Semeando o Evangelho

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Semear a Verdade e o Amor de Deus

sábado, 22 de dezembro de 2018

A MAIOR REVELAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO (Evangelho de João) 32 - Comunidade Cristã de Londrina


COMO VIVER NA PRESENÇA DE DEUS?

Por Marcelo Berti

Eu gostaria de deixar três sugestões para que possamos estar neste mundo como representantes de Deus, sem nos associarmos à desgraça e à destruição que há nele, e sem participarmos da hostilidade que este mundo tem contra Deus.

1ª. Sugestão: Devemos aprender a experimentar solitude com Deus

O mundo em que vivemos é um mundo rápido e agitado. Se você tem tido chance, durante a semana, de pensar em fazer um devocional, talvez seu tempo seja tão escasso que o devocional fica para o fim do dia, quando você já está cansado e cheio de “coisas” na cabeça, sem condições para um tempo digno com Deus.

Esse mundo consome a nossa energia e a nossa disposição de estar diante de Deus. Se nós não aprendermos a gastar um tempo a sós com Deus, estaremos investindo em nosso fracasso espiritual. Talvez a sua vida seja um “tufão”, um “tornado” ou uma “tormenta”. Talvez você já não tenha mais tempo para nada, mas nós precisamos aprender a gastar tempo com Deus.

Charles Swindoll disse uma frase que me marcou muito nesses últimos dias em um livreto chamado “Intimidade com Deus”, que eu recomendo: “A transformação da alma acontece quando a serenidade toma o lugar da ansiedade”. Eu não sei qual é o melhor horário do seu dia para você desenvolver um tempo de intimidade com Deus. Para mim tem sido pela manhã, quando eu tenho todo o meu foco centrado em Deus, quando a mente ainda não está tão preocupada, quando a minha energia ainda está lá e eu posso descansar em Deus enquanto invisto em um tempo com Ele.

Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra (Salmo 46.10). Caia fora da agitação, pois Deus é mais alto do que os povos, mais alto do que a Terra, mais alto que o seu trabalho, mais alto que todas as suas dificuldades. O mais importante: se acalme, fique tranqüilo e reconheça que esse é o Deus que cuida da sua vida.

Tenha um tempo com Deus, quieto. Descanse no Senhor e aguarde por Ele com paciência; não se aborreça com o sucesso dos outros, nem com aqueles que maquinam o mal (Salmo 37.7). Não perca tempo da sua vida triste e chateado porque aquele “incompetente” do seu trabalho foi promovido e você não. Você pode ter sido deixado de lado por causa disso, mas descanse e aguarde por Ele! Não fique chateado, perdendo o seu tempo, porque pessoas de má índole ou mau caráter têm sido melhores do que você. Nós somos representantes desse Deus e devemos viver de modo digno. Devemos aprender a descansar nEle, porque Ele cuida de nós.

Podemos deixar a ansiedade de lado e desfrutar de tempo a sós com Deus. Nós não somos, nem um pouquinho, melhores que Cristo, eu tenho certeza disso, mas Ele mesmo tinha essa prática (Mc 1.35): De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa, foi para um lugar deserto e ficou orando. Se Jesus Cristo era quem era, Ele poderia dizer: “Eu e o Pai somos um, nós temos relacionamento, nós estamos em conexão”. Se Ele era quem era e fazia isso, porque nós achamos que não precisamos? Porque nós achamos que qualquer outra coisa é mais importante do que o tempo com Deus? Se deixamos de dedicar parte do nosso tempo diário para estarmos em intimidade com Deus, corremos o risco de fracassarmos espiritualmente, de mantermos a nossa mediocridade espiritual. Você pode até ter um bom comportamento, mas não tem relacionamento com Deus.

Falando sobre vida agitada, um grande amigo deu um conselho, que eu gostei tanto, para uma pessoa que estava ao meu lado, que quero registrá-lo aqui: “Se não aprendemos a dizer não a coisas boas, vamos deixar de desfrutar de coisas excelentes!”. Tem muita coisa boa acontecendo perto de nós. Se somos seduzidos é porque gostamos e se não aprendemos a dizer “não” para alguma dessas coisas, vamos acabar sem tempo para dedicar a Deus. Por isso, enquanto estamos neste mundo, não podemos deixar de viver um relacionamento com Deus, de intimidade com Ele. Por isso, devemos aprender a separar do nosso tempo para estar diante dEle em oração, em leitura das Escrituras, em leitura de algum material que nos leve à devoção a Deus.

2ª. Sugestão: Devemos aprender a depender do Espírito Santo

Isso é uma coisa bem difícil de explicar como se faz! Em um livro muito interessante, de um autor chamado Neil Anderson, encontrei a seguinte ilustração. Ele conta a história de um piloto que tinha saído para fazer um de seus primeiros vôos, quando se formou uma grande tempestade e ele perdeu completamente a visibilidade. Ele se lembrou, então, das aulas que tinha feito e dos instrumentos que tinha à sua frente, que poderia utilizar para chegar em segurança ao aeroporto mais próximo, porque talvez não desse para voar por muito mais tempo. Mas, além do manual e dos instrumentos que tinha, ele precisou fazer contato com a torre mais próxima. Ao fazer contato com a torre, ele se identificou, dizendo que era um piloto novato e que precisava de ajuda para aterrissar em segurança. A torre respondeu para ele ficar tranqüilo que iriam guiá-lo em segurança até o local de destino.

O autor conta que depender de outra pessoa é mais ou menos isso: enquanto estamos em uma vida de turbulência, enquanto estamos no meio da tempestade, enquanto estamos no meio da agitação da nossa vida nesse mundo, nós também temos os nossos instrumentos, nós também temos as nossas instruções. Mas, não precisamos fazer tudo isso sozinhos. Podemos confiar que Deus pode nos ajudar a passar por tudo isso. Nós precisamos aprender a depender do Espírito de Deus, porque Ele pode nos ajudar.

Veja o que as Escrituras nos dizem: Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda verdade (Jo 16.13). Ele pode nos guiar naquilo que é certo, naquilo que é verdadeiro e pode nos guiar para mais próximo de Jesus Cristo. Quando Deus fez a promessa do Espírito Santo, Ele disse: Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente às minhas leis (Ez 36.27). Isso significa viver na dependência do Espírito Santo, no cultivo de proximidade com o Espírito Santo. Nós podemos ser conduzidos por Deus a andar de acordo com os decretos dEle, andar de acordo com Sua vontade, de modo fiel e obediente, pois temos que aprender a depender dEle. Pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão, mas se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão (Rm 8.13). Pelo Espírito, aprendemos a modificar os nossos desejos. A idéia de ser cheio do Espírito Santo significa também uma busca de esvaziar os nossos próprios desejos, de deixarmos de lado a nossa carne, porque eles estão em guerra.

Nós devemos fazer isso e aprender a viver pelo Espírito, porque assim de modo nenhum vamos satisfazer os desejos da carne. Se vivermos pelo Espírito, vamos poder desfrutar daquilo que o Espírito pode promover em nossa vida: amor, alegria, paz, tudo isso! Nós precisamos aprender a desenvolver intimidade com Deus na dependência do Espírito Santo.

3ª. Sugestão: Devemos aprender a renunciar aos nossos desejos

Se eu dependo do Espírito Santo, Ele não faz isso por mim? Sem dúvida, mas isso não isenta você de ser responsável pelas coisas que diz, nem de ser diligente naquilo que faz. É uma boa obra a “quatro mãos”. Uma música a quatro mãos é bem tocada quando as duas pessoas estão em sintonia. Se não estivermos em sintonia, estaremos tocando uma música completamente diferente daquela que é esperada.

C. S. Lewis escreveu um livro muito interessante chamado “Cartas do Inferno”. A idéia do livro é que um diabo mais experiente iria ensinar um diabo mais novo como trabalhar na vida de pessoas cristãs e não-cristãs.

Nessas cartas, ele deixa algumas sugestões. Vou citar uma delas, em que o diabo mais velho fala sobre o fato de que uma das pessoas que sofriam a sua atuação havia se convertido: “Não é necessário cairmos em desespero: contam-se às centenas esses convertidos em idade adulta que foram reconquistados depois de uma breve estadia nos arraiais do inimigo [entenda-se Deus] e agora se encontram conosco. Todos os hábitos da vítima, tanto os mentais quanto os fisiológicos ainda estão a nosso favor”.

Você sabe: deixados à vontade, os nossos desejos nos levam para longe de Deus. Devemos cultivar tempo com Ele e depender do Espírito Santo, mas também devemos aprender a mudar. Precisamos aprender a dizer “não” para nós mesmos; precisamos aprender a fazer morrer o que pertence à nossa natureza terrena e mundana. Precisamos ser diligentes, responsáveis e determinados. Talvez essa determinação aconteça na sua vida enquanto você esteja determinado a buscar a Deus, mas você também vai ter que determinar a dizer “não” aos maus pensamentos que invadem a sua mente, às oportunidades de pecado que aparecem diariamente em sua vida. Você vai ter que aprender a confiar no Senhor e não no seu próprio entendimento. A verdade é que a vida nesse mundo é complicada, dura, difícil, mas também é atraente e destrutiva. Temos que aprender a viver na presença de Deus todos os dias da nossa vida, em todas as oportunidades que tivermos, porque foi para isso que fomos resgatados e é assim que a eternidade será: todo o tempo com Deus.

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

OS HOMENS DO MESTRE

Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; 3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu (Mateus 10:2-4).

Deus usa pessoas não qualificadas para realizar Seus propósitos.

Vivemos em uma sociedade consciente de qualificação. Quase tudo que você faz requer que você conheça os padrões de outra pessoa. Você deve se qualificar para comprar uma casa, comprar um carro, obter um cartão de crédito ou frequentar uma faculdade. No mercado de trabalho, os trabalhos mais difíceis exigem pessoas com as mais altas qualificações possíveis.

Ironicamente, Deus usa pessoas desqualificadas para realizar a tarefa mais importante do mundo: promover o reino de Deus. Sempre foi assim: Adão e Eva mergulharam a raça humana em pecado. Ló ficou bêbado e cometeu incesto com suas próprias filhas. Abraão duvidou de Deus e cometeu adultério. Jacó enganou seu pai. Moisés era um assassino. Davi também foi, assim como adúltero. Jonas ficou chateado quando Deus mostrou misericórdia a Nínive. Elias resistiu a 850 falsos sacerdotes e profetas, mas fugiu aterrorizado de uma mulher – Jezabel. Paulo assassinou cristãos. E a lista continua…

O fato é que ninguém está totalmente qualificado para fazer o trabalho de Deus. É por isso que Ele usa pessoas não qualificadas. Talvez essa verdade seja mais claramente ilustrada nos doze discípulos, que tinham numerosas fragilidades humanas, temperamentos diferentes, habilidades diferentes e origens diversas, mas Cristo os usou para mudar o mundo.

Eu quero que você perceba que eles eram homens comuns com um chamado muito incomum. Eu também quero que você observe o processo de treinamento que Jesus fez, porque serve como um padrão para o nosso discipulado também.

Eu oro para que você seja desafiado por seus pontos fortes e encorajado pela maneira como Deus os usou, apesar de suas fraquezas e fracassos. Ele também vai usar você enquanto continuar entregando sua vida a ele.

Sugestão para oração

Memorize Lucas 6:40. Peça a Deus para torná-lo mais parecido com Cristo.

Estudo adicional

Leia 2 Timóteo 1:3-5, observando as fraquezas com que Timóteo talvez tenha lutado e como Paulo o encorajou. Como as palavras de Paulo se aplicam a você?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

QUANDO VOCÊ É IMORTAL

Versículo do dia: Quando amanheceu, os judeus se reuniram e, sob anátema, juraram que não haviam de comer, nem beber, enquanto não matassem Paulo. (Atos 23.12)

E sobre aqueles companheiros famintos que prometeram não comer até que matassem Paulo?

Lemos a respeito deles em Atos 23.12: “Quando amanheceu, os judeus se reuniram e, sob anátema, juraram que não haviam de comer, nem beber, enquanto não matassem Paulo”. Isso não funcionou. Por quê? Porque uma série de eventos improváveis ​​aconteceu.

Continua após anúncio:
Um rapaz ouviu a trama.
O menino era filho da irmã de Paulo.
O menino teve a coragem de ir até o centurião romano que guardava Paulo.
O centurião acreditou nele e o levou ao comandante.
O comandante creu nele e preparou “duzentos soldados, setenta de cavalaria e duzentos lanceiros” para guardarem Paulo.
Altamente improvável. Estranho. Mas, foi o que aconteceu.

O que os homens famintos que estavam em emboscada não sabiam? Eles não consideraram o que acontecera com Paulo pouco antes de fazerem a sua trama. O Senhor havia aparecido a Paulo na prisão e dito: “Coragem! Pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma” (Atos 23.11).

Cristo disse que Paulo deveria ir para Roma. E assim aconteceu. Nenhuma emboscada pode resistir à promessa de Cristo. Até que chegasse a Roma, Paulo era imortal. Havia um testemunho final a ser dado. E Cristo cuidaria de que Paulo o desse.

Você também tem um testemunho final para dar. E você é imortal até que o dê.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do Dia: “Faze-me saber por que contendes comigo.” (Jó 10.2)

Talvez, ó alma que enfrenta provações, o Senhor esteja fazendo isto para te fazer crescer em graça. Não descobriríamos algumas de nossas graças, se não passássemos por aflições. Você não sabe que sua fé nunca parece tão grande no verão quanto no inverno? O amor é frequentemente semelhante a um vagalume que mostra pouca luz, exceto quando se encontra em meio à escuridão. A própria esperança é como uma estrela – não pode ser vista no resplendor do sol da prosperidade, mas pode ser descoberta tão-somente na escuridão da adversidade. As aflições são as lâminas negras nas quais Deus incrusta as joias das graças de seus filhos, para que elas brilhem melhor.

