Semeando o Evangelho

Semear a Verdade e o Amor de Deus
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
SOFRIMENTO E GRAÇA
Por Flávio Santos
A Primeira Epístola de Pedro faz parte, no Novo Testamento, das cartas gerais. As cartas gerais são assim conhecidas, pois não foram escritas para uma igreja específica, mas para todas as igrejas e aceita por elas como Escritura.
A carta foi endereçada aos discípulos peregrinos que estavam dispersos em vários lugares do Império Romano por causa da perseguição e do sofrimento. 1Pe 1.1
O propósito da carta era justamente fortalecer a fé dos que estavam em sofrimento decorrente da perseguição, por meio da graça. O encorajamento, nestes momentos, deveria vir da certeza que:
“O Deus te toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, confirmar e fortalecer. A Ele seja o domínio para todo o sempre. Amém”. 1Pe 5.10
Sofrimento e graça são fundamentais na vida dos discípulos de Jesus, pois formam as bases estruturais da sua espiritualidade. Sofrimento e graça são pedagógicos e ensinam lições preciosas para uma vida estruturada no Evangelho.
O sofrimento é uma graça que antecede a glória. O sofrimento pode assaltar o cristão em sua peregrinação, mas será manietado, preso e condenado à morte, quando o cristão for chamado à eterna glória do Deus de toda graça. O sofrimento é um instante comparado à eternidade. A dor do sofrimento presente é pouca perto do alívio da glória eterna.
Os sofrimentos do tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Rm 8.18
O sofrimento é uma graça que aperfeiçoa o cristão. Deus manda o sofrimento para nos dar o que está faltando, nos levando à perfeição. Se tivermos falhas, Deus envia o sofrimento para aperfeiçoar o nosso caráter. Se nos faltar a fé, Deus envia o sofrimento para gerá-la em nós. Se faltar oração, Deus envia o sofrimento para O buscarmos. Se faltar humildade, Deus manda o sofrimento para quebrar o orgulho.
Isto se torna ainda mais evidente quando entendemos o significado da Palavra aperfeiçoar no grego bíblico. Ela significa restaurar e remendar o que está quebrado. Neste sentido, o que nos falta para ser discípulos, Deus vai restaurar e aperfeiçoar.
O sofrimento é uma graça que firma e fortalece o cristão. Depois de enfrentarmos sofrimentos nos tornamos mais firmes e sólidos, aguentamos com firmeza os trancos da vida. A ideia é tornar duro como o granito. O sofrimento ao contrário do que muitos pensam, não é colocar para baixo, ao contrário, é colocar em pé, sobre bases de fundamento sólido.
O sofrimento é uma graça, pois vem de Deus, é dominado por Ele e exalta a Sua soberania para todo o sempre.
Assim, para os peregrinos do tempo presente, que estão experimentando a graça do sofrimento, há a certeza que – Ele mesmo – estará em todo o processo.
Apenas no Evangelho, que sofrimento e graça têm o nosso amém!
A Primeira Epístola de Pedro faz parte, no Novo Testamento, das cartas gerais. As cartas gerais são assim conhecidas, pois não foram escritas para uma igreja específica, mas para todas as igrejas e aceita por elas como Escritura.
A carta foi endereçada aos discípulos peregrinos que estavam dispersos em vários lugares do Império Romano por causa da perseguição e do sofrimento. 1Pe 1.1
O propósito da carta era justamente fortalecer a fé dos que estavam em sofrimento decorrente da perseguição, por meio da graça. O encorajamento, nestes momentos, deveria vir da certeza que:
“O Deus te toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, confirmar e fortalecer. A Ele seja o domínio para todo o sempre. Amém”. 1Pe 5.10
Sofrimento e graça são fundamentais na vida dos discípulos de Jesus, pois formam as bases estruturais da sua espiritualidade. Sofrimento e graça são pedagógicos e ensinam lições preciosas para uma vida estruturada no Evangelho.
O sofrimento é uma graça que antecede a glória. O sofrimento pode assaltar o cristão em sua peregrinação, mas será manietado, preso e condenado à morte, quando o cristão for chamado à eterna glória do Deus de toda graça. O sofrimento é um instante comparado à eternidade. A dor do sofrimento presente é pouca perto do alívio da glória eterna.
Os sofrimentos do tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Rm 8.18
O sofrimento é uma graça que aperfeiçoa o cristão. Deus manda o sofrimento para nos dar o que está faltando, nos levando à perfeição. Se tivermos falhas, Deus envia o sofrimento para aperfeiçoar o nosso caráter. Se nos faltar a fé, Deus envia o sofrimento para gerá-la em nós. Se faltar oração, Deus envia o sofrimento para O buscarmos. Se faltar humildade, Deus manda o sofrimento para quebrar o orgulho.
Isto se torna ainda mais evidente quando entendemos o significado da Palavra aperfeiçoar no grego bíblico. Ela significa restaurar e remendar o que está quebrado. Neste sentido, o que nos falta para ser discípulos, Deus vai restaurar e aperfeiçoar.
O sofrimento é uma graça que firma e fortalece o cristão. Depois de enfrentarmos sofrimentos nos tornamos mais firmes e sólidos, aguentamos com firmeza os trancos da vida. A ideia é tornar duro como o granito. O sofrimento ao contrário do que muitos pensam, não é colocar para baixo, ao contrário, é colocar em pé, sobre bases de fundamento sólido.
O sofrimento é uma graça, pois vem de Deus, é dominado por Ele e exalta a Sua soberania para todo o sempre.
Assim, para os peregrinos do tempo presente, que estão experimentando a graça do sofrimento, há a certeza que – Ele mesmo – estará em todo o processo.
Apenas no Evangelho, que sofrimento e graça têm o nosso amém!
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
PESSOAS QUE NÃO HERDARÃO O REINO DE DEUS
A Paz do Senhor Jesus, amados!
Hoje trago um tema bastante polêmico e que causa extensas discussões em nosso meio jovem e cristão, por isso, decidi que estudaria um pouco mais sobre o tema e traria uma breve explicação a respeito dessa passagem.
Leiamos o versículo:
“Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus.” – 1 Coríntios 6.10
Com a minha leitura pude levantar alguns pontos e individualmente fiz uma breve pesquisa sobre cada um deles e tentarei de uma maneira mais clara possível transmitir o que pude aprender.
Devasso:
A palavra “devasso” vem de imoralidade, libertinagem e obscenidade. Por essas definições, podemos ver que uma pessoa devassa, é aquela que comete imoralidades, partindo de todas as áreas, incluindo as correlatas ao sexo e também aquelas ligadas a tradições religiosas, familiares e morais de uma sociedade.
Idólatra:
Uma pessoa idólatra é aquela que adora a ídolos, valores e ideais em oposição a um Deus monoteísta. Isso se aplica em nossos dias ao passo que, o cristianismo vem se tornando idólatra, prestando cultos e ritos a imagens, objeto, doutrinas e pessoas que não representam a doutrina de Cristo.
Adúlteros:
Uma pessoa adúltera, é aquela que profana estatutos dados por Deus à Igreja, indo desde o matrimônio, como também a Sua Palavra, visto que abandonar ou alterar a palavra de Deus é uma forma de adultério.
Efeminados:
Sem dúvidas, este é o assunto mais polêmico do versículo e um dos mais do Novo Testamento.
Efeminado é um termo traduzido do grego Malakoi (ou Malakos), que realmente tem como um dos principais sentidos, o significado de devasso, porém, possui um sentido correlato em sua aplicação grega de sexualmente passivo a outro homem, ou seja, possui um desejo sexual por outro homem (ou pessoa do mesmo sexo) mas sem exercer a prática homossexual.
Portanto, podemos concluir que como o apóstolo Paulo já havia mencionado a devassidão, o significado aqui é no sentido sexual do termo Malakoi, indo em contraste com a tese defendida por muitos adeptos da Teologia Inclusiva de que haveria aqui uma recursividade no discurso de Paulo.
Sodomitas:
Provém do termo original grego Arsenokoitai, que é basicamente uma complementação do sentido de Malakoi, onde o sentido é de passividade. Já no Arsenokoitai, o sentido é de pratica, ou seja, ser ativo ou praticante de atos sexuais com pessoas do mesmo sexo, deixando claro que do mesmo jeito que pensar e sentir desejo, praticar atos sexuais com pessoas do mesmo sexo é igualmente pecado.
Outra evidência desse sentido, é que o termo faz referência aos antigos habitantes de Sodoma e seu comportamento depravado em relação ao sentido sexual.
Ladrões:
São os vigaristas, trapaceiros e os que roubavam. Logo, todos podemos concluir que assim como perante às leis humanas, o crime é punível e um pecado igualmente grave.
Avarentos:
São aqueles que são gananciosos pelo ganho, com um desejo insaciável de ter mais, sendo que esse desejo toma o lugar de Deus na vida das pessoas.
Bêbados:
Refere-se àqueles que bebem livre e habitualmente, que se tornam alcoólatras. Assim como já sabemos, a ingestão de bebidas alcoólicas pode causar danos para a nossa saúde, bem como causa efeitos em nossos pensamentos, nos deixando alterados, logo, também é um pecado.
Maldizentes:
Seriam pessoas culpadas de usarem um discurso abusivo, difamadores. Infelizmente é o pecado de estimação que muitos de nós temos guardados em nossas vidas, que causa escândalo e nos faz pecar cada vez mais.
Roubadores:
São aqueles que roubam ou confiscam uma propriedade durante uma perseguição. Aqui pode significar aqueles que tiram vantagem dos outros de uma forma legal, porém completamente injusta.
Bom irmãos, esse foi o resultado da minha pesquisa e sei que podem haver discordância de alguns temas aqui dispostos, mas pela graça de Jesus somos justificados (Romanos 3.24), e se há mais alguma dúvida em relação à esses temas, podemos pedir ajuda ao próprio autor!
