sobre o dinheiro ou sexo ou poder e pense sobre eles em relação à morte. A morte acabará com cada um deles. Se você vive para isso, não terá muito, e o que tem, você perde.
Porém, o tesouro de Deus é permanente. Ele permanece. Vai além da morte. É melhor do que o dinheiro, porque Deus é dono de todo o dinheiro e é nosso Pai. “Tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus” (1Coríntios 3.22-23).
É melhor do que o sexo. Jesus nunca teve relações sexuais, e ele foi o mais pleno e completo ser humano que alguma vez existirá. O sexo é uma sombra — uma imagem — de uma realidade maior, de um relacionamento e prazer que fará o sexo parecer um bocejo.
O galardão de Deus é melhor que o poder. Não há maior poder humano do que ser filho do Deus Todo-Poderoso. “Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos?” (1Coríntios 6.3).
E assim prossegue. Quanto a tudo que o mundo tem para oferecer, Deus é melhor e mais permanente.
Não há comparação. Deus sempre vence. A pergunta é: Nós teremos a Deus? Será que acordaremos do êxtase desse mundo entorpecedor e veremos, creremos, nos alegraremos e amaremos?
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “Davi consultou ao SENHOR.” (2 Samuel 5.23)
Quando Davi buscou o conselho do Senhor nesta ocasião, ele já tinha lutado contra os filisteus e foi avisado de que venceria. Eles vieram em grande número, mas Davi os pôs em fuga com a ajuda de Deus. Observe que, quando os filisteus vieram pela segunda vez, Davi não saiu para lutar, sem consultar o Senhor. Uma vez que ele já havia sido vitorioso, poderia ter dito, o que muitos disseram, em outros casos: “Serei vitorioso novamente. Posso descansar no fato de que, se já venci antes, triunfarei uma vez mais. Por que deveria demorar-me e buscar o Senhor?” Não, Davi não fez isso. Ele ganhara uma batalha pela força do Senhor e não se arriscaria a entrar noutra, sem que se assegurasse da ajuda dele. Davi perguntou: “Subirei contra eles?” e esperou até que o sinal de Deus lhe fosse dado.
Devemos aprender do exemplo de Davi a não darmos passos sem a companhia de Deus. Crente, se você conhece o caminho do dever a ser cumprido, leve Deus como sua bússola; se tiver de guiar seu barco através dos escuros vagalhões, ponha o leme na mão do Todo-Poderoso. De muitas rochas escaparíamos, se permitíssemos que nosso Pai tomasse o leme; areia movediça e muitos bancos de areia evitaríamos, se permitíssemos que sua vontade soberana fizesse as escolhas e comandasse. Um puritano disse: “Se um crente entalha por si mesmo, ele cortará os seus dedos”. Esta é uma grande verdade. Em certa ocasião, um crente declarou: “Aquele que vai adiante da nuvem da providência de Deus está seguindo em jornada inútil”; e acontece assim mesmo. Precisamos ter a providência de Deus a nos guiar. Se ela demora, devemos nos demorar até que ela venha. Aquele que está indo à frente da providência se alegrará em retornar apressadamente. “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir” (Salmos 32.8). Esta é a promessa de Deus a seu povo. Então, devemos entregar-Lhe todas as nossas perplexidades, dizendo: “Senhor, o que queres que eu faça?” Não deixe o seu lar nesta manhã sem consultar o Senhor.
Quando Davi buscou o conselho do Senhor nesta ocasião, ele já tinha lutado contra os filisteus e foi avisado de que venceria. Eles vieram em grande número, mas Davi os pôs em fuga com a ajuda de Deus. Observe que, quando os filisteus vieram pela segunda vez, Davi não saiu para lutar, sem consultar o Senhor. Uma vez que ele já havia sido vitorioso, poderia ter dito, o que muitos disseram, em outros casos: “Serei vitorioso novamente. Posso descansar no fato de que, se já venci antes, triunfarei uma vez mais. Por que deveria demorar-me e buscar o Senhor?” Não, Davi não fez isso. Ele ganhara uma batalha pela força do Senhor e não se arriscaria a entrar noutra, sem que se assegurasse da ajuda dele. Davi perguntou: “Subirei contra eles?” e esperou até que o sinal de Deus lhe fosse dado.