Há pouco tempo atrás, de joelhos, você dizia: “Senhor, temo não ter fé. Prova-me que tenho fé”. Você não estava, na verdade, orando por provações – pois como você pode saber que tem fé, até que esta seja exercitada? Deus sempre permite as provações, a fim de que nossas graças sejam descobertas e nos certifiquemos da existência delas. Além disso, o que ocorre não é uma simples descoberta; verdadeiro crescimento na graça é o resultado de provações santificadas. Frequentemente, Deus remove nossos confortos e privilégios, para que nos tornemos crentes melhores. Ele treina os seus soldados não por meio de oferecer-lhes tendas de sossego e luxo, e sim por meio de revirar essas tendas e leva-los a marchas forçadas e serviço árduo. Ele os leva a passar pelos córregos, nadar pelos rios, subir montanhas e caminhar muitos quilômetros com fardos pesados em suas costas. Isto explica os sofrimentos pelos quais você passa? O Senhor está fazendo suas graças aparecerem e crescerem? Esta é a razão por que Ele está contendendo com você?

E se minha família não crer em Cristo? (Evangelho de João) 31 - Comunidade Cristã de Londrina


SER COMO CRISTO PRATICANDO A PALAVRA

Por Silas Alves Figueira

“Meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl 4.19).

A epístola aos Gálatas foi escrita às igrejas do Sul da Galácia fundada por Paulo e Barnabé quando de sua primeira viagem missionária, ou seja, quando eles estiveram em Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe (At 13.13-14.25).

Esta carta teve dois motivos básicos quando foi escrita: a defesa do apostolado de Paulo e frear as heresias que estavam entrando nessas igrejas. As igrejas da Galácia haviam sido invadidas pelos falsos mestres judaizantes logo após a primeira viagem missionária de Paulo e Barnabé. Esses mestres judaizantes estavam ensinando que os gentios deveriam ser circuncidados e que deveriam observar a Lei de Moisés para serem salvos, ou seja, eles estavam dizendo que a graça de Cristo não era suficiente para que eles alcançassem a salvação. Eles interpretavam tanto a Lei quanto o Evangelho erradamente.

Eles não entendiam que o papel da Lei não é salvar, mas revelar o pecado. A função da lei não é levar a homem ao céu, mas conduzi-lo ao Salvador.

Podemos dizer que a carta aos Gálatas é um tratamento de choque para uma igreja que está com o pé na estrada da apostasia [1].

Por isso que o apóstolo dos gentios diz com tanta veemência: “sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl 4.19b).

SER COMO CRISTO PRATICANDO A PALAVRA é andar nos passos do Mestre sem olhar para trás. Como disse Jesus: “Porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou” (Jo 5.30).

SER COMO CRISTO PRATICANDO A PALAVRA é nos posicionarmos contra as heresias que hoje tem invadido as nossas igrejas. Como disse Paulo a Tito: “Porque existem muitos insubordinados, palradores frívolos e enganadores, especialmente os da circuncisão. É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância” (Tt 1.10,11).

Se realmente queremos ser como Cristo praticando a palavra, nós precisamos estar como o apóstolo Paulo atento as heresias que tentam destruir a igreja nos dias de hoje, pois o próprio apóstolo nos diz que era imitador de Cristo (1Co 11.1). Dentro desse contexto desta carta vemos que Paulo se apresenta como uma mãe em agonia de parto (Gl 4.19b). Por isso quero destacar algumas coisas básicas que Paulo fez e que serve de exemplo para todos nós hoje:

A primeira coisa que observamos é que o apóstolo Paulo lutou em defesa do Evangelho:

“Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo” (Gl 1.6,7).

O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos 1.16 disse: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”.

Existem três tipos de pessoas: os que se envergonham do evangelho, os que são vergonha para o evangelho e os que não se envergonham do evangelho.

Os que não se envergonham do Evangelho o defendem com unhas e dentes. Foi isso que Paulo fez. As igrejas da Galácia estavam trocando o verdadeiro evangelho por um falso evangelho. Trocando a liberdade de Cristo pela escravidão da Lei.

Hoje não estamos vivendo dias diferentes da época de Paulo, pelo contrário, o mesmo espírito que agiu naquela época é o mesmo espírito maligno que atua hoje tentando perverter o verdadeiro Evangelho. Como está escrito em 1Tm 4.1: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”.

Se não, vejamos o que tem atuado em muitas igrejas hoje:

O Evangelho da Prosperidade – onde a benção e a graça de Deus sobre a pessoa é medida pelos bens que ela possui. Teologia esta que está na maioria dos púlpitos das igrejas pentecostais e neopentecostais. Descobri recentemente um detalhe interessante nesta teologia, que Cristo morreu na Cruz do Calvário para que eu tivesse muita saúde, carro zero, casa na praia e ser muito rico, ou seja, Jesus não passa de um gênio da lâmpada.

Teologia Inclusiva – A Teologia Inclusiva, como a própria denominação sugere, é um ramo da teologia tradicional voltado para a inclusão, prioritariamente, dos homossexuais. Segundo os seus adeptos, a Teologia Inclusiva contempla uma lacuna deixada pelas estruturas religiosas tradicionais do Cristianismo, pois, por meio da Bíblia, compreende que todos os que compõem a diversidade humana, seja ela qual for, têm livre acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz. É o famoso venha como está e fique como está.

Alguns textos que condenam o homossexualismo: Gn 19; Lv 18.22, 20.13; Rm 1.24-28,32; 1Co 6.9,10; 1Tm 1.8-10. Mas Deus é poderoso para mudar a vida dessas pessoas.

Teísmo Aberto ou Teologia Relacional – O atributo mais importante de Deus é o amor. Todos os demais estão subordinados a este. Isto significa que Deus é sensível e se comove com os dramas de suas criaturas. Deus não é soberano. Deus ignora o futuro, pois ele vive no tempo, e não fora dele. Ele aprende com o passar do tempo. Deus se arrisca. Ao criar seres racionais livres, Deus estava se arriscando, pois não sabia qual seria a decisão dos anjos e de Adão e Eva. E continua a se arriscar diariamente. Deus corre riscos porque ama suas criaturas, respeita a liberdade delas e deseja relacionar-se com elas de forma significativa.

Igrejas Emergentes – As igrejas emergentes estão mais preocupadas com o ouvinte do que com a mensagem em si, e em seu desejo de pregar um evangelho que seja “aceitável” ao homem pós-moderno, acabam por negligenciar os pressupostos básicos do cristianismo, chegando mesmo a negar a literalidade do nascimento virginal de Cristo, seus milagres, a ressurreição de Jesus e a existência do inferno eterno. É “a preferência pela vivência correta ao invés da doutrina correta”. Teologia passa longe dessas igrejas.

Missão Integral – Esse evangelho não passa de uma variante protestante da Teologia da Libertação. Os que defendem essa teologia são líderes cristãos que continuam trancados no armário do socialismo [2].

Teologia Liberal (ou liberalismo teológico) A “Teologia Liberal é um movimento que, iniciado no final do século XIX na Europa e Estados Unidos, tinha como objetivo extirpar da Bíblia todo elemento sobrenatural, submetendo as Escrituras ao crivo da crítica científica (leia-se ciências humanas) e humanista. No liberalismo teológico, geralmente, não há espaço para os milagres, profecias e a divindade de Cristo Jesus”. Relativizando a autoridade da Bíblia, o liberalismo teológico estabeleceu uma mescla da doutrina bíblica com a filosofia e as ciências da religião. Ainda hoje, um autor que não reconhece a autoridade final da Bíblia em termos de fé e doutrina é denominado, pelo protestantismo ortodoxo, de “teólogo liberal”. Um pequeno exemplo nós encontramos em relação à existência de Jó. Para os liberais ele não passa de uma alegoria, mas então eu me questiono porque que em Ez 14.14,20; Tg 5.11 falam dele como se ele fosse um personagem real. Então eu fico com a Bíblia e não com os defensores dessa teologia.

Bem disse Jesus “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29).

Por eu lutar contra essas coisas que estão entrando em muitas igrejas eu tenho sido taxado de conservador. Como se isso fosse uma ofensa para mim, mas lhes digo que não é.

A segunda coisa que observamos é que o apóstolo Paulo lutou pela singularidade do Evangelho:

“Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gl 1.8,9).

Depois de falar da apostasia da igreja e da ação nociva dos falsos mestres, Paulo reafirma a singularidade do Evangelho, afirmando que todos aqueles que pervertem o evangelho e perturbam a igreja com falsas doutrinas estão debaixo da maldição divina. Três coisas nós observamos aqui:

Em Primeiro lugar – o evangelho é maior que os apóstolos. A mensagem é maior que o mensageiro. A prova do ministério de uma pessoa não é a sua popularidade: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mt 24.11), nem os sinais e prodígios miraculosos que ela realiza: “Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt 24.23,24), mas sim sua fidelidade à Palavra de Deus: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.14-17).

Em Segundo lugar – o evangelho é maior que os anjos. (Hb 1.14: “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” Tem igrejas que ouvem e veem anjos voando pra lá e pra cá e ouvem os seus “recados”, mas estão surdas a voz de Deus através de Sua Palavra.

Em Terceiro Lugar – o evangelho puro e simples traz bênção, mas o evangelho adulterado gera maldição. A palavra ANÁTEMA quer dizer banimento divino.

A terceira coisa que observamos é que o apóstolo Paulo mostrou qual era a sua verdadeira motivação em pregar o Evangelho:

“Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo” (Gl 1.10).

O apóstolo Paulo não era um político nem agia como tal, mas um embaixador do Reino de Deus. Seu propósito não era agradar aos homens, mas levar a eles a mensagem da salvação que lhe fora designada.

Duas coisas eu quero destacar aqui:

Em primeiro lugar: Paulo não negociou a verdade para procurar o favor dos homens (v 10a). No Evangelho Emergente o apóstolo Paulo seria banido, pois ele não estaria agradando aos seus ouvintes com a sua teologia.

Em segundo lugar: Paulo estava a serviço de Cristo e não dos homens (v 10b). Paulo não pregava para agradar, pois não negociava a verdade da Palavra.

Charles Spurgeon dizia para seus alunos: “Meus filhos, se a rainha da Inglaterra vos convidar para serdes embaixadores em qualquer país do mundo, não vos rebaixeis de posto, deixando de serdes embaixadores do Rei dos reis e Senhor dos senhores”.

Diante da situação que se encontrava as igrejas da Galácia nós temos uma pequena ideia porque o apóstolo Paulo disse “sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós”. Porque na verdade Paulo era apóstolo, mas também era pastor. E na condição de pastor ele sofria por ver a igreja sendo atacada de forma tão cruel pelos judaizantes. Paulo se apresenta como uma mãe que sofre por seus filhos, mas não deixa de exortá-los (Gl 4.19): “Meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós”.

1) Paulo na condição de pastor aprofunda relacionamentos com os membros dessas igrejas – 19a – Paulo os chama de meus filhos. Como pai da fé dos Gálatas demonstra profundo desgosto pela imaturidade dessas igrejas, mas não deixa de lhes chamar a atenção por estarem errando.

2) Paulo na condição de pastor quer gerar filhos espirituais sadios – 19b– Não filhos deformados espiritualmente, mas perfeitos em Cristo.

3) Paulo na condição de pastor busca a maturidade dos crentes – 19c – Não basta nascer, é preciso crescer rumo à maturidade espiritual. Portanto qualquer sistema religioso que não produza o caráter de Cristo na vida de seus adeptos não é realmente cristão, mas um pseudo cristianismo.

SER COMO CRISTO PRATICANDO A PALAVRA é mais que pastorear, é lutar pela sã doutrina com todas as forças. É não esmorecer diante das adversidades e nem se vender a esse sistema corrompido institucionalizado que temos visto por aí.

Paulo defendeu o seu apostolado com a vida e não só com palavras. Ele viveu o que pregou e pregou o que viveu. Que o Senhor nos ajude a sermos assim também.

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

OPOSIÇÃO AO MUNDO PROVOCA ÓDIO

Se o mundo odeia vocês, saibam que, antes de odiar vocês, odiou a mim. Se vocês fossem do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas vocês não são do mundo — pelo contrário, eu dele os escolhi — e, por isso, o mundo odeia vocês (João 15:18-19).

Porque não fazem parte do sistema do mundo, os cristãos devem esperar que ele os odeie e se oponha a eles.

Se você é cristão há algum tempo, sem dúvida se lembra de quando percebeu que não estava mais em sintonia com a cultura do mundo. Você não estava mais confortável com sua filosofia. Você não tinha mais os desejos e anseios do mundo. Você não se sentia mais bem em fazer algumas das coisas que o mundo toma como garantidas. De fato, você até mesmo se sentiu constrangido a falar contra tais coisas e exortou os incrédulos a abandonarem seus pecados e abraçarem a Cristo. Toda essa oposição ao mundanismo, quando somada, pode e resultará em ódio contra nós por parte das pessoas do mundo.

Em João 15, a palavra grega traduzida como mundo (kosmos), refere-se ao sistema mundial de pecado, que é idealizado por Satanás e representado por pessoas pecadoras. O diabo e seus anjos, às vezes, tornam ainda mais difícil para nós apresentar sutilmente sua “religião” como se fosse verdade. Tal engano pode nos levar à complacência e nos deixar espiritualmente fracos quando a perseguição chega.

Por causa da implacável oposição do mundo ao reino de Deus, é crucial que nos lembremos do chamado de Cristo para defendê-Lo em nossa sociedade pecaminosa. O apóstolo Paulo exorta-nos a sermos “filhos de Deus acima de qualquer acusação no meio de uma geração corrupta e perversa” (Filipenses 2:15).

Se levarmos as Escrituras a sério, e, em espírito de oração, passarmos tempo nela diariamente, não seremos pegos de surpresa quando nossa fé for oposta. Em vez disso, seremos encorajados pelas palavras de Jesus: “Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada no alto de um monte” (Mateus 5:14).

Sugestão para oração

Peça ao Senhor para fortalecê-lo hoje e lembrá-lo de que, mesmo que você não seja do mundo, você deve ser uma luz para ele.

Estudo adicional

Leia o relato da morte de João Batista em Marcos 6:14.

