Semeando o Evangelho

Semeando o Evangelho
Semear a Verdade e o Amor de Deus

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Um Chamado ao Primeiro Amor (EMOCIONANTE) - Paulo Junior


AMANDO A DEUS POR AQUILO QUE ELE É

Por John Piper

Uma das mais admiráveis verdades que descobri foi esta: Deus é mais glorificado em mim quando sou mais satisfeito nEle. Este é o lema que direciona meu ministério como pastor. Afeta tudo o que eu faço.

Se eu como, bebo, prego, aconselho ou faço — em tudo isso, o meu alvo é glorificar a Deus pela maneira como o faço (1 Co 10.31). Isto significa que meu alvo é fazer tudo de modo que revele como a glória de Deus tem satisfeito os anelos de meu coração. Se a minha pregação denunciasse que Deus não tem satisfeito minhas necessidades, ela seria fraudulenta. Se Cristo não fosse a satisfação de meu coração, será que as pessoas creriam, quando eu proclamasse a mensagem dEle: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6.35)?

A glória do pão consiste em que ele satisfaz. A glória da água viva está no fato de que ela sacia a sede. Não honramos a água refrescante, autorrenovadora e pura que desce da fonte na montanha, quando lhe damos nossa contribuição por trazermos baldes de água de poços do vale. Honramos a fonte por sentirmos sede, ajoelharmo-nos e bebermos com gozo. Em seguida, dizemos: “Ahhhh!” (isto é adoração!) e prosseguimos nossa jornada com a força proveniente da fonte (isto é serviço). A fonte da montanha é mais glorificada quando mais nos satisfazemos com a sua água.

Tragicamente, muitos de nós fomos ensinados que o dever, e não o deleite, é a maneira de glorificarmos a Deus. Não aprendemos que o deleite em Deus é nosso dever! Satisfazer-se em Deus não é um acréscimo opcional ao verdadeiro dever cristão. É a exigência mais elementar de todas. “Agrada-te do Senhor” (Sl 37.4). Não é uma sugestão, é uma ordem, assim como o são: “Servi ao Senhor com alegria” (Sl 100.2) e: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fp 4.4).

A responsabilidade de um pastor é mostrar com clareza aos outros que o amor de Deus “é melhor do que a vida” (Sl 63.3). Se o amor de Deus é melhor do que a vida, é também melhor do que tudo o que a vida neste mundo oferece. Isto significa que a satisfação não está nos dons, e sim na glória de Deus — a glória do amor, do poder, da sabedoria, da santidade, da justiça, da bondade e da verdade de Deus.

Esta é a razão por que o salmista clamou: “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.25-26). Nada na terra, nenhum dos dons de Deus, na criação — podia satisfazer o coração de Asafe. Somente Deus podia. Davi queria expressar isso quando disse ao Senhor: “Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente” (Sl 16.2).

Davi e Asafe nos ensinam, por seu anelo centralizado em Deus, que os dons de Deus — como saúde, riqueza e prosperidade — não satisfazem. Somente Deus satisfaz. Seria presunção não agradecer a Deus pelos seus dons (“Não te esqueças de nem um só de seus benefícios” — Sl 103.2), mas seria uma atitude idólatra chamar de amor a Deus a alegria que obtemos de tais dons. Quando Davi disse ao Senhor: “Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Sl 16.11), ele estava afirmando que estar próximo de Deus é a única experiência todo-satisfatória do universo.

Não era pelos dons de Deus que Davi anelava como um amante profundamente apaixonado. “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42.1-2). Davi queria experimentar uma revelação da glória e do poder de Deus: “Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória” (Sl 63.1-2). Somente Deus satisfará um coração como o de Davi, que era um homem segundo o coração de Deus. Fomos criados para sermos assim.

Isto é a essência do que significa amar a Deus — satisfazer-se nEle. NEle! Amar a Deus pode incluir obedecer a todos os seus mandamentos, pode incluir crer em toda a sua Palavra e agradecer-Lhe por todos os seus dons. Mas a essência de amar a Deus é desfrutar de tudo o que Ele é. Este desfrutar de Deus glorifica mais plenamente a dignidade dEle, em especial quando tudo ao redor de nossa alma está desmoronando.

Todos sabemos disso por intuito, bem como por meio das Escrituras. Sentimo-nos mais honrados pelo amor daqueles que nos servem por obrigação ou pelo deleite da comunhão? Minha esposa é mais honrada quando eu lhe digo: “Gastar tempo com você me torna feliz”. Minha felicidade é o eco da excelência dela. o mesmo é verdade em relação a Deus. Ele é mais glorificado quando nos satisfazemos mais nEle.

Nenhum de nós tem chegado à completa satisfação em Deus. Frequentemente, sinto-me triste com o murmurar de meu coração sobre a perda de confortos mundanos, mas tenho provado que o Senhor é bom. Pela graça de Deus, conheço agora a fonte de gozo eterno; por isso, gosto muito de passar os dias atraindo as pessoas a este gozo, até que possam dizer comigo: “Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no seu templo” (Sl 27.4).

CHAMADO AOS PECADORES

“Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.” Mateus 9:12-13

Sem dúvida alguma essa passagem bíblica é um resumo de todo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo! Nela encontra-se um resumo da missão do Senhor, da condição do homem e da vontade de Deus para seus escolhidos! Convido você, pecador, que sente-se sobrecarregado com seu fardo de pecados e culpas a sentar-se um pouco, ler essa mensagem, meditar sobre ela e, pela graça de Deus, repousar sobre essa verdade bíblica!

Jesus não veio cuidar dos sãos, mas, sim, dos doentes! Que bendito remédio veio aplicar sobre as nossas feridas! Todos nós estávamos mortos em nossos pecados, como está escrito: “Ele vos deu a vida quando estáveis mortos pelos vossos delitos e pecados” Efésios 2:1, uma chaga mortal estava aberta em nós, a qual pulsava, lançando para fora todo pus de imundícia que havia nela. Seu odor era fétido, sua aparência horrível, sua cura aparentemente impossível. Assim estávamos mortos pela chaga mortal do pecado que corrompeu e destruiu nossas vidas, afastando-nos da vontade de Deus e lançando-nos na cova das nossas transgressões. Somente o Médico dos médicos poderia curar um mal tão grande como o que caiu sobre toda a carne! Irmãos, estejam certos que o pecado é um mal horrível, pois a doença deve ser terrível para necessitar de um remédio tão amargo como o sacrifício do Filho de Deus!

Acerca desse remédio tão bendito diz Isaías: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” Isaías 53:4-5.

Nossa cura veio pelo sacrifício de Cristo, como um amargo remédio, porém necessário, para limpar os homens da enfermidade de seus pecados. E acerca disso saibam com certeza, não são os que estão “saudáveis” que tomam desse remédio, mas os que estão enfermos! Da mesma forma, Jesus diz claramente “Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento” Mateus 9:13. O que isso significa? Significa que somente pecadores podem ser salvos mediante o arrependimento e a fé no Filho de Deus, pois nenhum “justo” necessita de arrependimento! Por isso, se você se considera justo, reto e íntegro, ou seja, sem pecado, saiba que tal chamado não se aplica a você! Considere novamente os seus caminhos e reconheça seus erros, suas faltas e transgressões, para que o remédio de Deus possa ser aplicado também sobre ti, de tal forma que seja curado, e o chamado Dele faça-se presente em tua vida!

A justiça própria não pode receber do remédio do Salvador, pois medica-se a si mesma, nem tampouco pode ouvir o Seu chamado, pois concentra-se em sua própria voz! Não façamos a Deus um mentiroso, como está escrito: “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” I João 1:10. Mas o homem arrependido, que considera bem os seus caminhos, observa a impureza de seu coração e a loucura de sua alma, que sente a podridão do pecado e deseja vir a Cristo, certamente será recebido pelo Médico e Senhor da Misericórdia. O sangue do calvário o limpará, as máculas do pecado o deixarão. Haverá paz com Deus, segurança eterna e uma alegria que não poderá ser tirada por ninguém!

Ouça o chamado de Cristo nesse momento! Se você leu essa mensagem até aqui, saiba que Ele está te chamando, pois quer te curar! Ele experimentou o amargor da Cruz, dos chicotes, das ofensas e mesmo da morte para produzir o remédio necessário à sua salvação. Você tem coragem de negar recebê-Lo? Ele está chamando você para substituir teu fardo de pecado, pesado como é, terrível como é, pelo seu fardo suave e leve, pois no peso da Cruz Ele suportou o peso dos teus pecados, para que você não andasse mais curvado ao pecado, mas pudesse estar em pé diante Dele. Negará que ouve a Sua voz? Ele chama pecadores ao arrependimento, tem poder para converter o caminho do homem mau e perverso em uma nova caminhada de graça e verdade, se tão somente ouvirmos a Sua voz e tomarmos o remédio que Ele preparou por nós!

Que Deus abençoe que alguém, que lê este texto, esteja com os ouvidos abertos para ouvir e o coração quebrantado para receber do remédio da vida, Jesus Cristo!

Que Deus os abençoe em Nome de Jesus Cristo!

FORÇA PARA O DIA

ANTECIPANDO SUA HERANÇA

Em Cristo também fomos feitos herança (Efésios 1:10-11).

Como membro da família de Deus, você obteve uma herança futura que tem muitos benefícios presentes.

Uma herança é algo recebido por um herdeiro como resultado de uma vontade ou processo legal. É um legado que se recebe por conexões familiares.

Como membro da família de Deus, você é um herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo (Romanos 8:17). Como tal, você obteve uma herança que Pedro disse que “não pode ser destruída, que não fica manchada, que não murcha e que está reservada nos céus para você” (1 Pedro 1:4). Não pode perecer, desaparecer ou ser contaminada, pois o céu é atemporal e sem pecado. É uma herança segura.

Em Efésios 1:11, Paulo se refere a isso no tempo passado (“obteve”). Isso é significativo, porque a plenitude da sua herança não será revelada até que você seja glorificado na presença de Deus (1 João 3:2). E a sua herança é tão segura que Paulo se refere a ela como se já estivesse em mãos.

Embora sua plenitude ainda seja futura, esta herança também possui benefícios presentes. Além de herdar Cristo e o Espírito Santo, você também herda a paz, o amor, a graça, a sabedoria, a alegria, a vitória, a força, a orientação, a misericórdia, o perdão, a justiça, o discernimento e todos os outros benefícios espirituais. Paulo resume tudo em 1 Coríntios 3:22-23: “Tudo é de vocês, e vocês são de Cristo, e Cristo é de Deus”.

Hoje em dia, muitos cristãos estão tão preocupados com a aquisição de bens materiais que eles perdem muitos dos benefícios presentes de sua herança espiritual e a alegria de antecipar sua realização futura. Não caia nessa armadilha!

Focar em sua herança eterna irá ajudá-lo a manter uma perspectiva adequada sobre as coisas temporais e motivá-lo a louvar e adorar a Deus.

Sugestão para oração

Louvado seja o Senhor pela incrível herança que o espera no céu.

