Semeando o Evangelho

Semeando o Evangelho
Semear a Verdade e o Amor de Deus

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

04. Apoio - Daniel Santos


03. Os Planos de Governo - Daniel Santos


01. A Política de Deus: Corrupção - Daniel Santos


10 COISAS QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE O ACONSELHAMENTO PASTORAL

1) O aconselhamento requer uma Bíblia tridimensional.

Ninguém gosta de uma história plana e unidimensional com personagens estáticos, um enredo previsível e uma conclusão insatisfatória. Por quê? Porque isso não soa fiel à experiência humana, que é profunda e multifacetada. Muitas pessoas se esquivam do aconselhamento baseado na Bíblia, porque assumem que a Bíblia é como uma história ruim, dando instruções sobre o comportamento em vez de oferecer uma imagem rica e colorida da vida humana.

O melhor aconselhamento usa as Escrituras como Deus pretende: como uma perspectiva viva de um mundo dinâmico que detém autoridade sobre os nossos. Não é unidimensional, mas tridimensional, capaz de abordar os muitos fatores da vida – da dinâmica relacional à autopercepção e às dificuldades circunstanciais. A Bíblia nos alegra mesmo quando nos instrui; ela desafia os compromissos centrais de nossos corações, mesmo quando eleva nossa perspectiva acima de nossas tristezas.

A Bíblia atesta a si mesma tridimensionalmente. Apenas leia o Salmo 119 se você quiser ter uma visão longa e prolongada de como a Escritura funciona nas correntes da vida.

2) O aconselhamento requer uma visão tridimensional da vida humana.

Assim como honramos a Bíblia, usando-a como Deus requer, honramos a vida humana quando a reconhecemos como Deus planejou. Ele nos projetou para responder dinamicamente às situações ao nosso redor, e essa resposta é multifacetada.

Na vida, as pessoas não apenas pensam, eles também querem e escolhem. Elas precisam de suas mentes instruídas, mas também de seus corações capturados. Elas precisam fazer novas escolhas, mas também precisam mostrar uma visão do que essas escolhas farão por elas. Elas precisam de ajuda para entender como seus pensamentos particulares afetam a maneira como elas se relacionam com as pessoas importantes em suas vidas, ou como os eventos que aconteceram com elas no passado afetam suas suposições acerca do futuro.

Afinal, o aconselhamento ajuda a conectar os pontos entre os vários aspectos da experiência de uma pessoa. Isso ajuda a nos entendermos melhor à luz do que as Escrituras dizem. Usar a Bíblia tridimensionalmente

3) Você é mais capaz que imagina.

Um cristão vivo com uma Bíblia viva é uma ferramenta poderosa para a mudança. Você pode pensar que existe uma categoria de pessoa que é capaz de ouvir as pessoas descrever seus problemas, entender automaticamente e saber o que dizer em resposta. Não existe um super-ouvinte existe. Você não pode preencher automaticamente os problemas de uma pessoa, mas também ninguém pode fazer isso. Você não deve presumir que um profissional remunerado seja capaz de solucionar os problemas de uma pessoa em dificuldades.

Não nos leve a mal. Médicos e conselheiros profissionais são uma fonte maravilhosa de ajuda. Estamos simplesmente salientando que o seu primeiro impulso não deve ser o de evitar enfrentar as complexidades dos problemas de outra pessoa. Seu primeiro impulso deve ser servi-los nesses problemas. Por que não estar disposto a entrar na bagunça sozinho? Por que não se associar ao seu amigo em dificuldades enquanto ela caminha pelo processo de obtenção de ajuda? Se Deus lhe deu sua palavra e seu Espírito habita dentro de você, há muito mais que você pode fazer do que você realiza provavelmente. Não evite falar a verdade para um amigo conturbado.

4) Você é menos capaz do que imagina.

Sim, a relação entre o terceiro e o quarto ponto é paradoxal. Com o primeiro, queremos que todo cristão, com uma Bíblia e o Espírito de humildade, esteja confiante de que pode ajudar um amigo conturbado de alguma forma significativa. Mas, com o segundo, queremos que todo cristão reconheça os limites de sua própria sabedoria.

Você se irá deparar com problemas dos quais nunca ouviu falar, situações em que conhece apenas alguns dos fatos, relacionamentos com os quais ainda não tem capacidade para falar. A humildade é a melhor proteção contra ferir alguém ao se envolver em uma situação delicada. A humildade reconhece as limitações de sua própria perspectiva e experiência.

Alguns cristãos tendem a pensar que conhecer a Bíblia significa que eles a aplicarão sabiamente em situações complexas. Mas este não é o caso. Precisamos que o Espírito nos cultive em amor e conhecimento, para que possamos discernir o que é agradável a Deus nas situações dinâmicas que temos diante de nós (Filipenses 1:9-11). Às vezes, a coisa certa a fazer é encorajar um lutador a procurar alguém mais avançado do que você, particularmente no que se refere a problemas específicos. Isso não significa que você não vá dizer nada; significa apenas que você deve ser rápido para ouvir e cauteloso para falar.

5) O aconselhamento é iniciado por problemas.

A natureza do aconselhamento é que as pessoas o procuram apenas quando estão lutando com algum problema. Quando seu carro quebra, você leva para a loja para consertá-lo; quando um cristão não está indo bem, ela procura um pastor ou um conselheiro para ajuda-lo. Aconselhamento é organizado em resposta a problemas percebidos na vida de uma pessoa.

Muitas vezes, os cristãos querem entrar diretamente em território familiar quando conversam com pessoas em dificuldades. Eles não entendem muito bem tudo o que está acontecendo; então eles rapidamente mudam para partes da Escritura que eles entendem bem. O resultado é frequentemente uma aplicação fiel, mas não muito pertinente da Bíblia.

Devemos respeitar os problemas que as pessoas enfrentam, ouvindo atentamente e buscando compreensão.

6) O aconselhamento não é focado no problema, mas centrado em Cristo.

Tendo reconhecido que o aconselhamento é iniciado pelo problema, precisamos salientar que ele não é focado no problema. O foco deve estar em Jesus Cristo e como o coração da pessoa deve responder a ele em meio às tristezas que está enfrentando. Aconselhamento não é principalmente sobre a correção de problemas, embora trabalhamos muito nisso. É o primeiro a reorientar a adoração das coisas criadas para o Criador por meio do evangelho de Jesus Cristo. A pergunta mais importante no aconselhamento não é “Como eu ficarei melhor?”, mas “O que meu coração está adorando?”

Se uma mulher solteira está lutando para se libertar de padrões de promiscuidade em seus relacionamentos, certamente a luxúria está envolvida. Entretanto, se você cavar mais fundo, descobrirá que ela pode estar lutando com um desejo de segurança, buscando-o nos braços de homens que se aproveitam dela. Ou, se um casal está em constante conflito, na superfície pode parecer que eles estão debatendo suas finanças. Contudo, se você mergulhar abaixo da superfície, muitas vezes descobrirá que o medo do fracasso é um estrangulamento em sua casa. Seu coração, projetado para adorar a Deus, está usando essa funcionalidade para buscar sua identidade em outro lugar.

7) O aconselhamento é para todos.

Porque o aconselhamento é sobre o coração responder corretamente aos problemas da vida, todo cristão deve reconhecer sua necessidade de ajuda. Discernir sobre como responder fielmente a sentimentos indesejados de depressão ou medos intrusivos, muitas vezes não pode ser feito sozinho.

Todo cristão está vivendo sua vida em um mundo marcado pela futilidade e dificuldade; e não devemos assumir que podemos navegar por este mundo sem as habilidades aperfeiçoadas de outros cristãos. Os conselheiros são muitas vezes aqueles cujas habilidades foram aperfeiçoadas para discernir a interação entre circunstâncias difíceis e respostas do coração. Algumas conversas com um conselheiro provado em batalha às vezes podem fazer maravilhas.

8) O aconselhamento não é para todos.

Outro paradoxo para você. O último ponto foi que o aconselhamento é para todos, mas este ponto está dando outra camada da nuance. O aconselhamento não é necessário quando uma pessoa tem a habilidade básica de entender como deveria estar respondendo à situação em que se encontra. A vida cristã regular é marcada por dificuldade, mas também é marcada com os meios regulares de graça nos ministérios de pregação e ensino da Palavra, na comunhão, nas amizades intencionais e na busca em oração a Deus como um corpo. Esses meios regulares de graça mantêm uma pessoa clara e de coração aberto em sua abordagem da vida, permitindo que muitos cristãos passem por longas temporadas sem a necessidade de aconselhamento.

No mistério da providência de Deus, alguns cristãos serão poupados dos piores tipos de sofrimento, ou receberão os melhores tipos de apoio na igreja; e assim não precisarão de aconselhamento na maioria das vezes. Outros terão rotas diferentes. Portanto, os cristãos devem pensar que o aconselhamento não é o ideal universal para todos nem a reabilitação desagradável para os particularmente desafortunados.

9) O aconselhamento tem tempo limitado.

Aconselhamento não é um estado permanente de ser. Muitas vezes, nem tudo é longo. Muitas vezes, um cristão em dificuldades estabelece melhores padrões de resposta e começa a ver seus problemas a partir da perspectiva mais ampla de Deus. E como ele melhora dessa maneira, ele não precisa mais de aconselhamento. Ele não precisará continuar a vir porque a depressão é aliviada, o vício em pornografia não é esmagador, ele aprendeu a amar sacrificialmente em seu casamento, ela está comendo normalmente de novo, ou ela é capaz de descansar de suas ansiedades. O problema original que os levou ao aconselhamento diminuiu.

Os bons conselheiros tentam trabalhar por conta própria, confiando as pessoas aos ministérios mais amplos da Palavra no contexto da igreja.

10) Há esperança até nas piores situações.

Jesus Cristo não abandona ninguém às complexidades da vida. Na vida regular de uma igreja, o número de dificuldades no corpo às vezes pode ser esmagador. Mas isso não é surpresa para Jesus, que nos disse que este mundo seria um problema; Ele também disse ao seu povo para ter coragem, pois superou o mundo (João 16:33).

A palavra que Jesus utiliza ao falar dos problemas deste mundo é paz. Com efeito, mesmo nas piores situações há esperança – embora não haja uma saída fácil. A promessa de Jesus é que ele é capaz de inserir uma virtude estrangeira no sofrimento. A paz de conhecer a Deus como um adorador muda toda a dinâmica da vida de uma pessoa. O evangelho de Jesus Cristo transformou incontáveis ​​viciados, prostitutas, agressores e tolos arrogantes em adoradores do único Rei verdadeiro. Nós já vimos isso e é incrível.

Não há nada como uma vida transformada para fazer você pensar: “O evangelho realmente funciona”.

Autores: Deepak Reju e Jeremy Pierre

Fonte: Crossway

Tradução: Mirian Gomes

Revisão: Leonardo Dâmaso

Divulgação: Reformados 21

COMPREENDENDO O JEJUM

Por Luciano Subirá


O jejum é a abstinência total ou parcial de alimentos por um período definido e propósito específico. Tem sido praticado pela humanidade em praticamente todas as épocas, nações, culturas e religiões. Pode ser com finalidade espiritual ou até mesmo medicinal, visto que o jejum traz tremendos benefícios físicos com a desintoxicação que produz no corpo. Mas nosso enfoque é o jejum bíblico. Muitos cristãos hoje desconhecem o que a Bíblia diz acerca do jejum. Ou receberam um ensino distorcido ou não receberam ensinamento algum sobre este assunto.