Como João sofreu antes de ser morto?

Que diferenças de caráter você vê entre João e Herodes?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

OS DOCES DESÍGNIOS DE DEUS

Versículo do dia: Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça… (Gálatas 1.15)

Reflita sobre a conversão de Paulo, a soberania de Cristo e a relação dos pecados de Paulo com a sua salvação.

Paulo disse: Deus “me separou antes de eu nascer”. E então, no caminho de Damasco “me chamou pela sua graça” (Gálatas 1.15). Isso significa que, entre o nascimento de Paulo e seu chamado no caminho de Damasco, ele era um instrumento de Deus já escolhido, porém ainda não chamado (Atos 9.15; 22.14).

Isso indica que Paulo estava batendo, aprisionando e assassinando cristãos como um missionário escolhido por Deus, que em breve seria feito um cristão.

“Ora, aconteceu que, indo de caminho e já perto de Damasco, quase ao meio-dia, repentinamente, grande luz do céu brilhou ao redor de mim. Então, caí por terra, ouvindo uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (Atos 22.6-7).

Não havia como negar ou fugir. Deus o havia escolhido para isso antes dele nascer. E agora Deus o tomaria para si. A palavra de Cristo foi soberana. Não houve negociação.

Levanta-te, entra em Damasco, pois ali te dirão acerca de tudo o que te é ordenado fazer (Atos 22.10).

Damasco não era a vontade final e livre de Paulo cedendo a Cristo após décadas de vão esforço divino para salvá-lo. Deus teve um tempo para escolhê-lo (antes dele nascer) e um tempo para chamá-lo (no caminho de Damasco). Paulo cedeu quando Deus chamou.

Logo, os pecados que Deus permitiu entre o nascimento de Paulo e seu chamado eram parte do plano, já que Deus poderia ter agido antes como o fez em Damasco.

Nós temos alguma ideia de qual deve ter sido o plano para esses pecados? Sim. Eles foram permitidos por você e por mim — por todos os que temem ter pecado a ponto de serem excluídos da graça. Aqui está a forma como Paulo relaciona os pecados dele a você:

“A mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia… por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna” (1 Timóteo 1.13, 16).

Oh, quão doces são os desígnios de Deus na soberana salvação dos pecadores endurecidos!

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do Dia: “Isaque habitava junto a Beer-Laai-Roi.” (Gênesis 25:11)

Hagar já havia encontrado alívio nesse lugar, e Ismael bebeu da água tão graciosamente revelada pelo Deus que vive e vê os filhos dos homens. Mas esta visita de Ismael a Beer-Laai-Roi foi apenas casual, semelhante à que as pessoas mundanas fazem ao Senhor em tempos de necessidade, quando lhes é conveniente. Essas pessoas clamam a Deus na época de tribulação, mas O deixam em tempos de prosperidade. Isaque habitava em Beer-Laai-Roi e fez do poço do Deus vivo, que vê todas as coisas, sua constante fonte de suprimento. A tendência primordial da vida de um homem, o lugar de habitação de sua alma, é a verdadeira prova de sua condição espiritual. As frequentes meditações de Isaque nas bordas do poço fez com que ele se familiarizasse com o lugar. O seu encontro com Rebeca possibilitou que seu espírito se sentisse à vontade, nas proximidades do poço. E, acima de tudo, o fato de que ali Isaque desfrutou de comunhão com o Deus vivo o levou a escolher aquele terreno santo para a sua habitação.

Devemos aprender a viver na presença do Deus vivo. Oremos ao Espírito Santo para que neste dia e nos outros, sintamos ser Deus ”aquele que me vê” (Gênesis 16.13). Que o Senhor Jeová seja como um poço para nós, encantador, confortável, infalível, brotando para a vida eternal. O frasco da criatura racha e seca, mas o poço de nosso Criador nunca falha. Feliz é aquele que habita nesse poço e, assim, tem à mão suprimentos constantes e abundantes. O Senhor tem sido um auxiliador seguro para outras pessoas – seu nome é El-Shadai, Deus todo-suficiente. Nossos corações têm, com frequência, experimentado a mais agradável comunhão com Ele. Por meio dele, a nossa alma encontrou o seu glorioso esposo, o Senhor Jesus. Nele, nós vivemos, nos movemos e existimos (ver Atos 17.28). Permaneçamos em comunhão íntima com Ele. Glorioso Senhor, constrange-nos a jamais Te deixarmos e a habitarmos para sempre bem perto do poço do Deus vivo.

QUEM não tem pecado? (Evangelho de João) 30 - Comunidade Cristã de Londrina


EXISTE REALMENTE PODER EM NOSSAS PALAVRAS?

Por Antônio Pereira Jr.

Há alguns dias entrei numa livraria evangélica. Olhando as novidades, vi, estupefato, que as obras que estavam à vista eram aquelas que falavam sobre o poder inerente da língua. Como: “Há poder em suas palavras”, “Zoe: a própria vida de Deus”, “A sua saúde depende do que você fala”, etc.

Conversando com a atendente perguntei-a sobre os livros que estavam mais escondidos, como por exemplo, os livros de teologia, de referências, de história da Igreja, etc. Ela respondeu-me que são livros que não sai das estantes, a não ser que algum pastor, professor ou seminaristas venham a adquiri-los. E disse-me que mais de 90% das pessoas que frequentam a livraria só compram livros dessa “nova teologia”.

É lamentável que isto seja um reflexo da falta de conhecimento da Igreja hodierna. As pessoas não querem mais pesquisar a fundo o que se vende ou se escuta por ai. Só querem bênçãos, sem se importar com o abençoador. Querem as coisas de Deus, embora não pensem em conhecê-lo. Buscam o pão da terra, mas rejeitam o pão do céu. Nestas poucas linhas tentarei demonstrar que apesar de estar impregnada na Igreja como um todo, a confissão positiva é uma falha grave da chamada “nova teologia”.

DEFININDO OS TERMOS

O que é o Movimento do Pensamento Positivo? É a crença em que o pensamento de uma pessoa é o fator primordial em relação a suas circunstâncias. Só em ter pensamentos positivos todas as influências e circunstâncias negativas serão vencidas.

E o Movimento de Confissão Positiva? É a versão cristianizada do pensamento positivo que essencialmente substitui a fé em Deus pela habilidade de ter fé em si mesmo. O simples fato de confessar positivamente o que se crê faz com que o desejo confessado aconteça. (1)

O verbo decretar está sendo conjugado dia-a-dia pelas mais variadas denominações. Não são poucas as pessoas que usam o jargão evangélico: “Tá decretado!” Não faz muito tempo às famosas frases de efeito no meio evangélico eram outras bem menos danosas para a fé cristã, como, por exemplo: “O sangue de Cristo tem poder” – nem sempre usada no contexto correto –, “Tá amarrado!” etc.

Mas, qual o motivo da frase “tá decretado” – e suas variações – estar errada? Não temos que reivindicar os nossos direitos junto ao Pai? Não somos filhos do Rei? As nossas palavras não possuem poder?

Para responder, sinceramente, a estas e outras perguntas, gostaria de dar algumas explicações do por que não creio na assim chamada “confissão positiva”.

Devemos também lembrar-nos de que o termo “decreto” pertence somente ao Senhor de Toda Glória, como bem falou Rubens Cartaxo Junior: “Os Decretos eternos de Deus é exclusivo de Sua pessoa o qual fez desde a Eternidade – Sl 33.11; Is 14.26-27; 46.9-10; Dn 4.34-35; Mt 10.29-30; Lc 22.22; At 2.23; 4.27-28; 17.26; Rm 4.18; 8.18-30; I Co 2.7; Ef 1.11; 2.10; II Tm 1.8-9; I Pe 1.18-20. Estes textos demonstram que Deus tem um propósito, ou um plano, para o Universo que criou. Este plano existe antes da criação. É um plano sábio, de acordo com o conselho de Deus. Ninguém pode anulá-lo, pois é Eterno”. (2)

A “confissão positiva” é parte da “teologia da prosperidade”, tão divulgada e recebida pela Igreja brasileira. Esta doutrina vem sendo divulgada há alguns anos no Brasil, especialmente por R. R. Soares que é o responsável pela divulgação dos livros de Kenneth E. Hagin, principal expositor desta doutrina. Hagin diz que recebeu a fórmula da fé diretamente de Jesus, e mandou escrever de1 a4 esta “fórmula”. Com ela, diz, pode-se conseguir tudo. Consiste em:

(1) “Diga a coisa”, positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo.

(2) “Faça a coisa”, o que nós fazemos irá determinar a nossa vitória.

(3) “Receba a coisa”, a fé irá dinamizar a ação e Deus tem que responder, pois está preso a “leis espirituais”.

(4) “Conte a coisa”, para que outras pessoas possam crer. Deve-se usar palavras como: decretar, exigir, reivindicar, declarar, determinar, e não se pode pedir “se for da tua vontade”, pois isso destrói a fé.

Não são poucos os líderes que adotam e pregam essa doutrina. Como disse o próprio R. R. Soares em uma entrevista para a Revista Eclésia, quando perguntado se ele era adepto da teologia da prosperidade, ele respondeu:

“…Agora, eu prego a prosperidade. Prefiro mil vezes pregar teologia chamada da prosperidade do que teologia do pecado, da mentira, da derrota, do sofrimento… A teologia da prosperidade, pelo que se fala por aí, eu bato palmas. Não creio na miséria. Essa história é conversa de derrotados. São tudo um bando de fracassados, cujas igrejas são um verdadeiro fracasso”. (3)

Para muitos, ganhar e ter dinheiro viraram sinônimos de vitória. E o que mais nos impressiona é a suposta “base bíblica” para defender seus devaneios. Um exemplo clássico é o texto de Filipenses 4:13 – que virou um moto na boca dos cristãos hodiernos – que diz: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” . Só que os adeptos da teologia da prosperidade ignoram por completo o contexto da passagem. Veja o que diz os versos 11 e 12: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter em abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade”.

Em outras palavras Paulo diz-nos que poderia passar por qualquer situação – fome, abatimento, necessidade, ter de tudo e não ter nada – pelo simples fato de que a sua força, em momentos de tribulação ou não, era Jesus Cristo.

Esse movimento pensa que a língua e a mente têm um poder que pode criar as circunstâncias ao nosso redor. Não é mais do que uma “parapsicologia evangélica”. Muitas das coisas que os “doutores da fé” dizem são clones dos ensinamentos do poder da mente, muito explorado pelo Dr. Joseph Murphy anos atrás. Ele escreveu alguns livros como: “Como usar as leis da mente”, “Conversando com Deus”, “As grandes verdades da Bíblia”, “A magia do poder extra-sensorial”, “O poder do subconsciente”, dentre outros.

Vou apenas citar um trecho do livro “A paz interior”, do Dr. Murphy para vermos que se parece muito com os “doutores da fé”. Comentando João 1:5-7 ele diz:

“As trevas referem-se à ignorância ou falta de conhecimento da maneira como a mente funciona. Estamos nas trevas quando não sabemos que somos o que pensamos e sentimos. O homem está num estado condicionado do Não-condicionado, com todas as qualidades, atributos e potenciais de Deus . O homem está aqui para descobrir quem é. Não é um autônomo. Tem a capacidade de pensar de duas maneiras: positivamente e negativamente . Quando começa a descobrir que o bem e o mal que experimenta são decorrentes exclusivamente da ação de sua própria mente, começa a despertar do senso de escravidão e limitação ao mundo exterior. Sem conhecer as leis da mente , o homem não sabe como produzir seu desejo”. (4) (grifo nosso)

Vejamos ainda o que Jorge Linhares diz em seu livro: “Bênção e Maldição”, onde mostra um Deus dependente do homem, este é o Evangelho da Confissão Positiva e do Evangelho da Maldição – “Palavras produzem bênção… [ou] maldição… Palavras negativas… dão lugar a opressão demoníaca… …Palavras positivas (confissão positiva), amorosas, de fé, de confiança em Deus, liberam o poder divino para desfazer a opressão…” (5)

SUPOSTA BASE BÍBLICA DA CONFISSÃO POSITIVA

Existem algumas supostas bases bíblicas que os defensores da confissão Positiva usam para defender esta doutrina, vamos dar apenas três passagens para não tomar muito tempo, no entanto, as demais passagens seguem basicamente esta linha de interpretação.

Marcos 11:22-23 – “E Jesus, respondendo, disse-lhe: Tende fé em Deus; Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito”.

Os defensores apregoam que o verso acima ensina que devemos ter a fé de Deus, ou seja, a confissão que gera as coisas. Declarar a existência de coisas que do nada virão a existir, podendo assim criar a realidade que quisermos.

O Pr. Jorge Issao Noda explica muito bem esta passagem em seu livro: “Somos deuses?”, ele diz:

“Copeland editou uma Bíblia de referência onde este texto tem uma leitura alternativa: ‘Tende a fé de Deus’. Capps, Price, Hagin, são unânimes nesta interpretação. Hagin afirma, inclusive, que ela está de acordo com a visão dos eruditos em grego. O texto diz: echete (tende) pistin (fé) theou (de Deus). De Deus? Então Deus tem fé! Sendo assim, os mestres da Fé têm razão. Os cristãos, através dos séculos, estiveram interpretando erroneamente este texto. Xeque-mate? De maneira nenhuma. Robertson, um dos maiores eruditos em grego, afirma que o texto deve ser traduzido para ‘tende fé em Deus’ porque se trata de um genitivo objetivo. Neste caso Deus não é o sujeito da fé (fé de Deus), mas o objeto da fé (fé em Deus). Os eruditos em grego maciçamente concordam com Robertson, contrariando a afirmação de Hagin”. (6)

Temos que ter fé em Deus, essa nossa fé em Deus é que faz com que os montes que enfrentamos a cada dia sejam superados, não pelo poder inerente a fé, mas no poder inerente do doador da fé, ou seja, o nosso Deus. Sem essa fé não venceremos, mas com Ele somos mais do que vencedores.