Agradeça-o pelos benefícios presentes de sua herança, que são seus para desfrutar diariamente.

Estudo adicional

Um aspecto precioso de sua herança eterna é a misericórdia de Deus. O salmo 136 reflete sobre a misericórdia que Deus demonstrou em relação a Israel. Leia esse salmo, observando as manifestações de misericórdia que se relacionam com a sua vida.

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

ENSAIO PARA A MORTE

Versículo do dia: Tu os arrastas na torrente, são como um sono, como a relva que floresce de madrugada; de madrugada, viceja e floresce; à tarde, murcha e seca… Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio. (Salmo 90.5-6, 12)

Para mim, o fim de um ano é como o fim da minha vida. E 23h59 em 31 de dezembro é semelhante ao momento da minha morte.

Os 365 dias do ano são como uma vida em miniatura. E essas horas finais são como os últimos dias no hospital depois do médico me dizer que o fim está muito perto. E nessas últimas horas, a vida desse ano passa diante dos meus olhos, e eu enfrento a inevitável pergunta: Eu vivi bem? Jesus Cristo, o justo juiz, dirá “Muito bem, servo bom e fiel”?

Eu me sinto muito abençoado por meu ano terminar desse modo. E oro para que o fim do ano possa ter o mesmo significado para você.

O motivo pelo qual eu me sinto feliz é que há um grande proveito em ter um período de ensaio da minha própria morte. É um grande benefício ensaiar uma vez por ano a preparação para a última cena da sua vida. Esse é um grande benefício porque a manhã de 1º de janeiro encontrará a maioria de nós vivos, na iminência de inteira vida nova, capazes de começar tudo novamente.

A importância dos ensaios é que eles mostram onde estão as suas fraquezas, onde a sua preparação foi defeituosa; e eles dão tempo para que você mude antes da atuação verdadeira.

Suponho que para alguns de vocês o pensamento de morrer é tão mórbido, tão sombrio, tão cheio de sofrimento e dor que é melhor mantê-lo fora das suas mentes, especialmente durante os feriados. Eu acho que isso é insensato e que você presta a si mesmo um grande desserviço. Pois eu tenho descoberto que há poucas coisas mais revolucionárias para a minha vida do que uma meditação periódica sobre a minha própria morte.

Como você alcança um coração sábio para que saiba como viver melhor? O salmista responde:

Tu os arrastas na torrente, são como um sono, como a relva que floresce de madrugada; de madrugada, viceja e floresce; à tarde, murcha e seca… Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio (Salmo 90.5-6, 12).

Contar os seus dias significa simplesmente lembrar que a sua vida é curta e que a sua morte será em breve. Grande sabedoria — grande sabedoria que revoluciona a vida — é alcançada por ponderar de modo periódico nessas coisas.

O critério de sucesso que Paulo usou para avaliar a sua vida era se ele tinha guardado a fé. É nisso que eu desejo que nos concentremos.

E se nós descobrirmos que não guardamos a fé no ano passado, então podemos ficar contentes, como eu fico, que essa morte de fim de ano seja (nós esperamos) apenas um ensaio e toda uma vida de possibilidade de guardarmos a fé esteja diante de nós no próximo ano.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. (João 7.37)

A perseverança teve a sua obra perfeita na pessoa do Senhor Jesus. Até ao último dia da festa, Ele apelou aos judeus. Neste último dia do ano, o Senhor Jesus nos dirige seu apelo e espera para se mostrar gracioso para conosco. A longanimidade de nosso Senhor é admirável em tolerar alguns de nós, ano após ano, apesar de nossas provocações, rebeldias e resistência ao seu Espírito Santo. Maravilha das maravilhas é o fato de que ainda estamos na terra da misericórdia. O Senhor Jesus nos exorta à reconciliação com Deus. Quão profundo tem de ser o amor que fez o Senhor chorar pelos pecadores. Com certeza, diante o clamor dessa chamada, o nosso coração virá espontaneamente. Tudo o que o homem necessita para satisfazer a sede de sua alma já foi providenciado. Embora a alma esteja completamente sedenta, o Senhor Jesus pode saciá-la. A proclamação está sendo f eita, com toda espontaneidade, declarando que todos os sedentos são bem-vindos. O Senhor Jesus levou em seu próprio corpo os nossos pecados, na cruz. O Salvador que sangrou, morreu e ressuscitou é a única esperança para um pecador. Ó, que tenhamos graça para agora vir e beber, antes que o sol se ponha, neste último dia do ano! O ato de beber representa uma recepção para a qual nenhuma adequação é requerida. O tolo, o ladrão, a prostituta podem beber. Pecaminosidade de caráter não pode impedir que alguém aceite o convite e creia em Jesus. A boca pobre é convidada a parar e beber um profundo gole da fonte inesgotável. Lábios imundos, ressecados e leprosos podem beber da torrente de amor divino. Eles não podem contaminá-la, mas, pelo contrário, serão purificados. O Senhor Jesus é a fonte de esperança. Querido leitor, ouça a voz do amável Redentor, que clama a todos nós: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Calma! Deus Está a Caminho - Paulo Junior


O QUE É INFERNO?

Na igreja do Novo Testamento, a doutrina do inferno parece ter sido um dos ensinos básicos para os novos convertidos. O escritor da Epístola aos Hebreus se referiu ao “juízo eterno” como um dos princípios elementares da doutrina de Cristo (Hb 6.1-2) – em outras palavras, um ensino fundamental apresentado no início da vida cristã. Em nossos dias, esse ensino tem sido negligenciado; e precisamos tomar tempo para esclarecer nosso entendimento.

Podemos resumir os principais aspectos do ensino bíblico sobre o inferno em cinco proposições simples. O que é o inferno?

1. Um lugar real criado por Deus. Uma ideia contemporânea a respeito do inferno é a de que ele é apenas uma metáfora que se refere à infelicidade que experimentamos nesta vida. Nas memoráveis palavras de Jean Paul Satre, filósofo existencialista francês, “não há necessidade de enxofre ou grades de tortura. O inferno é a outra pessoa”. Para ele, o inferno era a dor causada pela crueldade dos seres humanos. As pessoas falam de suas experiências devastadoras chamando-as de “infernal”. “Passei por um inferno”, elas dizem. O inferno é visto como o lado sombrio da vida, a tristeza e o sofrimento pelos quais as pessoas passam.

Nada disso é verdade. O inferno é um lugar real. Não é uma metáfora nem um símbolo, nem uma descrição de nossa desolação interior ou de nossos sofrimentos presentes, não importando quão angustiantes eles sejam. O inferno não é um estado mental. É um lugar com dimensões espaciais. Na parábola do rico e Lázaro, o rico falou: “Este lugar de tormento” (Lc 16.28), usando a palavra grega normal que significava “lugar”, da qual procede a nossa palavra topografia – a ciência de descrever lugares. A Bíblia nos diz que Judas Iscariotes foi “para o seu próprio lugar” (At 1.25). Não sabemos em que lugar do universo está o inferno; mas ele tem uma localização precisa, em algum lugar. A Bíblia sugere o seu grande distanciamento da vida e da luz de Deus, ao descrevê-lo como “fora” (Mt 8.12; Ap 22.15), “trevas” (Mt 8.12; 22.13; 25.30).

O nome mais característico do inferno, no Novo Testamento, é gehenna, uma palavra que tem uma história interessante. Ela se referia ao vale de Hinon, fora de Jerusalém, no qual os israelitas queimavam seus filhos como sacrifício a Moloque, deus amonita (2 Cr 28.3; 33.6; 2 Rs 23.10). Era um lugar de atitudes perversas e de tristeza que angustiava o coração. No século I, o vale de Hinom havia se tornado um depósito de lixo, onde os detritos eram queimados dia e noite. As pessoas dos dias de Jesus associavam-no com fumaça, fedor e vermes – tudo que era detestável e imundo. Esse é o termo horrivelmente vívido que Jesus escolheu como figura apropriada do inferno real.

Visto que o inferno é um lugar, ele foi criado por Deus. Por ordem de Deus, o fogo eterno foi “preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41).

2. Punição justa, terrível e eterna. O inferno é um lugar de punição. Existe alguma ideia mais impopular em nossos dias? Nem todo tipo de punição é inaceitável. A punição corretiva, destinada a tornar o ofensor uma pessoa melhor, é bastante aceitável. Os movimentos “politicamente corretos” ainda não se empenharam por convencer os governos a tirar dos pais o direito de disciplinar os filhos. O propósito da disciplina é ensiná-los a não fazer o que é errado. Nossa esperança é que nossos filhos aprenderão com a experiência desagradável e não tenhamos de puni-los novamente. O serviço prisional segue essa mesma filosofia, na qual o alvo declarado do encarceramento é a reabilitação do criminoso. E alguns admitem uma função para a punição preventiva, empregando-a como um detentor que impede os outros de cometerem a mesma ofensa e, assim, sofrerem uma penalidade semelhante. Essa atitude serve como uma advertência para a comunidade, e a correção dos poucos culpados visa garantir a obediência contínua dos muitos que aderem à lei.

No entanto, a punição que o mundo de hoje não tolera é a retributiva – a punição infligida apenas como recompensa pelo mal, porque é isso que os malfeitores devem sofrer, a punição que caracteriza o ódio pelo que é errado e o compromisso com o que é certo. Esse tipo de punição é considerada bárbara e imoral. Isso acontece não porque as pessoas se tornaram mais humanas ou civilizadas, e sim porque elas são atemorizadas por um espectro sombrio. A sombra do inferno as persegue. Sussurros inquietantes de julgamento por virecoam em sua consciência. Essas intimações da ira de Deus deixa as pessoas tão apavoradas, que fazem tudo que podem para remover de nossa sociedade qualquer idéia de punição retributiva…

A punição do inferno é retributiva; não é corretiva. Ela não torna ninguém melhor. O purgatório, a ideia de que os seres humanos serão purificados e melhorados por meio de seu sofrimento após a morte, é um mito. Os sofrimentos no inferno não produzem nenhum benefício naqueles que estão sendo punidos ali. O inferno não é uma punição preventiva, exceto no caso de que ouvir sobre ele agora pode levar as pessoas a se converterem do pecado para Cristo. Quando Deus abrir os livros de julgamento e proclamar o destino final de todos, a punição anunciada será o que muitas pessoas odeiam e temem acima de tudo: punição retributiva, imposta porque o errado é errado, e Deus se opõe ao que é errado.

A punição será justa porque é imposta pelo santo Senhor Deus, cujos juízos são totalmente verdadeiros e justos. A Escritura nos diz que todos os ímpios serão punidos, mas não no mesmo grau. Alguns sofrerão mais do que outros: quanto maior a culpa, maior a penalidade. Deus lidará com os pecados cometidos na ignorância menos severamente do que lidará com atos de desobediência consciente. “Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites. Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão” (Lc 12.47-48).