Creio que a Igreja de hoje vive dividida entre dois extremos: aqueles que não dão valor algum ao jejum e aqueles que se excedem em suas ênfases sobre ele. Penso que Deus queira despertar-nos para a compreensão e prática deste princípio que, sem dúvida, é uma arma poderosa para o cristão.

Não há regras fixas na Bíblia sobre quando jejuar ou qual tipo de jejum praticar, isto é algo pessoal. Mas a prática do jejum, além de ser recomendação bíblica, traz consigo alguns princípios que devem ser entendidos e seguidos.

A BÍBLIA ORDENA O JEJUM ?
Não. No Velho Testamento, na lei de Moisés, os judeus tinham um único dia de jejum instituído: o do Dia da Expiação (Lv 23.27), que também ficou conhecido como “o dia do jejum” (Jr 36.6) e ao qual Paulo se referiu como “o jejum” (At 27.9). Mas em todo o Velho e Novo Testamento não há uma única ordem acerca de jejuarmos. Contudo, apesar de não haver um imperativo acerca desta prática, a Bíblia esta cheia de menções ao jejum. Fala não apenas de pessoas que jejuaram e da forma como o fizeram, mas infere que nós também jejuaríamos e nos instrui na forma correta de faze-lo.

Muitos ensinadores falharam de maneira grave ao dizer que, por não haver nenhuma ordem específica para o jejum, então não devemos jejuar. Mas quando consideramos o ensino de Jesus sobre o jejum, não há como negar que o Mestre esperava que jejuássemos:

“Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuardes, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt 6.16-18).

Embora Jesus não esteja mandando jejuar, suas palavras revelam que ele esperava de nós esta prática. Ele nos instruiu até na motivação correta que se deve ter ao jejuar. E quando disse que o Pai recompensaria a atitude correta do jejum, nos mostrou que tal prática produz resultados!

Algumas pessoas dizem que se as epístolas não dizem nada sobre jejuar é porque não é importante, e desprezam o ensino de Jesus sobre o jejum. Isto é errado! Jesus não veio ensinar os judeus a viverem bem a Velha Aliança, Ele veio instituir a Nova Aliança, e todos os seus ensinos apontavam para as práticas dos cidadãos do reino de Deus.

Quando estava para ser assunto ao céu, deu ordem aos seus apóstolos que ensinassem as pessoas a guardar TUDO o que Ele tinha ordenado (Mt 28.20), inclusive o modo correto de jejuar! O próprio Jesus praticou o jejum, e lemos em Atos que os líderes da Igreja também o faziam. Registros históricos dos pais da igreja também revelam que o jejum continuou sendo observado como prática dos crentes muito tempo depois dos apóstolos. O jejum, portanto, deve ser parte de nossas vidas e praticado de forma equilibrada, dentro do ensino bíblico.

Embora o próprio Senhor Jesus tenha jejuado por quarenta dias e quarenta noites no deserto, e muitas vezes ficava sem comer (quer por falta de tempo ministrando ao povo – Mc 6.31, quer por passar as noites só orando sem comer – Mc 6.46), devemos reconhecer que Ele e seus discípulos não observavam o jejum dos judeus de seus dias (exceto o do dia da Expiação). Era costume dos fariseus jejuar dois dias por semana (Lc 18.12), mas Jesus e seus discípulos não o faziam. Aliás chegaram a questionar Jesus acerca disto:

“Disseram-lhe eles: Os discípulos de João e bem assim os fariseus freqüentemente jejuam e fazem orações; os teus, entretanto, comem e bebem. Jesus, porém, lhes disse: Podeis fazer jejuar os convidados para o casamento, enquanto está com eles o noivo? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim, jejuarão.” (Lc 5.33-35).

O Mestre mostrou não ser contra o jejum, e disse que depois que Ele fosse “tirado” do convívio direto com os discípulos (voltando ao céu) eles haveriam de jejuar. Jesus não se referiu ao jejum somente para os dias entre sua morte e ressurreição/reaparição aos discípulos (ao mencionar os dias que eles estariam sem o noivo), e sim aos dias a partir de sua morte. Contudo, Jesus deixou bem claro que a prática do jejum nos moldes do que havia em seus dias não era o que Deus esperava. A motivação estava errada, as pessoas jejuavam para provar sua religiosidade e espiritualidade, e Jesus ensinou a faze-lo em secreto, sem alarde.

O jejum pode ser uma prática vazia se não for feito de maneira correta. Isto aconteceu nos dias do Velho Testamento, quando o povo começou a indagar:

“Por que jejuamos nós, e não atentas para isto? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta?” (Is 58.3a).

E a resposta de Deus foi exatamente a de que estavam jejuando de maneira errada:

“Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e para rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto.” (Is 58.3b,4).

Por outro lado, o versículo está inferindo que se observado de forma correta, Deus atentaria para isto e a voz deles seria ouvida.

O PROPÓSITO DO JEJUM
Gosto de uma afirmação de Kenneth Hagin acerca do jejum: “O jejum não muda a Deus. Ele é o mesmo antes, durante e depois de seu jejum. Mas, jejuar mudará você. Vai lhe ajudar a manter-se mais suscetível ao Espírito de Deus”. O jejum não tornará Deus mais bondoso ou misericordioso para conosco, ele está ligado diretamente a nós, à nossa necessidade de romper com as barreiras e limitações da carne. O jejum deixará nosso espírito atento pois mortifica a carne e aflige nossa alma. Jesus deixou-nos um ensino precioso acerca disto quando falava sobre o jejum:

“Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos.” (Mc 2.22).

O odre era um recipiente feito com pele de animais, que era devidamente preparada mas, com o passar do tempo envelhecia e ressecava. O vinho, era o suco extraído da uva que fermentava naturalmente dentro do odre. Portanto, quando se fazia o vinho novo, era sábio colocá-lo num recipiente de pele (o odre) que não arrebentasse na hora em que o vinho começasse a fermentar, e o melhor recipiente era o odre novo.

Com essa ilustração Jesus estava ensinado-nos que o vinho novo que Ele traria (o Espírito Santo) deveria ser colocado em odres novos, e o odre (ou recipiente do vinho) é nosso corpo. A Bíblia está dizendo com isto que o jejum tem o poder de “renovar” nosso corpo. A Escritura ensina que a carne milita contra o espírito, e a melhor maneira de receber o vinho, o Espírito, é dentro de um processo de mortificação da carne.

Creio que o propósito primário do jejum é mortificar a carne, o que nos fará mais suscetíveis ao Espírito Santo. Há outros benefícios que decorrerão disto, mas esta é a essência do jejum.

Alguns acham que o jejum é uma “varinha de condão” que resolve as coisas por si mesmo, mas não podemos ter o enfoque errado. Quando jejuamos, não devemos crer NO JEJUM, e sim em Deus. A resposta às orações flui melhor quando jejuamos porque através desta prática estamos liberando nosso espírito na disputada batalha contra a carne, e por isso algumas coisas acontecem.

Por exemplo, a fé é do espírito e não da carne; portanto, ao jejuar estamos removendo o entulho da carne e liberando nossa fé para se expressar. Quando Jesus disse aos discípulos que não puderam expulsar um demônio por falta de jejum (Mt 17.21), ele não limitou o problema somente a isto mas falou sobre a falta de fé (Mt 17.19,20) como um fator decisivo no fracasso daquela tentativa de libertação.

O jejum ajuda a liberar a fé! O que nos dá vitória sobre o inimigo é o que Cristo fez na cruz e a autoridade de seu nome. O jejum em si não me faz vencer, mas libera a fé para o combate e nos fortalece, fazendo-nos mais conscientes da autoridade que nos foi delegada.

Mas apesar do propósito central do jejum ser a mortificação da carne, vemos vários exemplos bíblicos de outros motivos para tal prática:

a) No Velho Testamento encontramos diferentes propósitos para o jejum:

Consagração – O voto do nazireado envolvia a abstinência/jejum de determinados tipos de alimentos (Nm 6.3,4);
Arrependimento de pecados – Samuel e o povo jejuando em Mispa, como sinal de arrependimento de seus pecados (1 Sm 7.6, Ne 9.11);
Luto – Davi jejua em expressão de dor pela morte de Saul e Jônatas, e depois pela morte de Abner. (2 Sm 1.12 e 3.35);
Aflições – Davi jejua em favor da criança que nascera de Bate-Seba, que estava doente, à morte (2 Sm 12.16-23); Josafá apregoou um jejum em todo Judá quando estava sob o risco de ser vencido pelos moabitas e amonitas (2 Cr 20.3);
Buscando Proteção – Esdras proclamou jejum junto ao rio Ava, pedindo a proteção e benção de Deus sobre sua viagem (Ed 8.21-23); Ester pede que seu povo jejue por ela, para proteção no seu encontro com o rei (Et 4.16);
Em situações de enfermidade – Davi jejuava e orava por outros que estavam enfermos (Sl 35.13);
Intercessão – Daniel orando por Jerusalém e seu povo (Dn 9.3, 10.2,3)
b) Nos Evangelhos

Preparação para a Batalha Espiritual – Jesus mencionou que determinadas castas só sairão por meio de oração e jejum, que trazem um maior revestimento de autoridade (Mt 17.21);
Estar com o Senhor – Ana não saía do templo, orando e jejuando freqüentemente (Lc 2.37);
Preparar-se para o Ministério – Jesus só começou seu ministério depois de ter sido cheio do Espírito Santo e se preparado em jejum (prolongado) no deserto (Lc 4.1,2);
c) Em Atos dos Apóstolos vemos a Igreja praticando o jejum em diversas situações, tais como:

Ministrar ao Senhor – Os líderes da igreja em Antioquia jejuando apenas para adorar ao Senhor (At 13.2);
Enviar ministérios – Na hora de impor as mãos e enviar ministérios comissionados (At.13:3);
Estabelecer presbíteros – Além de impor as mãos com jejum sobre os enviados, o faziam também sobre os que recebiam autoridade de governo na igreja local, o que revela que o jejum era um princípio praticado nas ordenações de ministros (At 14.23).
d) Nas Epístolas só encontramos menções de Paulo de ter jejuado (2 Co 6.3-5; 11.23-27).

DIFERENTES FORMAS DE JEJUM
Há diferentes formas de jejuar. As que encontramos na Bíblia são:

a) Jejum PARCIAL. Normalmente o jejum parcial é praticado em períodos maiores ou quando a pessoa não tem condições de se abster totalmente do alimento (por causa do trabalho, por exemplo). Lemos sobre esta forma de jejum no livro de Daniel:

“Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram em minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que se passaram as três semanas.” (Dn 10.2,3).

O profeta Daniel diz exatamente o quê ficou sem ingerir: carne, vinho e manjar desejável. Provavelmente se restringiu à uma dieta de frutas e legumes, não sabemos ao certo. O fato é que se absteve de alimentos, porém não totalmente. E embora tenha escolhido o que aparentemente seja a forma menos rigorosa de jejuar, dedicou-se à ela por três semanas.

Em outras situações Daniel parece ter feito um jejum normal (Dn 9.3), o que mostra que praticava mais de uma forma de jejum. Ao fim deste período, um anjo do Senhor veio a ele e lhe trouxe uma revelação tremenda. Declarou-lhe que desde o primeiro dia de oração o profeta já fora ouvido (v.12), mas que uma batalha estava sendo travada no reino espiritual (v.13) o que ocorreria ainda no regresso daquele anjo (v.20). Aqui aprendemos também sobre o poder que o jejum tem nos momentos de guerra espiritual.

b) Jejum NORMAL. É a abstinência de alimentos mas com ingestão de água. Foi a forma que nosso Senhor adotou ao jejuar no deserto. Cresci ouvindo sobre a necessidade de se jejuar bebendo água; meu pai dizia que no relato do evangelho não há menção de Cristo ter ficado sem beber ou ter tido sede (e ele estava num deserto!):

“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome.” (Mt 4.2).