Provérbios 6:2 – “E te deixaste enredar pelas próprias palavras; e te prendeste nas palavras da tua boca”.

Este texto, dizem, significa que o poder de não passar por problemas está na língua. No entanto, Salomão está falando da pessoa que ficou por fiador de outro, como expressa o versículo anterior: “Filho meu, se ficasse por fiador do teu companheiro, se deste a tua mão ao estranho, e te deixaste enredar pelas próprias palavras; e te prendeste nas palavras da tua boca”. (grifo nosso)

A Bíblia de Genebra explica o termo “enredado”: “Pedir dinheiro emprestado é uma coisa, mas prover segurança para outrem é caminhar para dentro de uma armadilha feita pelo próprio indivíduo”. (7)

Provérbios 18:21 – “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”.

Este versículo explica que devemos ter o cuidado de que nossas palavras não venham a nos trazer situações embaraçosas. Temos que saber como dizer as coisas, pois certamente colheremos situações que são causadas por nós mesmos. No entanto, este verso não dá margem para dizer que são as palavras em si que nos dá o controle das circunstâncias da nossa vida. São situações específicas e não o destino do ser humano que é traçado pela verbalização dos nossos desejos interiores. Palavras negativas ditas a um filho, por exemplo, podem sim trazer sérias complicações psicológicas no desenvolvimento sadio de um indivíduo. Mas nem isso pode ser regra geral, pois o contrário também ocorre. Ou seja, um filho pode receber maus estímulos psicológicos dos pais e usarem esses maus estímulos até para vencer na vida e serem pessoas melhores que seus pais. Nem sempre “filho de peixe peixinho é”.

Para uma compreensão melhor do que eu quero dizer, deixe-me mostrar-lhes algumas implicações práticas sobre a Confissão Positiva. Se você crer nesta doutrina, então terá que desconsiderar aquilo que eu irei falar a seguir. Mas se você quer ponderar o assunto, leia com atenção as frases seguintes:

IMPLICAÇÕES PRÁTICAS DE SE CRÊ NA DOUTRINA DA CONFISSÃO POSITIVA

Citaremos algumas implicações preocupantes que comprovam a periculosidade desta doutrina para os cristãos menos desavisados:

1 – A Doutrina da confissão positiva aniquila a Soberania de Deus.

Deus não depende das palavras dos homens para agir. Deus é e sempre será Soberano. Soberania é o atributo pelo qual Deus possui completa autoridade sobre todas as coisas criadas, determinando-lhe o fim que desejar (Gn 14:19; Ne 9:6; Ex 18:11; Dt 10:14-17; I Cr 29:11; II Cr 20:6; Jr 27:5; At 17:24-26; Jd 4; Sl 22:28; 47:2,3,8; 50:10-12; 95:3-5; 135:5; 145:11-13; Ap.19:6).

Já imaginou um Deus que depende do homem para agir? Com certeza Ele entraria em enrascada se estivesse sujeito às oscilações da vontade humana. Eu mesmo não queria um Deus desse tipo. Prefiro o Deus da Bíblia que “tudo faz como lhe apraz”. (Sl 115:3).

2 – A Doutrina da confissão positiva enaltece o homem.

Quando entendemos biblicamente quem na realidade é o homem, ficamos sobremaneira conscientes de nossas falhas e limitações. Quanto mais a confissão Positiva enaltece o homem, mais eu vejo o seu erro. A Bíblia nos mostra claramente que o homem nada é comparado ao Senhor nosso Deus.

A Bíblia retrata como na verdade é o homem (Ezequiel 16:4-5; Is 1:6 Rm 3:10-18; Sal 51:5; 58:3; Is 48:8; João 5:40; Rm 1:28; 3:11, 18; II Pedro 3:5; Rm 8:8; Jr 13:23; João 6:44-45; Rm 8:6-8; Ef 4:18; Rm 1:21; Jr 17:9).

3 – A Doutrina da confissão positiva dá mais valor a palavra falada do que às Escrituras.

Onde fica a luta de reformadores como Lutero? Muitos foram aqueles que lutaram para que hoje tivéssemos a Palavra de Deus em nossas mãos. Muito sangue foi derramado para que pudéssemos ler às Escrituras sem a interferência da vontade humana. Onde fica o princípio da “Sola Scriptura”? A Bíblia deixou de ser relevante para as nossas vidas? Creio firmemente que não e os textos bíblicos confirmam isso – Sl 19:7-11; Sl 119; Jo 5:39; Rm 15:4; II Tm 3:16-17.

Amado irmão, se precisássemos apenas falar e declarar para que as circunstâncias adversas fossem resolvidas e vivêssemos rica e abundantemente sem problemas, então porquê a Bíblia dá tanta ênfase a suportar o sofrimento? Se Paulo tivesse o poder de parar de sofrer decretando, então como foi que ele teve que ficar com o espinho na carne? Deixemos de incoerência e vivamos a verdade da Palavra do Senhor!

“Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte”. II Co 12:10.

4 – A Doutrina da confissão positiva dá um conceito simplista da fé cristã.

O evangelho de Cristo é o evangelho da cruz, da renúncia, do arrependimento, do nascer de novo. O cristianismo de hoje é um cristianismo sem cruz, sem sacrifícios. Gosto de dizer que é o “evangelho boa vida”, evangelho “não-faça-nada-e-ganhe-tudo”. Esse não é o evangelho de Cristo. Basta vermos alguns textos para comprovar o que estou dizendo – Jo 3; Mt 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23; Gl 6:12; Mt 3:8; Lc 5:32; II Pe 3:9, etc.

5 – A Doutrina da confissão positiva não tem o respaldo na História da Igreja.

Fico imaginando Lutero ou Calvino orando da seguinte maneira: “Eu decreto que a partir de hoje o papado vai morrer, reivindico que todos os inimigos do evangelho sejam transportados para o inferno. Declaro explicitamente que não mais haverá mais heresias e que os inimigos da cruz de Cristo vão desaparecer da face da terra. Está decretado em nome de Jesus!”

Essa oração nunca aconteceu. Dentro da História da Igreja não se tem notícia de coisas absurdas como essa. Será que todos os grandes homens de Deus estavam enganados a respeito de sua fé? Quando examinamos biografias diversas dos homens de Deus, seja de quem for, notamos uma única nota coerente em todos: Verdadeira humildade. Todos foram humildes em afirmar a soberania de Deus e a fraqueza do homem. Agora, o homem quer mandar em Deus? Meus amados somos servos e não senhores. E basta para nós sermos apenas servos.

Conclusão: Estude a Palavra e não fique por ai repetindo, como papagaio, aquilo que você escuta na televisão. É muito fácil pregar heresias. É muito prático dizer um “abracadabra” evangélico para que tudo se resolva. Difícil é estudar com afinco às Escrituras, passar horas debruçado sobre as páginas santas desse livro. Buscar de Deus o verdadeiro sentido da vida, entender às verdades centrais desse livro, no entanto, é salutar.

Como a Igreja do Senhor está precisando de bereanos hojeem dia. Vocêquer ser um deles? Oxalá que sim! Deus o abençoe.

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

PORQUE SOFRIMENTOS E PROVAÇÕES?

Mas o ser humano nasce para o sofrimento, como as faíscas das brasas voam para cima (Jó 5:7).

Por serem pecadores, ainda vivendo em um mundo pecaminoso, os cristãos devem esperar por dificuldades.

“Tudo depende de como você olha para isso.” Pode parecer um clichê, mas é muito aplicável aos crentes, pois eles lidam com provações e sofrimentos. Qualquer tentativa pode ser uma experiência alegre para um cristão, se ele olhar da perspectiva bíblica apropriada; ou, como com Jonas (Jonas 4) e Elias (1 Reis 19:1-14), as provações podem ser momentos frustrantes de auto-piedade se os crentes perderem o foco no que Deus está fazendo.

Para alguns de nós, o primeiro obstáculo a superar é a própria noção de que as provações e os sofrimentos farão parte da vida cristã. Mas Jó 5:7 nos lembra que o problema é inevitável. Se imaginarmos um mundo ideal em que tudo está certo o tempo todo para os crentes, estamos nos preparando para uma profunda decepção. O próprio Jesus nos diz que devemos esperar dificuldades significativas em nossas vidas: “No mundo teremos aflições” (João 16:33).

Todos nós, em maior ou menor grau, precisamos estar preparados para provas e tribulações. E esses problemas serão diferentes para cada um de nós. Para alguns, o sofrimento pode ser uma crise financeira, acompanhada pela perda de poupanças pessoais ou investimentos. Para outros, pode ser a perda do emprego, com a ansiedade de não conseguir encontrar outro emprego tão cedo. Talvez, para outros, a tribulação será uma doença grave, a perda de um ente querido, um acidente de carro fatal, ou ser devastado por um crime, como assassinato, roubo…

No plano de Deus, as provações e sofrimentos são reais e não devem nos surpreender ou deixar-nos com raiva e perplexos. Se reconhecermos o papel soberano do Senhor em todas essas coisas, poderemos afirmar estas palavras de um antigo hino:

O que meu Deus ordena está certo:

Sua vontade santa permanece;

Eu ainda serei o que ele quer,

E o seguirei para onde Ele me guiar.

Sugestão para oração

Peça a Deus sabedoria para entender melhor e aceitar a verdade de que Ele é soberano sobre todas as áreas da vida.

Ore por um amigo ou membro da família que esteja atualmente enfrentando uma adversidade.

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

QUANDO A OBEDIÊNCIA PARECE IMPOSSÍVEL

Versículo do dia:Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque. (Hebreus 11.17)

Exatamente agora, para muitos de vocês, a obediência é semelhante ao fim de um sonho; para outros isso ainda está por acontecer. Você sente que se fizer o que a Palavra de Deus ou o Espírito de Deus está lhe chamando para fazer, isso o tornará miserável, e que não há nenhuma forma pela qual Deus faça isso cooperar para o bem.

Talvez a ordem ou chamado de Deus que você ouve agora é ficar casado ou solteiro, permanecer nesse emprego ou deixá-lo, ser batizado, falar no trabalho sobre Cristo, recusar comprometer seus padrões de honestidade, confrontar uma pessoa em pecado, tentar uma nova vocação, ser um missionário. E como você vê em sua mente limitada, a perspectiva de fazer isso é terrível — é como a perda de Isaque.

Continua após anúncio:
Você considerou todos os ângulos humanos e é impossível que isso ocorra bem.

Agora, você sabe como foi para Abraão. Esta história está na Bíblia para você.

Você deseja a Deus, seu caminho e suas promessas mais do que qualquer coisa, e crê que ele pode honrar e honrará a sua fé e obediência, não se envergonhando de chamar-se de seu Deus e usando toda a sua sabedoria, poder e amor para transformar o caminho da obediência no caminho da vida e alegria?

Essa é a crise que você enfrenta agora: Você o deseja? Você confiará nele? A palavra de Deus para você é: Deus é digno e Deus é capaz.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do Dia: “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.” (Filipenses 4.11)

Este versículo nos mostra que o contentamento não é uma inclinação natural do homem. Cobiça, descontentamento e murmuração são tão naturais ao homem como os espinhos e cardos ao solo. Não precisamos plantar cardos e espinhos, pois são inerentes ao solo. Semelhantemente, não precisamos ensinar os homens a reclamar; eles o fazem rapidamente, sem qualquer aula. As coisas preciosas da terra precisam ser cultivadas. Se queremos colher trigo, temos de arar e semear a terra. Se desejamos ter flores, precisamos de um jardim e todos os cuidados de um jardineiro. O contentamento é uma das flores do céu. Se nós a queremos, ela tem de ser cultivada. Ela não se desenvolverá em nós, naturalmente. É somente a nova natureza que pode produzi-la; e, depois de produzida, temos de ser cuidadosos e especialmente vigilantes em cultivar e manter a graça que Deus semeou em nós.

O apóstolo Paulo disse: “Aprendi a viver contente”. Estas palavras nos mostram que antes ele não sabia viver desta maneira. Custou-lhe algum esforço para alcançar o mistério dessa grande verdade. Sem dúvida, às vezes ele pensava que já havia aprendido, mas falhava. E, quando, finalmente, a alcançou e pôde afirmar: “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação”, já era um homem velho, de cabelos grisalhos, às portas da morte – um miserável prisioneiro encarcerado por Nero, em Roma. Se queremos chegar onde Paulo chegou, também devemos suportar as enfermidades dele e compartilhar com ele da sua prisão. Não alimente a ideia de que você pode viver contente sem aprender, ou aprender sem disciplina. Viver contente não é uma virtude que pode ser praticada naturalmente, e sim uma arte a ser obtida gradualmente. Sabemos disto por experiência. Silencie a murmuração, embora ela seja natural, e continue sendo um aluno diligente na Palavra.

SOMENTE CRISTO (Evangelho de João) 29 - Comunidade Cristã de Londrina


JEREMIAS: UM EXEMPLO DE FIDELIDADE

Por Silas Alves Figueira

“A mim veio, pois, a palavra do SENHOR, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações. Então, lhe disse eu: ah! SENHOR Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança. Mas o SENHOR me disse: Não digas: Não passo de uma criança; porque a tosos a quem eu te enviar irás; e tudo quanto eu te mandar falarás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR. Depois, estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e o SENHOR me disse: Eis que ponho na tua boca as minhas palavras. Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também para edificares e para plantares. Tu, pois, cinge os lombos, dispõe-te e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não te espantes diante deles, para que eu não te infunda espanto na tua presença”. Jr 1. 4-10, 17.   

Quando nos voltamos para as escrituras somos surpreendidos com o tipo de pessoas que Deus usa para realizar os seus projetos. Muitas vezes, para nosso desapontamento, os homens e mulheres bíblicos não foram os heróis que imaginamos. Não encontramos modelos impecáveis de virtude. Por exemplo: Abraão mentiu; Jacó enganou; Moisés assassinou e murmurou; Davi cometeu adultério, e Pedro blasfemou. E quando nós olhamos para eles muitas vezes nós nos vemos, e isso porque nós fomos moldados no mesmo barro que eles. A Bíblia recusa-se a alimentar a nossa ânsia por cultuar heróis para que possamos somente cultuar Aquele que nos chamou assim como chamou esses personagens bíblicos.