Devemos aprender do exemplo de Davi a não darmos passos sem a companhia de Deus. Crente, se você conhece o caminho do dever a ser cumprido, leve Deus como sua bússola; se tiver de guiar seu barco através dos escuros vagalhões, ponha o leme na mão do Todo-Poderoso. De muitas rochas escaparíamos, se permitíssemos que nosso Pai tomasse o leme; areia movediça e muitos bancos de areia evitaríamos, se permitíssemos que sua vontade soberana fizesse as escolhas e comandasse. Um puritano disse: “Se um crente entalha por si mesmo, ele cortará os seus dedos”. Esta é uma grande verdade. Em certa ocasião, um crente declarou: “Aquele que vai adiante da nuvem da providência de Deus está seguindo em jornada inútil”; e acontece assim mesmo. Precisamos ter a providência de Deus a nos guiar. Se ela demora, devemos nos demorar até que ela venha. Aquele que está indo à frente da providência se alegrará em retornar apressadamente. “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir” (Salmos 32.8). Esta é a promessa de Deus a seu povo. Então, devemos entregar-Lhe todas as nossas perplexidades, dizendo: “Senhor, o que queres que eu faça?” Não deixe o seu lar nesta manhã sem consultar o Senhor.
PROCLAMAÇÃO E ADORAÇÃO: O PÚLPITO COMO INSTRUMENTO DE LOUVOR (PARTE 1)
Por John McAlister
Mesmo que você jamais tenha assistido a uma apresentação de uma orquestra sinfônica, você deve saber que antes da orquestra se apresentar, cada músico deve afinar o seu instrumento antes do espetáculo começar. E como se dá a afinação dos instrumentos de uma orquestra? Para quem não sabe, cabe ao primeiro-violino (também conhecido como spalla ou concertino) servir de referência para a afinação da orquestra. O primeiro-violino é o último músico a tomar o seu lugar na plataforma após a entrada dos seus demais colegas, antes da entrada do maestro ou regente. É possível reconhecê-lo também pelo seu lugar de destaque, logo à esquerda do maestro. Antes que este assuma o comando da orquestra, cabe ao primeiro-violino conduzir a afinação do restante da orquestra. E por que é necessário que todos afinem os seus instrumentos por um único instrumento? Pois, se todos estiverem afinados com o primeiro-violino, eles também estarão afinados uns com os outros (algo que não aconteceria caso cada músico tentasse afinar o seu instrumento pelo do seu colega mais próximo, o que acarretaria em pequenas variações na afinação até chegar ao último música da orquestra, comprometendo toda a afinação do conjunto).
O que tudo isso tem a ver com o assunto de louvor e adoração, especialmente com o púlpito como instrumento de louvor na igreja? Sem querer forçar demais a metáfora, propomos que a orquestra representa o conjunto de membros da congregação que oferece o seu louvor a Deus (cada um com seu conjunto de talentos musicais, mesmo que seja apenas a sua voz!). O regente dessa ‘orquestra-congregação’ é o próprio Senhor da Igreja, Jesus Cristo, que conduz o seu povo em adoração conforme a pauta das Escrituras Sagradas (isto é, a sinfonia bíblica e dramática que inclui os movimentos da Criação, da Queda, da Redenção e da Consumação de todas as coisas em Cristo Jesus). Mas, em sua absoluta soberania e autoridade, o regente dessa orquestra-congregação estabeleceu um instrumento (i.e. o primeiro-violino) para servir de referência para a afinação do restante da orquestra: no caso, o púlpito (ou a exposição fiel das Sagradas Escrituras). Assim como o primeiro-violino integra a orquestra e colabora com a apresentação musical do conjunto, a pregação da Palavra de Deus é um componente dentre vários que constituem o serviço de louvor e adoração da igreja ao seu Senhor. Porém, assim como o primeiro-violino destaca-se dentre os demais instrumentos pela sua função de referência na orquestra, assim também o púlpito destaca-se dentre os demais serviços da igreja pelo seu papel de referência na congregação. Mas, por quê?