Denominamos esta forma de jejum como normal, pois entendemos ser esta a prática mais propícia nos jejuns regulares (como o de um dia).

c) Jejum TOTAL. É abstinência de tudo, inclusive de água. Na Bíblia encontramos poucas menções de ter alguém jejuado sem água, e isto dentro de um limite: no máximo três dias.

A água não é alimento, e nosso corpo depende dela a fim de que os rins funcionem normalmente e que as toxinas não se acumulem no organismo. Há dois exemplos bíblicos deste tipo de jejum, um no Velho outro no Novo Testamento:

1) Ester, num momento de crise em que os judeus (como povo) estavam condenados à morte por um decreto do rei, pede a seu tio Mardoqueu que jejuem por ela: “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci.” (Et 4.16).

2) Paulo, na sua conversão também usou esta forma de jejum, devido ao impacto da revelação que recebera: “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu.” (At 9.9).

Não há qualquer outra menção de um jejum total maior do que estes (a não ser o de Moisés e Elias numa condição diferente que explicaremos adiante). A medicina adverte contra um período de mais de três dias sem água, como sendo nocivo. Devemos cuidar do corpo ao jejuar e não agredi-lo; lembre-se de que estará lutando contra sua carne (natureza e impulsos) e não contra o seu corpo.

A DURAÇÃO DO JEJUM
Quanto tempo deve durar um jejum? A Bíblia não determina regras deste gênero, portanto cada um é livre para escolher quando, como e quanto jejua. Vemos vários exemplos de jejuns de duração diferente nas Escrituras:

1 dia – O jejum do Dia da Expiação
3 dias – O jejum de Ester (Et 4.16) e o de Paulo (At 9.9);
7 dias – Jejum por luto pela morte de Saul (I Sm.31.13);
14 dias – Jejum involuntário de Paulo e os que com ele estavam no navio (At 27.33);
21 dias – O jejum de Daniel em favor de Jerusalém (Dn 10.3);
40 dias – O jejum do Senhor Jesus no deserto (Lc 4.1,2);
OBS: A Bíblia fala de Moisés (Ex 34.28) e Elias (1 Re 19.8) jejuando períodos de quarenta dias. Porém vale ressaltar que estavam em condições especiais, sob o sobrenatural de Deus. Moisés nem sequer bebeu água nestes 40 dias, o que humanamente é impossível. Mas ele foi envolvido pela glória divina. O mesmo se deu com Elias, que caminhou 40 dias na força do alimento que o anjo lhe trouxe. Isto é um jejum diferente que começou com um belo “depósito”, uma comida celestial. Jesus, porém, fez um jejum normal com esta duração.

Muitas pessoas erram ao fazer votos ligados à duração do jejum… Não aconselho ninguém fazer um voto de quanto tempo vai jejuar, pois isso te deixará “preso” no caso de algo fugir ao seu controle. Siga o conselho bíblico:

“Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras”. (Ec 5.4,5).

É importante que haja uma intenção e um alvo quanto à duração do jejum no coração, mas não transforme isto em voto. Já intentei jejuns prolongados e no meio do caminho fui forçado a interromper. Mas também já comecei jejuns sem a intenção de prolongá-lo e, no entanto, isto acabou acontecendo mesmo sem ter feito os planos para isto.

O JEJUM PROLONGADO
Há algo especial num jejum prolongado, mas deve ser feito sob a direção de Deus (as Escrituras mostram que Jesus foi guiado pelo Espírito ao seu jejum no deserto – Lc 4.1). Conheço irmãos que tem jejuado por trinta e até quarenta dias, embora eu, pessoalmente, não tenha feito um jejum tão longo; o maior tempo que jejuei (apenas bebendo água) foram 21 dias. Mas cada um desses irmãos confirma ter recebido de Deus uma direção para tal.

Vale ressaltar também que certos cuidados devem ser tomados. Não podemos brincar com o nosso corpo. Uma dieta para desintoxicação do organismo antes do jejum é recomendada, e também na quebra do jejum prolongado (mais de 3 dias). Procure orientação e acompanhamento médico se o Senhor lhe dirigir a um jejum deste gênero. Há muita instrução na forma de literatura que também pode ser adquirida.

PODEMOS FALAR QUE ESTAMOS JEJUANDO ?
Algumas pessoas são extremistas quanto a discrição do jejum, enquanto outras, à semelhança dos fariseus, tocam trombeta diante de si. Em Mateus 6.16-18, Jesus condena o exibicionismo dos fariseus querendo parecer contristados aos homens para atestar sua espiritualidade. Ele não proibiu de se comentar sobre o jejum, senão a própria Bíblia estaria violando isto ao contar o jejum que Jesus fez… Como souberam que Cristo (que estava sozinho no deserto) fez um jejum de quarenta dias? Certamente porque Ele contou! Não saiu alardeando perante todo mundo, mas discretamente repartiu sua experiência com os seus discípulos.

Eu, particularmente, comecei a jejuar estimulado pelo relato das experiências de outros irmãos. Depois é que comecei (aos poucos) a entender o ensino bíblico sobre o jejum. E louvo a Deus pelas pessoas que me estimularam! Sabe, precisamos tomar cuidado com determinadas pessoas que não tem o que acrescentar à nossa edificação e somente atacam e criticam.

Lembro-me que o primeiro jejum que fiz na minha adolescência: cortei só o almoço mas tomei um refrigerante para não “sofrer” muito; fiz isto para orar por um amigo que queria ver batizado no Espírito Santo. Aquele rapaz já havia recebido tanta oração, mas nada havia acontecido ainda. Portanto, jejuei e orei em seu favor. Hoje sei que não foi grande coisa mas, na época, foi o meu melhor. Pois bem, alguém ficou sabendo e me ridicularizou, disse que jejum de verdade era ficar o dia todo sem comer nada e bebendo no máximo um pouco de água; esta pessoa disse que eu estava perdendo meu tempo e que só fizera um “regimezinho”, pois o verdadeiro jejum não admitia nem bala açucarada na boca, quanto mais um refrigerante!… mas naquele dia meu amigo foi cheio do Espírito Santo e preferi acreditar que o jejum funcionava.

Depois ouvi outros irmãos comentarem sobre jejuar mais de um dia e “fui atrás” , e assim, aos poucos, fui aprendendo (a jejuar e sobre o jejum) aquilo que não aprendi na igreja ou na literatura cristã. Penso que de forma sábia e cuidadosa podemos estimular outros à prática do jejum, basta partilharmos nossas experiências e incentiva-los.

CONCLUINDO
Haverá períodos em que o Espírito Santo vai nos atrair mais para o jejum, e épocas em que quase não sentiremos a necessidade de faze-lo. Já passei anos sem receber nenhum impulso especial para jejuns de mais de três dias e, mesmos estes, foram poucos.

E houve épocas em que, seguidamente sentia a necessidade de faze-lo. Porém, penso que o jejum normal de um dia de duração é algo que os cristãos deveriam praticar mais, mesmo sem sentir nenhuma “urgência” espiritual para isto.

Quando meu filho Israel estava para nascer, o Senhor trouxe um profundo peso de oração e intercessão ao meu coração. Sabia que devia jejuar; era uma “urgência” dentro de mim. Não ouvi uma voz sobrenatural, não tive nenhuma visão ou sonho a respeito, simplesmente sabia que tinha de jejuar até romper algo, e o fiz por seis dias. Ao final soube que havia alcançado uma vitória.

Na ocasião do parto, minha esposa teve uma complicação e quase perdemos nosso primeiro filho; contudo, a batalha já havia sido ganha e o poder de Deus prevaleceu. Devemos ser sensíveis e seguir os impulsos do Espírito de Deus nesta área.

Isto vale não só para começar a jejuar mas até para quebrar o jejum. Já fiz jejuns que queria prolongar mais e senti que não deveria faze-lo, pois a motivação já não era mais a mesma…

Encerro desafiando-o a praticar mais o jejum, e certamente você descobrirá que o poder desta arma que o Senhor nos deu é difícil de se medir com palavras. A experiência fortalecerá aquilo que temos dito. Que o Senhor seja contigo e te guie nesta prática!

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Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.

Devocional Diário - Paulo Junior

UMA SÓ PALAVRA

“E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe, E dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado. E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde. E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.”

Hoje, o desejo do meu coração é que através dessa mensagem escrita seu coração seja fortalecido e se encha de fé e esperança.

Que demonstrações de fé incontestáveis de fé tremendas – capazes de nos renovar e ensinar – são narradas nos Evangelhos, sem dúvida os Evangelhos são inspirações de fé! E para mim creio ser essa, a demonstração de fé do centurião de Cafarnaum uma das mais extraordinárias de toda Bíblia – que exemplo fantástico! Ele possuía um criado doente, e foi a Jesus rogar por ele, Jesus movido pela sua humildade e submissão e também pelo bem estar do criado, atende sua súplica e diz: “Eu irei, e lhe darei saúde”.

Aqui já aprendemos algo notável no centurião, quando ele responde: “Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado”. Ele expressa profunda reverência e temor a Jesus, e logo em seguida ele pronuncia uma das declarações de maior expressão de fé nas Escrituras, dizendo a Jesus: “Mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar”.

Que afirmação maravilhosa foi essa! A fé, a convicção, a certeza do centurião foram tão descomunais que fizeram Jesus ficar impressionado: “E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé”. Essa é a única passagem que mostra Jesus sendo impactado por alguém. Que exemplo de fé para nós, que confiança em Deus, que conhecimento do Seu poder – “BASTA UMA PALAVRA”.

É isso o que eu quero ensinar a você, você notou? Você ouviu o que disse o centurião? “Uma só palavra”, da parte de Deus, apenas isso, e tudo pode ser mudado! Olhe a sua volta, veja toda essa adversidade que você está passando, quão grande, quão colossal, quão diabólica… É praticamente impossível que haja solução, cura, saída… Você está totalmente perdido e confuso! Mas para Deus basta que Ele diga: “uma palavra”, uma só palavra e tudo isso que você está passando pode mudar. Meu Deus! Por que temos dificuldade de crer em tão grande poder?

Amado irmão creia comigo, quão encorajadoras são essas palavras! Mesmo nesse estado sem solução que você se encontra, basta um só movimento do seu pensamento, uma só vibração do seu ser e você será liberto desse pecado instantaneamente, e poderá ser santificado, transformado como Isaías (Is. 6). Uma simples ordem de Deus e toda essa tribulação, dor, adversidade, por mais terrível que pareça, pode desaparecer – uma só palavra!

Você logo pergunta: então porque ele não libera essa palavra? Porque Ele está esperando você crer, Ele está esperando você ser ousado o suficiente como o centurião e dizer para os seus problemas, para seus pecados, dores e doenças, Ele está esperando você dizer para o diabo e o inferno que estão te atormentado: “basta meu Deus dizer uma palavra e vocês todos virão à baixo”! Ele está esperando você dizer para Ele próprio: “eu confio no Senhor,eu creio no Seu grande poder, Tu tens tanto poder e magnificência que só uma palavra é suficiente! Você teria audácia de crer nisso?

Pois é, se assim for, você não só deixará o seu Senhor e Mestre maravilhado, mas da mesma forma que o centurião terá a resposta a sua causa: “E naquela mesma hora o seu criado sarou”. Louvado seja o nome do Senhor! Que nós venhamos a descansar em tão grandes promessas e saber que nosso Deus, com sua poderosa palavra, está no controle de tudo!