Essa é a beleza da Bíblia, que sempre se completará, e quando estivermos com dúvidas, podemos recorrer ao próprio autor, que nos atenderá a qualquer momento e em qualquer lugar.
“A graça seja com todos vós. Amém.” (Hebreus 13.25)
Hoje trago um tema bastante polêmico e que causa extensas discussões em nosso meio jovem e cristão, por isso, decidi que estudaria um pouco mais sobre o tema e traria uma breve explicação a respeito dessa passagem.
Leiamos o versículo:
“Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus.” – 1 Coríntios 6.10
Com a minha leitura pude levantar alguns pontos e individualmente fiz uma breve pesquisa sobre cada um deles e tentarei de uma maneira mais clara possível transmitir o que pude aprender.
Devasso:
A palavra “devasso” vem de imoralidade, libertinagem e obscenidade. Por essas definições, podemos ver que uma pessoa devassa, é aquela que comete imoralidades, partindo de todas as áreas, incluindo as correlatas ao sexo e também aquelas ligadas a tradições religiosas, familiares e morais de uma sociedade.
Idólatra:
Uma pessoa idólatra é aquela que adora a ídolos, valores e ideais em oposição a um Deus monoteísta. Isso se aplica em nossos dias ao passo que, o cristianismo vem se tornando idólatra, prestando cultos e ritos a imagens, objeto, doutrinas e pessoas que não representam a doutrina de Cristo.
Adúlteros:
Uma pessoa adúltera, é aquela que profana estatutos dados por Deus à Igreja, indo desde o matrimônio, como também a Sua Palavra, visto que abandonar ou alterar a palavra de Deus é uma forma de adultério.
Efeminados:
Sem dúvidas, este é o assunto mais polêmico do versículo e um dos mais do Novo Testamento.
Efeminado é um termo traduzido do grego Malakoi (ou Malakos), que realmente tem como um dos principais sentidos, o significado de devasso, porém, possui um sentido correlato em sua aplicação grega de sexualmente passivo a outro homem, ou seja, possui um desejo sexual por outro homem (ou pessoa do mesmo sexo) mas sem exercer a prática homossexual.
Portanto, podemos concluir que como o apóstolo Paulo já havia mencionado a devassidão, o significado aqui é no sentido sexual do termo Malakoi, indo em contraste com a tese defendida por muitos adeptos da Teologia Inclusiva de que haveria aqui uma recursividade no discurso de Paulo.
Sodomitas:
Provém do termo original grego Arsenokoitai, que é basicamente uma complementação do sentido de Malakoi, onde o sentido é de passividade. Já no Arsenokoitai, o sentido é de pratica, ou seja, ser ativo ou praticante de atos sexuais com pessoas do mesmo sexo, deixando claro que do mesmo jeito que pensar e sentir desejo, praticar atos sexuais com pessoas do mesmo sexo é igualmente pecado.
Outra evidência desse sentido, é que o termo faz referência aos antigos habitantes de Sodoma e seu comportamento depravado em relação ao sentido sexual.
Ladrões:
São os vigaristas, trapaceiros e os que roubavam. Logo, todos podemos concluir que assim como perante às leis humanas, o crime é punível e um pecado igualmente grave.
Avarentos:
São aqueles que são gananciosos pelo ganho, com um desejo insaciável de ter mais, sendo que esse desejo toma o lugar de Deus na vida das pessoas.
Bêbados:
Refere-se àqueles que bebem livre e habitualmente, que se tornam alcoólatras. Assim como já sabemos, a ingestão de bebidas alcoólicas pode causar danos para a nossa saúde, bem como causa efeitos em nossos pensamentos, nos deixando alterados, logo, também é um pecado.
Maldizentes:
Seriam pessoas culpadas de usarem um discurso abusivo, difamadores. Infelizmente é o pecado de estimação que muitos de nós temos guardados em nossas vidas, que causa escândalo e nos faz pecar cada vez mais.
Roubadores:
São aqueles que roubam ou confiscam uma propriedade durante uma perseguição. Aqui pode significar aqueles que tiram vantagem dos outros de uma forma legal, porém completamente injusta.
Bom irmãos, esse foi o resultado da minha pesquisa e sei que podem haver discordância de alguns temas aqui dispostos, mas pela graça de Jesus somos justificados (Romanos 3.24), e se há mais alguma dúvida em relação à esses temas, podemos pedir ajuda ao próprio autor!
Essa é a beleza da Bíblia, que sempre se completará, e quando estivermos com dúvidas, podemos recorrer ao próprio autor, que nos atenderá a qualquer momento e em qualquer lugar.
“A graça seja com todos vós. Amém.” (Hebreus 13.25)
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
ABRAÇANDO JESUS
Versículo do dia: Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos, porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. (1 João 5.3-4)
O pastor e teólogo do século 18, Jonathan Edwards, analisou este texto e concluiu: “A fé salvífica implica… amar… Nosso amor a Deus nos capacita a superar as dificuldades que acompanham o cumprimento dos mandamentos de Deus — o que mostra que o amor é a principal coisa na fé salvífica, a vida e poder dela, pelo qual a fé produz grandes efeitos”.
Eu penso que Edwards está certo e que numerosos textos na Bíblia apoiam o que ele diz.
Outra maneira de dizer isso é que a fé em Cristo não é apenas concordar com o que Deus é para nós, mas também abraçar tudo o que ele é para nós em Cristo. “A verdadeira fé abraça a Cristo em qualquer maneira em que as Escrituras o oferecem aos pobres pecadores”. Esse “abraço” é um tipo de amor a Cristo — aquele tipo que o valoriza acima de todas as coisas.
Portanto, não há contradição entre 1 João 5.3, por um lado, que diz que o nosso amor por Deus nos capacita a guardar os seus mandamentos, e o versículo 4, que, por outro lado, diz que a nossa fé supera os obstáculos do mundo que nos impedem de obedecer aos mandamentos de Deus. O amor por Deus e por Cristo está implícito na fé.
O versículo 5 define a fé que obedece como aquela “que crê ser Jesus o Filho de Deus”. Esta fé está “abraçando” o dom que é Jesus Cristo como a gloriosa pessoa divina que ele é. Isso não é simplesmente concordar com a verdade de que Jesus é o Filho de Deus, porque os demônios concordam com isso (Mateus 8.29). Crer que Jesus é o Filho de Deus significa “abraçar” o significado dessa verdade, ou seja, ser satisfeito com Cristo como o Filho de Deus e com tudo o que Deus é para nós nele.
“Filho de Deus” significa que Jesus é a maior pessoa no universo, ao lado do seu Pai. Portanto, tudo o que ele ensinou é verdadeiro, tudo o que prometeu permanecerá firme e toda a sua grandeza que satisfaz a alma nunca mudará.
Logo, crer que ele é o Filho de Deus inclui confiar nisso tudo e estar satisfeito com isso.
Versículo do dia: Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos, porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. (1 João 5.3-4)
O pastor e teólogo do século 18, Jonathan Edwards, analisou este texto e concluiu: “A fé salvífica implica… amar… Nosso amor a Deus nos capacita a superar as dificuldades que acompanham o cumprimento dos mandamentos de Deus — o que mostra que o amor é a principal coisa na fé salvífica, a vida e poder dela, pelo qual a fé produz grandes efeitos”.
Eu penso que Edwards está certo e que numerosos textos na Bíblia apoiam o que ele diz.
Outra maneira de dizer isso é que a fé em Cristo não é apenas concordar com o que Deus é para nós, mas também abraçar tudo o que ele é para nós em Cristo. “A verdadeira fé abraça a Cristo em qualquer maneira em que as Escrituras o oferecem aos pobres pecadores”. Esse “abraço” é um tipo de amor a Cristo — aquele tipo que o valoriza acima de todas as coisas.
Portanto, não há contradição entre 1 João 5.3, por um lado, que diz que o nosso amor por Deus nos capacita a guardar os seus mandamentos, e o versículo 4, que, por outro lado, diz que a nossa fé supera os obstáculos do mundo que nos impedem de obedecer aos mandamentos de Deus. O amor por Deus e por Cristo está implícito na fé.
O versículo 5 define a fé que obedece como aquela “que crê ser Jesus o Filho de Deus”. Esta fé está “abraçando” o dom que é Jesus Cristo como a gloriosa pessoa divina que ele é. Isso não é simplesmente concordar com a verdade de que Jesus é o Filho de Deus, porque os demônios concordam com isso (Mateus 8.29). Crer que Jesus é o Filho de Deus significa “abraçar” o significado dessa verdade, ou seja, ser satisfeito com Cristo como o Filho de Deus e com tudo o que Deus é para nós nele.
“Filho de Deus” significa que Jesus é a maior pessoa no universo, ao lado do seu Pai. Portanto, tudo o que ele ensinou é verdadeiro, tudo o que prometeu permanecerá firme e toda a sua grandeza que satisfaz a alma nunca mudará.