A centralidade da pregação no louvor e na adoração da igreja
Por que o púlpito ou a pregação da Palavra de Deus representa o instrumento principal de louvor e adoração da igreja? Curiosamente, esta é uma pergunta própria da nossa época que marginalizou e deslocou a exposição fiel, contínua e sistemática das Escrituras Sagradas do seu lugar central no culto da igreja. Vivemos na geração “Imagem e Ação” e não mais na geração “Palavra e Reflexão”. Por isso, somos mais cativados e movidos pelo que vemos e fazemos na igreja do que pelo que ouvimos e sobre o qual refletimos dentro da igreja. Basta comparar a mudança radical na arquitetura e na disposição dos elementos em destaque na maioria dos templos evangélicos atuais. Se em gerações passadas o elemento central de destaque em uma igreja evangélica era o púlpito – o lugar de onde o pregador anunciava com autoridade a mensagem das Sagradas Escrituras – hoje esse lugar foi tomado por uma parafernália musical e teatral hollywoodiana (i.e. palco, luzes, telas, instrumentos musicais e afins) de onde uma série de personagens da congregação expressam seus rasgos de emoção sob a rubrica de “louvor e adoração”. Tal mudança arquitetônica nas igrejas evangélicas revela outra mudança litúrgica: o tempo médio de pregação da Palavra de Deus em um culto evangélico está cada vez mais reduzido e espremido entre uma série de apresentações, anúncios e apelos musicais e teatrais que consomem hoje a maior parte do culto público. Contudo, tais mudanças na igreja revelam outra mudança mais profunda e teológica: Deus e sua Palavra tem sido colocados de lado para darem espaço ao ser humano e à sua voz no centro do culto público.
Porém, será que existem boas razões para voltarmos a considerar como centrais o púlpito e a proclamação da Palavra no culto público da igreja? Cremos que sim. Como disse certa vez o falecido Pr. James Montgomery Boice: “Para louvarmos a Deus precisamos saber quem Deus é; mas, não podemos saber quem Deus é a não ser que Ele primeiro decida revelar-se a nós. Deus já o fez nas Escrituras Sagradas; por isso, as Escrituras e o ensino das Escrituras precisam ser centrais em nosso louvor a Deus.”
Aí está: as Escrituras e o ensino das Escrituras devem ser centrais em nosso louvor a Deus pelo simples fato de que Deus e a sua Palavra devem ter a primazia em tudo que a igreja é e faz, inclusive no seu culto ao Senhor. Deus fala primeiro por meio da sua Palavra; então, nós respondemos com nossos atos de louvor e adoração conforme esta Palavra.
Posto de outra forma, o Senhor da Igreja, Jesus Cristo, estabeleceu o púlpito – o lugar de leitura e exposição da Palavra – como o instrumento de afinação do restante do louvor da congregação (assim como um regente que designa o primeiro-violino para afinar os demais membros da orquestra). Quem ocupa o púlpito é mais um adorador como os demais membros da congregação (assim como o primeiro-violino é um dentre os demais músicos que compõem a orquestra). Porém, o Senhor conferiu ao instrumento do púlpito o lugar central de afinação e regência do culto da igreja – não pelos méritos de quem ocupa o púlpito, mas pelos méritos da Palavra que é lida e proclamada deste púlpito. (cf. 2Tm 3.16-17).
Mesmo que você jamais tenha assistido a uma apresentação de uma orquestra sinfônica, você deve saber que antes da orquestra se apresentar, cada músico deve afinar o seu instrumento antes do espetáculo começar. E como se dá a afinação dos instrumentos de uma orquestra? Para quem não sabe, cabe ao primeiro-violino (também conhecido como spalla ou concertino) servir de referência para a afinação da orquestra. O primeiro-violino é o último músico a tomar o seu lugar na plataforma após a entrada dos seus demais colegas, antes da entrada do maestro ou regente. É possível reconhecê-lo também pelo seu lugar de destaque, logo à esquerda do maestro. Antes que este assuma o comando da orquestra, cabe ao primeiro-violino conduzir a afinação do restante da orquestra. E por que é necessário que todos afinem os seus instrumentos por um único instrumento? Pois, se todos estiverem afinados com o primeiro-violino, eles também estarão afinados uns com os outros (algo que não aconteceria caso cada músico tentasse afinar o seu instrumento pelo do seu colega mais próximo, o que acarretaria em pequenas variações na afinação até chegar ao último música da orquestra, comprometendo toda a afinação do conjunto).