No amor de Cristo,

Paulo Junior

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

O ANTÍDOTO PARA O PECADO

Façam todas as coisas com amor (1 Coríntios 16:14).

Quanto mais você ama a Deus, menos você irá pecar.

As Escrituras e a experiência pessoal nos ensinam que o pecado sempre tem suas consequências. Quando você aceita o pecado não confessado, desonra a Deus e perde as bênçãos e a alegria que Ele deseja para você. O pecado prolongado pode até mesmo trazer Sua correção através do sofrimento e da doença.

Foi o que aconteceu com os crentes coríntios que participaram da Mesa do Senhor de maneira pecaminosa (1 Coríntios 11:27-30). Paulo advertiu o restante da congregação a fazer uma cuidadosa análise espiritual para que evitassem incorrer em punição semelhante. No capítulo 13, ele revela a raiz do problema, dizendo, com efeito: “Alguns de vocês estão fisicamente doentes porque estão pecando. Comecem a amar a Deus e uns aos outros como deveriam, e suas doenças irão desaparecer”.

O amor é o antídoto para o pecado. Quando um fariseu perguntou a Jesus qual era o maior dos mandamentos, Jesus respondeu: “Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento.” Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: “Ame o seu próximo como você ama a si mesmo.” Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:37-40).

Se você ama o Senhor e o seu próximo, você não irá pecar contra eles. É por isso que Paulo disse: “Não fiquem devendo nada a ninguém, exceto o amor de uns para com os outros. Pois quem ama o próximo cumpre a lei. Pois estes mandamentos: “Não cometa adultério”, “não mate”, “não furte”, “não cobice”, e qualquer outro mandamento que houver, todos se resumem nesta palavra: “Ame o seu próximo como você ama a si mesmo.” O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o cumprimento da lei é o amor” (Romanos 13:8-10).

O amor é o seu maior chamado e a maior contribuição que você pode dar aos outros. Contudo, é possível negligenciá-lo ou entender mal suas características. Ore para que o seu amor por Deus e pelos outros aumente a cada dia.

Sugestão para oração

Peça a Deus uma maior capacidade de amá-lo e demonstre seu amor obedecendo à Sua Palavra.

Estudo adicional

Leia 1 Coríntios 13, observando as características do amor.

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

VOCÊ FOI FEITO PARA DEUS

Versículo do dia: Pois o SENHOR, por causa do seu grande nome, não desamparará o seu povo, porque aprouve ao SENHOR fazer-vos o seu povo. (1 Samuel 12.22)

O nome de Deus muitas vezes se refere à sua reputação, sua fama, seu renome. É dessa maneira que usamos a palavra “nome” quando dizemos que alguém está fazendo um nome para si mesmo. Ou, às vezes, dizemos: essa é uma marca de “nome”. Nós queremos dizer uma marca com uma grande reputação. Isso é o que eu penso que Samuel indica em 1Samuel 12.22, quando ele diz que Deus fez de Israel um povo “para si” e que ele não desampararia Israel “por causa do seu grande nome”.

Essa maneira de pensar sobre o zelo de Deus por seu nome é confirmada em muitas outras passagens.

Por exemplo, em Jeremias 13.11, Deus descreve Israel como um cinturão ou cinto que Deus escolheu para evidenciar a sua glória, mas que acabou por ser temporariamente inútil. “Porque, como o cinto se apega aos lombos do homem, assim eu fiz apegar-se a mim toda a casa de Israel e toda a casa de Judá, diz o SENHOR, para me serem por povo, e nome, e louvor, e glória; mas não deram ouvidos”. Por que Israel foi escolhido e feito a vestimenta de Deus? Para que pudesse ser um “nome, e louvor, e glória”.

As palavras “louvor” e “glória” nesse contexto nos dizem que “nome” significa “fama”, “renome” ou “reputação”. Deus escolheu Israel para que o povo construísse uma reputação para ele.

Deus diz em Isaías 43.21 que Israel é “o povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor”. E quando a igreja viu a si mesma no Novo Testamento como o verdadeiro Israel, Pedro assim descreveu o propósito de Deus para nós: “Vós, porém, sois raça eleita… a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9).

Em outras palavras, Israel e a igreja são escolhidos por Deus para fazer um nome para ele no mundo.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do Dia:“Fazei isto em memória de mim.” (1Coríntios 11.24)

A implicação do texto de hoje parece ser a possibilidade de os crentes esquecerem Jesus! Não haveria necessidade para esta amorosa exortação, se não houvesse uma pequena suposição de nossas memórias se provarem desleais. Também não se trata de uma suposição desguarnecida. Infelizmente, nossa vida o confirma na prática, não como uma possibilidade, mas como um fato lamentável! Parece quase impossível que não lembrem de seu gracioso Salvador, os redimidos pelo sangue do Cordeiro que foi morto, aqueles amados com amor infinito pelo eterno Filho de Deus. Entretanto, sendo o crime alarmante aos ouvidos, é, infelizmente, muito evidente para ser negado. Esquecer Aquele que jamais nos esqueceu? Esquecer Aquele que derramou seu sangue em favor dos nossos pecados? Esquecer Aquele que nos amou até à morte? Isto é possível? Sim, isto não somente é possível, como também a nossa consciência confessa ser esta uma falta que infelizmente todos cometemos: permitimos que o Senhor Jesus seja como um viajante que se demora apenas por uma noite. Aquele que deveríamos tornar o morador permanente de nossa recordação é apenas um visitante.

A cruz, onde achamos que a memória deveria se demorar e a irreflexão seria um intruso desconhecido, é profanada e pisoteada pelo esquecimento. A sua consciência não lhe diz o mesmo? Você tem esquecido o Senhor Jesus? Algumas criaturas roubam o seu coração, e você tem deixado de pensar nEle. Alguns negócios terrenos absorvem sua atenção, quando você deveria fixar, com determinação, seus olhos na cruz. A agitação incessante do mundo e a constante atração das coisas terrenas fazem com que a alma se mantenha afastada de Cristo. Enquanto a memória preserva uma erva daninha, ela permite que a Rosa de Sarom murche. Sejamos determinados: se temos de deixar algo escapar de nossas mãos e nossa mente, seguremos com firmeza o Senhor Jesus.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Atentado ao Bolsonaro e a Volta de Cristo – Paulo Junior


"A oração que agrada a Deus" - Jonatas Davies


Possessão Demoníaca - Paulo Junior


As Trombetas do Apocalipse - Paulo Junior


COMO ENSINAR DOUTRINAS DIFICEIS SEM DIVIDIR A IGREJA?

A história do cristianismo, e de praticamente todas as denominações evangélicas, é uma narrativa de brigas, divisões e cismas. Muitas igrejas nasceram não de uma tática intencional para alcançar mais pessoas, mas em respostas a conflitos pessoais ou doutrinários.

Contudo, não é necessário que as doutrinas nos dividam, caso o pastor empregue algumas estratégias básicas quando tiver que expor uma doutrina difícil ou controversa na Bíblia.

Faça de maneira textual
Os cristãos nunca vão entender questões doutrinárias se não entenderem a essência das Escrituras. Uma dieta constante de exposição ensinará tanto a meta narrativa da Bíblia como as verdades subjacentes. As passagens narrativas foram escritas “para o nosso ensino” (Romanos 15:4; 1 Coríntios 10:11) e como exemplos para nós. Em geral, elas destacam alguma verdade santificadora a ser imitada ou algum pecado a ser evitado, mas até mesmo os comportamentos exibidos no texto cabem dentro de uma estrutura doutrinária que reflete o caráter e a vontade de Deus.

Jonas 4, por exemplo, é fascinante e tem um apelo narrativo incrível. Poderíamos esperar que a história estivesse concluída no capítulo 3. Depois de inicialmente resistir ao Senhor, Jonas sofre o castigo de Deus na barriga de um grande peixe, clama por libertação, aquiesce e vai para Nínive, onde prega uma mensagem de julgamento. O povo se arrepende e se volta para Deus. Nada poderia se ajustar melhor à análise de Aristóteles sobre o drama: a exposição, a complicação, o clímax, a reviravolta e o desenlace. Jonas é um profeta (a exposição), se recusa a obedecer (a complicação), é engolido por um peixe (o clímax), clama a Deus e vai para Nínive (a reviravolta). E, como resultado de sua pregação, os ninivitas se arrependem (o desenlace).

Todavia, o capítulo 4 é completamente inesperado. Não parece se encaixar. Quando pensamos que a tensão está resolvida, somos levados a um destino imprevisível – o coração de Deus. O profeta que recebeu a misericórdia divina faz birra como um filho insolente e impetuoso, por Deus mostrar misericórdia aos babilônios que não a mereciam. Deus expõe as afeições ridículas e equivocadas de Jonas, e, em seguida, expõe seu próprio coração – desnudo, natural, e sangrando pelo povo de Nínive. Se Deus destruísse Nínive por seu pecado, ainda que de forma justa, ele também destruiria crianças e pessoas de capacidade mental reduzida, que “não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda”. Ele se importou até com os animais inocentes (Jonas 4.11)!

Esta mudança inesperada é uma “zona de turbulência”, um recurso retórico que enfatiza o ponto principal, ao inserir algo inteiramente inesperado e “inadequado” na narrativa. Um pregador nunca deve pregar apenas o evento, mas deve deixar claro o seu significado. Jonas termina com um vislumbre íntimo do coração misericordioso de Deus, e de como Ele pensa a respeito de suas criaturas. A narrativa não é apenas uma boa história; é a doutrina revelada em uma narrativa muito bonita. Somente um coração assim enviaria seu Filho para morrer por seu povo. O Deus que poupou a Jonas e a Nínive não poupou seu próprio Filho (Romanos 8:32).

Toda vez que você pregar sobre uma narrativa, conecte a verdade teológica à atração inerente de uma boa história. Muitas vezes elas levantam questões como: “por que Deus faria isso?” ou “como alguém que diz conhecer a Deus se comporta assim?”. Os bons pregadores respondem a estas perguntas mesmo em meio a uma pregação sobre apenas uma parte da narrativa mais ampla.

Da mesma forma, as passagens didáticas (nas epístolas, por exemplo) revelam verdades sobre Cristo, o homem, a salvação, e sobre outras categorias da teologia. O conteúdo doutrinário neste gênero pode estar muito mais perto da superfície, e, portanto, mais fácil de extrair, mas a conexão com outras passagens e doutrinas exige uma cuidadosa exposição e correlação. O ensino doutrinário fiel sempre começa com o texto, não com um sistema.

Se o desejo é evitar a dissensão e a divisão na igreja, sempre aponte para as Escrituras como a fonte fidedigna das doutrinas.

Faça de maneira bíblica
Por mais óbvio que pareça, às vezes os pastores se veem numa situação passível de dividir a igreja por causa de seus rótulos teológicos saturados. O problema não é tanto o fato de ensinarem alguma doutrina não-bíblica, mas por usarem uma linguagem extra bíblica. A principal tarefa do pastor é sempre mostrar o que diz a Palavra de Deus, e não o que diz um sistema teológico.

Se um pastor prega um sistema, se apoia em uma linguagem para iniciantes, ou emprega expressões com modismos, provavelmente irá suscitar controvérsias desnecessárias. Um membro da igreja pode entender incorretamente uma palavra repleta de significados, ou, pelo menos, de forma diferente da que o pregador pretendia mostrar, e encontrar centenas de sites que confirmam sua compreensão defeituosa.