Privilégios negligenciados aumentarão a penalidade recebida, pois Cristo deu uma advertência solene às cidades da Galiléia em que ele pregara e realizara milagres: “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!… no Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom… [e] para com a terra de Sodoma do que para contigo” (Mt 11.21-24). Isso deve ter sido uma afirmação chocante para aqueles que a ouviram em primeira mão. As respeitáveis cidades pesqueiras da Galiléia, aos olhos de Deus mais culpadas do que Tiro, cidade pagã, ou do que a pervertida Sodoma! Mas essa é a severidade de ouvir e rejeitar o Filho de Deus.

Escribas, que desfrutavam de incomparável exposição às Escrituras, mas se comprovaram hipócritas, avarentos e desonestos, “sofrerão juízo muito mais severo” (Mc 12.38-40). Isso deve ser uma consideração solene para aqueles que foram criados em lares cristãos, mas ainda não se renderam ao Salvador. Os mais profundos abismos do inferno estão reservados não para os descaradamente ímpios, e sim para aqueles que desde a infância tinham familiaridade com a mensagem de salvação e, apesar disso, nunca a aceitaram para si mesmos.

A Bíblia não nos mostra como serão os graus do castigo. Talvez Deus infligirá mais dores a alguns. Talvez haverá uma conscientização mais aguda das oportunidades negligenciadas, um remorso mais profundo. O verme da memória – o ensino de um pai ou as orações de uma mãe – talvez sejam parte da tortura dos condenados no inferno. A Bíblia não nos diz. Mas sabemos que a punição será absolutamente justa. Ninguém jamais poderá queixar-se de que não foi justa ou de que não a mereceu. O inferno é justo.

Além disso, o inferno é terrível, pois é um lugar de “choro e ranger de dentes” (Mt 8.12), onde “não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga” (Mc 9.44). Aqueles que forem para o inferno beberão “do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira”; e serão atormentados “com fogo e enxofre… A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite” (Ap 14.10-11). Isso é terrível.

O inferno é eterno. Apesar das ilusórias “dificuldades” modernas, o ensino das Escrituras é claríssimo. Elas nos falam sobre a “eterna destruição” (2 Ts 1.9), “o fogo eterno… o castigo eterno” (Mt 25.41, 46). Em cada um desses versículos, a palavra usada é a mesma palavra grega aplicada à vida “eterna”. Assim como as alegrias do céu são eternas, assim o são os sofrimentos do inferno. Judas se referiu ao “fogo eterno” (v. 7) e à “negridão das trevas, para sempre” (v. 13).

Quão apavorante será essa punição – justa, terrível e eterna! João Calvino disse: “Por meio dessas expressões, o Espírito Santo tencionava, certamente, consternar todos os nossos sensos com pavor”.

3. Para o Diabo, seus anjos e os não-salvos. “Todas as pessoas interessantes estarão no inferno”, escreveu George Bernard Shaw, o dramaturgo irlandês, em uma peça de blasfêmia insolente. Mas isso não é o que a Bíblia nos diz.

O Diabo estará no inferno, “lançado… dentro do lago de fogo e enxofre” (Ap 20.10). Acompanhando-o, estarão os “seus anjos” (Mt 25.41), que no presente estão guardados, “em algemas eternas, para o juízo do grande Dia” (Jd 6). Esses demônios, já cientes de seu destino final, quando Jesus esteve na terra, curvaram-se diante do poder do Salvador, clamando: “Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Rogavam-lhe que não os mandasse sair para o abismo” (Mc 1.24; Lc 8.31).

O inferno é também para os notoriamente ímpios. “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre” (Ap 21.8). Que galeria de embusteiros repulsiva! Essas são as “pessoas interessantes” de Bernard Shaw.

Entretanto, não são apenas os ousadamente maus que estarão no inferno. O apóstolo Paulo identifica para nós aqueles contra os quais Deus tomará vingança “em chama de fogo”. Quem são eles? Quem são esses monstros de depravação? Os Hittlers? Os Stalins? Sim. Mas, também, todos “os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus” (2 Ts 1.8). Muitos deles são pessoas decentes, exteriormente corretas. São bons cidadãos, pais cuidadosos, empregados confiáveis, vizinhos amáveis – porém nunca creram em Cristo como seu Salvador. Recusaram obedecer “ao evangelho”.

Você está nessa condição? Talvez pense em si mesmo como uma pessoa razoavelmente boa. Talvez pense que não é culpado de nenhum grande pecado e nunca fez alguma coisa de que se envergonha. Mas o evangelho diz: “Crê no Senhor Jesus”; e você não tem obedecido a esse mandamento. Ainda que você não tenha cometido outro pecado, Deus tomará vingança de você, em chama de fogo, se não obedecer ao evangelho. Somente aqueles que creram em Cristo escaparão do inferno. “Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36). E “quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).

4. O irrevogável destino do incrédulo na morte. No Dia do Juízo, os corpos dos incrédulos ressuscitarão dos sepulcros, serão unidos novamente à sua alma e lançados no inferno. Contudo, precisamos lembrar que a alma do incrédulo já está no inferno. Não existe nenhuma “terra de ninguém” no universo, nenhuma sala de espera entre o céu e o inferno, nenhum sono da alma ou período de inconsciência até à segunda vinda de Cristo. As almas que não habitam seus corpos estão no céu ou no inferno.

Quando os crentes morrem, as suas almas seguem imediatamente para estar com Cristo. Paulo queria “partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fp 1.23). O próprio Salvador disse ao ladrão que estava para morrer: “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Isso é exatamente o que acontece com todo crente quando morre. Por contrário, quando um incrédulo morre, ele parte para estar com Satanás, o que é infinitamente pior. E, quando passa deste mundo, o Diabo lhe sussurra, com triunfo: “Hoje você estará comigo no inferno”. Não existem outras possibilidades. Ou nossa alma estará com Cristo, ou estará com Satanás.

As palavras sheol, no Antigo Testamento, e hades, no Novo Testamento, têm sido entendidas por alguns como que se referindo a um estado neutro, intermediário, vivido por todos os seres humanos até ao retorno de Cristo. Mas isso se deve a um entendimento errado, pois essas palavras são usadas nas Escrituras em, pelo menos, dois sentidos. Às vezes, referem-se ao sepulcro, aonde todos vamos, e, às vezes, ao lugar de punição, ao qual o crente não vai. Alguns versões da Bíblia traduzem corretamente sheol, de acordo com o contexto, variando-a entre “sepulcro”, “abismo” e “inferno”.

Ainda que as Escrituras nos falem mais sobre o destino dos crentes do que sobre o dos perdidos, seu ensino é bem claro no que diz respeito àqueles que morrem sem Cristo. A parábola de nosso Senhor sobre o rico e Lázaro refere-se evidentemente ao período de tempo anterior à ressurreição geral. O rico havia morrido e sido sepultado, e seus cinco irmãos ainda viviam na terra. O fim do mundo ainda não chegara. Contudo, embora morto, ele estava consciente, porque “no inferno, estando em tormentos, levantou os olhos”. Seu corpo estava em decomposição no sepulcro, mas sua alma experimentava agonia no inferno. “Estou atormentado nesta chama”, ele clamou (Lc 16.23-24).

Todos os que morreram na incredulidade estão sofrendo neste momento. “O Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo” (2 Pe 2.9). Não há uma segunda chance, nenhuma esperança futura, nenhuma utilidade em orar pelos mortos. Estão além do alcance de nossas orações, que não mais os ajuda. Nem mesmo o Deus todo-poderoso os ajudará.

Essa é a razão por que o evangelho é tão urgente. É o motivo por que Deus nos chama a crer agora, porque, depois de mortos, será tarde demais. Naquele momento, a alma está irrevogavelmente perdida, aguardando somente a sua reunião com o corpo condenado no Último Dia.

5. O inferno é governado por Deus e existe para a sua glória. Precisamos enfatizar que o inferno é governado por Deus, pois existe uma ideia popular de que o inferno está, de algum modo, fora do alcance e da presença de Deus. Muitos acham que o inferno é como um repositório de lixo atômico no qual Deus confinará os ímpios. Ele será lacrado, enterrado e esquecido. E as almas que estão naquele lugar pavoroso serão deixadas à mercê de seus próprios artifícios. Talvez John Milton, embora tenha sido um grande poeta puritano, foi em parte responsável por essa ideia errônea. Em sua obra Paraíso Perdido, ele dedica grande quantidade de atenção a Satanás, o anjo-chefe. Quando o Diabo está entrando no inferno, Milton o faz dizer: “Pelo menos aqui seremos livres. Aqui poderemos reinar tranquilos. E, em minha escolha, reinar é uma ambição digna, embora no inferno. É melhor reinar no inferno do que servir no céu”.

O poeta está dando ao Diabo uma pálida esperança. “Aqui seremos livres. Aqui poderemos reinar seguros.” Talvez isso seja realmente o que o Diabo pensa e anseia. “Eu posso ser ímpio, mas serei meu próprio senhor. Este pode ser um lugar de miséria, mas, pelo menos, conseguirei ficar longe de Deus.” Muitos concordam com ele e pensam no inferno como o lugar em que Satanás reina.

Isso não é verdade. O inferno é um lugar em que somente Deus governa. Não é um reino demoníaco independente e absoluto. Deus, que “tem poder para lançar no inferno” (Lc 12.5), governa-o e preparou as suas chamas (Mt 25.41). Ele está presente no inferno, pois os condenados são atormentados “diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro” (Ap 14.10). Que afirmação terrível e misteriosa!

Não, os demônios não reinam no inferno. Não devemos retratar o Diabo como um herói trágico e rebelde que vive sozinho e ergue seu punho para Deus. Milton cometeu esse erro quando colocou estas palavras nos lábios de Satanás: “E se o campo for perdido? Nem tudo está perdido; a vontade inconquistável e a coragem de nunca submeter-se ou render-se: essa glória a ira ou o poder de Deus nunca me tirará. Curvar-me e implorar por graça, com prostração humilde, e exaltar o poder dele, isso seria ignomínia e vergonha aqui em embaixo, nesta desgraça”.

Isso nos causa profunda compaixão, não? Embora terrível, há algo magnificente no que concerne à vontade inconquistável, a criatura maldita e obstinada, o espírito que não pode ser quebrantado. Esse desafio apela à nossa natureza arrogante e caída; mas é um desafio espúrio. “Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.10-11). Satanás não será “livre”, sua vontade não é “inconquistável”, sua “coragem” será inexistente, sua “ignomínia e vergonha”, total. “Tudo” já “está perdido”. Ele não será um príncipe negro, apavorante em sua dignidade ímpia, e sim uma criatura desprezível, prostrada diante do Rei e Senhor de tudo. Deus reina no inferno, como reina no céu.

Temos de lembrar também que o inferno existe para a glória de Deus. No inferno, e só podemos dizer isso com temor reverente, a glória de Deus será revelada de maneiras novas e admiráveis. Sua autoridade como Rei será vista mais claramente do que já foi possível antes. Novos aspectos de sua santidade e justiça serão revelados ao seu povo extasiado.

Ousemos crer nisso porque as Escrituras o ensinam. O último livro da Bíblia nos mostra os habitantes santos do céu louvando e agradecendo a Deus pelo inferno. Os vinte e quatro anciãos prostram-se sobre o seu rosto, diante de Deus, afirmando: “Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar. Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos” (Ap 11.17-18).