Logo, crer que ele é o Filho de Deus inclui confiar nisso tudo e estar satisfeito com isso.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “Tendes chegado …. ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel.” (Hebreus 12.22, 24)
Leitor, você já chegou ao sangue da aspersão? A pergunta não é se você chegou ao conhecimento de uma doutrina, ou à observação de cerimônias, ou a certo tipo de experiência. A pergunta é: você já veio ao sangue de Jesus? Este sangue é a vida de toda piedade verdadeira. Se você já veio realmente a Jesus, sabemos como se deu esta vinda – o Espírito Santo lhe trouxe amavelmente ao Senhor Jesus. Você chegou ao sangue da aspersão sem qualquer mérito pessoal. Culpado, perdido e desamparado, veio para se apropriar desse sangue, e tão somente dele como sua esperança eterna. Com um coração trêmulo e repleto de dores, você veio à cruz de Cristo. Oh! como foi precioso aos seus ouvidos o escutar a voz do sangue de Cristo! O gotejar desse sangue é como música do céu para os arrependidos filhos da terra. Somos pessoas cheias de pecado, mas o Senhor Jesus nos ordena a erguer os olhos e volvê-los para Ele, e, à medida que os fixamos em suas feridas, cada gota de sangue clama: “Está consumado; acabei com o pecado e trouxe justiça eterna!” Oh! como é aprazível a linguagem do precioso sangue de Jesus! Se você já veio a este sangue, virá a ele constantemente. Sua vida estará olhando firmemente para Jesus” (Hebreus 12.2). Toda a sua conduta se resumira nesta frase: “Chegando… para ele” (1 Pedro 2.4). Não para quem eu devo ir, mas para quem estou sempre indo. Se você já chegou ao sangue da aspersão, sentirá necessidade de chegar a ele todos os dias. Aquele que não deseja limpar-se nele todos os dias, nunca limpou-se nele. O crente sempre vê como sua alegria e privilégio o fato de ainda haver uma nascente aberta. Experiências passadas são alimento duvidoso para os crentes; apenas uma vinda constante a Cristo pode nos dar alegria e consolação. Neste dia, espalhemos sangue nas ombreiras de nossas portas e, então, alegremo-nos com o cordeiro, certos de que o anjo destruidor não nos visitará.
Leitor, você já chegou ao sangue da aspersão? A pergunta não é se você chegou ao conhecimento de uma doutrina, ou à observação de cerimônias, ou a certo tipo de experiência. A pergunta é: você já veio ao sangue de Jesus? Este sangue é a vida de toda piedade verdadeira. Se você já veio realmente a Jesus, sabemos como se deu esta vinda – o Espírito Santo lhe trouxe amavelmente ao Senhor Jesus. Você chegou ao sangue da aspersão sem qualquer mérito pessoal. Culpado, perdido e desamparado, veio para se apropriar desse sangue, e tão somente dele como sua esperança eterna. Com um coração trêmulo e repleto de dores, você veio à cruz de Cristo. Oh! como foi precioso aos seus ouvidos o escutar a voz do sangue de Cristo! O gotejar desse sangue é como música do céu para os arrependidos filhos da terra. Somos pessoas cheias de pecado, mas o Senhor Jesus nos ordena a erguer os olhos e volvê-los para Ele, e, à medida que os fixamos em suas feridas, cada gota de sangue clama: “Está consumado; acabei com o pecado e trouxe justiça eterna!” Oh! como é aprazível a linguagem do precioso sangue de Jesus! Se você já veio a este sangue, virá a ele constantemente. Sua vida estará olhando firmemente para Jesus” (Hebreus 12.2). Toda a sua conduta se resumira nesta frase: “Chegando… para ele” (1 Pedro 2.4). Não para quem eu devo ir, mas para quem estou sempre indo. Se você já chegou ao sangue da aspersão, sentirá necessidade de chegar a ele todos os dias. Aquele que não deseja limpar-se nele todos os dias, nunca limpou-se nele. O crente sempre vê como sua alegria e privilégio o fato de ainda haver uma nascente aberta. Experiências passadas são alimento duvidoso para os crentes; apenas uma vinda constante a Cristo pode nos dar alegria e consolação. Neste dia, espalhemos sangue nas ombreiras de nossas portas e, então, alegremo-nos com o cordeiro, certos de que o anjo destruidor não nos visitará.
O PODER DA FRAQUEZA
Por Marcelo Berti
“Os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles” – 2 Coríntios 4:17
Nossa vida virou de pernas para o ar em Novembro do ano passado. Fazia alguns meses que visitávamos médicos e fazíamos exames sem saber exatamente o que estava acontecendo. Mas em novembro de 2014 nós recebemos a tão temida notícia: A Amanda, minha esposa, tinha um câncer de mama, agressivo e invasivo. Na ocasião, os exames apontavam a existência de um nódulo de 2.7cm e a primeira sugestão médica era a completa remoção da mama seguida de quimioterapia.
Pouco depois, fizemos um exame genético que identificou que a Amanda tinha a tal falha genética que a tornaria mais suscetível a desenvolver o câncer na outra mama. Nessa ocasião, a recomendação médica era a dupla mastectomia seguida de quimioterapia. Em fevereiro de 2015, durante a cirurgia de remoção das mamas da Amanda, o oncologista descobriu que o tumor tinha na verdade 10.5cm e precisa então fazer uma cirurgia mais agressiva para a retirada completa do tumor e dos nódulos linfáticos.
Depois do biópsia completa ficamos sabendo que a Amanda tem o tipo mais agressivo de cancer de mama, conhecido como cancer triplo negativo. Esse tipo de câncer de mama não responde à terapia hormonal ou terapias que ataquem receptores HER2, é mais difícil de tratar e mas fácil de espalhar ou de voltar. Sabendo disso, os médicos optaram por um tratamento agressivo e prolongado: Na primeira parte duas etapas de quimioterapia (cerca de 6 meses) seguida de uma longa sessão de radioterapia.
E aqui nós estamos hoje, passando pela primeira de muitas sessões de quimioterapia. Hoje nós sabemos o significado da palavra “agressiva” quando associada a expressão “quimioterapia.” Nessa situação a sensação de impotência é palpável. Nada está dentro do nosso controle ou da nossa capacidade de ajuste. Somos passageiros de uma confluência de fatores que não temos condições de dominar. Mas isso, não é necessariamente ruim.
Ao estudar as escrituras nós eventualmente nos deparamos com alguns paradoxos interessantes. No que se refere a vida, por exemplo, nós aprendemos que a relação entre vitalidade física e vitalidade espiritual é, em muitos casos, inversamente proporcional. Quando Paulo testemunha a respeito do seu sofrimento, ele nos diz que por três vezes suplicou a Deus que removesse da sua vida aquilo que ele chamava de “espinho na carne” (2 Coríntios 12:7-8). Mas ao contrário do que eu e você poderíamos esperar, Deus não respondeu a oração de Paulo como ele gostaria, mas disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:9). Deus era poderoso o suficiente para remover da vida de Paulo aquele sofrimento, mas Ele o amava demais para fazer isso. Ao invés de resolver o problema e permitir que Paulo restabelecesse sua força, Deus o manteve em uma situação desfavorável, para que ele pudesse experimentar o poder Dele.
Muitas vezes a resposta que Deus tem para nosso sofrimento não é a substituição, mas a transformação. Não é saúde ao invés de doença, força ao invés de fraqueza, mas a experiência da suficiente e eficiente graça de Deus durante o período de sofrimento. As vezes, Ele não remove o sofrimento, nem restabelece nossa força, mas nos oferece a força Dele para enfrentarmos nosso sofrimento e nossas dificuldades, por que a graça de Deus não é apenas um favor imerecido que salva, mas também um poder divino que nos sustenta nessa vida.
Em nossa fragilidade o poder de Deus fica evidente. Em nossa fraqueza temos espaço para a força que vem de Deus. No nosso sofrimento podemos experimentar a graça de Deus. Esta manifestação da graça de Cristo (2 Coríntios 13:14) era adequada para Paulo, fraco como estava, precisamente porque o poder divino encontra a seu pleno alcance e força na fraqueza humana. Esta manifestação da graça de Cristo também é adequada para nossa família, e tenho certeza que é adequada para você também.
Mas, não pense você que fraqueza é o pre-requisito para o fortalecimento da graça divina. A vida de Paulo era marcada tanto pelo poder de Deus como pela fraqueza humana. O mesmo podemos dizer de Cristo, que apesar de Sua glória e poder, viveu para experimentar as fraquezas da nossa humanidade a ponto de sofrer a morte, e morte de cruz. Aliás, podemos dizer que na cruz de Cristo encontramos o maior exemplo do poder da fraqueza: “Pois, na verdade, Cristo foi crucificado em fraqueza, mas vive pelo poder de Deus. Da mesma forma, somos fracos nele, mas, pelo poder de Deus, viveremos com ele para servir a vocês” (2 Coríntios 13:4).
É por isso que na nossa vida nós podemos experimentar tanto nossa fragilidade quanto o poder de Deus. Até por que, nós sabemos que o poder que Deus exerceu em Cristo ressuscitando-o dentre os mortos, é o mesmo poder que Ele opera em nossas vidas hoje (Efésios 1:19-20). Nós sabemos que em Deus nós podemos encontrar tudo o que precisamos para uma vida espiritual vibrante, mas a experiência desse poder que revitaliza nosso ser em muitos casos é dependente da nossa fragilidade. Ao que parece, nossa sensação de auto-suficiência desaparece quando nos deparamos com a nossa impotência e a inabilidade. Deve ser por isso que Paulo nos diz: “Embora exteriormente estejamos desgastados, interiormente estamos sendo renovados dia após dia” (2 Coríntios 4:16). Paulo sabia que os sofrimentos dessa vida poderiam desgastar e abater o corpo, mas não poderiam impedir que o poder de Deus se fizesse perfeito em sua fragilidade.
Apenas da perspectiva da fé é que podemos encarar os sofrimentos e dificuldades dessa vida como palco para a atuação da graça e do poder de Deus. Afinal nossa esperança não se encontra na cura, mas na vitória final sobre a morte (2 Coríntios 4:14); não se encontra no nosso bem estar, mas na proclamação da graça divina para a glória de Deus (2 Coríntios 4:15); não se encontra nas coisas dessa vida, mas na crescente expectativa da vida por vir (2 Coríntios 4:18). Experimentar o poder de Deus em muitos casos não significa receber um milagre, não significa receber a cura, mas aprender a lidar com nossos problemas, aprender a viver com nossos sofrimentos e ser transformados nesse processo de confiar e depender de Deus.
É a partir dessa perspectiva que enfrentamos os próximos passos na nossa luta:Fragilizados mas experimentando o poder e a graça de Deus; fracos, mas fortalecidos; desgastados, mas esperançosos. Hoje, nosso desejo é que o poder de Deus se torne evidente através da nossa fraqueza e Sua Graça seja conhecida especialmente entre aqueles que ainda não O conhecem.