Alguns membros da minha igreja, por exemplo, vieram de denominações que os advertiram sobre os perigos de “uma vez salvo, salvo para sempre”, porque esse conceito aparentemente é uma licença para fazer a “oração do pecador” e, em seguida, viver sem compromisso com a santificação. Embora nossa igreja não esconda a crença de que uma pessoa verdadeiramente nascida de novo não se perderá definitivamente, também não cremos que uma pessoa pode simplesmente fazer uma oração ou vir à frente na igreja e depois viver uma vida carnal, sem nenhuma mudança e ter a expectativa de ir para o céu.

Com efeito, a melhor forma para mim, como pastor, é evitar qualquer terminologia que implique algo além do que pretendo ensinar; por isso observo o padrão de usar uma linguagem estritamente bíblica sempre que possível. Posso falar sobre o fato de o verdadeiro cristão nunca ser rejeitado ou se perder eternamente. Posso mostrar à igreja, nas Escrituras, que nada poderá nos separar do amor de Deus. Posso apontar para a palavra confiante de Paulo, mesmo para os coríntios, apesar de toda sua desobediência, de que Jesus “vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios 1:8). Posso explicar que, uma vez que alguém se torna uma nova criatura em Cristo (2 Coríntios 5:17), é impossível voltar para o estado anterior à regeneração. Posso apontar para textos sobre a perseverança na fé e na santidade, e lidar honestamente com textos de advertência, porque não reduzo a questão a um mero clichê teológico ou a uma frase banal, mas me esforço para ensinar exatamente o que a Bíblia diz.

Faça de maneira pessoal
Mesmo as doutrinas mais controversas não habitam em um lugar eclesiológico asséptico e sob quarentena, mas na areia suja da vida e das lutas espirituais. Um pastor que prega sobre a humanidade de Cristo e que meramente descreve a união hipostática e seu papel na história da igreja, irá entediar seus ouvintes, ou pior, irá se deparar com as divergências dos teólogos amadores na igreja.

Quando um pastor relaciona a teologia com a vida dos membros, quando conecta a doutrina ao dever, a congregação irá assimilar mais facilmente a importância e o significado do ensino. Assim como o escritor de Hebreus relacionou a humanidade de Cristo à sua fidelidade como sumo sacerdote que compartilha de nossas fraquezas, o pastor sábio sempre mostrará as implicações práticas da doutrina. A crença sempre conduz à ação. A fé inevitavelmente leva às obras. A pregação doutrinária requer aplicação no mundo real.

Mais do que isso, um pastor deve torná-la pessoal em relação a Cristo. Em última análise, todas as doutrinas verdadeiras encontram sua expressão na pessoa e na obra de Jesus. Quando um pastor mostra como uma doutrina se relaciona com Cristo e como uma compreensão adequada disso nos leva a segui-lo, a doutrina ganha vida.

Faça de maneira proporcional
Pastores podem cometer o erro de pregar sobre aquilo que mais amam na teologia em detrimento de outras partes vitais da revelação de Deus. Pode se encontrar muitos textos nas Escrituras a respeito da justiça social, por exemplo, mas pregar apenas sobre esses textos, sem equilibrar com a justificação, a oração ou o evangelismo. Isso fará com que uma igreja mergulhe perigosamente num evangelho social, que meramente faz do mundo um lugar melhor para ir para o inferno (e, claro, o contrário também pode ocorrer.).

A pregação expositiva, que compreende sistematicamente todos os livros de ambos os testamentos, de múltiplos gêneros e com um equilíbrio entre a lei e a graça, é a melhor dieta para uma congregação. Séries expositivas entre seções primordiais das Escrituras auxiliam tanto o pastor quanto a congregação a obterem uma compreensão estratégica mais ampla das Escrituras. Não se pode apreciar o todo sem o conhecimento das partes, mas o inverso é igualmente verdadeiro.

Algumas igrejas se concentram em doutrinas específicas em detrimento de outras. Igrejas e ministérios se definem por sua reverência a estas coisas, tendendo a ignorar temas mais difundidos e movimentos teológicos ao longo das Escrituras. Pode ser o lava-pés, a estética feminina, missões ou outras questões. A melhor pregação doutrinária se recusa a enfatizar somente áreas preferidas, e trata da grande amplitude da narrativa da Palavra de Deus.

Faça com amor
Nada deveria ser mais evidente, mas 1 Coríntios 13 se aplica a pregadores também. Sem amor, as doutrinas não importam. O pastor cujo conhecimento lhe subiu à cabeça e não saturou seu coração, se verá sem uma igreja, ou pior, com uma igreja arrogante e um evangelho distorcido.

Já tive conversas difíceis sobre doutrinas com membros de minha igreja que não concordam comigo em certas questões. Se eu recordasse a eles que tenho um Ph.D. em Novo Testamento, que conheço as línguas bíblicas, que sou professor de seminário há 20 anos, e estou no ministério há quase 40 anos, eles não ficariam impressionados nem tampouco tocados; e nem deveriam.

Contudo, se agradeço a eles amorosamente por terem investido seu tempo para se encontrarem comigo, se recordo a eles de que quero honrar a Cristo e Sua Palavra acima de tudo, e digo que os amo, mesmo que não cheguemos a um acordo, eles tendem a ser muito mais abertos ao que ensino. Mesmo que no fim eles não vejam as coisas do meu jeito, geralmente continuam como amigos e estimados irmãos e irmãs em cristo. Será que Jesus teria outra maneira de ensinar do que esta? Creio que não!

Autor: Hershael York

Fonte: The Gospel Coalition

Tradução: Leonardo Dâmaso

Divulgação: Reformados  21

COMO VENCER A TENTAÇÃO

Por Luciano Subirá

O convite ao proibido, a tentação, não tem como expressar sua voz se controlamos nossos desejos. Ou seja, sem esquecer que contamos com a ajuda Soberana em primeiro lugar, uma arma certeira contra a tentação é o autocontrole. É importante lembrar que estamos falando de matar não o pecado, mas a possibilidade de pecar. Trata-se de uma luta anterior preventiva, para não precisar lidar com os estragos consequentes do pecado.

Usando o exemplo de Caim, a Bíblia mostra que já havia entrado em seu coração questionamentos malignos acerca de Deus, o que incitou suas emoções e o aproximou do pecado:

“Então, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” Gênesis 4.6,7

Observe que o Senhor falou, basicamente, três coisas a Caim:

1. “Se procederes bem, não é certo que serás aceito?”
Em outras palavras, “Se você vencer a tentação, você não pecará e Eu o acolherei pela sua obediência”.

2. “Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti”.
Aqui Deus estava dizendo que a manifestação subsequente à tentação, que é o pecado, aguardava Caim à porta. Além disso, o Senhor também declarou que o desejo de Caim assumiria o controle, caso não fosse dominado. Tentação é quando desejamos o que Deus restringiu. Pecado é quando o desejo nos domina!

3. “Mas a ti cumpre dominá-lo.”
A única forma de vencermos a tentação é refreando nossos desejos. Sem boca, nenhuma voz se manifesta!

Podemos citar aqui outra ferramenta poderosa que se alia ao domínio próprio.

Tiago diz que nossos desejos são uma sedução, um engodo. São um engano porque partem de uma premissa errada, mentirosa. Eles surgem de uma contestação à voz de Deus. Quando os nossos desejos se despertam, instigados pelo engano, temos que desmascará-los com o que Deus diz, com a Sua Palavra! As Escrituras invalidam sentenças como “se eu fizer o que desejo, serei mais feliz”, “meu desejo é maior do que posso suportar, não consigo lutar contra”, “liberdade é fazer o que desejo” e tantas outras.

Se a Bíblia é uma arma, ataque com ela. Neutralize o engano de seus desejos carnais com a única verdade. Aponte a Palavra contra você mesmo e leve sua própria carne cativa. Utilize as Sagradas Escrituras como ferramenta para dominar-se a si mesmo.

Por outro lado, sempre vence o mais forte. Se o espírito está fortalecido, ele vence. Se é a carne que está ganhando mais alimento, mais voz e mais vez, é fato que ela vencerá. Pode-se dizer que, na hora da tentação, vemos o reflexo do que tem sido a vida devocional do cristão – se há oração, leitura e meditação da palavra, bem como jejum, ele está espiritualmente fortalecido e mais apto a ganhar a batalha contra seus maus desejos. Lembrando que o crente não cai, vai caindo a cada pensamento que cede, a cada desejo enganoso que aceita, a cada dia sem alimentar seu espírito.

Texto extraído do livro “O Impacto da Santidade”
Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.

Devocional Diário - Paulo Junior

ALEGRIA DA SALVAÇÃO

“Torna a dar-me a alegria da tua salvação… (Salmo 51.12)“

Peço que você abra o seu coração para essa palavra que o Senhor trouxe até nós. Você deve conhecer bem essa passagem descrita nos Salmos 51, que mostra o arrependimento de Davi após ser repreendido por Natã, por ter cometido seus pecados hediondos com Bate Seba e o seu marido Urias. Davi então cai em uma profunda tristeza e sincero arrependimento.

 E aqui no versículo 12 ele diz: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação”. Por que Davi escreveu isso? Porque depois das atrocidades que ele cometeu e das conseqüências que isto acarretou, um sentimento de culpa entrou em seu coração e ele perdeu a alegria da salvação.

O que isso quer dizer? Davi perdeu a alegria de ter um pacto com Deus, de ser um rei segundo o Seu coração, perdeu a alegria de ser circuncidado, perdeu o prazer de servir a Deus, pois se sentia extremamente culpado, por isso ele faz tal súplica nesse salmo.

Quero dizer que o mesmo tem ocorrido com muitos cristãos hoje em dia. Eles têm perdido “a alegria da salvação”. Trazendo para nossos dias, o que isso significa? Eles têm perdido o prazer de serem cristãos, não estão alegres por serem salvos!

Semelhantemente a Davi isso ocorre com a maioria da cristandade, pela “bateria” de pecados cometidos ou pelos inúmeros tropeços no mesmo pecado, também por há tanto tempo não conseguirem progresso espiritual, perdem a alegria da salvação, o prazer de ser crente, a euforia e a determinação que um cristão verdadeiro deve ter.

Outro fato que também nos retira a alegria são as frustrações. Oh! Não há o que nos mais desmotiva e tira a alegria do que a “decepção com nós mesmos”. Quando a tentativa de servir a Cristo com perfeição, zelo e idoneidade não resulta em nada, não há frutos, não há crescimento espiritual, não há nada, ou há muito pouco,  isso nos leva a um sentimento de fracasso.

Desta forma à medida que o tempo passa nos conformamos com esses pecados e com essas derrotas, nos tornando cristãos frustrados, conseqüentemente, não temos mais a alegria da salvação, ou seja, não temos mais prazer pela vida cristã.

Entretanto, nós permanecemos na fé, não desviamos, temos até a consciência de que estamos perdoados como sucedeu com Davi, pois assim também ele tinha confessado o seu pecado, havia sido perdoado, no entanto, se mantinha completamente desmotivado, estava sem paz de espírito e sem a alegria de ter um pacto com Deus, de ser um escolhido, um remido, um filho do Rei, um portador do Espírito Santo, alguém separado para fazer parte do povo escolhido por Deus.

E como isso é uma realidade na vida de muitos hoje! Você percebeu com tem estado o seu cristianismo? Sem expectativas, sem forças e sem esperança que algo novo ocorra! Isso é o maior câncer que pode haver na cristandade: um cristão andar sem esperança, sem fé, sem expectativa de novas experiências com Deus e sem aquele prazer de “simplesmente ser salvo”.