O anjo das águas louva o Senhor por seus juízos: “Tu és justo, pois julgaste estas coisas, também sangue lhes tens dado a beber; são dignos disso” (Ap 16.5-6). Assim como toda a criação, o inferno existe para a glória de Deus.

6 PASSOS PARA O NOVO NASCIMENTO

Nós seres humanos temos nossas próprias convicções, fundamentadas naquilo que vivenciamos e aprendemos no decorrer da nossa vida.
Quando temos uma opinião formada acerca de qualquer assunto, fica completamente difícil convencer-nos do contrário. O que fazer? Jesus nos orienta a nascer de novo. Porque nascer de novo? Nascer de novo é uma opção dada por Cristo, àqueles que querem recomeçar de maneira diferente. É o que podemos chamar de “segunda chance.” É abrir-se para uma nova visão, é estar disponível para conhecer e vivenciar tudo aquilo que Deus tem para nós. Conheça os 6 passos para o processo do novo nascimento.

1. Útero – Lugar de preparação: É o lugar onde sentimo-nos confortáveis e seguros, mas ao mesmo tempo estagnados. Por um dado momento sentimo-nos confortáveis, mas vamos crescendo e logo o espaço diminui. É um lugar temporário, lugar de preparação. E lá somos confrontados a tomarmos uma decisão: Ficamos ou saímos para viver um novo tempo. Não é uma decisão nada fácil, visto saber que enfrentaremos o desconhecido. E o desconhecido vem sempre acompanhado do MEDO.

2. Cordão umbilical – Romper com o passado: Quando optamos por dar-nos uma chance de viver o novo, precisamos cortar o cordão umbilical. O cordão umbilical é o elo entre o nosso passado e futuro. Saímos do conforto, mas temos um longo caminho à nossa frente e agora há em nós um misto sentimento de medo e esperança. É nos dada à oportunidade de construir uma nova história, para isso o elo precisa ser quebrado. Manter o cordão umbilical é viver o presente, focados no passado. Não haverá futuro, enquanto o nosso foco estiver no passado. Não importa quais situações foram vivenciadas, boas ou ruins elas já não existem mais e ainda que quiséssemos revivê-las, seria impossível. Passado é algo que existe apenas na nossa mente, quando olhamos para ele temos lembranças, quando olhamos para o futuro, esperança. É hora de cortar o cordão umbilical, romper com o passado e construir o nosso futuro.

3. Nascer de novo – Nova chance: Agora chegamos ao momento mais importante, o pós-cordão umbilical e já que aceitamos viver o novo, precisamos fazer isso da maneira correta. É o momento de nos colocarmos na condição de aprendizes. Se anteriormente seguimos caminhos os quais geraram arrependimento, e que não nos levaram a lugar algum, precisamos ficar atentos, para que de maneira imperceptível, não venhamos repetir velhos padrões que consequentemente nos fará chegar aos mesmos lugares.

4. Colo – Dependência total: Ao nascer de novo, nascemos bebê e todo bebê precisa de um adulto que lhe dê os devidos cuidados especiais. Essa é a fase mais difícil do novo nascimento, aprender a depender das outras pessoas. Se em momento anterior fomos soberbos, arrogantes e insuficientes, começamos a nossa nova vida descobrindo que durante toda a nossa trajetória de vida, precisaremos uns dos outros. A dependência ensina-nos a ser humildes. Quando aprendemos a ser humildes, a nossa visão muda, percebemos que nem todas as portas estavam trancadas, mas que simplesmente só enxergávamos as inacessíveis. Existiram portas abertas, pelas quais o nosso orgulho não permitiu que passássemos. Nascer de novo é começar de novo, se permitir depender de outras pessoas para nos ajudarem a passar pelas portas. Lembre-se: Ninguém nasce grande; o crescimento é um processo gradativo e natural do ser humano.

5. Alimentação – Crescer ou morrer: Um bebê recém-nascido necessita de leite, se porventura se alimentar de algo mais forte, pode vir a óbito, seu estômago não está pronto para ingerir qualquer coisa. Um adulto precisa de uma alimentação balanceada e forte. Se um adulto se alimentar somente de leite, também pode vir a óbito, o leite poderá causar-lhe uma desnutrição. A alimentação faz parte do processo gradativo de crescimento do ser humano, sendo assim, vá com calma, coloque os pés no chão; sonhar faz bem, mas sonho é um alimento que não sustenta adulto. O que mantém o adulto é um alimento chamado realidade. O sonho é a sobremesa, ou seja, o complemento da refeição é a parte mais gostosa, no entanto, não dá para sobreviver só com a sobremesa, o nome já diz tudo SOBREmesa.

6. Caminhar – Independência progressiva: E progressivamente vamos crescendo e aprendendo a ficar cada vez mais independentes. E como aprendemos? Observando, seguindo orientações dos mais experientes e exercitando. Imagine o processo de um bebê aprendendo a sentar, engatinhar, falar e caminhar. Será que um bebê consegue tudo isso sozinho? Claro que não. E podemos afirmar que não é um processo fácil, visto entender que muitas são as quedas. E sabe o que é mais difícil? Levantar e tentar novamente. Sabe qual é a vantagem de ser bebê? Tem sempre alguém do lado dizendo: Vá, levanta, você consegue. De outra forma, talvez nunca mais tentasse. Quando crescemos, não temos tanto privilégio, ao cairmos precisamos compreender que nem sempre encontraremos alguém para nos incentivar a prosseguir. E por conta disso, precisamos lembrar que não somos mais crianças e não podemos nos comportar como tal.

Nascer de novo dá-nos a oportunidade de aprender a crescer e a compreender todas as fases da nossa vida. É uma oportunidade dada a nós por Deus para recomeçarmos de maneira diferente e segura.

FORÇA PARA O DIA

IDENTIFICANDO-SE COM OS NECESSITADOS

Não se esqueçam da hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos (Hebreus 13:2).

Uma vez que somos humanos, Deus permite simpatizar-nos com outros que podem estar sofrendo dificuldades.

A confissão apostólica, uma antiga confissão da igreja, diz: “Se algum cristão é condenado por causa de Cristo, pelos ímpios, não negligencie isso, mas do produto do seu trabalho e suor, envie-lhe algo para se sustentar, e para recompensar o soldado de Cristo”. Você pode ver a partir dessa citação que a igreja primitiva levou a sério a responsabilidade de ajudar as pessoas que estavam sofrendo perseguição. Para conseguir dinheiro para libertar um amigo cristão, alguns crentes primitivos até se venderam em escravidão.

Parece improvável que tenhamos que enfrentar essas medidas extremas. Mas, definitivamente, podemos aprender com a atitude do coração que provocou tal ação. O objetivo é que devemos fazer o que pudermos para entender o que os outros estão passando. Não precisamos necessariamente experimentar a mesma fome, prisão ou tratamento severo que eles estão sofrendo para nos simpatizar. Ser humano deve ser um incentivo suficiente para nós ajudarmos os outros.

Você pode ter empatia amorosa por alguém de pelo menos três maneiras. Primeiro, você pode simplesmente “estar lá” como um amigo para incentivar a outra pessoa quando ela está com problemas.

Uma segunda maneira de mostrar empatia é oferecendo ajuda direta. Os filipenses compartilhavam com o apóstolo Paulo em sua aflição apoiando financeiramente seu ministério em outros lugares (Filipenses 4:14-16). Desta forma, eles também o encorajaram espiritualmente.

Terceiro, você pode demonstrar empatia através da oração. As palavras finais de Paulo para os Colossenses – “Lembrem-se das minhas prisões” (Colossenses 4:18) – foram um apelo à oração. Era o único meio que restava pelo qual a igreja poderia efetivamente apoiá-lo.

Se nós temos o exemplo de Cristo, que não é “um sumo sacerdote que não pode compadecer-se das nossas fraquezas” (Hebreus 4:15), como podemos ignorar os problemas dos outros, especialmente os dos outros cristãos? Em vez disso, a empatia sincera deve ser uma parte regular do nosso serviço para o Senhor.

Sugestão para oração

Ore para que você possa esboçar maior atenção e sensibilidade àqueles que você conhece que podem estar sofrendo.

Estudo adicional

Com base na história do Bom Samaritano, em Lucas 10:29-37, quais são as atitudes e ações essenciais de um bom próximo?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

APERFEIÇOADOS E CAPACITADOS COM PODER

Versículo do dia: Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém! (Hebreus 13.20-21)

Cristo derramou o sangue da eterna aliança. Por meio dessa redenção bem-sucedida, ele obteve a bênção da ressurreição dentre os mortos. Agora, ele é o nosso vivo Senhor e Pastor.

E por causa disso tudo, Deus faz duas coisas:

Ele nos aperfeiçoa com tudo o que é bom para que possamos cumprir a sua vontade, e
Ele opera em nós o que é agradável diante dele.
A “eterna aliança”, garantida pelo sangue de Cristo, é a nova aliança. E a promessa da nova aliança é esta: “as minhas leis, também no coração lhas inscreverei” (Jeremias 31.33-34). Portanto, o sangue dessa aliança não apenas assegura que Deus nos aperfeiçoa para que cumpramos a sua vontade, mas também garante que Deus opera em nós para tornar esse aperfeiçoamento bem-sucedido.

A vontade de Deus não está apenas escrita em pedra ou papel como um meio de graça. Está operando em nós. E o efeito é que nós sentimos, pensamos e agimos de maneiras mais agradáveis ​​a Deus.

Nós ainda estamos ordenados a usar a capacitação que Ele nos dá: “Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor”. Porém, o mais importante é que o motivo nos é revelado: “Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2.12-13).

Se nós somos capazes de agradar a Deus — se realizamos a sua boa vontade — é porque a graça de Deus, comprada pelo sangue, passou da mera capacitação para a transformação onipotente.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio. (Eclesiastes 7.8)

Considere o nosso Senhor e Salvador. Em seu princípio, Ele foi desprezado e rejeitado pelos homens; foi um homem de dores, familiarizado com o sofrimento (ver Isaías 53.3). Você pode observar o fim? Nosso Senhor está assentado à direita de Deus, sabendo que todos os seus inimigos se tornarão o estrado de seus pés (ver Salmos 110.1). “Segundo ele é, também nós somos neste mundo” (1 João 4.17). Você tem de tomar a cruz, pois, se não o fizer, nunca receberá a coroa. Você tem de passar através da lama, pois, se não o fizer, nunca andará nas ruas de ouro. Anime-se, então, crente abatido. “Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio”. Quão desprezível é a aparência da larva de um inseto. É o começo de uma vida. Todavia, se você observar posteriormente, aquele inseto com asas deslumbrantes estará brincando aos raios de sol, bebendo das flores, cheio de vida e felicidade. Esse é o fim. Aquele inseto é como você, até que seja envolvido na crisálida da morte. Mas, quando Cristo se manifestar, você será semelhante a Ele, porque O verá como Ele é (ver Salmos 17.15). O diamante de aparência rústica é colocado na roda do lapidário, que o corta em todos os lados. O diamante perde muito, muito do que parecia ser precioso para ele mesmo. O rei é coroado; o diadema é colocado na cabeça do monarca com o alegre som da trombeta. Um resplandecente raio brilha da pequena coroa, brilho que vem daquele exato diamante que tão recentemente foi em extremo afligido pelo lapidário. Você pode ousar se comparar a tal diamante, pois é um do povo de Deus; este é o tempo do processo de lapidação. A fé e a perseverança têm sua obra perfeita (ver Tiago 1.3,4), pois no dia em que a coroa for colocada na cabeça do “Rei eterno, imortal, invisível” (1 Timóteo 1.17), um brilho de glória resplandecerá de você. “Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exércitos” (Malaquias 3.17). “Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio.”