“Os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles” – 2 Coríntios 4:17
Nossa vida virou de pernas para o ar em Novembro do ano passado. Fazia alguns meses que visitávamos médicos e fazíamos exames sem saber exatamente o que estava acontecendo. Mas em novembro de 2014 nós recebemos a tão temida notícia: A Amanda, minha esposa, tinha um câncer de mama, agressivo e invasivo. Na ocasião, os exames apontavam a existência de um nódulo de 2.7cm e a primeira sugestão médica era a completa remoção da mama seguida de quimioterapia.
Pouco depois, fizemos um exame genético que identificou que a Amanda tinha a tal falha genética que a tornaria mais suscetível a desenvolver o câncer na outra mama. Nessa ocasião, a recomendação médica era a dupla mastectomia seguida de quimioterapia. Em fevereiro de 2015, durante a cirurgia de remoção das mamas da Amanda, o oncologista descobriu que o tumor tinha na verdade 10.5cm e precisa então fazer uma cirurgia mais agressiva para a retirada completa do tumor e dos nódulos linfáticos.
Depois do biópsia completa ficamos sabendo que a Amanda tem o tipo mais agressivo de cancer de mama, conhecido como cancer triplo negativo. Esse tipo de câncer de mama não responde à terapia hormonal ou terapias que ataquem receptores HER2, é mais difícil de tratar e mas fácil de espalhar ou de voltar. Sabendo disso, os médicos optaram por um tratamento agressivo e prolongado: Na primeira parte duas etapas de quimioterapia (cerca de 6 meses) seguida de uma longa sessão de radioterapia.
E aqui nós estamos hoje, passando pela primeira de muitas sessões de quimioterapia. Hoje nós sabemos o significado da palavra “agressiva” quando associada a expressão “quimioterapia.” Nessa situação a sensação de impotência é palpável. Nada está dentro do nosso controle ou da nossa capacidade de ajuste. Somos passageiros de uma confluência de fatores que não temos condições de dominar. Mas isso, não é necessariamente ruim.
Ao estudar as escrituras nós eventualmente nos deparamos com alguns paradoxos interessantes. No que se refere a vida, por exemplo, nós aprendemos que a relação entre vitalidade física e vitalidade espiritual é, em muitos casos, inversamente proporcional. Quando Paulo testemunha a respeito do seu sofrimento, ele nos diz que por três vezes suplicou a Deus que removesse da sua vida aquilo que ele chamava de “espinho na carne” (2 Coríntios 12:7-8). Mas ao contrário do que eu e você poderíamos esperar, Deus não respondeu a oração de Paulo como ele gostaria, mas disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:9). Deus era poderoso o suficiente para remover da vida de Paulo aquele sofrimento, mas Ele o amava demais para fazer isso. Ao invés de resolver o problema e permitir que Paulo restabelecesse sua força, Deus o manteve em uma situação desfavorável, para que ele pudesse experimentar o poder Dele.
Muitas vezes a resposta que Deus tem para nosso sofrimento não é a substituição, mas a transformação. Não é saúde ao invés de doença, força ao invés de fraqueza, mas a experiência da suficiente e eficiente graça de Deus durante o período de sofrimento. As vezes, Ele não remove o sofrimento, nem restabelece nossa força, mas nos oferece a força Dele para enfrentarmos nosso sofrimento e nossas dificuldades, por que a graça de Deus não é apenas um favor imerecido que salva, mas também um poder divino que nos sustenta nessa vida.
Em nossa fragilidade o poder de Deus fica evidente. Em nossa fraqueza temos espaço para a força que vem de Deus. No nosso sofrimento podemos experimentar a graça de Deus. Esta manifestação da graça de Cristo (2 Coríntios 13:14) era adequada para Paulo, fraco como estava, precisamente porque o poder divino encontra a seu pleno alcance e força na fraqueza humana. Esta manifestação da graça de Cristo também é adequada para nossa família, e tenho certeza que é adequada para você também.
Mas, não pense você que fraqueza é o pre-requisito para o fortalecimento da graça divina. A vida de Paulo era marcada tanto pelo poder de Deus como pela fraqueza humana. O mesmo podemos dizer de Cristo, que apesar de Sua glória e poder, viveu para experimentar as fraquezas da nossa humanidade a ponto de sofrer a morte, e morte de cruz. Aliás, podemos dizer que na cruz de Cristo encontramos o maior exemplo do poder da fraqueza: “Pois, na verdade, Cristo foi crucificado em fraqueza, mas vive pelo poder de Deus. Da mesma forma, somos fracos nele, mas, pelo poder de Deus, viveremos com ele para servir a vocês” (2 Coríntios 13:4).
É por isso que na nossa vida nós podemos experimentar tanto nossa fragilidade quanto o poder de Deus. Até por que, nós sabemos que o poder que Deus exerceu em Cristo ressuscitando-o dentre os mortos, é o mesmo poder que Ele opera em nossas vidas hoje (Efésios 1:19-20). Nós sabemos que em Deus nós podemos encontrar tudo o que precisamos para uma vida espiritual vibrante, mas a experiência desse poder que revitaliza nosso ser em muitos casos é dependente da nossa fragilidade. Ao que parece, nossa sensação de auto-suficiência desaparece quando nos deparamos com a nossa impotência e a inabilidade. Deve ser por isso que Paulo nos diz: “Embora exteriormente estejamos desgastados, interiormente estamos sendo renovados dia após dia” (2 Coríntios 4:16). Paulo sabia que os sofrimentos dessa vida poderiam desgastar e abater o corpo, mas não poderiam impedir que o poder de Deus se fizesse perfeito em sua fragilidade.
Apenas da perspectiva da fé é que podemos encarar os sofrimentos e dificuldades dessa vida como palco para a atuação da graça e do poder de Deus. Afinal nossa esperança não se encontra na cura, mas na vitória final sobre a morte (2 Coríntios 4:14); não se encontra no nosso bem estar, mas na proclamação da graça divina para a glória de Deus (2 Coríntios 4:15); não se encontra nas coisas dessa vida, mas na crescente expectativa da vida por vir (2 Coríntios 4:18). Experimentar o poder de Deus em muitos casos não significa receber um milagre, não significa receber a cura, mas aprender a lidar com nossos problemas, aprender a viver com nossos sofrimentos e ser transformados nesse processo de confiar e depender de Deus.
É a partir dessa perspectiva que enfrentamos os próximos passos na nossa luta:Fragilizados mas experimentando o poder e a graça de Deus; fracos, mas fortalecidos; desgastados, mas esperançosos. Hoje, nosso desejo é que o poder de Deus se torne evidente através da nossa fraqueza e Sua Graça seja conhecida especialmente entre aqueles que ainda não O conhecem.
CHAMADOS PARA MINISTRAR A VERDADE CELESTIAL
Ministros que são genuinamente chamados por Deus ministram acerca de coisas que dizem respeito à vida e à morte eterna.
São chamados para principalmente agirem como embaixadores da parte de Deus para convocar todas as pessoas à salvação que há somente pela fé em Jesus Cristo.
É também seu dever administrar aquelas coisas pelas quais os que creem obtêm crescimento espiritual em santificação do Espírito.
Assim, quem recebe algo da parte daqueles que nomeiam a si mesmos ministros do evangelho, e que na verdade não o são, e coisas estas que se refiram apenas aos interesses relativos à nossa vida secular, será frustrado quanto ao propósito eterno de Deus para a sua vida.
E de igual modo, aqueles que ficam frustrados por não receberem dos verdadeiros e fiéis ministros o que se refira aos seus interesses seculares, e que rejeitam o alimento espiritual genuíno que lhes é oferecido, serão por fim, encontrados alijados daquela vida eterna e abundante que é encontrada somente nas coisas que são espirituais, celestiais e divinas.
Evidentemente, o evangelho responde a muitas necessidades seculares que temos neste mundo, mas não é este o seu supremo propósito, porque o que adianta ganhar o mundo inteiro em troca da perda da nossa alma? O que é mais valioso para ser ganho do que a salvação da nossa alma?
Então se temos tudo e falta isto, na verdade nada temos, porque esta será a condição em que seremos achados, espiritualmente falando, depois da nossa morte.
Agora, àqueles que têm alcançado a salvação da alma é prometido por Deus acrescentar ao seu viver tudo o que for necessário para a sua subsistência material.
Contingentes inumeráveis têm passado ao longo da história da humanidade se esforçando somente pelas riquezas e glórias terrenas, que murcham como a flor da erva, e criam asas para fugir deles ainda em vida, e que com certeza fogem todas na hora da morte.
Tanto esforço e sacrifício em vão, por um objetivo que se desfaz com o tempo, em troca da rejeição do que é duradouro, eterno e de real valor, que nem a ferrugem, a traça e o ladrão consomem.
Assim, pobre e miserável é o ministro que afasta os que lhe seguem da obtenção do verdadeiro tesouro celestial, e que empobrece suas almas por não alimentá-las com a verdade do evangelho.
São chamados para principalmente agirem como embaixadores da parte de Deus para convocar todas as pessoas à salvação que há somente pela fé em Jesus Cristo.
É também seu dever administrar aquelas coisas pelas quais os que creem obtêm crescimento espiritual em santificação do Espírito.
Assim, quem recebe algo da parte daqueles que nomeiam a si mesmos ministros do evangelho, e que na verdade não o são, e coisas estas que se refiram apenas aos interesses relativos à nossa vida secular, será frustrado quanto ao propósito eterno de Deus para a sua vida.
E de igual modo, aqueles que ficam frustrados por não receberem dos verdadeiros e fiéis ministros o que se refira aos seus interesses seculares, e que rejeitam o alimento espiritual genuíno que lhes é oferecido, serão por fim, encontrados alijados daquela vida eterna e abundante que é encontrada somente nas coisas que são espirituais, celestiais e divinas.