Quando procuramos nas escrituras alguém que se encaixe em uma vida de fidelidade, meus olhos recaem sobre a vida do profeta Jeremias. Poderíamos citar muitos outros exemplos, no entanto eu vejo na vida desse homem um exemplo de fidelidade no sofrimento e não no prazer.

Hoje em dia fala-se muito sobre “uma vida de excelência”, se existe alguém que se encaixe bem dentro desse contexto bíblico é o profeta Jeremias. O seu livro nos deixa claro que a excelência é resultado de uma vida de fé, de estar mais interessado em Deus do que em si mesmo, e que tem pouco a ver com autoestima, conforto ou realizações.

As qualidades marcantes em sua vida são sua bondade, sua virtude e sua excelência. Ele viveu a vida em sua totalidade. No entanto, sua piedade não o livrou das dificuldades, pois enfrentou esmagadoras tempestades de hostilidade e fúria de dúvidas amargas. A bondade de Jeremias não se traduzia em “ser bonzinho”. A palavra mais adequada talvez fosse bravura. Por que falamos isso? Porque durante seu ministério público de quarenta anos e meio às mais confusas e caóticas décadas de toda a história de Judá, Jeremias foi invencível. Por diversas vezes seu íntimo foi tomado por intensa agonia, porém Jeremias nunca se desviou do curso traçado por Deus. Ele foi cruelmente escarnecido e severamente perseguido, mas jamais mudou a sua posição. Havia sobre ele uma tremenda pressão para que mudasse, fizesse concessões, desistisse e se escondesse. Jeremias, porém, jamais aceitou fazer qualquer destas coisas. Ele portou-se como “muros de bronze”.

JEREMIAS: UM PROFETA AS PORTAS DO CATIVEIRO

O ministério profético de Jeremias foi dirigido ao Reino Sul (Judá), durante os últimos quarenta anos de sua história (626-586 a.C.). Ele viveu para ser testemunha das invasões babilônicas em Judá, que resultaram na destruição de Jerusalém e do templo. Tudo isso ocorreu porque a nação não deu ouvidos a voz do Senhor por intermédio do seu profeta (cf. Jr 6.8,10, 14,15, 22,23, 7.24). Jeremias testemunhou a queda de Jerusalém, capital de Judá, esmagada sob as forças do exército babilônico. Presenciou todos os horrores da guerra que proclamou, pois parte das suas profecias se cumpriram enquanto estava vivo.

JEREMIAS: UM PROFETA QUE VIVIA O QUE PREGAVA

A função de um profeta é convocar as pessoas a viverem bem, de forma certa – a serem humanas. Porém, isso é mais do que apenas transmitir essa mensagem, é necessário também vivê-la. O profeta deve ser aquilo que prega. Da mesma forma, nós crentes em Jesus temos a obrigação de viver o que pregamos principalmente os pastores, pois são os primeiros a exortarem a igreja a ter uma vida com Deus e, infelizmente, pelo que temos visto por aí, alguns são os últimos a tentarem por em prática o que pregam.  Abençoam as famílias, mas são divorciados. Pregam a fidelidade, mas são infiéis. Falam sobre liberalidade, mas são apegados ao dinheiro. Dizem que tudo que fazem é para glória de Deus, mas estão visando mesmo é a sua glória. Dizem que estão à sombra da cruz, mas estão mesmo é a luz dos holofotes. Pregar é muito fácil, difícil é ser como Jeremias, coerente com o que se está pregando.

AS CONSEQÜÊNCIAS DA FIDELIDADE DE JEREMIAS

1º – VIDA SOLITÁRIA (Jr 16.1-4)

“Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Não tomarás mulher, não terás filhos nem filhas neste lugar. Porque assim diz o SENHOR acerca dos filhos e das filhas que nascerem neste lugar, acerca das mães que os tiverem e dos pais que os gerarem nesta terra: Morrerão vitimados de enfermidades e não serão pranteados, nem sepultados; servirão de esterco para a terra. A espada e a fome os consumirão, e o seu cadáver servirá de pasto às aves do céu e aos animais da terra”.

O celibato e a austeridade de Jeremias eram sinais da chegada de tempos difíceis e, de desastre para Judá. O profeta envidou todos os seus esforços para cumprir sua missão, esquecendo os confortos e prazeres pessoais. Não lhe restaria tempo para cumprir seus deveres normais como marido e como pai. Era um tempo ruim para constituir família em Jerusalém. De fato, não haveria mais células familiares após o exército babilônico terminar a matança. O Senhor diz para Jeremias: “Eis que farei cessar neste lugar, perante vós e em vossos dias, a voz de regozijo e a voz de alegria, o canto do noivo e a da noiva” (Jr 16.9). A nação de Judá estava próxima do fim, e no fim também deveria estar seu regozijo. Assim, antes que tudo acontecesse, o profeta tinha de retirar-se de toda a ocasião de felicidade. O profeta Jeremias veria, com os próprios olhos, a calamidade que terminaria com a alegria da nação.

Se o sofrimento do profeta já era grande, imagine se ele perdesse a família? Seria muito maior seu sofrimento. Às vezes Deus nos impede de termos determinadas coisas para nos poupar de sofrimentos maiores posteriormente.

2º – SOFRIMENTO FÍSICO (Jr 20.1-3)

“Pasur, filho do sacerdote Imer, que era presidente da Casa do SENHOR, ouviu a Jeremias profetizando estas coisas. Então, feriu Pasur ao profeta Jeremias e o meteu no tronco que estava na porta superior de Benjamim, na casa do SENHOR. No dia seguinte, Pasur tirou Jeremias do tronco. Então, lhe disse Jeremias: O SENHOR já não te chama Pasur e sim, Terror-Por-Todos-Os-Lados”.

Jeremias acusou os líderes de Judá de renderem-se a um sistema religioso que lhes garantia o sucesso em qualquer um de seus empreendimentos, mas que, ao mesmo tempo, eles estavam abandonando o Deus que os havia chamado para uma vida de amor e fé. Jeremias também os acusou de utilizar elementos religiosos dos povos que os cercavam, criando um ritual religioso visando aos benefícios da luxúria, manobrando fórmulas religiosas a fim de obter prosperidade financeira. Não está nada diferente os dias atuais da do tempo do profeta Jeremias, quantas igrejas hoje que mais parece um centro espírita do que uma igreja evangélica é tanto galho de arruda, tanto sal grosso, tanta espada de São Jorge que misericórdia! Outras, mais parecem um comitê político, os púlpitos viram palanques e o nome do Senhor tem sido usado não para levar as pessoas a se converterem dos seus maus caminhos, mas para fazer com que estes que os escutam votem neles. O povo não passa de massa de manobra nas mãos desses falsos crentes. E muitos ainda dizem que estão ali por ordem do Senhor Jesus, inclusive pastores. O tempo passa, mas o homem continua o mesmo. E quem ousa se levantar contra essa gente é perseguido ferozmente, quando não, são rotulados como crente sem visão, que não tem as revelações de Deus, e por aí a fora. Meu irmão, seja um Jeremias, não se venda a essa gente, não lhes dê atenção. Não troque o pouco de Deus pelo “muito” do diabo. Jeremias sofreu na pele por ser fiel a Deus, mas ele não foi o único. Muitos antes dele sofreram e depois dele também. Mas o fim é a glória que está reservada para os fiéis.

3º – CRISE EXISTENCIAL (Jr 20.7-9)

“Então eu disse a Deus: O SENHOR me convenceu a ser profeta, e eu aceitei pensando que seria protegido. O SENHOR foi mais forte do que eu e me obrigou a anunciar suas palavras. E veja o resultado! Hoje toda a população de Jerusalém ri às minhas custas! Porque sempre me obrigou a gritar alto, anunciando castigo e destruição? Por causa disso, todos zombam de mim e já não posso sair à rua sem passar vergonha! E apesar de tudo isso, não posso deixar de falar sobre o SENHOR. Se penso em parar, as suas palavras queimam como fogo no meu coração e nos meus ossos, o sofrimento é tanto que não posso agüentar” (Bíblia Viva). O próprio texto fala por si.

Fidelidade a Deus, muitas vezes gera perseguição e morte, veja o que o apóstolo Paulo falou a esse respeito: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm 3.12). E foi exatamente isso que John Wycliffe sofreu.

John Wycliffe viveu aproximadamente entre 1320 e 1384. Discordando frontalmente da postura da igreja oficial da sua época, Wycliffe defendia a idéia de que as pessoas deveriam ler a Bíblia em sua própria língua. “As Escrituras Sagradas são propriedade do povo e ninguém pode tirá-las do povo. Cristo e seus discípulos converteram o mundo fazendo a Bíblia conhecida de um modo que lhes era familiar… Oro com todo o meu coração para que, fazendo o que este livro recomenda, possamos todos chegar à vida eterna”, disse certa vez.

Como foi que John Wycliffe pôs a Bíblia nas mãos dos ingleses? Primeiro, ele organizou um grupo e começou a traduzi-la da Vulgata, a tradução latina. Em 1382, John Wycliffe havia traduzido o Novo Testamento para o inglês. Cada linha de sua tradução foi escrita a mão; a imprensa só seria inventada 68 anos depois. Quando a obra se completou, Wycliffe procurou homens que pudessem ensinar as verdades da Bíblia ao povo inglês. Esses homens, foram treinados por ele e ficaram conhecidos pelo nome de lolardos, viajavam por todo o país, de dois em dois, pregando e ensinando a Bíblia.

A igreja oficial tentou destruir a tradução, mandou prender Wycliffe e o declarou culpado de corrupção da igreja. Wycliffe perdeu o emprego como professor na Universidade de Oxford, e foi excluído da igreja. Doente, retirou-se para o interior do país, onde veio a falecer. Foi tão odiado que em 1415, ou seja, 31 anos depois da sua morte, seus ossos foram queimados em praça pública por ordem do Papa, e as cinzas lançadas no rio Swift, como símbolo da destruição de sua memória.

A memória e o exemplo de Wycliffe, porém, continuam vivos ainda hoje. Existe até uma sociedade missionária – os tradutores da Bíblia de Wycliffe – cujo ministério consiste em traduzir a Palavra de Deus para outros idiomas; o grupo já conseguiu fazê-lo para cerca de 650 línguas. A grande preocupação hoje da maior parte dos editores da Bíblia é colocá-la na linguagem do povo, herança de um teólogo que por causa da Bíblia se fez maldito.

Jeremias, assim como Wycliffe pagaram um alto preço por serem fiéis a Deus. E você? A sua fidelidade a Deus tem gerado perseguição em sua vida? O apóstolo Pedro nos fala em sua primeira carta que se pelo nome de Cristo somos injuriados, bem-aventurados somos, porque sobre nós repousa o Espírito da glória e de Deus (1Pe 4.14). E completa dizendo: “Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; mas se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome”. (1Pe 4.15,16). A perseguição pode vir sobre a nossa vida, mas que seja pela nossa fidelidade a Deus e não por estarmos sendo infiéis a Ele.

O final de Jeremias não é conclusivo. Nós gostaríamos de saber o seu fim, mas não sabemos. O capitulo 44 retrata como o profeta Jeremias passou grande parte da sua vida, pregando a Palavra de Deus para um povo que o desprezava. Uma parte do povo que conseguiu fugir para o Egito passou a adorar os deuses de lá e a queimar-lhes incenso. O Senhor foi trocado pela Rainha do Céu. Mas lá no Egito, um lugar que ele não gostaria de estar, tendo ao lado pessoas que o trataram de forma cruel, ele prosseguiu fiel e corajosamente, sob o fardo de uma impiedosa rejeição.

Existe uma fonte extra bíblica chamada “lives of the prophets” de Charles Curtle Terrey que diz Jeremias morreu no Egito, apedrejado até a morte pelos judeus. Ele foi enterrado no lugar onde se erguia o palácio do Faraó; pois era honrado pelos egípcios, em virtude dos benefícios que haviam recebido por intermédio dele. Mediante suas orações, as serpentes, chamadas de epoth pelos egípcios, haviam ido embora. Bem disse Jesus: “Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa” (Mt 13.57).

Profeta vive para Deus e procura fazer a Sua vontade, ainda que para isso tenha que sofrer retaliações. Profeta luta pela causa de Deus sem medo dos homens. “Profeta é aquela pessoa que cria um problema, revelando o problema a fim de solucionar o
problema”.

 A atuação apaixonada dos profetas tem um significado central, que é a representação em pequena escala dos sentimentos e intenções do próprio Deus. É Deus escolhendo uma pessoa para falar em nome dele, para que o povo pudesse ver e ouvir o drama de Deus no drama de um ser humano. E quando isso acontece, o profeta se torna o nervo exposto de Deus, pois sua sensibilidade ao mal e à injustiça aumenta a níveis quase insuportáveis. O nervo exposto do profeta é uma janela para entendermos o caráter de Deus e que, como tal, provoca dores intensas. Profeta é muito mais do que previsão de eventos futuros, é Deus chamando de volta para si os que o rejeitaram.

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

A VITÓRIA DA RESSURREIÇÃO

E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade e o que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “Tragada foi a morte pela vitória.” “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão? Graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Coríntios 15:54-55, 57).

A ressurreição sela o que não podemos: vitória sobre a morte.

A morte é o grande inimigo da humanidade. Ela vem para todos, sem exceção. Ela viola nosso domínio da criação de Deus, rompe relacionamentos, perturba famílias e nos leva a lamentar a perda de entes queridos e amigos. Contudo, a ressurreição de Cristo quebrou o poder da morte para os cristãos, porque “a morte já não tem domínio sobre ele” (Romanos 6:9).