Diante disso, o que Davi fez? Buscou o Senhor em oração (como vemos no salmo) e pediu: “Torna a dar-me…”, pois uma vez ele já teve essa alegria, e orou para que ela novamente retornasse e disse: “Sustém-me com um espírito voluntário”, ou seja, quem traria de volta essa alegria seria o Espírito Santo, porque um dos frutos do Espírito é a alegria.

E por que a alegria de Davi se foi? Por causa dos pecados que ele cometeu, esses pecados ameaçaram a vida do Espírito nele, estavam extinguindo o Espírito Santo, por isso, ele disse: “Não retire de mim teu santo Espírito”.

Assim tendo Davi se arrependido e recebido o perdão, o Espírito Santo volta a sustentá-lo, trazendo de volta a alegria, renovando o seu pacto e a aliança com Deus e restaurando o prazer de servir a Deus.

Se você que está lendo e ainda resiste tanto à alegria de ser salvo por causa de seus pecados e frustrações, o que também o Espírito Santo quer demonstrar? Eu resumiria tudo isso em graça, pelo Espírito Santo Davi sentiu o perdão aceitação de novo, como se ele dissesse “eu fui perdoado, eu sinto o perdão de Deus, eu sei que sou aceito, posso sentir isso, posso crer nisso, há uma convicção dentro de mim”.

E quanto às obras? Sei que a eficácia e o resultado vêm do Senhor, pois como está escrito: “Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR, a resposta da boca” (Pv. 16:1) e foi isso que Davi sentiu. Nós podemos ver claramente a abundante graça na vida de Davi.

Assim também é conosco, então, voltamos a ter prazer, motivação e alegria de sermos crentes e servimos a um Deus tão amoroso e assombroso. A prova está no versículo 13 do mesmo salmo: “Então ensinarei aos transgressores os seus caminhos e os pecadores a ti se converterão”, a alegria de Davi é tanta que ele volta a atuar, trabalhar para o reino, governar, ensinar aos pecadores a lei de Deus. Vá meu amigo, ore a Deus, renove a sua aliança com Ele, receba a graça em sua vida, o perdão de seus pecados, então o prazer de ser cristão e a alegria retornarão a ti

No amor de Cristo,

Paulo Junior

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

AS BENÇÃOS DA GARANTIA

Por isso, irmãos, procurem, com empenho cada vez maior, confirmar a vocação e a eleição de vocês; porque, fazendo assim, vocês jamais tropeçarão (2 Pedro 1:10).

A segurança da salvação nos permite desfrutar de bênçãos terrenas.

É encorajador que a segurança da salvação resulte em bênçãos práticas e específicas na vida cristã. Aqui estão seis coisas que gostaria de compartilhar com você sobre isso.

A segurança faz você louvar a Deus. Não há como você ser cheio de louvor e gratidão a Deus se não tiver certeza de que está salvo.

A segurança acrescenta alegria aos seus deveres e provações terrenas. Não importa o que aconteça, você pode ter certeza de que tudo vai dar certo no final. As dificuldades são mais fáceis de lidar quando você sabe que elas são temporárias.

A segurança lhe torna zeloso em obediência e serviço. Se você tem dúvidas sobre a sua salvação, você será apático e desanimado. Entretanto, se tiver certeza, você será esforçado e incentivado a servir ao Senhor.

A segurança lhe dá vitória na tentação. Quando você está confiante sobre a sua salvação, você pode superar a tentação mais confiante (veja 1 Coríntios 10:13). Mesmo se você tropeçar ocasionalmente, você saberá que esses eventos não irão mudar sua posição diante de Deus. Mas você ficará deprimido e desencorajado pela tentação se não tiver garantia. Você duvidará de sua capacidade de lidar com as tentações e irá se perguntar se poderá ser enviado para o Inferno.

A segurança gera contentamento nesta vida. Você ficará descansado na promessa de ter uma gloriosa herança celestial que o aguarda. Ao mesmo tempo, você ficará feliz e satisfeito de que Deus “suprirá todas as suas necessidades de acordo com as riquezas dele em glória em Cristo Jesus” (Filipenses 4:19). Contudo, se você não tiver certeza da salvação, você se esforçará para alcançar todos os bens materiais do mundo e se sentirá enganado quando não os conseguir.

A segurança remove o medo da morte. Se você sabe que é um filho de Deus, pode ter certeza de que, quando morrer, entrará no céu. Se você não tiver essa garantia, terá ainda mais medo de morrer do que alguém que nunca ouviu falar de Cristo ou do Evangelho.

Se você está crescendo espiritualmente, você terá certeza, e isso permitirá que você desfrute dessas e outras bênçãos, enquanto espera estar com o Senhor por toda a eternidade.

Sugestão para oração

Ore para que Deus ajude você a compartilhar as bênçãos da segurança com outra pessoa.

Estudo adicional

Leia o Salmo 138.

Por que Davi foi grato?

Que garantias há para todo crente?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

A SALVAÇÃO DE PAULO FOI POR VOCÊ

Versículo do dia: Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna. (1 Timóteo 1.16)

A conversão de Paulo foi por sua causa.

Eu quero que você considere isso muito pessoalmente. Deus tinha você em vista quando escolheu Paulo e o salvou por graça soberana.

Se você crê em Jesus para a vida eterna — ou se ainda pode crer nele para a vida eterna — a conversão de Paulo é por sua causa. É para tornar vívida para você a incrível longanimidade de Cristo.

A vida de Paulo antes da conversão foi uma longa perseguição a Jesus. “Por que me persegues?”, perguntou Jesus (Atos 9.4). “Sua vida de incredulidade e rebelião é uma perseguição a mim!”. Paulo tinha sido separado para Deus desde antes do nascimento. Então, toda a sua vida foi um longo insulto a Deus e uma longa rejeição e zombaria a Jesus que o amava.

É por isso que Paulo diz que sua conversão é uma radiante demonstração da longanimidade de Jesus. E é isso que ele oferece hoje.

Foi por nossa causa que Jesus o fez dessa forma. Para “evidenciar a sua completa longanimidade” para nós. Para que não percamos a esperança. Para que não pensemos que ele não poderia realmente nos salvar. Para que não pensemos que ele está inclinado à ira. Para que não pensemos que fomos longe demais. Para que não pensemos que o nosso mais amado ente não pode ser convertido, de repente, inesperadamente, pela soberana e superabundante graça de Jesus.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do Dia:“Levanta-me, querida minha, formosa minha, e vem.” (Cântico dos Cânticos 2.10)

Ouço a voz do meu Amado! Ele fala comigo! Na face da terra, um bom tempo sorri e o meu Amado não me quer ver, em espírito, a dormir, enquanto a natureza, ao meu redor, acorda de seu descanso de inverno. Ordena-me: “Levanta-te”. Ele pode dizer-me isso, pois tenho passado muito tempo deitado entre vasos de mundanismo. O meu Amado está levantado, e estou levantado juntamente com Ele. Então, por que devo permanecer apegado ao pó? De aspirações, desejos e alvos inferiores, devo levantar-me em direção a Ele. O meu Amado me chama com o agradável título de “querida minha” e me considera formosa; esta é uma boa razão para levantar-me. Se Ele me exaltou e pensa que sou formoso, como posso demorar-me e encontrar companheiros adequados entre os filhos dos homens? Ele me ordena: “Vem”. O meu Amado me chama a permanecer mais e mais distante de tudo o que é egoísta, humilhante, mundano e, pecaminoso; Ele me chama do mundo aparentemente religioso que não O conhece e não simpatiza com o mistério da vida mais elevada. Ele me chama, “Vem”; não é um som desagradável ao meu ouvido, pois o que pode me manter seguro neste deserto de vaidade e pecado?

3. O Povo Perante Deus: Santidade ou Impureza - Sérgio Lima


2. A Glória de Deus: Quem a Contemplará? - Sérgio Lima


1. A Razão da Corrupção - Sérgio Lima


"Persevere em oração" - Marcão


FALSA ALEGRIA ESPIRITUAL

A diferença entre a alegria mundana [referente às coisas materiais e a satisfação carnal nos pecados] e a alegria espiritual é radical.

A alegria dos crentes temporais se assemelha à alegria espiritual em um sentido externo, mesmo que difiram inteiramente em sua natureza. Crentes temporais também são alegres. “O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e logo a recebe com alegria”. (Mateus 13:20; cf. Lucas 8:13). Seu objetivo é espiritual, pois pertence ao evangelho, que é ter Cristo como Salvador, entrar no céu, ser contado entre os piedosos, ser amado e louvado por eles. O autor das cartas aos Hebreus fala sobre o objetivo da alegria dos crentes temporais no capítulo 6:4-5:

“[…] aqueles que uma vez foram iluminados [os que vieram da escuridão do judaísmo e do paganismo e chegaram ao conhecimento da verdade divina] e provaram do dom celestial [que tiveram uma clara percepção do desejo e da glória de verdades celestiais e evangélicas, de modo que se alegram em ver a sua beleza, uma vez que a visão de um objeto glorioso é agradável, embora não o possua], se tornaram participantes do Espírito Santo [não a habitação do Espírito, mas, sim, Seus dons comuns], e provaram a boa palavra de Deus [que, contemplando a bem-aventurança daqueles que são participantes do perdão dos pecados, a graça de Deus, e todas as gloriosas promessas encontradas na Palavra, imaginam que são participantes delas, e, assim, regozijam-se com ela e com os poderes do mundo vindouro, que, devido ao seu conhecimento da Escritura, contemplam a felicidade eterna, vendo-a de forma natural, e que, sem qualquer desconfiança, consideram-se herdeiros da salvação com base em tais pressuposições]”.

Essa é a alegria dos “crentes temporários”. Agora, compare com isso a alegria dos verdadeiros crentes. Você observará que, em ambos os casos, o objeto da alegria é o mesmo, porém, a grande diferença está entre o natural e o espiritual, entre a imaginação e a verdade.

Essa distinção precisa ser cuidadosamente definida para que aqueles que têm uma alegria falsa possam ser convencidos, e aqueles que possuem a verdadeira alegria possam ser assegurados, e, com liberdade, progredirem nessa verdadeira alegria.

Primeiro, a verdadeira alegria procede da fé como resultado da operação imediata do Espírito Santo, mesmo que isso varie em alguma forma. Toda alegria que não procede do fato de ter receber a Cristo e da união com Ele – pela qual se torna participante de todos os Seus benefícios – é uma falsa alegria. “Mesmo sem tê-lo visto vocês o amam. Mesmo não o vendo agora, mas crendo nele, exultam com uma alegria indescritível e cheia de glória (1 Pedro 1:8). O eunuco seguiu seu caminho, regozijando-se depois que se tornou crente (Atos 8:37, 39); o carcereiro alegrou-se com o fato de ter acreditado (Atos 16:34).

Contudo, aquele que alcançou essa alegria pela fé, reconheça a veracidade de sua alegria e prossiga com a liberdade.

Em segundo lugar, toda alegria verdadeira é experimentada na presença de Deus e em comunhão com ele como o seu Deus reconciliador. “E o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador” (Lucas 1:47). “Alegrem-se no SENHOR e regozijem-se, ó justos; exultem, todos vocês que são retos de coração” (Salmo 32:11). “Seja-lhe agradável a minha meditação; eu me alegrarei no SENHOR” (Salmo 104:34).

Toda falsa alegria diz respeito a assuntos agradáveis à pessoa e não tem Deus como foco. Embora os verdadeiros crentes também se regozijem em sua felicidade e nas coisas que eles têm ou planejam, eles não permanecem apenas nessas questões; isso é impossível para eles. Antes, no prazer desses assuntos, eles se encontram na presença de Deus.