Evidentemente, o evangelho responde a muitas necessidades seculares que temos neste mundo, mas não é este o seu supremo propósito, porque o que adianta ganhar o mundo inteiro em troca da perda da nossa alma? O que é mais valioso para ser ganho do que a salvação da nossa alma?
Então se temos tudo e falta isto, na verdade nada temos, porque esta será a condição em que seremos achados, espiritualmente falando, depois da nossa morte.
Agora, àqueles que têm alcançado a salvação da alma é prometido por Deus acrescentar ao seu viver tudo o que for necessário para a sua subsistência material.
Contingentes inumeráveis têm passado ao longo da história da humanidade se esforçando somente pelas riquezas e glórias terrenas, que murcham como a flor da erva, e criam asas para fugir deles ainda em vida, e que com certeza fogem todas na hora da morte.
Tanto esforço e sacrifício em vão, por um objetivo que se desfaz com o tempo, em troca da rejeição do que é duradouro, eterno e de real valor, que nem a ferrugem, a traça e o ladrão consomem.
Assim, pobre e miserável é o ministro que afasta os que lhe seguem da obtenção do verdadeiro tesouro celestial, e que empobrece suas almas por não alimentá-las com a verdade do evangelho.
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
MISERICÓRDIA PARA HOJE
Versículo do dia: As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. (Lamentações 3.22-23)
As misericórdias de Deus são novas todas as manhãs porque cada dia só tem misericórdia suficiente para aquele dia. Deus fixa os problemas de cada dia. E Deus fixa as misericórdias de cada dia. Na vida dos seus filhos, estes são perfeitamente designados. Jesus disse: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (Mateus 6.34). Cada dia tem seu próprio mal. Cada dia tem suas próprias misericórdias. Cada um destes é novo a cada manhã.
Porém, muitas vezes tendemos a nos desesperar quando pensamos que talvez tenhamos que suportar o fardo de amanhã com os recursos de hoje. Deus quer que saibamos: Nós não o faremos. As misericórdias de hoje são para os males de hoje. As misericórdias de amanhã são para os males de amanhã.
Às vezes, nos perguntamos se teremos a misericórdia para suportar uma provação terrível. Sim, nós teremos. Pedro diz: “Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1 Pedro 4.14). Quando vem a injúria, vem o Espírito da glória. Isso aconteceu com Estêvão, enquanto estava sendo apedrejado. Isso ocorrerá com você. Quando o Espírito e a glória forem necessários, eles virão.
O maná no deserto foi concedido um dia de cada vez. Não havia armazenamento. É assim que nós devemos depender da misericórdia de Deus. Você não recebe hoje a força para suportar os fardos de amanhã. Hoje, você recebe misericórdias para os males de hoje.
Amanhã as misericórdias se renovarão. “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1.9).
Versículo do dia: As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. (Lamentações 3.22-23)
As misericórdias de Deus são novas todas as manhãs porque cada dia só tem misericórdia suficiente para aquele dia. Deus fixa os problemas de cada dia. E Deus fixa as misericórdias de cada dia. Na vida dos seus filhos, estes são perfeitamente designados. Jesus disse: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (Mateus 6.34). Cada dia tem seu próprio mal. Cada dia tem suas próprias misericórdias. Cada um destes é novo a cada manhã.
Porém, muitas vezes tendemos a nos desesperar quando pensamos que talvez tenhamos que suportar o fardo de amanhã com os recursos de hoje. Deus quer que saibamos: Nós não o faremos. As misericórdias de hoje são para os males de hoje. As misericórdias de amanhã são para os males de amanhã.
Às vezes, nos perguntamos se teremos a misericórdia para suportar uma provação terrível. Sim, nós teremos. Pedro diz: “Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1 Pedro 4.14). Quando vem a injúria, vem o Espírito da glória. Isso aconteceu com Estêvão, enquanto estava sendo apedrejado. Isso ocorrerá com você. Quando o Espírito e a glória forem necessários, eles virão.
O maná no deserto foi concedido um dia de cada vez. Não havia armazenamento. É assim que nós devemos depender da misericórdia de Deus. Você não recebe hoje a força para suportar os fardos de amanhã. Hoje, você recebe misericórdias para os males de hoje.
Amanhã as misericórdias se renovarão. “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1.9).
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “O precioso sangue … de Cristo.” (1Pedro 1.19)
Permanecendo aos pés da cruz, contemplamos as mãos, os pés e o lado do Senhor Jesus – todas as torrentes carmesim que destilam sangue precioso. É precioso por causa do seu poder redentor e expiatório. Por meio deste sangue, os pecados do povo de Deus são expiados. Eles são redimidos da condição de estarem sob a Lei; são reconciliados com Deus e se tornam um com Cristo. Esse sangue também é precioso em seu poder de purificação. Ele “purifica de todo pecado” (1 João 1.7). “Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve” (Isaías 1.18). Por meio do sangue de Jesus, não existe nenhuma mancha deixada em qualquer crente. O precioso sangue, que nos toma limpos, remove as manchas de abundante iniquidade e nos permite estar em condição de aceitos no Amado, apesar das diversas maneiras em que nos temos rebelado contra nosso Deus! O sangue de Cristo é igualmente precioso em seu poder de preservação. Sob a proteção do sangue aspergido, estamos salvos do anjo destruidor. Lembre-se: Deus, ao ver o sangue, tem o verdadeiro motivo de poupar o nosso ser. Nisto há conforto para nós, quando o olho da fé é ofuscado, pois o olho de Deus ainda é o mesmo. O sangue de Cristo também é precioso em sua influência santificadora. O mesmo sangue que justifica ao retirar o pecado, numa ação posterior, vivifica a nova natureza e a conduz adiante para subjugar o pecado e guardar os mandamentos de Deus. Não existe outro motivo tão grande para a santificação como o sangue que fluiu das veias do Senhor Jesus. Ainda, este sangue é precioso, indizivelmente precioso, por que ele tem poder de vitória. Está escrito: “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro” (Apocalipse 12.11). Como poderia ter acontecido diferente com eles? Aquele que luta com o precioso sangue de Jesus luta com uma arma que não conhece derrota. O sangue de Jesus – na presença desse sangue, o pecado morre, a morte deixa de ser morte, e as portas do céu se abrem. Marcharemos, conquistando e para conquistar, enquanto confiamos no poder desse sangue.
Permanecendo aos pés da cruz, contemplamos as mãos, os pés e o lado do Senhor Jesus – todas as torrentes carmesim que destilam sangue precioso. É precioso por causa do seu poder redentor e expiatório. Por meio deste sangue, os pecados do povo de Deus são expiados. Eles são redimidos da condição de estarem sob a Lei; são reconciliados com Deus e se tornam um com Cristo. Esse sangue também é precioso em seu poder de purificação. Ele “purifica de todo pecado” (1 João 1.7). “Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve” (Isaías 1.18). Por meio do sangue de Jesus, não existe nenhuma mancha deixada em qualquer crente. O precioso sangue, que nos toma limpos, remove as manchas de abundante iniquidade e nos permite estar em condição de aceitos no Amado, apesar das diversas maneiras em que nos temos rebelado contra nosso Deus! O sangue de Cristo é igualmente precioso em seu poder de preservação. Sob a proteção do sangue aspergido, estamos salvos do anjo destruidor. Lembre-se: Deus, ao ver o sangue, tem o verdadeiro motivo de poupar o nosso ser. Nisto há conforto para nós, quando o olho da fé é ofuscado, pois o olho de Deus ainda é o mesmo. O sangue de Cristo também é precioso em sua influência santificadora. O mesmo sangue que justifica ao retirar o pecado, numa ação posterior, vivifica a nova natureza e a conduz adiante para subjugar o pecado e guardar os mandamentos de Deus. Não existe outro motivo tão grande para a santificação como o sangue que fluiu das veias do Senhor Jesus. Ainda, este sangue é precioso, indizivelmente precioso, por que ele tem poder de vitória. Está escrito: “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro” (Apocalipse 12.11). Como poderia ter acontecido diferente com eles? Aquele que luta com o precioso sangue de Jesus luta com uma arma que não conhece derrota. O sangue de Jesus – na presença desse sangue, o pecado morre, a morte deixa de ser morte, e as portas do céu se abrem. Marcharemos, conquistando e para conquistar, enquanto confiamos no poder desse sangue.
segunda-feira, 31 de julho de 2017
OS ESPINHOS DE PAULO
Por Clóvis Gonçalves
E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. 2Co 12:7
Na tentativa de identificar o que seja este espinho na carne do apóstolo Paulo, vale a máxima de Lutero: o que as escrituras não afirmam com clareza, não devemos afirmar com certeza. Seguindo este conselho, o que segue são apenas conjecturas e opinião mais ou menos embasadas.
Podemos, inicialmente, supor que o espinho na carne era espiritual ou físico em sua manifestação. No primeiro caso, a primeira hipótese é de que o mensageiro de Satanás seja, de fato, um espírito maligno que o tormentava. Porém, o paralelo com a experiência de seu homônimo do Antigo Testamento, Saul, de “quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul” (1Sm 16:23) soa insultuoso ao Paulo que disse“o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus” (1Co 6:19).
Outra possibilidade de espinho espiritual é que seriam as tentações de maneira geral, ou de natureza sexual em particular. Porém, os termos mensageiro, no original angelos e esbofetear, do original kolaphizê, sugerem um ser pessoal e atividades pessoais. Embora Paulo pudesse ter uma tendência para o orgulho, pecados sexuais não deve ter sido um problema para ele, que aliás disse a este respeito: “quero que todos os homens sejam tais como também eu sou” (1Co 7:7).