O apóstolo Paulo nos lembra da vitória final sobre a morte, que resulta quando somos transformados em nossos corpos ressurretos. Para ratificar isso, Paulo cita os profetas do Antigo Testamento – Isaías e Oséias. Ao usar a metáfora da morte de Oséias, Paulo insinua que a morte deixou seu aguilhão em Cristo, quando uma abelha deixa seu ferrão em sua vítima. Na cruz, Jesus levou toda a dor da morte (pecado), assim não tivemos que suportar nada disso. Quando a penalidade do pecado é removida, a morte simplesmente interrompe nossa vida terrena e nos conduz ao reino celestial, onde adoraremos e louvaremos a Deus para sempre.

Paulo conclui (v. 57) agradecendo a Deus, que nos proporcionou o triunfo sobre o pecado e a morte. Também devemos ser gratos a Deus que, por meio da obra redentora de Cristo, nos deu o que jamais poderíamos obter por nós mesmos. Deus promete a todos os crentes o celestial em troca do terreno, e o imortal em troca do mortal.

Com o triunfo de Jesus Cristo sobre a morte, não temos motivos para temer o que a morte pode fazer contra nós. Em vez disso, devemos nos alegrar com a promessa do Senhor para nós na vida eterna: “Então a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima. E já não existirá mais morte, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 20:14; 21:4).

Sugestão de oração

Graças a Deus, em Sua sabedoria e poder soberanos, Ele derrotou a morte e removeu todas as razões para o crente ter medo dela.

Estudo adicional

Leia 2 Reis 2:9-14 e 4:18-37.

O que essas passagens mostram sobre o controle de Jesus sobre a morte?

Elas te lembram de alguma história particular do Novo Testamento?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

CADA PASSO AO CALVÁRIO ERA AMOR

Versículo do dia: Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós. (1 João 3.16)

O amor de Cristo por nós em sua morte era tão consciente quanto seu sofrimento era intencional. Se ele foi voluntário em dar a sua vida, isso foi por nós. Isso era amor.

“Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” (João 13.1).

Cada passo no caminho do Calvário significava: “Eu te amo”.

Assim, sentir o amor de Cristo ao entregar a sua vida, ajuda-nos a ver como isso era completamente intencional.

Veja o que Jesus disse logo após aquele violento momento em que Pedro tentou cortar a cabeça do servo, mas cortou apenas a orelha.

“Então, Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada à espada perecerão. Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?” (Mateus 26.52-54).

Uma coisa é dizer que os detalhes da morte de Jesus foram preditos no Antigo Testamento. Porém, uma coisa muito maior é dizer que o próprio Jesus estava fazendo suas escolhas precisamente para que as Escrituras fossem cumpridas.

Isso é o que Jesus disse que estava fazendo em Mateus 26.54. “Eu poderia escapar desta miséria, mas como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?”.

Eu não estou escolhendo seguir o caminho que eu poderia tomar, porque eu conheço as Escrituras. Eu sei o que deve acontecer. É minha escolha cumprir tudo o que está predito sobre mim na Palavra de Deus.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do Dia: “A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.” (2 Pedro 3.18)

O céu estará repleto dos incessantes louvores ao Senhor Jesus. A Ele seja a glória. O Senhor Jesus é “sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hebreus 5.6). A Ele seja a glória. O Senhor Jesus é Rei para sempre! Rei dos Reis e Senhor dos senhores, o Pai da Eternidade! A Ele seja a glória para sempre. Seus louvores nunca cessarão. Aquilo que foi comprado com sangue tem de subsistir, enquanto durar a imortalidade. A glória da cruz não pode ser eclipsada. O brilho do sepulcro e da ressurreição não pode ser ofuscado. Ó Senhor Jesus, Tu serás bendito para sempre! Enquanto espíritos imortais viverem – enquanto o trono do Pai permanecer – a Ele seja a glória.

Crente, você tem antecipado aquele tempo em que se reunirá aos santos no céu, atribuindo toda a glória ao Senhor Jesus; porém, você O está glorificando agora? As palavras do apóstolo são: “A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno”. Esta será sua oração hoje: “Senhor, ajuda-me a glorificar-Te. Eu sou pobre; ajuda-me a glorificar-Te por meio de meu contentamento. Estou necessitado; ajuda-me a honrar-Te por meio de minha paciência. Eu possuo talentos. Ajuda-me a exaltar-Te, usando-os para a tua glória. Eu tenho tempo; Senhor, ajuda-me a remi-lo, a fim de que possa servir-Te. Tenho um coração para sentir; Senhor, faze com que ele não sinta qualquer amor, exceto o teu e não brilhe com qualquer chama, exceto com a afeição por Ti. Tenho uma mente para pensar; Senhor, ajuda-me a pensar em Ti. Tu me puseste neste mundo com algum propósito. Senhor, mostra-me qual é este propósito e ajuda-me a torná-lo o meu propósito de vida. Não posso fazer muito; todavia, assim como a viúva que ofertou suas pequenas moedas, que eram tudo o que ela possuía, também lanço o meu tempo e a eternidade em teu tesouro. Sou todo teu. Toma-me e capacita-me a glorificar-Te agora, em tudo o que digo, tudo o que faço e com tudo o que tenho”.

A doutrina da encarnação do Verbo - Pr Nisan Baia


SÓ OS MÚSICOS SÃO LEVITAS?

Por Alex Belmonte

Há um enorme equívoco no meio evangélico que se enraizou na mente de alguns crentes, quando o músico, ou ministro de louvor é exclusivamente chamado de levita da casa de Deus. Assim como muitos erros de interpretação bíblica causaram enormes contradições pela falta de harmonização de textos com contextos, apesar do caso aqui exposto se tratar de contexto remoto, gramatical, histórico e cultural, a comparação feita especialmente do músico atual para com o levita da Bíblia é mais um exemplo disso.

Mas, quem eram, de fato, os levitas descritos na Bíblia? O que eles realmente faziam? Que ligações possuem os levitas das Escrituras com os “levitas” de nossos dias? Quais os equívocos causados quanto ao assunto em questão?

Os levitas eram os membros da tribo de Levi, terceiro filho do patriarca Jacó. Formavam uma tribo separada, sem território, sem herança terrena, sem recenseamento com as demais tribos, porque tinham a benção do alto privilégio de ter o Senhor como sua posse (Dt. 10.9). Era a tribo dos sacerdotes (cohanim), descendentes de Arão, por sua vez descendente de Levi (Ex. 29.44; Nm. 3.10). Isso quer dizer que todo sacerdote (cohen) era levita, mas nem todo levita era sacerdote (Nm. 3.6ss).  É claro que encontramos pequenos resquícios literários de sacerdotes que não eram levitas, principalmente na época dos juízes e no início da monarquia, mas isso é um outro assunto.

As funções dos levitas

O Dr. Henry Hampton Halley, no “Manual Bíblico de Halley” mostra que o ministério levítico era amplo em suas atividades, diferente em relação ao que se pensa em nossos dias. Os levitas tinham uma atividade honrosa que compreendia: o serviço no santuário (Nm 3.6; 1º Cr 15.2) o auxílio nos sacrifícios (Jr. 33.18,22), no transporte da Arca da Aliança, na responsabilidade para com o ensino da Lei (Dt 31.9; 22.10), na música (1ª Cr. 25.1) e, no uso da autoridade para abençoar. “Parece, portanto, que os deveres dos levitas incluíam tanto o serviço de Deus como um papel de relevância no governo civil”, conclui Dr. Halley (Manual Bíblico de Halley – p. 222, Ed. Vida – 9ª reimpressão 2011).

Davi foi o responsável por inseriu a música como parte integrante do culto, afinal, ele era músico e compositor desde a sua juventude (1º Sm.16.23). Atribuiu a alguns levitas a responsabilidade musical. No 1º livro das Crônicas capítulos 9.14-33; 23.1-32; 25.1-7, vemos diversas atribuições dos levitas. Havia então entre eles porteiros, guardas, padeiros, cantores, instrumentistas e até o tesoureiro era levita (1ª Cr. 26.20-28; 2º Cr. 5.13; 34.12).

Os levitas em nossos dias

Deixo bem claro que o ministério levítico descrito na Bíblia, teologicamente interpretado, não possui sequer nenhuma ligação com os chamados “levitas cristãos” de nossos dias. A começar pela ampla organização ministerial, postura, atividade, contexto histórico, religioso e cultural, promessas bíblicas, seleção, critérios, períodos e épocas.

Mas, não poderia deixar de considerar a forma do uso atual, pois, se torna importante esclarecer aqui, que a verdade no que tange ao “levitismo evangélico”, ficou obscura por causa do erro interpretativo das Escrituras propagado pelos não estudantes da Bíblia. Ou seja, se queremos assim considerar o ministério levítico em nosso meio, á luz da Palavra de Deus, todos os que servem em qualquer ministério relacionado ao culto e ao templo, podem e devem ser chamados também de “levitas”.

A falsa ideia de que apenas músicos são levitas, mais uma vez considerando teologicamente o assunto no contexto atual, é totalmente contrária aos textos e relatos bíblicos. E mais, se torna um fato irônico chamar de levita aquele músico que, muitas vezes, exerce seu ministério na igreja tendo uma irreverência explícita no próprio culto, confundindo a adoração coletiva com seu show particular e, ignorando o conhecimento teológico e profundo da Palavra, o que o distancia mais ainda dos levitas bíblicos que possuíam grande sabedoria das Escrituras e extrema visão espiritual.

Concluo expressando o desejo de que os verdadeiros cristãos, que buscam para si a mesma nomeclatura do chamado levítico, possam exercer seus ministérios de uma forma em que suas ações possam refletir, pelo menos, uma expressiva parcela da responsabilidade, zelo, dedicação e compromisso dos levitas da Bíblia Sagrada.

GRAÇA - O FAVOR IMERECIDO DE DEUS PARA NÓS

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Efésios 2.8)

Lembro-me dessa palavra de vez em quando, e de seus múltiplos significados. Graça, segundo pessoas mais experientes que eu, já que sou um pouco jovem, era uma forma de perguntar o nome de outra pessoa. A primeira vez que ouvi isso, achei graça, mas aí já é outro significado.

Quando alguém queria saber o nome do outro, dizia: “Qual é a sua graça?”. Mas, com certeza, não é esse sentido que queremos enfatizar aqui.

Percorrendo pelos caminhos da língua portuguesa, descobrimos que graça também pode ser “qualidade do que é engraçado”. Creio que as pessoas pensam muito nessa palavra com esse sentido, aliás, dizem que sou muito engraçado, ou seja, tenho muita graça, segundo alguns. Em alguns momentos, há pessoas que olham para mim e começam a rir sem que eu faça nada, é mole? Será que alguém acha que sou uma graça? Espere aí! Uma graça? Outro sentido dessa palavra.

Pois é, graça também pode ser “beleza, elegância”, mas não é meu forte.

Em Gênesis 6:8, lemos assim: “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor”. Você já deve ter percebido que a palavra graça aqui não tem nada a ver com os significados ditos acima, mas significa o quê, então? No texto citado, significa “o favor imerecido que Deus concedeu a Noé”. Não entendeu? Vamos melhorar isso.

Gênesis 6 fala do descontentamento de Deus com o que estava acontecendo com a humanidade: “E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração. E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito” (Gênesis 6:5-7).

A maldade do homem chegou a um nível insuportável ao Deus todo Santo, a ponto d’Ele decidir destruir toda a humanidade. Só que, nesse momento, encontramos um versículo que diz assim: “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor” (Gênesis 6:8). O quê? Deus decidiu desviar a Sua ira de Noé, mostrar benevolência. Isso é graça.

É bom entendermos que graça é “um favor imerecido”, mas Noé alcançou esse favor por um motivo: “Noé andava com Deus” (Gênesis 6:9).

Yes! A coisa estava feia, o mundo estava totalmente corrompido, Deus não estava nada feliz com a humanidade, mas havia um homem que continuava fiel ao Senhor. Dá para perceber a situação? Será que isso nos faz pensar nos dias de hoje? Eu penso.

As coisas estão muito difíceis, complicadas, o mundo está podre, Satanás está fazendo a festa e as pessoas não estão notando. A maldade está aumentando de uma forma rápida e intensa, mas a graça de Deus nos garante uma vida melhor. Como? Se andarmos com Ele, seremos salvos: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Efésios 2:8).

Se andarmos com Deus, tal como Noé, seremos protegidos. É a graça de Deus que nos garante. Não importa o quanto o mundo está longe de Deus, não importa o quanto Deus está triste com o comportamento das pessoas que não querem saber d’Ele. Podemos andar com Ele mesmo nas circunstâncias mais adversas e Sua graça nos dará a vida.

Graça!

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

NOVOS CORPOS

E, assim como trouxemos a imagem do homem terreno, traremos também a imagem do homem celestial (1 Coríntios 15:49).

Todos os crentes podem esperar, pois um dia receberão novos corpos e novas imagens.

As aparições de Jesus após a ressurreição apresentam um vislumbre da grandeza, poder e maravilha que nossos próprios corpos de ressurreição terão. Nosso Senhor apareceu e desapareceu quando quis, e sempre reapareceu em outros lugares. Ele foi capaz de atravessar paredes e portas, e também podia comer, beber, sentar, conversar e ser visto pelos outros. Jesus foi notavelmente o mesmo que antes de sua morte, mas ele foi ainda mais notavelmente transformado. O corpo que os discípulos e outros seguidores viram depois da ressurreição será o mesmo que veremos quando formos estar com ele. Cristo também aparecerá da mesma forma quando retornar a terra (Atos 1:11).

Assim como foi com Jesus, nossos corpos perecíveis, naturais e fracos serão ressuscitados imperecíveis, espirituais e poderosos. Eles não mais nos limitarão em nosso serviço a Deus. No Céu, nós resplandeceremos a magnífica glória que Deus tão graciosamente dá aos Seus (Mateus 13:43). Cristo promete “transformar o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas” (Filipenses 3:21).