O que tudo isso tem a ver com o assunto de louvor e adoração, especialmente com o púlpito como instrumento de louvor na igreja? Sem querer forçar demais a metáfora, propomos que a orquestra representa o conjunto de membros da congregação que oferece o seu louvor a Deus (cada um com seu conjunto de talentos musicais, mesmo que seja apenas a sua voz!). O regente dessa ‘orquestra-congregação’ é o próprio Senhor da Igreja, Jesus Cristo, que conduz o seu povo em adoração conforme a pauta das Escrituras Sagradas (isto é, a sinfonia bíblica e dramática que inclui os movimentos da Criação, da Queda, da Redenção e da Consumação de todas as coisas em Cristo Jesus). Mas, em sua absoluta soberania e autoridade, o regente dessa orquestra-congregação estabeleceu um instrumento (i.e. o primeiro-violino) para servir de referência para a afinação do restante da orquestra: no caso, o púlpito (ou a exposição fiel das Sagradas Escrituras). Assim como o primeiro-violino integra a orquestra e colabora com a apresentação musical do conjunto, a pregação da Palavra de Deus é um componente dentre vários que constituem o serviço de louvor e adoração da igreja ao seu Senhor. Porém, assim como o primeiro-violino destaca-se dentre os demais instrumentos pela sua função de referência na orquestra, assim também o púlpito destaca-se dentre os demais serviços da igreja pelo seu papel de referência na congregação. Mas, por quê?
A centralidade da pregação no louvor e na adoração da igreja
Por que o púlpito ou a pregação da Palavra de Deus representa o instrumento principal de louvor e adoração da igreja? Curiosamente, esta é uma pergunta própria da nossa época que marginalizou e deslocou a exposição fiel, contínua e sistemática das Escrituras Sagradas do seu lugar central no culto da igreja. Vivemos na geração “Imagem e Ação” e não mais na geração “Palavra e Reflexão”. Por isso, somos mais cativados e movidos pelo que vemos e fazemos na igreja do que pelo que ouvimos e sobre o qual refletimos dentro da igreja. Basta comparar a mudança radical na arquitetura e na disposição dos elementos em destaque na maioria dos templos evangélicos atuais. Se em gerações passadas o elemento central de destaque em uma igreja evangélica era o púlpito – o lugar de onde o pregador anunciava com autoridade a mensagem das Sagradas Escrituras – hoje esse lugar foi tomado por uma parafernália musical e teatral hollywoodiana (i.e. palco, luzes, telas, instrumentos musicais e afins) de onde uma série de personagens da congregação expressam seus rasgos de emoção sob a rubrica de “louvor e adoração”. Tal mudança arquitetônica nas igrejas evangélicas revela outra mudança litúrgica: o tempo médio de pregação da Palavra de Deus em um culto evangélico está cada vez mais reduzido e espremido entre uma série de apresentações, anúncios e apelos musicais e teatrais que consomem hoje a maior parte do culto público. Contudo, tais mudanças na igreja revelam outra mudança mais profunda e teológica: Deus e sua Palavra tem sido colocados de lado para darem espaço ao ser humano e à sua voz no centro do culto público.
Porém, será que existem boas razões para voltarmos a considerar como centrais o púlpito e a proclamação da Palavra no culto público da igreja? Cremos que sim. Como disse certa vez o falecido Pr. James Montgomery Boice: “Para louvarmos a Deus precisamos saber quem Deus é; mas, não podemos saber quem Deus é a não ser que Ele primeiro decida revelar-se a nós. Deus já o fez nas Escrituras Sagradas; por isso, as Escrituras e o ensino das Escrituras precisam ser centrais em nosso louvor a Deus.”
Aí está: as Escrituras e o ensino das Escrituras devem ser centrais em nosso louvor a Deus pelo simples fato de que Deus e a sua Palavra devem ter a primazia em tudo que a igreja é e faz, inclusive no seu culto ao Senhor. Deus fala primeiro por meio da sua Palavra; então, nós respondemos com nossos atos de louvor e adoração conforme esta Palavra.
Posto de outra forma, o Senhor da Igreja, Jesus Cristo, estabeleceu o púlpito – o lugar de leitura e exposição da Palavra – como o instrumento de afinação do restante do louvor da congregação (assim como um regente que designa o primeiro-violino para afinar os demais membros da orquestra). Quem ocupa o púlpito é mais um adorador como os demais membros da congregação (assim como o primeiro-violino é um dentre os demais músicos que compõem a orquestra). Porém, o Senhor conferiu ao instrumento do púlpito o lugar central de afinação e regência do culto da igreja – não pelos méritos de quem ocupa o púlpito, mas pelos méritos da Palavra que é lida e proclamada deste púlpito. (cf. 2Tm 3.16-17).
UMA VIDA DE FIDELIDADE E SERVIÇO A DEUS
Por João Rodrigo Weronka
É muito comum ouvir da parte de muitos cristãos o jargão “olha ali, eis que vai um homem de Deus!”. Infelizmente, não são poucos os que tomam o aspecto externo, os jeitos e trejeitos, como medida para determinar quem é ou não é de Deus (leia-se usado por Deus). O que a Bíblia diz a respeito desse assunto?