Resta a alternativa de que o sofrimento seja físico e a primeira possibilidade a ser aventada é a perseguição que o apóstolo sofria por parte dos seus adversários. Em favor desta hipótese, há o precedente do Antigo Testamento, onde Deus diz “para a casa de Israel já não haverá espinho que a pique, nem abrolho que cause dor, entre todos os vizinhos que a tratam com desprezo” (Ez 28:24). A palavra traduzida por espinho na LXX foi a mesma utilizada por Paulo na passagem em tela e significa pedaço de madeira afiado, estaca pontiaguda, farpa.
Outro ponto que fortalece esta tese é o fato de que Paulo escreveu sobre o espinho no contexto das perseguições vindas de seus adversários. No capítulo anterior ele fala contra os “falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo” (2Co 11:13), lembra que“cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um” (2Co 11:24) e que “em Damasco, o governador preposto do rei Aretas montou guarda na cidade dos damascenos, para me prender” (2Co 11:32).
Porém, essa explicação também tem sua dose de dificuldades. Paulo recebeu as visões que poderiam levá-lo a se orgulhar bem antes desses adversários terem se levantado contra ele. Além disso, quando fala de seus adversários, diz que “o próprio Satanás se transforma em anjo de luz”(2Co 11:14) e que “não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça” (2Co 11:15). A idéia é de ministros de Satanás travestidos de apóstolos de Cristo e não de homens transformados em emissários de Satanás. Além disso, as expressões “um espinho” e“mensageiro de Satanás” apontam para um indivíduo e não para um grupo de pessoas.
A maioria dos que se debruçaram sobre a questão entende que o espinho na carne refere-se a uma doença física. No texto, fortalece esta posição a espressão “na carne”, que aqui deve ser tomada como significando “corpo de uma pessoa”. Os diagnósticos são variados e incluem, entre outras doenças, epilepsia, histeria, depressão, reumatismo, má audição, lepra, malária, gagueira e retinite solar.
Embora eu entenda que podemos apenas supor a natureza do espinho na carne de Paulo, tenho uma opinião a respeito. Inclino-me a pensar que o espinho de Paulo seja de fato uma dificuldade de visão. Cito como apoio algumas passagens, das quais podemos fazer inferências. Em Gálatas 6:11 o apóstolo diz “vede com que letras grandes vos escrevi de meu próprio punho”. É bem verdade que o motivo de ter escrito com o próprio punho esta parte era para dar ênfase à recomendação que faz, mas permanece o fato de que utilizou letras grandes como pessoas com dificuldade visual. Ele também diz “dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar” (Gl 4:15). Novamente, a passagem não é decisiva, mas o fato de Paulo ter dito “se possível fora” e não “se necessário fora” me parece indicação de que Paulo não estava apenas sendo hiperbólico, mas que tinha mesmo essa necessidade.
Finalmente, um alerta. Muitas vezes, no estudo da Bíblia, nos perdemos em detalhes desimportantes e pouco claros e deixamos de ver a mensagem principal, aquilo que Deus intencionou nos ensinar. Se você está preocupado com a identificação do espinho na carne de Paulo a ponto de não ter prestado atenção no que a passagem diz de forma clara, sugiro que volte lá, não mais para investigar sobre o que seria o espinho, mas para aprender o que Deus quer te ensinar através dela.
Soli Deo Gloria
E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. 2Co 12:7
Na tentativa de identificar o que seja este espinho na carne do apóstolo Paulo, vale a máxima de Lutero: o que as escrituras não afirmam com clareza, não devemos afirmar com certeza. Seguindo este conselho, o que segue são apenas conjecturas e opinião mais ou menos embasadas.
Podemos, inicialmente, supor que o espinho na carne era espiritual ou físico em sua manifestação. No primeiro caso, a primeira hipótese é de que o mensageiro de Satanás seja, de fato, um espírito maligno que o tormentava. Porém, o paralelo com a experiência de seu homônimo do Antigo Testamento, Saul, de “quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul” (1Sm 16:23) soa insultuoso ao Paulo que disse“o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus” (1Co 6:19).
Outra possibilidade de espinho espiritual é que seriam as tentações de maneira geral, ou de natureza sexual em particular. Porém, os termos mensageiro, no original angelos e esbofetear, do original kolaphizê, sugerem um ser pessoal e atividades pessoais. Embora Paulo pudesse ter uma tendência para o orgulho, pecados sexuais não deve ter sido um problema para ele, que aliás disse a este respeito: “quero que todos os homens sejam tais como também eu sou” (1Co 7:7).
Resta a alternativa de que o sofrimento seja físico e a primeira possibilidade a ser aventada é a perseguição que o apóstolo sofria por parte dos seus adversários. Em favor desta hipótese, há o precedente do Antigo Testamento, onde Deus diz “para a casa de Israel já não haverá espinho que a pique, nem abrolho que cause dor, entre todos os vizinhos que a tratam com desprezo” (Ez 28:24). A palavra traduzida por espinho na LXX foi a mesma utilizada por Paulo na passagem em tela e significa pedaço de madeira afiado, estaca pontiaguda, farpa.
Outro ponto que fortalece esta tese é o fato de que Paulo escreveu sobre o espinho no contexto das perseguições vindas de seus adversários. No capítulo anterior ele fala contra os “falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo” (2Co 11:13), lembra que“cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um” (2Co 11:24) e que “em Damasco, o governador preposto do rei Aretas montou guarda na cidade dos damascenos, para me prender” (2Co 11:32).
Porém, essa explicação também tem sua dose de dificuldades. Paulo recebeu as visões que poderiam levá-lo a se orgulhar bem antes desses adversários terem se levantado contra ele. Além disso, quando fala de seus adversários, diz que “o próprio Satanás se transforma em anjo de luz”(2Co 11:14) e que “não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça” (2Co 11:15). A idéia é de ministros de Satanás travestidos de apóstolos de Cristo e não de homens transformados em emissários de Satanás. Além disso, as expressões “um espinho” e“mensageiro de Satanás” apontam para um indivíduo e não para um grupo de pessoas.
A maioria dos que se debruçaram sobre a questão entende que o espinho na carne refere-se a uma doença física. No texto, fortalece esta posição a espressão “na carne”, que aqui deve ser tomada como significando “corpo de uma pessoa”. Os diagnósticos são variados e incluem, entre outras doenças, epilepsia, histeria, depressão, reumatismo, má audição, lepra, malária, gagueira e retinite solar.
Embora eu entenda que podemos apenas supor a natureza do espinho na carne de Paulo, tenho uma opinião a respeito. Inclino-me a pensar que o espinho de Paulo seja de fato uma dificuldade de visão. Cito como apoio algumas passagens, das quais podemos fazer inferências. Em Gálatas 6:11 o apóstolo diz “vede com que letras grandes vos escrevi de meu próprio punho”. É bem verdade que o motivo de ter escrito com o próprio punho esta parte era para dar ênfase à recomendação que faz, mas permanece o fato de que utilizou letras grandes como pessoas com dificuldade visual. Ele também diz “dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar” (Gl 4:15). Novamente, a passagem não é decisiva, mas o fato de Paulo ter dito “se possível fora” e não “se necessário fora” me parece indicação de que Paulo não estava apenas sendo hiperbólico, mas que tinha mesmo essa necessidade.
Finalmente, um alerta. Muitas vezes, no estudo da Bíblia, nos perdemos em detalhes desimportantes e pouco claros e deixamos de ver a mensagem principal, aquilo que Deus intencionou nos ensinar. Se você está preocupado com a identificação do espinho na carne de Paulo a ponto de não ter prestado atenção no que a passagem diz de forma clara, sugiro que volte lá, não mais para investigar sobre o que seria o espinho, mas para aprender o que Deus quer te ensinar através dela.
Soli Deo Gloria
BOA NOTÍCIA DE ALEGRIA PARA OS QUE SE ARREPENDEM E CREEM
O evangelho é a boa nova de alegria para a nossa salvação, mas ele não deixa de apontar para o juízo eterno de Deus sobre o pecado, caso não sejamos justificados pela fé em Cristo.
Assim, o evangelho é apenas boa nova para os que se convertem por meio da graça e mediante a fé, quando se arrependem do pecado.
A graça evangélica que seria manifestada por Jesus sempre está associada à fé e ao arrependimento, e a um caminhar condigno com a santidade de Deus.
Então é por isso que não vemos nenhuma das epístolas escritas pelos apóstolos desobrigando os crentes de um viver santo e piedoso, sob a alegação de não estarem mais debaixo da Lei e sim da graça do evangelho; porque sabiam que a graça é daqueles que amam a vontade de Deus, que detestam o pecado e que amam a santidade.
Foi para salvar estes que se arrependem que Cristo se manifestou. Ele morreu por todos os pecadores, mas apenas aqueles que creem nEle e se arrependem podem ser beneficiados pela Sua morte e desfrutar das bênçãos prometidas por Deus para o Seu povo.
Nós podemos ver estas verdades no capítulo 29 de Isaías, no qual Jerusalém é chamada pelo codinome de Ariel. E o capitulo é introduzido pela expressão interjetiva “Ah!” como um suspiro, porque é relativa à cidade onde Davi acampou, isto é, onde ele estabeleceu a sua casa, porque Jerusalém era chamada de a cidade de Davi.
Mas eles não andaram nos caminhos de Davi. Não imitaram a sua devoção e piedade.
Então é proferido o que o Senhor lhe faria:
“Então porei Ariel em aperto, e haverá pranto e lamentação; e ela será para mim como Ariel.” (Is 29.2).
São proferidas as assolações que lhes sobreviriam da parte de Babilônia, que a sitiaria e a abateria (v.3,4), e eles se sentiriam como mortos que descem ao pó.
Muitos inimigos prevaleceriam contra Judá, porque os babilônios viriam coligados a outros povos contra Judá, como por exemplo os moabitas e amonitas (v. 5).