Em terceiro lugar, a verdadeira alegria torna a alma mais santa, afastando-a de tudo o que não é de Deus, não o agrada e do pecado. Aumenta o coração e os faz dispostos a fazer a vontade de Deus por amor à submissão. “Porque a alegria do SENHOR é a força de vocês” (Neemais 8:10). “Percorrerei o caminho dos teus mandamentos, quando me deres mais entendimento” (Salmo 119:32).

Quando se tem a verdadeira alegria, haverá também amor. Não podemos deixar de nos alegrar quando não recebemos uma benção; nossa alegria reside na comunhão com Deus. Além disso, não pode ser diferente, e o coração estará inclinado a manifestar gratidão, entregando-se ao serviço ao Senhor. Davi manifestou sua alegria em Deus, quando escreveu: “Eu te amo, ó SENHOR, força minha. O SENHOR é a minha rocha, a minha fortaleza, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu alto refúgio” (Salmo 18:1-2). Quando Davi reconheceu que Deus ouviu sua oração, ele disse: “Eu amo o Senhor” (Salmo 116:1). Quando Davi reconheceu os inúmeros benefícios que havia recebido de Deus, ele disse: “Que darei ao SENHOR por todos os seus benefícios para comigo? Erguerei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR. Cumprirei os meus votos ao SENHOR, na presença de todo o seu povo”. (Salmo 116:12-14).

Se alguém se considera alegre e não é piedoso em sua caminhada, mas vive no mundo e cede às suas concupiscências, fazendo tudo com o objetivo errado e vivendo para si mesmo, sua alegria não é uma alegria em Deus, mas uma falsa alegria. No entanto, sempre que a alegria procede da fé, resulta em comunhão com Deus, ternura, disposição, oposição ao pecado e piedade. Que os crentes se esforcem para viver continuamente nesta alegria.

Autor: Wilhelmus à Brakel

Trecho extraído de The Christian’s Reasonable Service, volume 2.

Tradução: Leonardo Dâmaso

O SEGREDO DE PAULO

Por Luciano Subirá


Há um texto em Efésios onde o apóstolo Paulo fala da compreensão que lhe foi dada por revelação do Espírito quanto ao mistério da Igreja.

“…fazendo-nos conhecer o mistério da sua vontade…” Efésios 1:9

O interessante é que os capítulos 1 e 2 de Efésios podem ser reconhecidos como alguns dos mais profundos capítulos da Bíblia, e Paulo depois de tê-los escrito chama a atenção dos irmãos de Éfeso para a profundidade da sua compreensão. E, ironia ou não, ainda diz que escreveu com “poucas palavras” (v.3), ou seja, resumidamente.

O apóstolo Paulo destaca-se grandemente no Novo Testamento pelas revelações profundas que Deus lhe deu. E quando menciono as revelações profundas, não estou falando necessariamente acerca de experiências como visões, êxtases e arrebatamentos. Falo sobre COMPREENSÃO das Escrituras.

Sabemos, porém, que sua compreensão não vinha unicamente dos estudos. O estudo produz informação, mas, é só por revelação do Espírito Santo que experimentamos a compreensão, que é bem diferente! Fica claro porém que a compreensão de Paulo não está ligada apenas aos seus estudos, mas sim à revelação do Espírito Santo.

QUAL ERA SEU SEGREDO?
Nosso interesse não é apenas saber quanta compreensão Paulo tinha, mas como ele chegou lá. Vivemos dias onde procura-se de todas as formas saber o segredo dos homens e mulheres de sucesso, para que se possa usá-lo como modelo! E o próprio Paulo chama a atenção dos seus discípulos para que o tivessem por modelo, tornando-se seus imitadores.

Se você pudesse perguntar a Paulo o que o levou a tamanha compreensão espiritual, você o faria? Eu com certeza o faria! Durante muito tempo questionei-me acerca disto, até que um dia deparei-me com algo que parecia ser a resposta exata que Paulo daria a mim.

Antes de mais nada quero lembrar-lhe que Paulo tinha muita informação. E embora o conhecimento em si queira dizer que há compreensão, a revelação só opera onde há informação! Se você não lê a Bíblia nunca, não espere ter revelação alguma, pois a revelação é a ação do Espírito que transforma a informação em compreensão.

ELE DISSE AOS CORÍNTIOS
Quando Paulo escreve aos crentes de Corinto ele diz algo muito importante acerca de si mesmo e das suas práticas na vida em Deus:

“Dou graças a Deus, que falo em línguas mais que vós todos.” 1 Coríntios 14:18

Por que ele dá graças a Deus? Porque isso era algo maravilhoso em sua vida!

Ele não somente agradece a Deus por falar em línguas, mas sim por fazê-lo mais do que todos os coríntios!

O que está em questão é o “mais”. Paulo usava bastante a linguagem de oração do Espírito Santo e creio que isto está intimamente ligado ao conhecimento por revelação. O que fala em línguas edifica-se a si mesmo; ou seja, há benefícios nesta prática! Não é algo dado por Deus para se perder tempo, é para edificação, crescimento. Se o apóstolo orava muito mais que todos é porque ele tinha em sua própria vida as evidências de que era uma prática edificante e frutífera.

Como é que Paulo tinha tamanha compreensão do mistério de Cristo? Como compreendia tanto os mistérios do reino, sendo o homem que mais desvendou verdades para a vida da Igreja?

Ora, ele falava muito em mistérios com Deus, e seu espírito, ao passar horas e horas em oração, absorvia as revelações. Creio que Paulo não perdia tempo; nas prisões, nas viagens, onde quer que estivesse, ele orava em línguas. Orava mais do que todos os Coríntios.

Por isso ele estava dizendo àqueles irmãos algo semelhante a isto: “se há alguém que de fato valoriza e pratica a oração no Espírito Santo, este alguém sou eu! E dou graças a Deus por isto, pois por meio desta prática tenho crescido muito em Deus e na revelação de sua Palavra.”

ISAÍAS PROFETIZOU
Como ter certeza de ser esta a convicção de Paulo? Considerando que quando ele escreveu a Coríntios (1 Co 14.21), citou esta profecia de Isaías:

“Na verdade por lábios estranhos e por outra língua falará o Senhor a este povo.” Isaías 28.11

E por inspiração do Espírito Santo, ele nos mostrou que Isaías estava profetizando acerca do falar em línguas, e que este seria um meio através do qual Deus falaria ao seu povo. Ao examinarmos o contexto desta profecia de Isaías, descobriremos vários detalhes que comprovam o que estamos dizendo:

“Ai da vaidosa coroa dos bêbados de Efraim, e da flor murchada do seu glorioso ornamento, que está sobre a cabeça do fértil vale dos vencidos do vinho.” Isaías 28.11

Sobre o que Deus está levando Isaías a profetizar? Ele está falando acerca dos bêbados e dos vencidos do vinho
Mas ele não fala sobre os bêbados em geral, ele fala sobre um grupo especifico:

“Mas também estes cambaleiam por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, estão tontos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte; erram na visão, e tropeçam no juízo. Pois todas as suas mesas estão cheias de vômitos e de sujidade, e não há lugar que esteja limpo.” Isaías 28.7,8

Que grupo é este?
Os sacerdotes e os profetas eram os responsáveis por entregarem a Palavra de Deus ao povo. O sacerdote ensinava a Lei de Moisés e o profeta exortava o povo a andar na presença de Deus anunciando também o que ocorreria em caso de
obediência ou não.

Ambos formavam o que podemos chamar de “o canal” através do qual fluía a Palavra de Deus. E o que o profeta Isaías estava dizendo é que este canal se maculara, e a Palavra de Deus já não estava fluindo com pureza, de forma límpida. O versículo 8 fala sobre a sujeira neste canal; diz que há vômito por toda parte e que não há lugar que esteja limpo em suas mesas! Este é o resultado da embriaguez: sujeira.

E que embriaguez é esta?
É a embriaguez do pecado!

NÃO HÁ CANAIS
Agora considere isto: se o sacerdote e o profeta, que eram os únicos canais para o fluir da Palavra, estavam obstruídos, então de que modo Deus faria fluir sua Palavra?

É disto que a profecia então passa a falar:

“Ora, a quem ensinará ele o conhecimento? e a quem fará entender a mensagem? Aos desmamados, e aos
arrancados dos seios? Pois é preceito sobre preceito, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali,” Isaías 28.9,10

A quem Deus ensinaria o conhecimento?
A quem Deus faria entender a mensagem, se os únicos canais para isto não estavam disponíveis?
Na falta dos profetas e sacerdotes, como Deus falaria com seu povo?
Como os ensinaria?
Como transmitiria sua Palavra?

“Na verdade por lábios estranhos e por outra língua falará a este povo; ao qual disse: Este é o descanso, dai
descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir. Assim pois a palavra do Senhor lhes será preceito sobre preceito; regra sobre regra.” Isaías 28.11-13a

Por lábios estranhos e outras línguas. O versículo 13 diz: “assim pois”. Você pode ler esta expressão como: “desta maneira” ou “deste modo” a Palavra do Senhor lhes seria preceito sobre preceito…
Isaías profetizou que o falar em línguas se tornaria um meio de transmissão da Palavra de Deus!

Ao falar em línguas você está falando mistérios, está falando acerca dos tesouros da sabedoria e da ciência que estão escondidos em Cristo. E à medida que ora, seu espírito absorve a revelação que posteriormente passará à sua mente.

Paulo orava muito em línguas. Paulo compreendia muito as Escrituras.

Seria este o segredo de Paulo?

Há base suficiente para concluirmos assim, pois um dos benefícios do falar em línguas é justamente a compreensão das verdades de Deus, e ele dedicava-se a esta prática.

Se você deseja receber o conhecimento por revelação, deve dedicar-se a esta prática. Ore no Espírito Santo e você experimentará por si mesmo o quanto isto é real.

Tenho comprovado na minha própria vida a realidade disto; procuro gastar tempo com a Palavra e valorizo a leitura e estudo, mas posso dizer que a maioria de tudo que ensino tem vindo por meio deste maravilhoso canal que o Senhor nos deu. Muitas vezes, quando estou orando no Espírito, uma compreensão profunda de determinados assuntos brota no meu íntimo. Em segundos, recebo uma compreensão tamanha de certos princípios bíblicos que levarão horas para serem ensinados. Não encontro palavras ou ilustrações que possam descrever a beleza e a profundidade deste meio divino de comunicação de verdades da Palavra; tudo o que posso dizer é que funciona! E hoje sei muito bem porque o diabo luta tanto para afastar-nos desta prática; ele não tem interesse algum em que
compreendamos a Palavra!

Descubra em sua própria vida que este era o segredo de Paulo e que será funcional para qualquer um que o pratique, pois é um princípio estabelecido por Deus.

Texto extraído do livro “O Falar em Línguas – A Linguagem Sobrenatural de Oração”
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Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.

Devocional Diário - Paulo Junior

SEGUINDO EM FRENTE

“Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim”. (Fl. 3.13)

O apóstolo Paulo é o maior autor de livros da Biblia, tendo escrito 13 dos 66 livros dela. Muitos desses livros, que na verdade são cartas que revelam um pouco da vida do apóstolo e, escrevendo aos filipenses, no versículo acima, ele dá a entender que estava esquecendo-se do seu passado.

À semelhança de Paulo, creio que nós, cristãos, também temos muitos problemas com nosso passado. Passado este que ainda nos molesta, aflige e perturba os dias presentes: “Ah, se pudéssemos voltar atrás e refazer as coisas”!

Quantas decisões erradas já tomamos, pense nas séries de vezes que já magoamos, ofendemos e destratamos pessoas, vira e mexe sempre voltam imagens dessas ações em nossa mente: palavras que falamos e feriram pessoas, como nossos pais ou irmãos e até filhos.