Vejamos a recomendação bíblica:
Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão. Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas. 1Tm 6.11-12
Tomando por base as reflexões que John Stott fez em cima do texto Bíblico, que podem ser encontradas no livro “A Bíblia toda, o ano todo”[1], chega-se a este ensaio.
No texto acima, o apóstolo Paulo escreve para Timóteo e lhe dá instruções para uma vida cristã. Vale lembrar que Timóteo era um discípulo de Paulo, um jovem pastor nascido em Listra (atual Turquia). Era filho e neto de mulheres piedosas e cristãs, instruído na fé desde pequeno (At 16.1; 2Tm 1.5; 3.15).
Traçando paralelo com o atual estado das coisas, nunca é demais relembrar que pautados pela cosmovisão cristã (bíblica), o povo de Deus deve estar separado do sistema dominado por satanás, não andando segundo a cultura deste século, mas vivendo e pensando biblicamente. Ou seja, navegamos nas águas turbulentas deste século, porém inseridos no barco do Mestre. Logo, todas as questões de ética, moral e prática cotidiana devem passar pelo crivo da Bíblia. Assim, homem e mulher de Deus é aquele tido como praticante das Escrituras, em desenvolvimento espiritual, buscando o amadurecimento constante, sustentado pela graça de Deus.
Voltando ao cenário bíblico em questão observa-se que Paulo estava numa viagem para região da Macedônia, e instruiu Timóteo através da epístola para que estivesse atento aos desafios da igreja na cidade de Éfeso (Timóteo ali estava pastoreando), desafios tais que confrontariam sua fé. Nas palavras de Frank Thielman:
Em diversos lugares da carta Paulo resume elementos fundamentais do ensino cristão como forma de recordar Timóteo, junto com a igreja que ouvirá esse mandato ser lido, desses elementos do evangelho. Timóteo recebera a comissão de permanecer fiel a esse ‘depósito’ da verdade quando ele foi separado para a obra do evangelho (6.12,20). O falso ensino desafia em vários pontos o ensino cristão tradicional, e Paulo deseja fazer Timóteo – seu oficial subordinado – recordas e a igreja sob seus cuidados desses pontos fundamentais nos quais o evangelho e o falso ensino se separam. [2]
A viagem de Paulo demoraria além do previsto, sendo necessária instrução específica ao pastor Timóteo. Quais eram elas?
Fuja disso! – um apelo ético
Timóteo deveria opor-se aos valores mundanos enraizados na cidade de Éfeso. Como cristãos, tanto Timóteo como nós andamos (ou deveríamos andar) não segundo o curso deste século, mas segundo o querer de Deus. Infelizmente muitos trilham – nestes dias – o caminho do mero nominalismo religioso, mergulhando no quadro exposto por Harry Blamires:
A colisão entre a mente cristã e uma cultura solidamente presa na terra deveria ser violenta. O fato é que o impacto não ocorre; pois o cristão, quando ele pisa fora da esfera da atividade especificamente religiosa ou da moralidade pessoal, põe de lado as pressuposições próprias a uma personalidade sobrenaturalmente orientada. Ele fala a linguagem do secularismo. [3]
O apelo que Paulo faz neste sentido é de cunho ético para um ajuste de mentalidade e valor cristão. Exortando ao longo de 1Tm 6 para que todo cristão comprometido com os valores do Reino de Deus não se venda a presunção (v.4), impureza (v.5), descontentamento e ingratidão para com Deus (v.6-8), concupiscências loucas (v.9), amor ao dinheiro (v.10).
Na contramão destes valores, a atitude cristã deve ser balizada naquilo que está registrado em 1Tm 6.11. Deve-se viver de modo justo, em justiça e integridade com o próximo; em piedade, com coração cheio de misericórdia como imitadores de Cristo; num rumo de fé, sendo fiel para com Deus e também sendo uma pessoa digna de confiança; no amor, afetuoso a Deus e ao próximo; de modo constante, tendo firmeza em Deus, mesmo diante dos problemas; com mansidão, sendo cordial, gentil e humilde.