E como todos os juízos do Senhor, isto viria repentinamente, como o ladrão, tal como nos dias de Noé, em Sodoma e Gomorra, e como também será no tempo do fim, conforme Jesus afirmou.
Não é afirmado, portanto, na profecia, como também não é no evangelho, que Deus está esperando bons frutos de árvores más.
Antes é dito que estas árvores más serão cortadas. Que as pérolas do evangelho não devem ser lançadas a porcos. Que não se deve pregar a paz a uma sociedade corrompida, senão que há um juízo aguardando por aqueles que não temem a Deus.
Deus deixa entregues a si mesmos aqueles que amam as trevas e não a luz. Aqueles que amam a mentira e não dão ouvidos à verdade. Ele deixa os que resistem continuamente à Sua vontade, entregues ao próprio endurecimento deles. Ele não lhes concede graça para que achem arrependimento. E nem toca a trombeta de alerta para eles para que despertem do sono de morte em que se encontram, como vemos afirmado nos versos 10 a 12:
“10 Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, os profetas; e vendou as vossas cabeças, os videntes.
11 Pelo que toda visão vos é como as palavras dum livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Ora lê isto; e ele responde: Não posso, porque está selado.
12 Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Ora lê isto; e ele responde: Não sei ler.”
Eles eram religiosos só de aparência. Eram falsos piedosos em suas obras externas, mas não tinham o poder da piedade operando pela graça em seus corações. Então a devoção deles não era em espírito e em verdade, mas uma adoração falsa. Como se costuma dizer: da boca para fora, mas não de fato e de verdade. Então se afirma o que lemos no verso 13:
“13 Por isso o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor;”.
Com isso o Senhor prometeu que faria, portanto, uma obra maravilhosa com aquele povo hipócrita, com aqueles judeus que eram apenas no nome, mas não no coração, não que consistisse em sinais e maravilhas externos, mas em fazer com que a sabedoria dos seus sábios perecesse diante da glória sobre-excelente do evangelho.
O entendimento dos entendidos a seus próprios olhos nos assuntos da religião ficaria obscurecido pela grande luz do evangelho, porque pelo Espírito Santo derramado no coração dos crentes, eles discerniriam que a doutrina dos líderes de Israel não passava de fumaça e de mandamentos de homens (v. 14).
Deus é onisciente e tudo sabe e conhece, inclusive as intenções dos corações. Mas os que não têm o Seu temor não conseguem ver esta verdade, e vivem enganando e sendo enganados, pensando que o Senhor não leva tal procedimento em consideração (v. 15). Não sabem que há um “Ai!” proferido contra eles, porque serão afligidos no dia do juízo.
Eles não conseguem enxergar que Deus é o oleiro e não o barro. Ao contrário, agem como se fossem oleiros, pensando que podem manipular o Senhor em suas obras e ações, e por isso rejeitam o Seu governo e disciplina em suas vidas (v. 16).
Assim, enquanto os sábios e entendidos, que julgavam enxergar e conhecer completamente a Deus e a Sua vontade, permaneceriam cegos e endurecidos pelo Senhor, Ele daria vista espiritual aos que se reconheciam cegos, isto é, ignorantes da Sua pessoa e vontade, e daria que aqueles que nunca ouviram ou não podiam entender a Sua Palavra, pudessem ouvi-la e compreendê-la (v. 17, 18).
Deus não se revelaria portanto aos sábios e entendidos a seus próprios olhos, mas aos pequeninos, a saber, aos mansos (submissos à Sua vontade), aos pobres de espírito, e por isso se afirma que são estes os que são bem-aventurados porque são aqueles a quem Deus se dará a conhecer, como também a Sua vontade. Assim estes pequeninos que se converteriam ao evangelho não se alegrariam e não gloriariam em si mesmos e no seu conhecimento, mas unicamente no Senhor (v. 19).
Enquanto isto, os opressores, os arrogantes, seriam reduzidos a nada, e todos os escarnecedores da verdade e todos os que se dão à iniquidade, serão desarraigados, porque não serão eles que herdarão a terra, senão somente aqueles que se deixam instruir por Deus, porque são mansos e pobres de espírito (v. 20).
Os versos 22 a 24 descrevem de modo muito claro a grande verdade evangélica que somente quem é espiritual pode discernir as coisas espirituais, e tudo discernir sem ser por ninguém discernido.
Então Deus fala pelo profeta nestes versículos que esta mensagem ficaria selada para o entendimento dos israelitas, e assim eles não poderiam deixar de ficar envergonhados da glória vazia da devoção deles, pensando que fosse algo muito elevado, quando na verdade era uma adoração de lábios de corações afastados do Senhor. Mas isto, como se diz no verso 23 só poderia ser discernido quando o Senhor fizesse a obra das Suas mãos no meio de Israel através de Jesus Cristo, então santificariam o Santo de Jacó e temeriam ao Deus de Israel, porque veriam que o Seu reino não consiste em palavras, mas em demonstração do Espírito Santo e de poder, o que seria manifestado pelo evangelho.
E tão abundante seria o derramar da graça, que os errados de espírito viriam a ter entendimento, e os murmuradores deixariam a murmuração para aprenderem a instrução do Senhor (v. 24).
Eis pois declarado o poder do evangelho para nos salvar e purificar do pecado.
Tão importante e maravilhoso é isto que Deus prometeu, muitos séculos antes, de várias formas e em vários lugares, por meio dos Seus profetas, o evangelho que haveria de ser manifestado por meio de Jesus – o Salvador e Senhor.
Assim, o evangelho é apenas boa nova para os que se convertem por meio da graça e mediante a fé, quando se arrependem do pecado.
A graça evangélica que seria manifestada por Jesus sempre está associada à fé e ao arrependimento, e a um caminhar condigno com a santidade de Deus.
Então é por isso que não vemos nenhuma das epístolas escritas pelos apóstolos desobrigando os crentes de um viver santo e piedoso, sob a alegação de não estarem mais debaixo da Lei e sim da graça do evangelho; porque sabiam que a graça é daqueles que amam a vontade de Deus, que detestam o pecado e que amam a santidade.
Foi para salvar estes que se arrependem que Cristo se manifestou. Ele morreu por todos os pecadores, mas apenas aqueles que creem nEle e se arrependem podem ser beneficiados pela Sua morte e desfrutar das bênçãos prometidas por Deus para o Seu povo.
Nós podemos ver estas verdades no capítulo 29 de Isaías, no qual Jerusalém é chamada pelo codinome de Ariel. E o capitulo é introduzido pela expressão interjetiva “Ah!” como um suspiro, porque é relativa à cidade onde Davi acampou, isto é, onde ele estabeleceu a sua casa, porque Jerusalém era chamada de a cidade de Davi.
Mas eles não andaram nos caminhos de Davi. Não imitaram a sua devoção e piedade.
Então é proferido o que o Senhor lhe faria:
“Então porei Ariel em aperto, e haverá pranto e lamentação; e ela será para mim como Ariel.” (Is 29.2).
São proferidas as assolações que lhes sobreviriam da parte de Babilônia, que a sitiaria e a abateria (v.3,4), e eles se sentiriam como mortos que descem ao pó.
Muitos inimigos prevaleceriam contra Judá, porque os babilônios viriam coligados a outros povos contra Judá, como por exemplo os moabitas e amonitas (v. 5).
E como todos os juízos do Senhor, isto viria repentinamente, como o ladrão, tal como nos dias de Noé, em Sodoma e Gomorra, e como também será no tempo do fim, conforme Jesus afirmou.
Não é afirmado, portanto, na profecia, como também não é no evangelho, que Deus está esperando bons frutos de árvores más.
Antes é dito que estas árvores más serão cortadas. Que as pérolas do evangelho não devem ser lançadas a porcos. Que não se deve pregar a paz a uma sociedade corrompida, senão que há um juízo aguardando por aqueles que não temem a Deus.
Deus deixa entregues a si mesmos aqueles que amam as trevas e não a luz. Aqueles que amam a mentira e não dão ouvidos à verdade. Ele deixa os que resistem continuamente à Sua vontade, entregues ao próprio endurecimento deles. Ele não lhes concede graça para que achem arrependimento. E nem toca a trombeta de alerta para eles para que despertem do sono de morte em que se encontram, como vemos afirmado nos versos 10 a 12:
“10 Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, os profetas; e vendou as vossas cabeças, os videntes.
11 Pelo que toda visão vos é como as palavras dum livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Ora lê isto; e ele responde: Não posso, porque está selado.
12 Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Ora lê isto; e ele responde: Não sei ler.”
Eles eram religiosos só de aparência. Eram falsos piedosos em suas obras externas, mas não tinham o poder da piedade operando pela graça em seus corações. Então a devoção deles não era em espírito e em verdade, mas uma adoração falsa. Como se costuma dizer: da boca para fora, mas não de fato e de verdade. Então se afirma o que lemos no verso 13:
“13 Por isso o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor;”.
Com isso o Senhor prometeu que faria, portanto, uma obra maravilhosa com aquele povo hipócrita, com aqueles judeus que eram apenas no nome, mas não no coração, não que consistisse em sinais e maravilhas externos, mas em fazer com que a sabedoria dos seus sábios perecesse diante da glória sobre-excelente do evangelho.
O entendimento dos entendidos a seus próprios olhos nos assuntos da religião ficaria obscurecido pela grande luz do evangelho, porque pelo Espírito Santo derramado no coração dos crentes, eles discerniriam que a doutrina dos líderes de Israel não passava de fumaça e de mandamentos de homens (v. 14).
Deus é onisciente e tudo sabe e conhece, inclusive as intenções dos corações. Mas os que não têm o Seu temor não conseguem ver esta verdade, e vivem enganando e sendo enganados, pensando que o Senhor não leva tal procedimento em consideração (v. 15). Não sabem que há um “Ai!” proferido contra eles, porque serão afligidos no dia do juízo.