As Últimas Palavras de Jesus - CHOCANTE - Paulo Junior


PORQUE SEMINARISTAS COSTUMAM PERDER A FÉ?

Por Augustus Nicodemus

Não quero dizer que acontece com todos, mas acontece com muitos. Conheço vários casos, inclusive próximos a mim, de jovens cristãos fervorosos, dedicados, crentes, compromissados com Deus, que gostavam de orar e ler a Bíblia, que evangelizavam a tempo e fora de tempo, e que, depois de entrar no seminário ou na faculdade de teologia, esfriaram na fé, se tornaram confusos, críticos, incertos e até cínicos. Como Tomé, não conseguem crer (espero que ao final venham a crer, como graciosamente aconteceu com Tomé).

E isso pode acontecer até mesmo em seminários cujos professores são conservadores, que acreditam na Bíblia de capa a capa. Esse quase foi o meu caso. Após minha conversão em 1977, depois de uma vida desregrada e dissoluta, dediquei-me à pregação do evangelho e a plantar igrejas. Larguei meu curso de desenho industrial na Universidade Federal de Pernambuco e fui trabalhar como obreiro no litoral de Olinda, pregando a uma comunidade de pescadores, depois entre plantadores de cana no interior de Pernambuco e, finalmente, entre viciados em drogas no Recife. Todos me aconselhavam cursar o seminário e a me tornar pastor. Eu resistia, pois tinha receio de que quatro anos em um seminário poderiam esfriar meu ânimo, meu zelo, minha paixão pelas almas perdidas. Eu conhecia vários seminaristas e não tinha a menor intenção de me tornar como eles. Finalmente, cedi. Entrei no seminário com 24 anos, provavelmente como um dos mais relutantes candidatos ao ministério que passara por aquelas portas. Tive professores muito abençoados que me ensinaram teologia, Bíblia, história, aconselhamento. Eram todos, sem exceção, homens de Deus, comprometidos com a infalibilidade das Escrituras e com a teologia reformada. Tenho que confessar, porém, que nesse período esfriei bastante. Perdi em parte aquele zelo evangelístico, a prática de dedicar várias horas diárias para ler a Bíblia e orar. O contato com a história da Igreja, a história das doutrinas, as controvérsias, além da carga tremenda de leituras e trabalhos a serem feitos, tudo isso teve impacto na minha vida devocional. Pela graça de Deus, durante esse período permaneci ligado ao trabalho evangelístico, à pregação. Mantive-me em comunhão com outros colegas que também amavam o Senhor, e juntos orávamos, discutíamos, compartilhávamos nossas angústias, alegrias, dificuldades e nossos planos futuros. Saí do seminário arranhado, embora continue crente até hoje.

Infelizmente, esse não é o caso de muitos. Além desses casos que eu mencionei, conheço vários outros de seminaristas, estudantes de teologia, que perderam a fé, o zelo, o fervor, a confiança, e que saíram do seminário totalmente diferentes daqueles jovens entusiasmados, evangelistas, que um dia entraram na sala de aula ansiosos por aprender mais de Deus e da sua Palavra.

Existem algumas razões pelas quais essa história tem se tornado cada vez mais comum. Coloco aqui as que considero mais relevantes, sempre lembrando que muitos seminários e escolas de teologia levam muito a sério a questão da ortodoxia bíblica e do cultivo da vida espiritual de seus alunos. Não é a eles que me refiro aqui.

1. Acho que tudo começa quando as denominações mandam para os seminários e faculdades de teologia jovens que não têm absolutamente a menor condição de serem pastores, professores, obreiros e pregadores. Muitos são enviados sem nenhum preparo intelectual, espiritual e emocional. Alguns mal completaram dezessete anos e vão estudar teologia simplesmente porque são líderes destacados dos adolescentes em sua congregação, ministros do grupo de louvor ou filhos de pessoas influentes da igreja. Não é sem razão que Paulo orienta que o líder não pode ser neófito, isto é, novo na fé (1Tm 3:6). Eles não têm estrutura intelectual, bíblica e emocional para interagir criticamente com os livros dos liberais e com os professores liberais que vão encontrar aos montes em algumas das instituições para onde serão mandados. Não estarão inoculados preventivamente contra o veneno que professores liberais costumam destilar em sala de aula.

2. Acho também que a culpa é das denominações que mantêm professores liberais (ou conservadores frios espiritualmente) nas cátedras de suas escolas de teologia. O que um professor que não acredita em Deus, nem que a Bíblia é a Palavra de Deus, e além de tudo não ora, tem para ensinar a jovens que estão na sala de aula para aprender mais de Deus e de sua Palavra? Há seminários e escolas de teologia que mantêm no corpo docente professores que nem vão mais a uma igreja local, que usam o título de pastor apenas para ocupar uma vaga na cátedra dos seminários. Nunca levaram ninguém a Cristo, nem estão interessados nisso. Não têm vida de oração, de piedade. Que exemplo eles poderão dar aos jovens que sentam nas salas de aula com a mente aberta, ansiosos e desejosos de ter modelos de líderes para começar seu próprio ministério?

3. Alguns desses professores chegam a declarar, em tom teoricamente farsesco no primeiro dia de aula, que seu alvo pessoal é “destruir a fé de todos os seus estudantes” antes mesmo que terminem o primeiro ano de estudos. Começam desconstruindo o conceito de que a Bíblia é a infalível e inspirada Palavra de Deus. Com grandes demonstrações de sapiência e erudição, eles mostram os “erros” da Bíblia e o “engano” da igreja cristã ao, “influenciada” pela filosofia grega, elaborar doutrinas como a Trindade, a divindade de Cristo e a expiação. Mesmo sem usar linguagem direta, embora alguns até utilizem, lançam dúvidas sobre a ressurreição literal de Cristo dentre os mortos. A pá de cal na sepultura da fé desses meninos é a vida desses professores. Além de não terem vida devocional alguma, alguns deles incentivam os seus pobres alunos a beber, fumar, frequentar baladas e outros locais. Eles até lideram o grupo Noé (que se encheu de vinho) e o grupo Isaías (“e a casa se encheu de fumo”) nos seminários!

4. Bem, acredito que uma fé que pode ser destruída deve ser destruída mesmo, pois não era autêntica nem sólida. Quanto mais cedo ela for exterminada e substituída por uma fé robusta, enraizada na Palavra de Deus, melhor. Acontece que os professores liberais e os professores conservadores mortos só sabem destruir; eles não têm a menor ideia de como ajudar jovens candidatos ao ministério pastoral a cultivarem uma mente educada, uma fé robusta e uma vida de devoção e consagração a Deus: os primeiros, porque lhes falta; os segundos, devoção. Ao fim de quatro anos de estudo com professores assim, vários desses jovens saem para serem pastores, mas intimamente — alguns, abertamente — estão cheios de dúvidas quanto à Bíblia, quanto a Deus e quanto às principais doutrinas da fé cristã. Estão confusos teologicamente, incertos doutrinariamente e cínicos devocionalmente. Quando entraram nos estudos teológicos, eram jovens que tinham como grande missão de sua vida pregar o evangelho, glorificar a Deus e ganhar o mundo para Cristo. Agora, após quatro anos debaixo do jugo de professores liberais ou conservadores mortos, seu único alvo é conseguir campo para ganhar o pão de cada dia, sustentando a si e à família. Esse tipo de motivação destrói igrejas em curto espaço de tempo.

5. Não podemos deixar de lembrar que, na verdade, se trata de uma guerra espiritual feroz, em que Satanás tenta de todos os modos corromper a singeleza e sinceridade da fé em Cristo, atacando a mente e o coração dos futuros pastores (2Co 11:3). Usando professores sem fé e professores sem vida espiritual, ele procura minar as convicções, a certeza, o fervor e a dedicação dos jovens que se preparam para o ministério. Aqui é pertinente o lema de Calvino, orare et lahutare. Pela oração, os seminaristas poderão escapar da tendência dos estudos teológicos de transformar nossa fé em um esquema doutrinário seco. E, pela labuta nos estudos, poderão se livrar das mentiras dos professores liberais, neo-ortodoxos, libertinos e marxistas.

Eu daria as seguintes sugestões a quem pensa em fazer teologia e depois seguir a carreira pastoral:

Verifique suas motivações. O que leva você a desejar o pastorado? Muitos querem ser pastores porque não conseguem ser mais nada na vida. Não conseguem passar no vestibular para outras carreiras, nem conseguem emprego. Enxergam o pastorado como um caminho fácil para alguma (qualquer uma) colocação profissional.
Procure saber qual a opinião de seus pais, de seus pastores, e de seus amigos mais chegados, que terão coragem de lhe dizer a verdade.
Seja honesto consigo mesmo e responda: você já levou alguém a Cristo? Você tem liderança? Você tem facilidade de comunicação em público e em particular?
Você tem uma vida devocional firme, constante, sólida, em que lê a Bíblia e ora, buscando a face de Deus, com zelo e fervor? Cultiva uma vida santa e reta diante de Deus, odeia o pecado e almeja ser mais e mais santo em seu caminhar?
Um colega de seminário me lembrou recentemente que uma das coisas que o impediram de perder a fé e o fervor, durante o tempo de estudos, foi que ele tenazmente se aproximou dos professores conservadores que eram espirituais, dedicados, fervorosos, que valorizavam a vida com Deus e a santidade. A comunhão com esses homens de Deus foi um refrigério para ele e funcionou como uma âncora nos momentos de tentação e crise.

Lamento pelos jovens que perdem a fé ou o amor a Deus durante os anos de estudos teológicos. Lamento mais ainda pelas igrejas onde eles vão pastorear e onde vão plantar as mesmas sementes de incredulidade e frieza que foram semeadas em sua mente aberta e despreparada por professores sem fé e sem zelo.

QUEM SOU EU DIANTE DE DEUS

Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Apocalipse 3:17

O Ser humano muitas vezes tende a passar por um ataque de falsa inocência muito grande, a falta de entendimento de quem si é contribuiu para tamanha ignorância espiritual, não falo apenas para os que dizem ser cristão, não, é para toda a humanidade.
Existem pessoas que tem um conhecimento extenso em diversas áreas, porém, se questionarmos sobre eles mesmos, muitos terão dificuldades em relatar-se, porque isto? Exatamente porque, nem eles sabem o que realmente são e o que estão fazendo aqui.