A ressurreição futura dos crentes para as glórias do Céu sempre foi uma abençoada esperança e motivação para a igreja através dos séculos – e deve ser para você e para mim. Não importa como sejam nossos corpos atuais – saudáveis ou não saudáveis, fortes ou simples, de vida curta ou de longa duração, bonitos ou maltratados – eles não são nossos corpos permanentes. Um dia, esses corpos naturais criados serão recriados como sobrenaturais. Mesmo que a Bíblia nos dê apenas um vislumbre sobre como esses novos corpos serão, é uma garantia preciosa saber que “seremos como Ele” (1 João 3:2).

Sugestão para oração

Ore por uma oportunidade de compartilhar insights deste estudo com um amigo cristão, especialmente se ele ou ela tiver sido desencorajado recentemente.

Estudo adicional

Leia Lucas 24:33-53 .

O que os versículos 37-43 mostram sobre o novo corpo de Jesus?

Anote outras coisas da passagem inteira que descrevem como Jesus havia mudado a forma como Ele era antes da cruz. Como ele permaneceu o mesmo?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

CRISTO COMO MEIO E FIM

Versículo do dia: Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. (Gálatas 2.19-20)

Por que Deus criou o universo, e por que ele o governa do modo como o faz? O que Deus está realizando? Jesus Cristo é um meio para esse propósito ou o fim desse propósito?

Jesus Cristo é a suprema revelação de Deus. Ele é Deus em forma humana. Como tal, ele é o fim, não um meio.

A manifestação da glória de Deus é o sentido do universo. Isso é o que Deus está realizando. Os céus e a história do mundo estão “proclamando a glória de Deus”.

Porém, Jesus Cristo foi enviado para realizar algo que precisava ser feito. Ele veio para remediar a queda. Ele veio para salvar os pecadores da inevitável destruição por causa do pecado deles. Esses redimidos verão, provarão e evidenciarão a glória de Deus com alegria eterna.

Continua após anúncio:
Outros continuarão a desprezar a glória de Deus. Portanto, Jesus Cristo é o meio para o que Deus quis realizar na manifestação da sua glória para o deleite do seu povo.

Mas, na consumação na cruz, enquanto morria pelos pecadores, Cristo revelou supremamente o amor e a justiça do Pai. Esse foi o ápice da revelação da glória de Deus: a glória da sua graça.

Portanto, no exato momento de seu ato perfeito como o meio do propósito de Deus, Jesus se tornou o fim desse propósito. Ao morrer no lugar dos pecadores e ao ressuscitar para a vida deles, ele se tornou a revelação central e suprema da glória de Deus.

Assim, Cristo crucificado é o meio e o fim do propósito de Deus no universo.

Sem a sua obra, esse fim de revelar a plenitude da glória de Deus para o deleite do povo de Deus não teria acontecido.

E enquanto agia como meio, ele se tornou o fim — aquele que para todo o sempre será o foco da nossa adoração, enquanto passarmos a eternidade vendo e provando cada vez mais do que ele revelou de Deus quando se tornou uma maldição por nós.

Jesus é o fim pelo qual o universo foi criado e o meio que torna esse fim possível de ser desfrutado.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do Dia: “E da parte do rei lhe foi dada subsistência vitalícia, uma pensão diária, durante os dias da sua vida.” (2 Reis 25.30)

Joaquim não foi levado do palácio real com uma provisão que duraria apenas alguns meses, mas a sua provisão lhe foi dada como uma pensão diária. Joaquim é uma boa ilustração da bem-aventurada posição de todos os membros do povo de Deus. Uma porção diária é tudo aquilo de que um homem realmente necessita. Não precisamos das provisões de amanhã; aquele dia ainda não raiou e suas necessidades ainda não nasceram. A sede que talvez sentiremos no mês de junho não precisa ser saciada em fevereiro, pois ainda não a sentimos. Se tivermos o suficiente para cada dia, nunca experimentaremos carência. O suficiente para o dia é tudo que podemos desfrutar. Não podemos comer, nem beber, nem vestir mais do que o suprimento diário de alimentos e vestes. O excesso nos traz a inquietação de saber o que fazer para guardá-lo e a ansiedade de protegê-lo de ladrões. Um cajado ajuda o viajante, mas um feixe de cajados é um fardo pesado. O suficiente não apenas é tão bom quanto um banquete, como também é tudo que mesmo um glutão pode realmente desfrutar.

O suficiente é tudo que podemos esperar. Anelar mais do que isto é ingratidão. Quando nosso Pai nos dá somente aquilo de que necessitamos, devemos ficar contentes com a provisão diária da parte dele. O caso de Joaquim é o nosso caso. Temos uma porção certa, que o Rei nos dá – uma porção graciosa e perpétua. Este é um motivo para expressarmos gratidão. Querido leitor crente, no que diz respeito à graça, você precisa de uma provisão diária. Você não tem um estoque de forças. Dia após dia, tem de buscar ajuda do alto. É uma agradável certeza o fato de que uma provisão diária lhe será outorgada. Na Palavra, no ministério, na meditação, na oração e no esperar em Deus, você receberá forças renovadas. Em Jesus se encontram estocadas todas as coisas que lhe são necessárias. Então, goze de sua provisão contínua. Jamais sinta fome, enquanto o diário pão da graça está à disposição, na mesa da misericórdia.

O Pecado mais Destrutivo - Josemar Bessa


MISTICISMO RELIGIOSO NO CONTEXTO DA IGREJA

Por Antônio Pereira Jr.

Como bem falou o grande “príncipe dos pregadores”, o grande C. H. Spurgeon, a mais de cem anos: “A apatia está por toda à parte. Ninguém se preocupa em verificar se o que está sendo pregado é verdadeiro ou falso. Um sermão é um sermão, não importa o assunto”. Esta ainda é a realidade de muitas igrejas em nosso século.

O QUE É MISTICISMO?

Esta palavra pode significar muitas coisas dependendo do contexto que está inserida. Por exemplo: Se alguém gosta de orar muito ou de buscar de maneira enfática o poder de Deus, ele é denominado por alguns de místico. Vejamos uma definição de misticismo:

Aurélio: Misticismo: 1. Crença ou doutrina religiosa dos místicos; 2. Disposição para crer no sobrenatural. Místico: 1. Misterioso e espiritualmente alegórico ou figurado. 2. Relativo à vida espiritual e contemplativa; 3. Religioso; 4. Aquele que procura atingir o estado extático de união direta com a divindade.

Misticismo: Conjunto de normas e práticas quem tem por objetivo alcançar uma comunhão direta com Deus. O problema que os místicos sempre exaltam a experiência em detrimento a Palavra. É a atitude da pessoa que deposita sua confiança em algo que não existe, ou, mesmo que exista, é ineficaz. Exemplos: orixás, iemanjá, ninfas, duendes, ídolos, amuletos, simpatias, água benta, óleo ungido, galho de arruda e sal grosso. Seu nome deriva do termo grego “mystikós”, relativo aos mistérios. Estes eram religiões herméticas, somente reveladas aos iniciados, que deviam fazer voto de guardar total silêncio a seu respeito. Na Grécia antiga, conhece-se os mistérios de Elêusis e de Dioniso como seus principais representantes. O adjetivo “mystikós” deriva do verbo “mio”, que significa fechar; mais especificamente, fechar os olhos, porta de entrada do mundo sensível, para que se torne possível o acesso a uma experiência de ordem anímica ou espiritual; e fechar a boca, para que esta não procure falar disso que, em sua essência, manifesta-se como indizível.

Em sentido amplo, podemos considerar a mística como a irrupção do absoluto dentro da vida humana. Para a filosofia neoplatônica, a mística é a atividade que conduz ao contato direto entre a alma individual e seu fundamento divino. Este contato possui o caráter de participação da alma em Deus. Para isso, é preciso deixar de lado a realidade sensível, uma vez que Deus é intelecto puro, sendo a alma, de caráter inteligível, a única via de acesso a Ele.

A mística neoplatônica influenciou marcadamente o pensamento de vários filósofos e teólogos da Idade Média, de modo a que se constituísse, assim, uma mística cristã medieval. A mística é trabalhada pelos pensadores alexandrinos, em especial Orígenes e São Clemente, em relação à história da salvação por Cristo e à experiência de apreensão da Unidade Trinitária de Deus. Também no gnosticismo ela se faz presente. Os Pais da Igreja alargam esta noção, denominando místico todo o conhecimento da realidade divina, cujo acesso é facultado através de Cristo. Santo Agostinho a define como uma iluminação da alma pela luz procedente de Deus. Entre os séculos XI e XIV, ela aparece como contraposição à tendência excessivamente racionalista da teologia e filosofia escolástica. No século XVI, a mística volta a ser intensificada, especialmente na Espanha, através de São João da Cruz e de Santa Teresa d‟Ávila.

Além dos acima citados, os principais representantes do pensamento místico no Ocidente são Fílon, Dionísio Aeropagita, São Bernardo, São Boaventura, João Gerson, Mestre Eckhart, João da Bohêmia, João Ruysbroek, Angela de Foligno e Ângelo Silésio.

MISTICISMO MODERNO

O problema é que quase sempre, os místicos são induzidos a prescindir da Bíblia e se basear apenas em suas experiências. Este é um dos grandes problemas dos neopentecostais, pois eles colocam suas experiências acima da Bíblia e dão a ela uma interpretação particular fora dos recursos hermenêuticos.

O Misticismo neopentecostalista é a mistura de figuras, objetos e símbolos para representarem elementos espirituais. Eles tomam figuras do Antigo e Novo Testamento e as espiritualizam, transformando-as em “proteções” semelhantes às usadas pelas magias pagãs. E deste ato aparecem crentes com fitinhas no braço, com medalhas de símbolos bíblicos, ungindo portas e janelas com azeite, colocando sal ao redor da casa para impedir a entrada de maus espíritos; outros bebem copos de água abençoada, usam óleos consagrados em Jerusalém, guardam gravetos que misteriosamente aparecem brilhando nos montes, ungem roupas para libertar as pessoas e etc.

As magias pagãs estabelecem como pontos de contatos objetos tais como amuletos, talismãs, patuás, cristais, pedras e coisas para “proteção”. O problema é que tais pessoas acabam baseando sua fé em objetos. Estamos vendo novamente a famigerada doutrina da Idade Média das indulgências, só que agora no meio evangélico. A bênção é comprada. Quando mais dá, mais bênção. Hoje em dia, estão sendo chamadas de correntes místicas todas as crenças em seres intermediários, sejam anjos, demônios do bem e do mal, forças ocultas e todos os poderes que podem interferir no cotidiano das pessoas e que têm que ser dominados e controlados. Este tipo de misticismo poderia englobar as correntes da Teologia da Prosperidade e da Nova Era.

Essa tendência pode ser vista no número cada vez maior de pessoas que acreditam em uma revelação especial fora da Bíblia, que buscam nortear-se por sonhos e visões e não pela Palavra de Deus. Com a perda crescente dessa norma objetiva como regra de fé e prática a tendência é buscar o subjetivismo e emocionalismo. Cada um passa a crer naquilo que os grupos têm experimentado, e por isso o testemunho de experiências sensacionais vai cada vez mais substituindo o lugar da pregação da Palavra de Deus no culto.

É uma prática usada por várias seitas. Por exemplo: A ROSA-CRUZ. Utiliza-se de objetos em suas práticas ocultistas tais como: incenso, estátuas, toalhas, aventais, bandeiras, decalques, discos, fitas K-7; publicações como monografias, de vários graus, enviadas pelo Correio para os membros do Sanctum da Grande Loja. Promete desenvolver o poder da vontade; manter a saúde; superar hábitos maus, atingir uma conscientização cósmica; mudar o ambiente; superar o complexo de inferioridade; decifrar antigos símbolos.

O Misticismo tem estado presente em todas as épocas da humanidade. O Evangelho e as cartas de João e Colossenses foram escritos para combater o pensamento gnóstico que era cheio de misticismo (Cl 2.16-23). O Misticismo está intimamente ligado ao panteísmo (tudo é Deus e Deus é tudo). Nos Estados Unidos houve um movimento chamado Transcendentalismo que foi influenciado pela filosofia Hindu, paralelamente a isso foi fundado o movimento teosófico por Helena (Madame) Blavatsky, escritora russa. Paralelamente surgiu a Ciência Cristã. O que eles tinham em comum?

A idéia de que o homem deve desenvolver a sua divindade. Se descobrir o pleno poder que existe dentro deles. Tendo o poder sobre a enfermidade, dos problemas etc. Essek Kenyon, pastor evangélico, estudou numa das escolas da Ciência Cristã. Começou a pregar que nós somos pequenos deuses, que temos o poder de criar a realidade pelo que nós dizemos. Ele discipulou pela sua literatura Kenneth Hagin que introduziu grandes heresias dentro da igreja evangélica. No Brasil, a literatura de Hagin foi introduzida por R. R. Soares.

HERESÍAS DENTRO DAS IGREJAS

“Se existe algo que a história nos ensina, este ensino é que os ataques mais devastadores desfechados contra a fé sempre começaram com erros sutis surgidos dentro da própria igreja”. – John F. MacArthur Jr.

ORAÇÃO MÍSTICA: R. R. Soares disse certa vez: “Nunca ore dizendo; Faça a tua vontade”. Paul (David) Yonggi Cho, especificando seus pedidos sobre a escrivaninha, bicicleta e a cadeira de rodas, disse: “Depois que aprendi a especificar os meus pedidos, eu não tive mais medo de Deus errar na entrega”. No entanto, veja estas passagens: Sl 94.10; Is 29.16 e Mt 6.8.

Resposta Bíblica. Contradizendo o que esses pregadores ensinam veja os seguintes exemplos: O pedido de Moisés (Dt 3.23-27), o espinho na carne de Paulo (2Co 12.7-10) e o próprio Jesus (Mt 26.39). O conselho de Tiago (4.13-16) A galeria dos heróis da fé (Hb 11.32-40). A Falácia do “Há poder em suas palavras” (até para criar) Exemplos bíblicos: Jacó (Gn 42.36); Davi (1Sm 27.1); os jovens na fornalha (Dn 3.17,18) e o pai do jovem lunático (Mc 9.23,24). Todos cristão, por mais fiel que possa ser, sempre passará por tribulações.