Em síntese, é ir contra o que é mal, discernindo de modo ético aquilo que Deus quer que façamos e o que não devemos fazer. É oportuno que o leitor examine o contexto lendo todo o texto de 1Tm 6. Ficará claro que Timóteo não deveria compactuar com valores que se opõem a fé cristã. Estamos sendo homens de Deus, fugindo do mal e lutando pela justiça e amor, valores do Reino?
Zelo doutrinário
É urgente o engajamento cristão em prol do Evangelho, sua proclamação e defesa. Devemos estudar e meditar profundamente na Bíblia e nas doutrinas cristãs para que sejamos defensores da fé – 1Tm 1.18; Estamos empenhados neste propósito?
Ao falar em defesa da fé, o cristão deve trazer a sua mente o benefício que trará a todo o perímetro que cerca sua vida, é um combate doutrinário que traz benefício a si próprio, a sua família, sua igreja local (e universal também) bem como a todo o Reino de Deus.
Muito já se falou sobre a importância e necessidade de ser comprometido com o estudo bíblico, com a reflexão nas matérias teológicas e com o engajamento apologético. Mas nunca é demais reiterar os princípios bíblicos que norteiam esta prática, afinal, como John Frame disse, “a apologética, corretamente entendida, não é ‘brincar de Deus’; é simplesmente praticar a vocação humana divinamente ordenada.” [4]
Ser um cidadão do Reino é ser poderoso na palavra, na doutrina (Tt 1.9), batalhando pela fé (Jd 3), para ter o discernimento bíblico e ético que gera respostas mansas e cheias de temor de Deus (1Pe 3.15).
É possível caminhar nesta vereda conhecendo a Escritura Santa e manejando bem esta espada deveras afiada (2Tm 2.15-16), estando assim apto a reconhecer o tempo de apostasia (1Tm 4.1). Lembre-se, a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17), logo não existe fé sem compromisso com a Palavra. Estamos neste mundo (Jo 17.15), as águas são escuras e a tempestade é forte, mas compromissados com a vontade de Deus em Sua Palavra, estaremos inabaláveis, exortando na doutrina, firmes sem se desviar da verdade (2Tm 4.1-4).
Os ‘profetas’ da era da modernidade bradaram que a era da razão lançaria uma pá de cal sobre a religião, que as crenças se dissolveriam e que Deus morreria. As religiões permanecem em pé. Logo, a pós-modernidade (ou hiper-modernidade para alguns) está ensopada de pluralismo religioso, vãs filosofias e relativismo que tenta embutir em cada ser humano ou núcleo social sua “própria verdade”. Os cristãos estão preparados para este desafio?
Vida Eterna
Como pode Paulo afirmar a Timóteo que ele “tome posse da vida eterna” (1Tm 6.12), sendo que já era um cristão?
A questão aqui é que muitos já possuem algo e não sabem aproveitar. Quantos são os que possuem um bom veículo, computador, ou qualquer outra coisa material e não faz uso do mesmo? Quantos são os cristãos, chamados por Deus, que vivem com medo, levando a vida longe do amparo do Pai, com mais medo do inferno que certeza da salvação? Certa vez ouvi um pregador falar que estamos com os dois pés mais perto do inferno que um deles do céu. Incoerência bíblica e ignorância: cego que conduz cego.
Estávamos mortos, Ele nos resgatou e presenteou em graça com a salvação (Ef 2.1-9), pelo amor incondicional de Deus (Jo 3.16), para sermos dEle (Jo 6.44-48).
Viva esta certeza todos os dias!
Diga não a experiências baratas e duvidosas. Muitos estão atrás de visões e profecias e ainda tem dúvidas acerca da salvação. Basta crer na Palavra! Somos salvos pelo dom de Deus. Desfrute da certeza absoluta de sua salvação nEle, não por sermos merecedores, mas sim pela Sua misericórdia.
Concluindo
Estes conselhos bíblicos e parâmetros para homens de mulheres de Deus são para hoje, amanhã e para toda nossa caminhada.
Uma fé madura e equilibrada nos garantirá uma caminha dentro do querer de Deus. Sempre lembrando que:
Combater pela fé sem justiça, nada vale. Sermos bons e mansos, mas sem interesse pela verdade resulta apenas em aparência de piedade. A negligência em relação à doutrina e ética cristã produz experiências místicas e rasas. Lancemos longe a aparência e sejamos enfim homens e mulheres de Deus.
Um resumo para tudo que foi lido até aqui: uma vida de fidelidade e serviço a Deus.
Sola scriptura!
Soli Deo Gloria!