Não são poucos os que pensam que a vida humana é essa efêmera anuidade que vivemos na terra. O homem, nascido da mulher, é de poucos dias e farto de inquietação. Jó 14:1
Não usam a inteligência para raciocinar e pensar que, seria muito fútil se a vida fosse apenas nascer, estudar, trabalhar, ganhar dinheiro, fama, poder, conquistar e depois morrer, o que aconteceriam com aqueles que nunca tiveram um oportunidade na vida? Não seria um tanto quanto injusto? Sem mencionar que, muitos gastam todos os dias da sua vida humana amontoando fortuna e logo morrem sem ao menos usufruir, fica tudo, e, ainda deixa uma verdadeira guerra para a família, pois quem se foi já era, então, os que ficam é, quero a parte dos meus bens.

Podem até chorar por alguns dias, depois, a vida continua, é quem partiu ninguém sabe o que acontece com ele. Pense! Um Deus tão Poderoso, que pode fazer o que bem lhe apraz, Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus. Salmos 90:2, Criador do Universo, No princípio criou Deus o céu e a terra. Gênesis 1:1 iria fazer um projeto tão minúsculo?

Se Deus é eterno, iria fazer a sua imagem e semelhança para durar apenas algumas décadas e depois não existir mais? Seria algo muito supérfluo. Os projetos de Deus durarão uma eternidade.
Eu não posso te garantir o que acontece com todo mundo depois que parte dessa vida, mais pelo menos posso te dá uma pincelada de garantia que a vida continua, veja esse relato bíblico, E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Lucas 16:22-24.

Isto mostra claramente que existe vida depois da morte.
Esta comparação que Jesus fez entre o rico e o mendigo, não quer dizer que os mendigos vão para o Céu nem os ricos para o inferno, não é isso, Ele nos mostra que as aparências enganam, pois se analisarmos na visão humana, direcionaremos todos os méritos para o rico, pois geralmente um mendigo é um pobre infeliz que ninguém dá nada. Deus nos mostrar que, não importa os bens que se tem, as condições que se possuem, Deus contempla um coração temente a Ele.

Em se tratando da riqueza neste trecho, o que vemos claro, é que, não podemos confiar nos bens que temos, naquilo que nossas forças conquistam, não podemos colocar nosso coração nessas coisas que perecem. Não confieis na opressão, nem vos ensoberbeçais na rapina; se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração. Salmos 62:10.
Todo, os bens conquistados aqui na terra, precisamos entender que são benção de Deus para nós, e, é fundamental termos o coração grato a Deus independente do que possuímos, pois, tudo um dia se vai.

Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.Eclesiastes 5:10. A Bíblia nos fala de homens muito ricos que eram verdadeiros heróis da fé, exemplo de Jó e Abraão. Então, a maior riqueza está em obedecer a Deus.

O que o ser humano tem que entender é que, ele sem Deus nada é, Porque disse: De nada aproveita ao homem o comprazer-se em Deus. Jó 34:9, mais, para se entender isto, é necessário conhecer a Deus. Para muitos, Deus se tornou uma utopia, para outros, um carrasco, para alguns uma mera superstição. Tolos, néscios, não sabei vós que apesar Dele ter o Céu dos Céus como seu trono, ele também está dentro de vocês, não foi à inspiração do todo poderoso que lhes trouxe a vida? O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida.

Jó 33:4, se você respira é o fôlego de Deus que está em você, Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do Todo Poderoso o faz entendido. Jó 32:8, há dentro de você, um Ser, que, Deus dá entendimento, mais você só pode entender isto se obedecer às palavras de Deus, Porque o que me achar, achará a vida, e alcançará o favor do Senhor. Provérbios 8:35.

Queridos, a palavra de Deus é para todo Ser humano! Agora, aceita quem quer, porém, para aqueles que as ouvem e obedecem, existe uma garantia de vida, Existe uma garantia para aqueles que obedecem a Deus, Não morrerei, mas viverei; e contarei as obras do Senhor. Salmos 118:17

Entenda isso, Deus não iria fazer um projeto tão fabuloso que é a criação do universo, criar a sua mais perfeita obra de arte que é o ser humano, para viver apenas esses míseros dias de vidas. As pessoas vivem diferentes uma da outras, são pelas as escolhas que elas fazem. Deus fez a humanidade para serem seus filhos, No caminho da sabedoria te ensinei, e por veredas de retidão te fiz andar. Provérbios 4:11, nós fomos quem o desobedecemos.

Existe apena um caminho Jesus, Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. João 14:6 se, todos andassem Nele, viveríamos uma vida de paz, porém existem milhões de atalhos, e, muito preferem ir por eles, somos nós quem decidimos, seguir os atalhos ou o caminho verdadeiro, Porque o que me achar, achará a vida, e alcançará o favor do Senhor. Provérbios 8:35

Nada nessa vida, pode ser mais importante para nós que ouvir e obedecer a voz de Deus, só Nele estaremos seguros. Até aos poderosos arrasta com a sua força; se ele se levanta, não há vida segura. Jó 24:22, porém, se, depositarmos em Deus nosso coração, não seremos engodados pelo mal, e não viveremos como muitos, sem saber o que lhe virá depois.

Existe uma esperança para todo o ser humano, Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus. 1 João 4:15, então, se você não quer ser mais enganado, quer conhecer os propósitos de Deus para a sua vida, quer um dia vê-lo pessoalmente e poder contemplar a sua face, abra o seu coração e diga para Ele agora. Revela-me a tua gloria, Eu quero te Conhecer Jesus, Seja Senhor Absoluto na Minha Vida, Muda a Minha Historia, Perdoa Todos os Meus Pecados, Escreve o Meu Nome no Livro da Vida, Me conduza na Vereda da Tua Justiça, Me Faz Realmente Um Dos Teus Filhos. Amém

FORÇA PARA O DIA

CONTENTAMENTO: COMO DESFRUTÁ-LO?

Que a vida de vocês seja isenta de avareza. Contentem-se com as coisas que vocês têm, porque Deus disse: “De maneira alguma deixarei você, nunca jamais o abandonarei.” Assim, afirmemos confiantemente: “O Senhor é o meu auxílio, não temerei. O que alguém pode me fazer? (Hebreus 13:5-6).

Seu relacionamento com Deus permite que você desfrute do genuíno contentamento.

Você pode estar se perguntando: “Como posso desfrutar de contentamento e ficar satisfeito com o que eu tenho?” Primeiro, você pode começar percebendo a bondade de Deus e acreditar que Ele cuidará de você, porque é um dos Seus filhos. Você pode reivindicar novamente a promessa em Romanos 8: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (v. 28).

Segundo, você deve realmente perceber que Deus é onisciente – Ele conhece todas as coisas e todas as suas necessidades pessoais. Ele conhece suas necessidades individuais muito antes de você e mesmo antes de orar por elas. Jesus afirmou: “Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas o Pai de vocês sabe que vocês precisam delas” (Lucas 12:30).

Você também pode gostar de lembrar que o que quer ou precisa é uma coisa, mas o que você merece é outra. O patriarca Jacó confessou: “Sou indigno de todas as misericórdias e de toda a fidelidade que tens usado para com o teu servo. Pois com apenas o meu cajado atravessei este Jordão; já agora sou dois grupos” (Gênesis 32:10). O contentamento será mais provável se você considerar que o menor favor ou bênção de Deus para você é mais do que você merece.

Finalmente, você irá desfrutar do verdadeiro contentamento se tiver uma comunhão vital com Deus através de Jesus Cristo. Assim, como disse o apóstolo Paulo, as coisas temporais não importarão tanto: “Na verdade, considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele perdi todas as coisas e as considero como lixo, para ganhar a Cristo” (Filipenses 3:8).

Sugestão para oração

Deus pode ou não conceder-lhe novas bênçãos hoje ou esta semana. Em qualquer caso, ore para que você esteja satisfeito nEle.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

UM DESTINO TERRÍVEL

Versículo do dia: …Jesus, que nos livra da ira vindoura. (1 Tessalonicenses 1.10)

Você recorda o tempo em que estava perdido como uma criança, ou caindo do alto de um precipício, ou prestes a se afogar? Então, de repente você foi resgatado. Você se segurou pela “vida amada”. Você tremeu pelo que quase perdeu. Você estava feliz. Oh, tão feliz e agradecido. E você tremeu de alegria.

É assim que me sinto no fim do ano em relação ao meu resgate da ira de Deus. Todos os dias de Natal tínhamos fogo na lareira. Às vezes, as brasas estavam tão quentes que quando eu me aproximava, minha mão realmente doía. Eu recuava e estremecia ao pensar na horrenda ira de Deus contra o pecado no inferno. Quão indizivelmente terrível será!

Na tarde de Natal, eu visitei uma mulher que tinha sido queimada em mais de 87 por cento de seu corpo. Ela está no hospital desde agosto. Meu coração ficou comovido por ela. Quão maravilhoso foi lhe oferecer a esperança da Palavra de Deus! Porém, eu saí não apenas pensando sobre sua dor nessa vida, mas também sobre a dor eterna da qual fui salvo por meio de Jesus.

Teste a minha experiência comigo. Essa alegria com tremor é uma maneira apropriada de terminar o ano? Paulo estava contente que o Senhor do céu fosse “Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1 Tessalonicenses 1.10). Ele advertiu que haverá “ira e indignação aos… que desobedecem à verdade” (Romanos 2.8). E “por essas coisas [imoralidade sexual, impureza e cobiça] vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Efésios 5.6).

Agora, no fim do ano, estou terminando minha jornada pela Bíblia e lendo o último livro, Apocalipse. Essa é uma profecia gloriosa do triunfo de Deus e da alegria eterna de todos os que recebem “de graça a água da vida” (22.17). Sem mais lágrimas, dor, depressão, tristeza e morte (21.4).

Mas oh, o horror de não se arrepender e não se manter firme ao testemunho de Jesus! A descrição da ira de Deus pelo “apóstolo do amor” (João) é aterrorizante. Aqueles que rejeitam o amor de Deus beberão “do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite” (14.10-11). “E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (20.15). Jesus pisará “o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso” (19.15). E o sangue irá “do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos estádios” (14.20).

Eu tremo com alegria porque eu sou salvo! Oh, a santa ira de Deus é um destino terrível! Fujam, irmãos e irmãs. Fujam com todas as suas forças. E vamos salvar o máximo de pessoas que pudermos! Não surpreende que haja mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por 99 justos (Lucas 15.7)!