Usam palavras mágicas, é o “abracadabra” da fé. Não é preciso pedir e sim exigir. Jesus não só nos ensinou a orar: … seja feita a tua vontade (Mt 6:9 e 10), como também pôs em prática o que ensinou: … todavia, faça-se a tua vontade … (Mt 26.42). Pronunciar uma frase por deliberação própria e dar a entender que está autorizado por Deus, sem, na verdade, estar, é enganar o rebanho do Senhor. Deus não opera onde há engano; não compactua com enganadores e não terá por inocente aquele que tomar seu nome em vão (Êx 20.7).

HINOS ESTRANHOS E SEM CONTEÚDO: Devemos oferecer a Deus um culto racional – Rm 12.1-2. A música está sendo usada para animar os crentes. Há um triunfalismo exarcebado. A verdadeira adoração é voltada para Deus, nunca para o homem. O louvor místico não é adoração a Deus, mas instrumento de psicologia humanística. Quase não há hinos que exaltem a Pessoa de Deus.

Onde está a Cruz em nosso meio? Os grandes temas e mensagens de hoje são: “Você pode!”; “Você tem poder!”; “Você faz e acontece!” Além disso, você é que diz se pode liberar, soltar, prender e conquistar. É o homem, mediante fé na fé, que obriga Deus a agir. O sangue de Jesus virou uma confissão positiva-mágica, para ser usada antes de um tá amarrado! Assim, o sangue de Cristo não purifica mais todo o pecado, mas virou palavra de ordem para amarrar o pecador. O grande problema é que o fogo divino depende de Deus e o fogo humano é produzido a qualquer hora, circunstância e empolgação. “Emoções fortes despertadas durante o culto não constituem necessariamente uma evidência de que houve verdadeira adoração” – John MacArthur Jr.

OS CRENTES NÃO PODEM ADOECER: Os pregadores da fé afirmam que tanto a salvação quanto à cura física estão totalmente garantidas em Is 53.4,5. Veja Mt 8.14-17 e 1Pe 2.24. Ora, em Mt 8.14-17, Jesus ainda não havia morrido. Assim, o que Mateus quis dizer é que dentre as atribuições do Messias, uma delas seria curar os enfermos. Quanto ao texto de 1Pedro 2.24, podemos ver que o apóstolo aplicou a passagem de Isaías 53 para se referir ao pecado e não à enfermidade física. Deus cura sempre? A enfermidade de Timóteo (1Tm 5.23), de Trófimo (2Tm 4.20) e de Epafrodito (Fp 2.25-30). O espinho na carne do apóstolo Paulo (2Co 12.7-10). Veja Gl 4.13-15; 6.11 e At 23.1-5. A morte do profeta Eliseu (2Rs 13.14-21). Devemos nos lembrar que há uma cura melhor que a do corpo, é a cura da alma. Tenhamos mais medo do pecado que dos sofrimentos.

PROFETISMO SEM BÍBLIA: Escutamos frequentemente: “Eu profetizo!”; “Profetize pra seu irmão”. A Bíblia ensina que a profecia não depende do “EU” querer: “… porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirado pelo Espírito Santo”. (2Pe 1:21). É bom observarmos que os homens santos de Deus também não usaram essa frase; ao contrário, quando profetizaram, disseram: “Assim veio a mim a palavra do Senhor…” (Jr 1.4); “Assim diz o Senhor…” (Jr 2.5; Is 56:1; 66.1); “Ouví a palavra do Senhor…” (Jr 2.4); “E veio a mim a palavra do Senhor” (…) “disse o Espírito Santo…” (At 13:2); “…Isto diz o Espírito Santo…” (At 21.11); “Mas o Espírito expressamente diz…” (1Tm 4.1). Em todos os casos, não aparece o “EU”, aparece a pessoa divina.

Outro fator a pensar é este: As pessoas que profetizam bênçãos não esclarecem que tipos de bênçãos. As profecias bíblicas sempre especificaram que tipo de bênção ou de juízo sobreviria ao povo. Mas, hoje, é só isto: “Eu te abençôo”. É um procedimento totalmente fora da palavra de Deus. Deus é quem abençoa.

EXALTAÇÃO DO HOMEM: Algumas pessoas dizem: “Eu não quero saber o que a Bíblia dia, eu quero saber o que Kenneth Hagin diz”. O homem é o centro das atenções. O culto é preparado para ele. Os louvores, a pregação “positiva”. “Muitos vêm ouvir a Palavra somente para satisfazer seus ouvidos; eles apreciam a melodia da voz, a doçura suave da expressão, a novidade do conceito (At.17:21). Isso é amar mais o enfeite do prato do que o alimento em si; isso é o mesmo que desejar mais agradar a si mesmo do que ser edificado. É o mesmo que uma mulher que pinta o seu rosto e se esquece de sua saúde”. Thomas Watson.

ÊNFASE DEMASIADA NO MINISTÉRIO DOS ANJOS: A Nova Era fala também sobre o ministério dos anjos. Em nenhum lugar das Escrituras somos ensinados que podemos mandar nos anjos. Hoje existe até a troca do anjo. Os anjos estão sob a autoridade exclusiva do Senhor.

INTERPRETAÇÕES E PREGAÇÕES MÍSTICAS: Alguns dizem que existe um sentido oculto que só pode ser alcançado pelas pessoas especiais. As pessoas dizem: “Eu quero dizer uma coisa que não está revelada na Bíblia, pois Deus me revelou nesta noite”. Ignoram as regras de Hermenêutica e Exegese. Afinal, “Deus dá na hora”. As pregações de hoje são mais de auto-ajuda do que a ministração do alto. “A demanda gera o suprimento. Os ouvintes convidam e moldam os seus próprios pregadores. Se as pessoas desejam um bezerro de ouro para adorar, o ministro que fabrica bezerros‟ logo é encontrado” – John MacArthur Jr.

USO DE CHAVÕES: Chavões tais como: “Eu declaro”, “Eu ordeno”, “Eu profetizo”, “Eu decreto”, são pronunciados sem a menor reflexão ou sentido de responsabilidade. Os crentes e, infelizmente, muitos líderes, comportam-se como se fossem Deus; colocam o “EU” na frente e soltam palavras que não fazem parte das alianças divinas, das promessas divinas, dos oráculos divinos, dos estatutos divinos, da graça divina, da misericórdia divina, do amor divino. Falam da forma como Deus não mandou falar, declaram o que Deus não mandou declarar. “Eu declaro”, “Eu ordeno”, “Eu profetizo”, “Eu determino” são expressões despidas da espiritualidade ensinada na palavra de Deus; são frases que revelam a altivez do coração humano, são palavras que, por não terem respaldo bíblico, não mudam situação alguma. Veja o assunto: “Existe realmente poder em nossas palavras?”, na página 32.

“Toma posse da bênção”. Comparando isso com o procedimento de Jesus e dos apóstolos, afirmamos que é errado usar o termo “Toma posse da bênção” como meio de termos as bênçãos divinas concretizadas em nossa vida. Os discípulos e o próprio Jesus nunca cometeram esse tipo de equívoco, pois, em lugar de dizerem: “Toma posse da bênção”, eles disseram: “…se tu podes crer; tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23); “…Tende fé em Deus…” (Mc 11.22), “…grande é a tua fé!…” (Mt 9.28) “…Seja-vos feito segundo a vossa fé” (Mt 9:23); “Em nome de Cristo, o nazareno, levanta-te e anda…” (At 3:6). Assim, em vez de as bênçãos serem direcionadas para o homem, a palavra de Deus ensina as pessoas a direcionarem suas esperanças para Deus, através da fé. Alguns pregadores, como Lutero, falam em “tomar posse” mas num sentido muito diferente dos pregadores hodiernos.

FALSIFICAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS: É “fogo estranho”. Levítico 9:1-24; 10:1-3. Podem-se encontrar incensários à venda, fogo em pacotinhos, se você quiser. Ninguém faz esta avaliação, ninguém pondera sobre estes sistemas, ninguém questiona nada, o que interessa é fazer o povo feliz e deter o controle e o poder. Que tipo de espiritualidade nós queremos? – Gl 3:3. Alguns dizem: – Está sob o nosso controle: a gente faz dançar, a gente faz pular, a gente faz chorar, se o Espírito não derrubar não faz mal não, a gente dá uma pernadinha e o irmão cai; uma tapa na testa e pronto, tá resolvido. É isto que o povo quer, é de espetáculo que o povo gosta, é novidade que mantém o interesse da Igreja. A diferença entre a chama divina e o fogo estranho é a de que a chama divina está no controle soberano de Deus.

Fala-se hoje de “Tapete de Fogo”; “Metralhadora do Espírito”; “Granada do Espírito”; “Vassoura de Fogo”; “Unção do Riso”; “Cola do Espírito Santo”.

USO DE AMULETOS: Um amuleto é um objeto de superstição. Pode ser descrito como: “um objeto no qual está escrito uma fórmula de encantamento ou sobre a qual se recitou um encantamento, com o fim de proteger a pessoa que usa contra perigos, doenças, demônios, fantasmas, magia negra, e para trazer boa sorte e fortuna”. (Frank Gaynor. Ed. Dictionary of Mysticism. Nova Yorque. Citadel Press. sd.pp.10).

O uso dos elementos mágicos dos cultos e das superstições populares do Brasil, entre eles o sal grosso (para afastar maus espíritos), a rosa ungida (usada nos despachos e nas oferendas a Iemanjá), a água fluidificada (usada por credos espiritualistas a fim de trazer a influência espiritual para o corpo humano), fitas e pulseiras (semelhantes na sua designação às fitas do chamado Senhor do Bonfim), o ramo de arruda (usado para afastar coisas más) e uma quantidade enorme de apetrechos aos quais se emprestam supostos valores espirituais que podem ser passados por seus usuários.

No começo era a simples fé na oração, agora a mistificação de objetos. Na crença animista cada objeto possui uma alma, ou seja, é um ser espiritual. Atualmente alguns segmentos acreditam que uma vez que se unge alguma coisa, ela passa a ter poder, ou nos proteger como se fosse um espírito.

Ao aceitarmos o senhorio de Jesus, recebemos o Espírito Santo (1Co 6.19 Ef 1.13); nossos pecados são perdoados (At 10.43; Rm 4.6-8); somos recebidos como filhos de Deus (Jo 1.12); somos filhos, logo somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8.17); passamos da morte espiritual para a vida espiritual (1Jo 3.14); somos novas criaturas (2Co 5.17); o Diabo se afasta e não nos toca (Tg 4.7; 1Jo 5.18); não estamos mais sujeitos às maldições (Jo 8.32,36); a salvação nos leva a um relacionamento pessoal com nosso Pai e com Jesus como Senhor e Salvador (Mt 6.9; Jo 14.18-23); estamos livres da ira vindoura (Rm 5.9; 1Tss 1.10; 4.16-17; Ap 3.10), além de outras bênçãos.

CARACTERÍSTICAS DE UMA VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE

1. Uma Espiritualidade Trinitária: A verdadeira espiritualidade coloca Deus no centro. O Espírito glorifica a Cristo. A soberania de Deus é proclamada e vivida. (1Cr 29.11; Dn 4.35; Sl 115.3; 1Tm 6:15; Ef 1.11; Rm 11.36; Sl 39.9). O homem não passa de vaso de barro. (Is 29.16; 45.9; 2Co4.7).

2. Uma Espiritualidade Verdadeira Coloca o homem no seu devido lugar: Quem é o homem? 1Rs 8.46; Jo 14.4; Sl 51.5; Sl 58.3; Ec 7.20; Is 64:6; Jr 4.22; Jr 9.5-6; Jr 13.23; Jr 17.9; Jo 3.3; Jo 3.19; Jo 3.36; Jo 5.42; Jo 8.43,44; Rm 3.10-11; Rm 5.12; Rm 7.18, 23; Rm 8.7; 1Co 2.14; 2Co 4.4; Ef 2.3; Ef 4.18; 2Tm 2.25-26; 2Tm 3.2-4; Tt 1.15.

3. Uma Espiritualidade Comunitária. A verdadeira obra do Espírito produz amor cristão na igreja. Reconciliação e comunhão que desemboca na sociedade.

4. Uma Espiritualidade Centrada na Palavra de Deus. A verdadeira obra do Espírito aproxima as pessoas da Palavra de Deus. O misticismo afasta.

5. Uma Espiritualidade Missionária. Há serviço, oração, intercessão, quebrantamento que extrapola os muros de nossas igrejas. Vai para o campo, para as ruas, guetos e becos. Não fica apenas “decretando” e “amarrando” os demônios na cadeira confortável de seu templo. Não existe verdadeira espiritualidade sem serviço. Hoje há muito ativismo, mas pouco serviço.

Como reconhecer o trabalho do Espírito Santo de Deus? Três critérios nos auxiliarão:

(1) O fim principal do trabalho do Espírito é a Glória de Deus. Cristo, cheio e liderado pelo próprio Espírito, assim especificou – Jo 4.34; 5.19; 5.30; 5.43; 6.38; 17.4. No que dizem respeito aos demônios, estes procuram a auto-adoração e a própria glorificação. Não é esse o desejo de muitos pregadores de hoje?

(2) A suprema autoridade do Espírito é a Palavra de Deus: Dt 29.29. Demonstrar mais estima e procura por “revelações ocultas” do que pela revelação bíblica, é um insulto ao Deus todo-poderoso, que nos criou em amor para que o adorássemos e o servíssemos. Sola Scriptura: Sl 19.7; 119.130; Pv 1.1,4; Ef 3.1-2,4; Dt 4.2; Dt 12.32; Pv 30.5-6; Ap 22.18-19; Mt 15.3-6; Mc 7.5-7; 1Tm 4.1-2.

(3) A mensagem principal do Espírito é o Evangelho de Deus (At 1.2 e 8).

O PERIGO OPOSTO DE TUDO ISSO: O racionalismo exagerado: Ou seja, não crer na ação do Espírito Santo nos dias de hoje. Não sentir mais a necessidade de orar, de buscar a presença de Deus, de santificação, de quebrantamento.