É muito comum ouvir da parte de muitos cristãos o jargão “olha ali, eis que vai um homem de Deus!”. Infelizmente, não são poucos os que tomam o aspecto externo, os jeitos e trejeitos, como medida para determinar quem é ou não é de Deus (leia-se usado por Deus). O que a Bíblia diz a respeito desse assunto?
Vejamos a recomendação bíblica:
Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão. Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas. 1Tm 6.11-12
Tomando por base as reflexões que John Stott fez em cima do texto Bíblico, que podem ser encontradas no livro “A Bíblia toda, o ano todo”[1], chega-se a este ensaio.
No texto acima, o apóstolo Paulo escreve para Timóteo e lhe dá instruções para uma vida cristã. Vale lembrar que Timóteo era um discípulo de Paulo, um jovem pastor nascido em Listra (atual Turquia). Era filho e neto de mulheres piedosas e cristãs, instruído na fé desde pequeno (At 16.1; 2Tm 1.5; 3.15).
Traçando paralelo com o atual estado das coisas, nunca é demais relembrar que pautados pela cosmovisão cristã (bíblica), o povo de Deus deve estar separado do sistema dominado por satanás, não andando segundo a cultura deste século, mas vivendo e pensando biblicamente. Ou seja, navegamos nas águas turbulentas deste século, porém inseridos no barco do Mestre. Logo, todas as questões de ética, moral e prática cotidiana devem passar pelo crivo da Bíblia. Assim, homem e mulher de Deus é aquele tido como praticante das Escrituras, em desenvolvimento espiritual, buscando o amadurecimento constante, sustentado pela graça de Deus.
Voltando ao cenário bíblico em questão observa-se que Paulo estava numa viagem para região da Macedônia, e instruiu Timóteo através da epístola para que estivesse atento aos desafios da igreja na cidade de Éfeso (Timóteo ali estava pastoreando), desafios tais que confrontariam sua fé. Nas palavras de Frank Thielman:
Em diversos lugares da carta Paulo resume elementos fundamentais do ensino cristão como forma de recordar Timóteo, junto com a igreja que ouvirá esse mandato ser lido, desses elementos do evangelho. Timóteo recebera a comissão de permanecer fiel a esse ‘depósito’ da verdade quando ele foi separado para a obra do evangelho (6.12,20). O falso ensino desafia em vários pontos o ensino cristão tradicional, e Paulo deseja fazer Timóteo – seu oficial subordinado – recordas e a igreja sob seus cuidados desses pontos fundamentais nos quais o evangelho e o falso ensino se separam. [2]
A viagem de Paulo demoraria além do previsto, sendo necessária instrução específica ao pastor Timóteo. Quais eram elas?
Fuja disso! – um apelo ético
Timóteo deveria opor-se aos valores mundanos enraizados na cidade de Éfeso. Como cristãos, tanto Timóteo como nós andamos (ou deveríamos andar) não segundo o curso deste século, mas segundo o querer de Deus. Infelizmente muitos trilham – nestes dias – o caminho do mero nominalismo religioso, mergulhando no quadro exposto por Harry Blamires:
A colisão entre a mente cristã e uma cultura solidamente presa na terra deveria ser violenta. O fato é que o impacto não ocorre; pois o cristão, quando ele pisa fora da esfera da atividade especificamente religiosa ou da moralidade pessoal, põe de lado as pressuposições próprias a uma personalidade sobrenaturalmente orientada. Ele fala a linguagem do secularismo. [3]
O apelo que Paulo faz neste sentido é de cunho ético para um ajuste de mentalidade e valor cristão. Exortando ao longo de 1Tm 6 para que todo cristão comprometido com os valores do Reino de Deus não se venda a presunção (v.4), impureza (v.5), descontentamento e ingratidão para com Deus (v.6-8), concupiscências loucas (v.9), amor ao dinheiro (v.10).
Na contramão destes valores, a atitude cristã deve ser balizada naquilo que está registrado em 1Tm 6.11. Deve-se viver de modo justo, em justiça e integridade com o próximo; em piedade, com coração cheio de misericórdia como imitadores de Cristo; num rumo de fé, sendo fiel para com Deus e também sendo uma pessoa digna de confiança; no amor, afetuoso a Deus e ao próximo; de modo constante, tendo firmeza em Deus, mesmo diante dos problemas; com mansidão, sendo cordial, gentil e humilde.