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Devocional Diário: Até aqui nos ajudou o SENHOR. (1Samuel 7.12)

A expressão “até aqui” parece uma mão apontando em direção ao passado. Vinte anos, ou setenta anos, e “até aqui nos tem ajudado o Senhor”! Na pobreza ou na riqueza, na enfermidade ou na saúde, em casa ou fora de casa, em terra ou no mar, em honra ou desonra, na perplexidade, na alegria, em provações ou em triunfos, em oração, em tentação, o Senhor nos tem ajudado! Gostamos de contemplar uma extensa avenida de árvores; é agradável admirarmos esta grande paisagem do início até ao final, um tipo de templo verdejante, com seus pilares de galhos e seus arcos de folhas. De modo semelhante, contemple os corredores dos anos de sua vida, veja os galhos verdes de misericórdia na copa de sua vida e os fortes caules de bondade e fidelidade que produziram suas alegrias. Não há pássaros cantando nos galhos? Certamente deve haver, e todos cantam da misericórdia recebida “até aqui”. A expressão “até aqui” também aponta ao futuro. Quando um homem atinge certo ponto e escreve “até aqui”, isso indica que ele ainda não chegou ao final. Ainda há certa distância a ser percorrida. Existem mais provações, mais alegrias, mais tentações, mais triunfos, mais orações, mais respostas, mais labores, mais fortalecimento, bem como mais lutas, mais vitórias. Depois vem a doença, velhice e morte. A jornada acabou? Não! Ainda há mais: ressuscitar na semelhança de Jesus, tronos, harpas, canções, salmos, vestes brancas, a face de Jesus, a comunhão dos santos, a glória de Deus, a plenitude da eternidade e a bem aventurança infinita. Crente, tenha bom ânimo! Com grata confiança erga seu Ebénezer, pois Aquele que o ajudou até aqui continuará ajudando-o em todo o percurso de sua jornada. Quando lido à luz do céu, que perspectiva gloriosa e maravilhosa do seu “até aqui” se descortinará aos seus gratos olhos!

Depressão - Paulo Junior


A TRIUNIDADE DE DEUS (4/4)

Por Heber Carlos de Campos

A TRINDADE ONTOLÓGICA
A Trindade ontológica tem a ver com o que Deus é, ou seja, com sua essência ou natureza. Na Trindade ontológica nós estudaremos a questão da subsistência das três pessoas e das relações entre elas.

a. A questão da subsistência tripessoal

A doutrina bíblica da subsistência tripessoal em uma só essência, isto é, numa essência que é numericamente uma, mostra corno a autoconsciência de Deus é independente do uni verso e existe desde sempre.

b. A doutrina da subsistência pessoal provada pelas opera ad intra

“Opera ad intra” são as obras que acontecem dentro do Ser divino. Tecnicamente, elas são chamadas de opera ad intra porque essas obras aconteceram no interior do Ser divino na eternidade. Elas acontecem à parte ele qualquer relação com algo externo à Divindade. Elas são apresentadas pela Divindade em sua unidade. Essas obras ad intra são eternas e imutáveis, além de serem pessoais e essenciais.

Elas não são produto do exercício da vontade de Deus. Deus não desejou ser o que é, mas sempre foi o que é. Todavia, a sua natureza exigiu que ele fizesse o que fez na eternidade. Essa doutrina é produto de um raciocínio lógico, mas pode ser explicada biblicamente.

Essas obras que serão estudadas separadamente não são produto da vontade de Deus. Deus não resolveu ser o que é, nem houve um tempo em que ele não tenha sido o que sempre foi. Portanto, essas obras não têm nada a ver com o decreto de Deus, que tem a sua execução no tempo.

As opera ad intra têm a ver com: (1) a paternidade de Deus, (2) a geração do Filho pelo Pai, e (3) a processão do Espírito do Pai e do Filho. Essas obras não são acidentais em Deus, mas essenciais nele. Elas tratam da subexistência das pessoas no Ser divino.

A TRINDADE ECONÔMICA
A palavra “economia” diz respeito ao modo corno as coisas são feitas pelas pessoas da Trindade. Embora as três pessoas co-essenciais trabalhem como uma unidade, elas possuem um modus operandi que é próprio e exclusivo de cada uma. Todas essas obras têm a ver com a relação que as pessoas possuem com o mundo criado, seja na esfera da criação, providência ou redenção.

O Pai sempre age através do Filho e do Espírito. Dessa forma, o Pai é a fonte de atividade, que opera dentro de si mesmo e por si mesmo. O Filho é o meio pelo qual o Pai trabalha, que opera não por si mesmo, mas faz todas as coisas a mandado do Pai, e o Espírito é o limite de atividade, que opera não de si próprio, mas faz o que é do Pai e do Filho.

A doutrina da trindade econômica provada pelas “opera ad extra”.
As “opera ad extra” são as obras que Deus faz, sendo essas obras externas que não são feitas dentro do seu ser. Elas têm a ver com a criação, a providência e a redenção. Usando uma maneira técnica de falar, essas obras são a opus naturae e a opus gratiae. ou seja, a obra da natureza e a obra da graça. A opus naturae tem a ver com a criação e com a continuata creatio (criação continuada), que é a obra da providência. A opus gratie tem a ver com a obra especial da redenção de pecadores. Todas elas são produto da vontade divina. Elas existem porque o Deus triúno resolveu fazê-las. Elas não são essenciais em Deus, porque ele poderia existir sem elas; contudo, resolveu fazê-las.

Essas obras são comuns às três pessoas da Trindade. Todavia, por uma questão de modus operandi, uma obra pode ser atribuída mais a uma pessoa do que às outras duas.

c.1 .A Obra da Criação

A criação é uma obra da Trindade, mas a primeira pessoa é que parece ter mais preeminência nela. Vejamos de forma sistemática a obra da criação como uma obra trinitária.

a) É dito nas Escrituras que Deus, o Pai, é o criador de todas as coisas (Gn 1.1; SI 33.6-9; Is 54.5). O profeta Malaquias afirma a paternidade e a criação de Deus, perguntando: “Não temos nós todos o mesmo Pai? Não nos criou o mesmo Deus?” (MI 2.10). Deus, o Pai, é o Deus criador. Os livros do Novo Testamento confirmam essa verdade a respeito do Pai. Numa bela oração registrada por Lucas, a igreja de Jerusalém se dirige a Deus, o Pai, dizendo: “Tu, soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra e o mar e tudo o que neles há” (At 4.24). Como sabemos que o texto trata do Pai? Porque nessa mesma oração, a igreja diz: “… porque verdadeiramente nesta cidade se ajuntaram contra o teu santo servo Jesus, ao qual ungiste …” (v. 27). Está clara a distinção entre o Pai e o Filho Jesus Cristo.

b) As Escrituras também afirmam que o Filho é o criador de tudo. Ele é mais do que um agente da criação, mas, como Deus que é, também é criador, pois João diz que “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). Paulo acrescenta que em Cristo “foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Cl 1.16). O autor da Epístola aos Hebreus diz que Deus “constituiu o Filho herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o uni verso” (Hb 1 .3).

c) Também se diz nas Escrituras que a vida do uni verso é dada pelo Espírito, quando Gênesis menciona que “o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Gn 1.2). A terra era sem forma e vazia. Todavia, o Espírito gerava vida no universo criado pela Divindade. Enquanto o Pai trazia as coisas à existência, por meio do Filho (ou a Palavra), o Espírito dava vida às coisas existentes. Um dos amigos de Jó confirma a verdade sobre o Espírito criador, da seguinte forma: “O Espírito de Deus me fez; e o sopro do Todo-poderoso me dá vida” (Jó 33.5).

Portanto, a criação é uma obra da Trindade toda, uma opera ad extra, produto da vontade de Deus, feita primeiramente para a glória da Divindade e, secundariamente, para o deleite das criaturas racionais.

d.2. A Obra da Providência

As obras da providência também pertencem à Trindade, e não somente a uma das pessoas. A criação é uma obra terminada; Deus dela descansou, mas não parou de trabalhar. Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também” (Jo 5.17). O Deus triúno continua a sua obra de manutenção da criação. Por essa razão, é comum falar-se em teologia da creatio continuata, ou da providência. Após ser concluída a criação, a obra da providência começou, pois tudo o que é criado tem que ser mantido. Não há nada independente, exceto o próprio Criador. Ele se basta, mas a criação não. Portanto, ela tem que ser preservada e governada, e essas funções não são exclusivas de uma só pessoa da Trindade.

A libertação da escravidão do Egito e a condução do povo até Canaã são uma amostra da participação das três pessoas em uma obra providencial de Deus. embora a segunda pessoa ainda não houvesse encarnado na história humana. Se examinado atentamente, o texto de Isaías 43.7-14 mostra as três pessoas agindo providencialmente: é feita uma menção ao nome Javé, pois os filhos de Israel são chamados pelo “meu nome”. Esse nome é o nome santíssimo que qualifica os filhos de Israel, que Deus havia criado e formado (v. 7). No verso 10, há menção do “Servo”, que é também chamado de “Senhor”. Certamente, refere-se ao Anjo da Aliança, que é distinto da primeira pessoa. Esse servo também é chamado de “escolhido” (o que combina com 1 Pe 2.6). A palavra “salvador” do v. 11 é mais regularmente atribuída nas Escrituras ao Filho encarnado. O Espírito Santo aparece de modo indireto, quando se diz que Deus age e ninguém pode impedi-lo em sua obra salvífica (v. 13). O curioso é que, quando se trata de Javé. do Servo ou do Espírito, sempre está afirmada a ideia muito comum em Isaías: “Não há outro Deus além de mim”. O “mim” refere-se ao Deus triúno e não simplesmente à pessoa do Pai.

Há alguns textos que nos ajudam a ver distintamente a obra da Trindade na preservação do seu povo e do universo.

d.2.1. A Obra da Providência Pertence ao Pai

Embora seja uma tarefa da Trindade, a criação do universo é mais atribuída ao Pai. O mesmo pode e deve ser dito em relação às obras providenciais.

d.2.2.  A Obra da Providência Pertence ao Filho

Jesus Cristo é mencionado nas Escrituras como aquele que “sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3).

d.2.3.  A Obra da Providência Pertence ao Espírito

Tratando da majestade criadora e governadora de Deus. o profeta Isaías afirma a participação do Espírito de Deus, fazendo as seguintes perguntas:

Is 40.13, 14 – “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho do entendimento?”

Todos os propósitos sábios que governam o mundo são atribuídos também ao Espírito de Deus. As opera ad extra são indivisíveis, pertencendo às três pessoas da Trindade.

d.3. A Obra da Redenção

Todas as três pessoas da Trindade estão envolvidas nas obras da graça, que se evidenciam no preparo das Escrituras para o anúncio da redenção em todas as épocas, bem como na economia da salvação e na ressurreição de Jesus Cristo, que tem a ver com a consumação da sua obra redentora.

As três pessoas da Trindade participam ativamente da salvação do pecador, exercendo três funções distintas. O texto de 1Pe 1.2 mostra o planejamento da salvação em termos da eleição em amor de Deus, o Pai; mostra a execução da salvação em termos da “aspersão do sangue” pelo Deus-encarnado, o Filho; e mostra a salvação em processo na vida do crente como a “santificação do Espírito  Santo”.

Essa mesma ideia aparece no texto de 2Ts 2.13, 14. O texto diz que nós, os amados de Deus, somos escolhidos desde o princípio para a salvação. Diz ainda que somos eleitos para a “santificação do Espírito” e para “alcançar a glória de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Nenhum aspecto da salvação do pecador deve ser atribuído exclusivamente a uma pessoa da Trindade, como se as outras não tivessem nada a ver com ela. O texto de Efésios 1.1-14 mostra as mesmas ideias: Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, nos escolhendo (vv. 4, 5); fala do “Amado” de Deus, “no qual temos a redenção pelo seu sangue” (vv. 6, 7), e fala da obra do Espírito Santo que assegura a nossa redenção, sendo o selo e garantia de nossa salvação (vv. 13, 14).