Eles não conseguem enxergar que Deus é o oleiro e não o barro. Ao contrário, agem como se fossem oleiros, pensando que podem manipular o Senhor em suas obras e ações, e por isso rejeitam o Seu governo e disciplina em suas vidas (v. 16).
Assim, enquanto os sábios e entendidos, que julgavam enxergar e conhecer completamente a Deus e a Sua vontade, permaneceriam cegos e endurecidos pelo Senhor, Ele daria vista espiritual aos que se reconheciam cegos, isto é, ignorantes da Sua pessoa e vontade, e daria que aqueles que nunca ouviram ou não podiam entender a Sua Palavra, pudessem ouvi-la e compreendê-la (v. 17, 18).
Deus não se revelaria portanto aos sábios e entendidos a seus próprios olhos, mas aos pequeninos, a saber, aos mansos (submissos à Sua vontade), aos pobres de espírito, e por isso se afirma que são estes os que são bem-aventurados porque são aqueles a quem Deus se dará a conhecer, como também a Sua vontade. Assim estes pequeninos que se converteriam ao evangelho não se alegrariam e não gloriariam em si mesmos e no seu conhecimento, mas unicamente no Senhor (v. 19).
Enquanto isto, os opressores, os arrogantes, seriam reduzidos a nada, e todos os escarnecedores da verdade e todos os que se dão à iniquidade, serão desarraigados, porque não serão eles que herdarão a terra, senão somente aqueles que se deixam instruir por Deus, porque são mansos e pobres de espírito (v. 20).
Os versos 22 a 24 descrevem de modo muito claro a grande verdade evangélica que somente quem é espiritual pode discernir as coisas espirituais, e tudo discernir sem ser por ninguém discernido.
Então Deus fala pelo profeta nestes versículos que esta mensagem ficaria selada para o entendimento dos israelitas, e assim eles não poderiam deixar de ficar envergonhados da glória vazia da devoção deles, pensando que fosse algo muito elevado, quando na verdade era uma adoração de lábios de corações afastados do Senhor. Mas isto, como se diz no verso 23 só poderia ser discernido quando o Senhor fizesse a obra das Suas mãos no meio de Israel através de Jesus Cristo, então santificariam o Santo de Jacó e temeriam ao Deus de Israel, porque veriam que o Seu reino não consiste em palavras, mas em demonstração do Espírito Santo e de poder, o que seria manifestado pelo evangelho.
E tão abundante seria o derramar da graça, que os errados de espírito viriam a ter entendimento, e os murmuradores deixariam a murmuração para aprenderem a instrução do Senhor (v. 24).
Eis pois declarado o poder do evangelho para nos salvar e purificar do pecado.
Tão importante e maravilhoso é isto que Deus prometeu, muitos séculos antes, de várias formas e em vários lugares, por meio dos Seus profetas, o evangelho que haveria de ser manifestado por meio de Jesus – o Salvador e Senhor.
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
NÃO SEJA COMO UMA MULA
Versículo do dia: Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem. (Salmo 32.9)
Imagine o povo de Deus como um curral com todos os tipos de animais. Deus cuida dos seus animais, mostra-lhes onde eles precisam ir e fornece um estábulo para sua proteção.
Porém, há um animal nessa fazenda que dá muito trabalho a Deus, a saber, a mula. Ela é estúpida e teimosa e você não consegue dizer o que vem primeiro: teimosia ou estupidez.
Agora, a maneira como Deus gosta de conduzir seus animais ao celeiro para seu alimento e abrigo é ensinando a todos eles um nome pessoal e, depois, chamando-os pelo nome. “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir” (Salmo 32.8).
Porém, a mula não responderá a esse tipo de condução. Ela é sem entendimento. Então, Deus entra em sua caminhonete e vai ao campo, põe o freio na boca da mula, amarra-a na caminhonete e a arrasta enquanto ela esperneia e bufa até ao celeiro.
Essa não é a maneira como Deus deseja que seus animais venham a ele para bênção.
Um dia destes será tarde demais para aquela mula. Ela será ferida por chuva de granizo e atingida por raios, e quando ela vier correndo, a porta do celeiro estará fechada.
Portanto, não seja como a mula, mas em vez disso, que todos os que são piedosos venham a Deus em oração em tempo de poder encontrá-lo (Salmo 32.6).
O caminho para não sermos uma mula é nos humilharmos, irmos a Deus em oração, confessarmos nossos pecados e aceitarmos, como pequenos pintinhos necessitados, a condução de Deus até ao celeiro de sua proteção.
Versículo do dia: Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem. (Salmo 32.9)
Imagine o povo de Deus como um curral com todos os tipos de animais. Deus cuida dos seus animais, mostra-lhes onde eles precisam ir e fornece um estábulo para sua proteção.
Porém, há um animal nessa fazenda que dá muito trabalho a Deus, a saber, a mula. Ela é estúpida e teimosa e você não consegue dizer o que vem primeiro: teimosia ou estupidez.
Agora, a maneira como Deus gosta de conduzir seus animais ao celeiro para seu alimento e abrigo é ensinando a todos eles um nome pessoal e, depois, chamando-os pelo nome. “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir” (Salmo 32.8).
Porém, a mula não responderá a esse tipo de condução. Ela é sem entendimento. Então, Deus entra em sua caminhonete e vai ao campo, põe o freio na boca da mula, amarra-a na caminhonete e a arrasta enquanto ela esperneia e bufa até ao celeiro.
Essa não é a maneira como Deus deseja que seus animais venham a ele para bênção.
Um dia destes será tarde demais para aquela mula. Ela será ferida por chuva de granizo e atingida por raios, e quando ela vier correndo, a porta do celeiro estará fechada.
Portanto, não seja como a mula, mas em vez disso, que todos os que são piedosos venham a Deus em oração em tempo de poder encontrá-lo (Salmo 32.6).
O caminho para não sermos uma mula é nos humilharmos, irmos a Deus em oração, confessarmos nossos pecados e aceitarmos, como pequenos pintinhos necessitados, a condução de Deus até ao celeiro de sua proteção.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Salmos 22.1)
Aqui vemos o Salvador nas profundezas de seu desespero. Nenhuma outra ocasião nos mostra a tristeza de Cristo no Calvário; nenhum outro momento, no Calvário, é tão repleto de agonia como o momento em que este clamor de Jesus rasgou os ares – “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Neste momento, a fraqueza física se uniu à profunda tortura mental proveniente da vergonha e da infelicidade pelas quais Ele teve de passar. Para que a aflição de nosso Senhor terminasse de modo enfático, Ele sofreu a agonia espiritual que excede toda expressão, resultante do abandono da presença de seu Pai. Esta foi a hora mais escura do horror de nosso Senhor. Foi neste momento que Ele desceu ao abismo do sofrimento. Nenhum homem é capaz de penetrar em todo o significado destas palavras.
Às vezes, alguns de nós pensamos que podemos clamar: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Existem épocas em que o brilho do sorriso de nosso Pai se oculta em nuvens e trevas. Todavia, devemos lembrar que Ele realmente nunca nos abandona – é apenas um abandono aparente. Mas no caso de Cristo, foi um abandono real. Nós sofremos com um pequeno afastamento do amor de nosso Pai, mas quem calculará a profunda agonia de Jesus quando Deus desviou sua face dele? Em nosso caso, o clamor geralmente é impulsionado pela incredulidade. Mas, no que diz respeito a Cristo, o abandono foi verdadeiro. Foi a expressão de acontecimento terrível, pois Deus havia realmente virado as costas para seu Filho, por um período de tempo. Ó alma pobre e angustiada, que uma vez viveu ao sol da face de Deus, mas que agora está em escuridão, lembra que Ele não a abandonou de verdade. Enquanto nas nuvens, Ele é nosso Deus tanto quanto ao brilhar pelo lustre de sua graça. Visto que nos sentimos em agonia quando pensamos que Deus nos abandonou, quão terrível deve ter sido o clamor de nosso Senhor: “Deus meu, Deus meu , por que me desamparaste?”
Aqui vemos o Salvador nas profundezas de seu desespero. Nenhuma outra ocasião nos mostra a tristeza de Cristo no Calvário; nenhum outro momento, no Calvário, é tão repleto de agonia como o momento em que este clamor de Jesus rasgou os ares – “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Neste momento, a fraqueza física se uniu à profunda tortura mental proveniente da vergonha e da infelicidade pelas quais Ele teve de passar. Para que a aflição de nosso Senhor terminasse de modo enfático, Ele sofreu a agonia espiritual que excede toda expressão, resultante do abandono da presença de seu Pai. Esta foi a hora mais escura do horror de nosso Senhor. Foi neste momento que Ele desceu ao abismo do sofrimento. Nenhum homem é capaz de penetrar em todo o significado destas palavras.
Às vezes, alguns de nós pensamos que podemos clamar: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Existem épocas em que o brilho do sorriso de nosso Pai se oculta em nuvens e trevas. Todavia, devemos lembrar que Ele realmente nunca nos abandona – é apenas um abandono aparente. Mas no caso de Cristo, foi um abandono real. Nós sofremos com um pequeno afastamento do amor de nosso Pai, mas quem calculará a profunda agonia de Jesus quando Deus desviou sua face dele? Em nosso caso, o clamor geralmente é impulsionado pela incredulidade. Mas, no que diz respeito a Cristo, o abandono foi verdadeiro. Foi a expressão de acontecimento terrível, pois Deus havia realmente virado as costas para seu Filho, por um período de tempo. Ó alma pobre e angustiada, que uma vez viveu ao sol da face de Deus, mas que agora está em escuridão, lembra que Ele não a abandonou de verdade. Enquanto nas nuvens, Ele é nosso Deus tanto quanto ao brilhar pelo lustre de sua graça. Visto que nos sentimos em agonia quando pensamos que Deus nos abandonou, quão terrível deve ter sido o clamor de nosso Senhor: “Deus meu, Deus meu , por que me desamparaste?”
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