Em síntese, é ir contra o que é mal, discernindo de modo ético aquilo que Deus quer que façamos e o que não devemos fazer. É oportuno que o leitor examine o contexto lendo todo o texto de 1Tm 6. Ficará claro que Timóteo não deveria compactuar com valores que se opõem a fé cristã. Estamos sendo homens de Deus, fugindo do mal e lutando pela justiça e amor, valores do Reino?
Zelo doutrinário
É urgente o engajamento cristão em prol do Evangelho, sua proclamação e defesa. Devemos estudar e meditar profundamente na Bíblia e nas doutrinas cristãs para que sejamos defensores da fé – 1Tm 1.18; Estamos empenhados neste propósito?
Ao falar em defesa da fé, o cristão deve trazer a sua mente o benefício que trará a todo o perímetro que cerca sua vida, é um combate doutrinário que traz benefício a si próprio, a sua família, sua igreja local (e universal também) bem como a todo o Reino de Deus.
Muito já se falou sobre a importância e necessidade de ser comprometido com o estudo bíblico, com a reflexão nas matérias teológicas e com o engajamento apologético. Mas nunca é demais reiterar os princípios bíblicos que norteiam esta prática, afinal, como John Frame disse, “a apologética, corretamente entendida, não é ‘brincar de Deus’; é simplesmente praticar a vocação humana divinamente ordenada.” [4]
Ser um cidadão do Reino é ser poderoso na palavra, na doutrina (Tt 1.9), batalhando pela fé (Jd 3), para ter o discernimento bíblico e ético que gera respostas mansas e cheias de temor de Deus (1Pe 3.15).
É possível caminhar nesta vereda conhecendo a Escritura Santa e manejando bem esta espada deveras afiada (2Tm 2.15-16), estando assim apto a reconhecer o tempo de apostasia (1Tm 4.1). Lembre-se, a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17), logo não existe fé sem compromisso com a Palavra. Estamos neste mundo (Jo 17.15), as águas são escuras e a tempestade é forte, mas compromissados com a vontade de Deus em Sua Palavra, estaremos inabaláveis, exortando na doutrina, firmes sem se desviar da verdade (2Tm 4.1-4).
Os ‘profetas’ da era da modernidade bradaram que a era da razão lançaria uma pá de cal sobre a religião, que as crenças se dissolveriam e que Deus morreria. As religiões permanecem em pé. Logo, a pós-modernidade (ou hiper-modernidade para alguns) está ensopada de pluralismo religioso, vãs filosofias e relativismo que tenta embutir em cada ser humano ou núcleo social sua “própria verdade”. Os cristãos estão preparados para este desafio?
Vida Eterna
Como pode Paulo afirmar a Timóteo que ele “tome posse da vida eterna” (1Tm 6.12), sendo que já era um cristão?
A questão aqui é que muitos já possuem algo e não sabem aproveitar. Quantos são os que possuem um bom veículo, computador, ou qualquer outra coisa material e não faz uso do mesmo? Quantos são os cristãos, chamados por Deus, que vivem com medo, levando a vida longe do amparo do Pai, com mais medo do inferno que certeza da salvação? Certa vez ouvi um pregador falar que estamos com os dois pés mais perto do inferno que um deles do céu. Incoerência bíblica e ignorância: cego que conduz cego.
Estávamos mortos, Ele nos resgatou e presenteou em graça com a salvação (Ef 2.1-9), pelo amor incondicional de Deus (Jo 3.16), para sermos dEle (Jo 6.44-48).
Viva esta certeza todos os dias!
Diga não a experiências baratas e duvidosas. Muitos estão atrás de visões e profecias e ainda tem dúvidas acerca da salvação. Basta crer na Palavra! Somos salvos pelo dom de Deus. Desfrute da certeza absoluta de sua salvação nEle, não por sermos merecedores, mas sim pela Sua misericórdia.
Concluindo
Estes conselhos bíblicos e parâmetros para homens de mulheres de Deus são para hoje, amanhã e para toda nossa caminhada.
Uma fé madura e equilibrada nos garantirá uma caminha dentro do querer de Deus. Sempre lembrando que:
Combater pela fé sem justiça, nada vale. Sermos bons e mansos, mas sem interesse pela verdade resulta apenas em aparência de piedade. A negligência em relação à doutrina e ética cristã produz experiências místicas e rasas. Lancemos longe a aparência e sejamos enfim homens e mulheres de Deus.
Um resumo para tudo que foi lido até aqui: uma vida de fidelidade e serviço a Deus.
Sola scriptura!
Soli Deo Gloria!
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