Palavras que foram bem pensadas, maquinadas para atingí-los… cenas horríveis que protagonizamos desde nossa infância nos vêm à mente… maldades que cometemos, mentiras, uma série de situações que ocorreram que somente nós sabemos que foram forjadas (pense, relembre), atos imorais ocultos, que só nós sabemos, julgamentos alheios, soberba, arrogância, decisões e conclusões precipitadas… como um flash tudo isso vem a nossa memória, negócios mal fechados, dívidas, vergonhas, humilhações, calúnias, cenas que gostaríamos que nunca tivessem ocorrido; palavras que gostaríamos de nunca ter dito nem ouvido.

Vez ou outra elas sempre vêm a nossa mente e isso nos corrói, nos faz remoer, e é como se estivéssemos vivendo aquela cena novamente, então o inevitável acontece: nos vem um profundo arrependimento, um remorso e até uma aflição: ”Ah se eu pudesse voltar atrás. Se eu tivesse uma forma de voltar ao passado eu jamais faria tais coisas, eu consertaria tudo, não falaria o que falei, não faria o que fiz”.

E como é verdade essa afirmação! Provoca até uma ira quando olhamos para trás e entendemos quão tolos fomos, hipócritas e imbecís. Porém, não há possibilidade de voltar, o passado jamais retornará, o que está feito está feito, todas aquelas situações já estão gravadas na memória do passado e elas nunca mais poderão ser alteradas.

O que você deve fazer então?

Nós devemos aprender com as nossas falhas, todo esse passado negativo nos trás um alerta para o presente. São situações nas quais nos envolvemos e que não tornaremos a fazê-las, pois já sentimos o seu gosto amargo e sabemos o resultado. Se você notar bem, caso tais situações não ocorressem, incorreríamos no erro do mesmo jeito! Assim, elas ocorreram para nos aperfeiçoar, nos ensinar, nos mostrar que tais ações levam à consequências desastrosas, como uma criança que precisa passar por situações de dor até aprender que a mesma dói, de forma a nunca mais fazer o que causou a dor novamente.

Paulo prossegue: “esquecendo-me das coisas que para trás ficam”. Ele está dizendo: “eu esqueço do meu passado frustrante, decepcionante”. Esse esquecer não significa deletar da memória – isso é impossível – não há possibilidade de se apagar todo o nosso passado da memória. Quando Paulo diz: “esquecendo-me” ele quer dizer que tais lembranças não o afetavam mais, não possuíam relevância nem peso para Paulo, ou seja, faziam parte de uma outra etapa da vida de Paulo, estavam inertes, só serviam para o aperfeiçoar e o alertar.

Você deve fazer o mesmo: usar seu passado como um aprendizado, de forma às lembranças não te afetarem mais. Assim Paulo tinha disposição, ânimo, força, determinação, para dizer: “avançando para as coisas que estão adiante de mim”. Paulo dizia: “avante, para cima, para frente”. Temos que viver o agora, o hoje; trabalhar, produzir, adquirir bagagem, conhecimento, crescimento espiritual, comunhão com Deus.

Nesse ano que se inicia, essa é a palavra que tenho para você: esqueça seu passado, a tragédia que na maioria das vezes ele foi e siga em frente. O mundo não acabou, a vida não parou, enquanto você tem fôlego, enquanto seu coração bate, enquanto o Espírito de Deus habita em você – sejam quem você for, esteja na condição que estiver, tenha a idade que tiver – há esperança para você, há um futuro para você, há planos para você!

Avancemos então! Busque a Deus em oração e jejum, peça direções específicas, individuais, sobre todos os aspectos de sua vida e quando Ele responder, obedeça-O diligentemente e debaixo dessa palavra siga em frente. Fazendo assim você estará construindo uma nova história, ou melhor, Deus irá construir para e em você essa nova história. Não digo que não haverá dor, dificuldades, oposições, pelo contrário, haverá tudo isso, mas tambem haverá sucesso, progresso, realizações, cumprimento das promessas de Deus e uma perfeita e terna paz – que excede o entendimento humano, que independe de resultados, números, reconhecimentos – te acompanhará até a eternidade!

Assim, daqui a alguns anos, quando esse presente que você vive se tornar passado, não será um passado tão trágico como foi o primeiro e você poderá dizer: “estou trazendo a memória aquilo que me dá esperança” (Lm. 3. 21).

No amor de Cristo,

Paulo Junior

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

MIOPIA E AMNÉSIA ESPIRITUAL

Pois aquele que não tem estas coisas é cego, vendo só o que está perto, e se esqueceu da purificação dos seus antigos pecados (2 Pedro 1:9).

Se você não praticar virtudes espirituais agora, irá esquecer o significado delas mais tarde.

A miopia física e a amnésia mental são condições indesejáveis. A miopia faz com que os olhos das pessoas concentrem os raios paralelos de luz na frente da retina. Elas podem ver claramente as coisas bem na frente delas, mas quanto mais longe elas estão, mais os objetos ficam desfocados.

Amnésia é a perda de memória. Às vezes é seletiva, mas geralmente é total – tudo antes de certo tempo ou incidente. Muitas vezes, faz com que as pessoas esqueçam seu nome, sua família e tudo sobre sua identidade e antecedentes.

Essas duas deficiências também são graves no nível espiritual. Crentes professos que são infrutíferos tornam-se espiritualmente míopes. Eles se concentram em modismos temporais e em modas terrenas. No momento em que eles tentam olhar para a eternidade, é tão fora de foco para eles que não conseguem enxergar.

Aqueles com amnésia espiritual, porque não veem aumento de virtude espiritual em suas vidas, esquecem que deveriam ser salvos de seus estilos de vida pecaminosos. Eles não se lembram da “purificação” espiritual (catarse) que deveria ter ocorrido em suas vidas – uma referência a uma profunda purificação ou limpeza interna.

Se você não está buscando diligentemente a virtude espiritual e a excelência moral, você terá uma visão muito confusa de sua verdadeira condição. Você pode conectar uma ação exterior ou uma experiência emocional com o tempo em que professou a Cristo, mas não terá uma sensação de segurança. O comentarista Richard Bauckham explicou da seguinte maneira: “O conhecimento de Jesus Cristo” [v. 8], recebido na conversão, veio como iluminação para aqueles que eram cegos em sua ignorância pagã (2 Coríntios 4:4), mas os cristãos que não realizam as implicações morais desse conhecimento efetivamente se tornaram cegos a ele novamente”.

Com relação a 2 Pedro 1:5-9, tudo se resume a isto: se você está vendo sua vida crescer em virtude moral, você tem uma prova de salvação e uma razão para segurança. Se você não está vendo sua vida crescer em virtude, você não tem prova da salvação e não há razão para garantia. Seja diligente para evitar a miopia e a amnésia espiritual em sua vida.

Sugestão para oração

Ore para que você tenha uma visão espiritual clara em todos os momentos.

Estudo adicional

Leia Hebreus 6:1-12. Como essa passagem pode ajudá-lo a evitar a amnésia espiritual?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

CINCO RAZÕES PARA SER DESTEMIDO

Versículo do dia: Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino. (Lucas 12.32)

A razão pela qual Deus deseja que não estejamos temerosos quanto ao dinheiro e às coisas é que isso magnificaria cinco grandes aspectos sobre ele.

Primeiro, não ter medo mostra que nós estimamos a Deus como nosso Pastor. “Não temais, ó pequenino rebanho”. Nós somos o seu rebanho e ele é o nosso Pastor. E se ele é o nosso Pastor, então o Salmo 23.1 aplica-se: “O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará” — ou seja, não carecerei de nada do que realmente preciso.

Segundo, não ter medo mostra que nós valorizamos a Deus como nosso Pai. “Porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino”. Nós não somos apenas seu pequenino rebanho; somos também seus filhos, e ele é nosso Pai. Ele verdadeiramente se importa e realmente sabe o que você precisa, e trabalhará por você para assegurar-se de que você tem o que necessita.

Terceiro, não ter medo mostra que valorizamos a Deus como Rei. Ele pode nos dar o “reino” porque ele é o Rei. Isso acrescenta um tremendo elemento de poder àquele que provê para nós. “Pastor” indica proteção e provisão. “Pai” indica amor, ternura, autoridade, provisão e direção. “Rei” indica poder, soberania e riqueza.

Quarto, não ter medo mostra o quão liberal e generoso Deus é. Observe, ele dá o reino. Ele não vende o reino, nem aluga o reino, nem arrenda o reino. Ele é infinitamente rico e não precisa de nossos pagamentos. Assim, Deus é generoso e livre em sua generosidade. E isso é o que magnificamos sobre ele quando não temos medo, mas confiamos nele quanto às nossas necessidades.

Finalmente, não ter medo mostra que nós valorizamos a Deus como alguém feliz. Ele “se agrada” em lhe dar o reino. Ele deseja fazer isso. É deleitoso a ele fazê-lo. Nem todos nós tivemos pais como este, que ficavam felizes ao darem em vez de ganharem. Mas isso não importa, porque agora você pode ter tal Pai, Pastor e Rei.

Assim, a ênfase desse versículo é que devemos valorizar Deus como nosso Pastor, Pai e Rei que é generoso e se agrada em nos dar o reino de Deus: dar-nos o céu, dar-nos vida eterna e alegria e tudo o que precisamos para chegarmos lá.

Se estimarmos a Deus dessa maneira, seremos destemidos e Deus será louvado.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do Dia: “Deus, porém, com a sua destra, o exaltou.”
(Atos 5.31)

Jesus, o nosso Senhor, que foi crucificado, morto e sepultado, agora está assentado no trono de glória. O mais elevado lugar que o céu pode oferecer é dele por direito incontestável. É doce a lembrança de que a exaltação de Cristo no céu é representativa. O Senhor Jesus está exaltado à direita do Pai. Como Jeová, Ele possui glórias iminentes das quais as criaturas finitas não podem compartilhar. Como Mediador, o Senhor Jesus está vestido, no céu, das honras que são a herança de todos os santos. Enchemo-nos de deleite ao meditar a respeito de quão íntima é a união de Jesus com o seu povo. Somos realmente um com Ele. Somos membros do seu corpo; e a exaltação dele é a nossa exaltação. O Senhor Jesus tem uma coroa e nos dará coroas. Ele nos dará lugares de honra, visto que venceu e está no trono, ao lado do Pai. Ele não se contenta em desfrutar sozinho de seu trono. À sua direita, tem de estar sua noiva adornada com ouro. Ele não pode ser glorificado sem a sua noiva.

Olhe para Jesus agora. Permita que os olhos da fé O contemplem com as muitas coroas na cabeça. Um dia, você será semelhante a Jesus, quando vê-Lo como Ele é. Você não será tão poderoso ou tão divino como Ele é, mas, em certa medida, compartilhará das mesmas honras e desfrutará da mesma felicidade e da mesma dignidade que Ele possui.

Contente-se em viver, por breve tempo, como alguém desconhecido e em fazer seu enfadonho percurso através dos campos de pobreza ou das colinas da aflição. Logo você reinará juntamente com Cristo, visto que Ele nos tornou reis e sacerdotes para Deus (ver Apocalipse 1.6) e reinaremos com Ele para todo o sempre. Que pensamento maravilhoso para o filho de Deus! Temos a Cristo, agora, como nosso glorioso Representante na corte celestial. Em breve, Ele voltará e nos receberá para Si mesmo, a fim de estarmos com Ele no céu, contemplarmos sua glória e compartilharmos do regozijo dele.