Portanto, a administração da salvação do pecador é obra das três pessoas divinas, embora haja distinção naquilo que cada uma delas faz.

A doutrina da Trindade não é uma doutrina especulativa. Quando analisamos a redenção do pecador, é fácil perceber como as três pessoas estão ativas, tomando uma realidade a misteriosa e maravilhosa restauração do pecador! Este percebe, na sua miséria, que houve a necessidade de uma pessoa divina que resolveu salvá-lo, elegendo-o para a vida; também percebe que o Deus ofendido providenciou uma outra pessoa divina para satisfazer as suas exigências por causa das ofensas do pecador; percebe ainda que há a necessidade de uma ter­ceira pessoa divina para santificar pessoalmente a sua vida, a fim de que possa desfrutar da redenção planejada pelo Pai e assegurada pelo Filho. Esta é a obra graciosa da Trindade que todo o pecador remido reconhece, após ser instruído nesse ensino pelas Santas Escrituras.

A Trindade toda está envolvida em todas as obras relativas à nossa criação, preservação e redenção. As observações das Escrituras e a experiência dos santos de Deus têm mostrado que as obras da Trindade são uma realidade incontestável!

UM ALICERCE DURADOURO

E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi. Gênesis 1:7

Em todas as etapas das nossas vidas passamos por mudanças profundas, mudanças estás que, nem sempre queremos, mais, são necessárias para prosseguirmos na jornada da vida.
Qualquer planejamento humano tem que está bem fundamentado em algo mais resistente que aquilo que esta sendo planejado. Para se desenvolver um excelente projeto é necessário ter entendimento.

Vejamos alguns dos grandes nome da historia;
Albert Bruce Sabin, pesquisador médico, que desenvolveu a vacina oral (famosa “gotinha”) para a poliomielite,
Thomas Alva Edison, um inventor, cientista e empresário dos Estados Unidos que desenvolveu muitos dispositivos importantes de grande interesse industrial. Foi um dos primeiros inventores a aplicar os princípios da produção maciça ao processo da invenção. Ele Inventou a lâmpada elétrica incandescente
Antonio Meucci, que inventou o Telefone.

Alberto Santos Dumont um aeronauta, esportista e inventor brasileiro.que criou o avião.
Neil Alden Armstron, astronauta dos Estados Unidos, piloto de testes e aviador naval o primeiro homem a pisar na Lua. Pense na sensação que Neil sentiu ao retornar e concluir que Ele pisou na lua? Certamente deve ter sido algo impar para Ele e que reflete para nós.
Acredito que, para estes chegarem ao patamar que eles desejaram, tiveram que estudar muito sobre o assunto, quantas pesquisas eles não desenvolveram até encontrar a formula ou os traços corretos, quantas noites sem dormir ou até mesmo quantos dias sozinhos distante dos seus amados.

Porém havia um sonho dentro deles, sonho que nem eles mesmos sabiam que poderia ser tão útil para a humanidade. Que diga Sabin, quantas crianças hoje andam normalmente graça a sabedoria que Deus colocou na vida dele. Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento? Jó 38:36

Porém, se estes homens tivessem desistido de seus sonhos de certa forma, como seria nossas vidas hoje, pois, todos nós usufruímos dos sonhos que eles sonharam. Se eles tivessem amputado o desejo do seu coração, quantas pessoas não teriam sido prejudicadas?
Apesar de feitos tão nobres, nenhum deles, continua entre nós, resta apenas lembranças, e só sabemos que eles existiram porque os seus feitos foram registrados e podemos ter conhecimento através da leitura.

Há entre tantos que se foram e que virá, Um, vivo e que, ninguém pode se comparar a ELE, é o maior criador, inventor e realizador de todo o universo, Deus. Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Jó 38:4, e, tudo o que Ele fez e faz está selado, ratificado, fundamentado e, de forma alguma pode ser anulado, está registrado no mais grandioso livro que possa existir, a bíblia sagrada, no entanto, muitos, nunca tiveram acesso por não entender isso, porque não dizer; fazem descaso. Portanto o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento; e os seus nobres terão fome, e a sua multidão se secará de sede. Isaías 5:13.

Por mais que existam aqueles que não concordam com o que a bíblia diz, no entanto, ninguém teve uma tese melhor para desfazer aquilo que nela contem. Mesmo assim, nos curvamos diante dos feitos de homens que há muito se foram, devotamos nossas vida a seres inânime que nada pode fazer, e não damos o valor devido a aquele que capacitou todos os outros criacionistas que existiu e existe. Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Romanos 1:25

Por maiores que seja as criações humanas, nada se compara com a criação de Deus, No princípio criou Deus o céu e a terra. Gênesis 1:1, até mesmos os criacionistas foram criados por Deus.
O Supremo criador é simplesmente inventou do Universo, O que faz coisas grandes e inescrutáveis; e maravilhas sem número.Jó 9:10.
Vejamos, sabemos que, a terra é um dos planetas do sistema solar, é o terceiro mais próximo do sol, tem a forma arredondada. Conforme lemos nos livros de Geografia, podemos atentar que a terra como os demais planetas giram é são sustentados no vazio. Se lêssemos a bíblia saberíamos disto muito bem.

O norte estende sobre o vazio; e suspende a terra sobre o nada. Jó 26:7, os lugares mais profundos da terra encontra-se nãos mãos de Deus, Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. Salmos 95:4, sua mente consegue entender isto?

Toda essa imensidão de águas que sabemos que existe na terra cabe na concha da mão de Deus, e, toda a terra Deus pode colocar em uma vasilha, Quem mediu na concha da sua mão as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu numa medida o pó da terra e pesou os montes com peso e os outeiros em balanças? Isaías 40:12, Como qualificar um criador deste jeito? Certamente não existem palavras para denotar a sua sapiência.

Assimilando tudo isto, concluo que, a terra nada mais é que uma bolinha de Ping pong nas mãos de Deus. Cientistas afirmam que o eixo da terra tem mudado de posicionamento. Penso eu também, devido a tantas violências e devastação que há na terra, E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra. Gênesis 6:12, Deus está balançando a Terra avisando que Ele pode esmagar-la a qualquer momento, Ele está apenas nos alertando e nos dando a chance para que venhamos, todos nós, concertamo-nos enquanto há tempo. O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem. Jó 9:6
.
Porem, muitos são capazes de endeusar os serem humanos ou objetos criados por estes, ao invés de confiar e da a gloria devida a Este Magnífico Inventor, Deus.
Se curvar diante deste tão espetacular Criador é alicerçar-se em um firmamento que jamais será abalado.
Se até hoje você confiou e honrou qualquer coisa, chegou à vez de mudar!
Confie e adore apenas o Melhor de Todos. Deus. Ensinar-vos-ei acerca da mão de Deus, e não vos encobrirei o que está com o Todo-Poderoso. Jó 27:11
Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor. Jeremias 22:29

FORÇA PARA O DIA

ABRAÇANDO A VERDADE

Nele também vocês, depois que ouviram a palavra da verdade, o evangelho da salvação, tendo nele também crido, receberam o selo do Espírito Santo da promessa (Efésios 1:13).

O evangelho é a verdade porque Jesus é verdadeiro, não simplesmente porque os cristãos acreditam nele.

Depois de mostrar a salvação a partir da perspectiva de Deus, no versículo 12, Paulo aqui o ressalta da perspectiva do homem. A fé em Cristo é a sua resposta ao propósito eletivo de Deus em sua vida. Essas duas verdades – a iniciativa de Deus e a resposta do homem – coexistem em toda a Escritura.

Paulo chamou justamente o evangelho de “a palavra da verdade”, pois a verdade é a sua característica predominante. A salvação foi planejada pelo Deus da verdade (Salmo 31:5), executada pelo Filho, que é a verdade (João 14:6), e aplicada pelo Espírito da verdade (João 16:13). Esta é a verdade que liberta os homens (João 8:32). Os crentes são pessoas da verdade (João 18:37), que adoram a Deus em espírito e em verdade (João 4:24), e que obedecem à Palavra da verdade (João 17:17).

Entretanto, apesar de a verdade de Deus ser profunda e poderosa, as pessoas a rejeitaram, negligenciaram, redefiniram e se opuseram durante séculos. Alguns, como Pilatos, negaram cinicamente que a verdade existia ou que podia ser conhecida pelos homens (João 18:38). Outros, porém, imaginam que negar a verdade irá fazê-la desaparecer.

Talvez você tenha ouvido alguém dizer: “Jesus pode ser a verdade para você, mas isso não significa que ele seja a verdade para mim”. Essa visão assume que a crença de alguma forma determina a verdade. Mas o contrário é o certo. A verdade determina a legitimidade da própria crença. Acreditar numa mentira não é verdade. Por outro lado, não acreditar na verdade não faz dela uma mentira.

O evangelho é a verdade porque Jesus é verdadeiro, não simplesmente porque os cristãos acreditam nele. Sua ressurreição provou a verdade de Suas pretensões e constitui a base objetiva da nossa fé (Romanos 1:4 ; 1 Pedro 1:3).

Você entra neste dia armado com a mensagem da verdade e capacitado pelo Espírito da verdade. A verdade é sua proteção e força (Efésios 6:14). Almas perdidas precisam desesperadamente ouvir essa verdade. Represente e proclame a verdade com ousadia.

Sugestão para a oração

Agradeça ao Senhor que, pelo Seu Espírito, Ele permitiu que você entenda Sua verdade (1 Coríntios 2:14-16 ).

Peça sabedoria e ousadia para falar a verdade em amor (Efésios 4:15).

Estudo adicional

Leia 1 Coríntios 15: 1-11 e Atos 17: 30-31 .

Que elementos fundamentais do evangelho Paulo elenca?

Qual é a relação entre a ressurreição de Cristo e o julgamento de Deus sobre os pecadores?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

A GLÓRIA É O OBJETIVO

Versículo do dia: Por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. (Romanos 5.2)

Ver a glória de Deus é nossa esperança suprema. “Gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Romanos 5.2). Deus “vos apresentará com exultação, imaculados diante da sua glória” (Judas 24).

Ele dará a “conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou” (Romanos 9.23). “Deus… vos chama para o seu reino e glória” (1 Tessalonicenses 2.12). “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tito 2.13).

Jesus, em toda a sua pessoa e obra, é a encarnação e revelação final da glória de Deus. “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser” (Hebreus 1.3). “Pai, a minha vontade é que… estejam também comigo… para que vejam a minha glória” (João 17.24).

“Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada” (1 Pedro 5.1). “A própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Romanos 8.21).

“Falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória” (1 Coríntios 2.7). “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação” (2 Coríntios 4.17). “Aos que justificou, a esses também glorificou” (Romanos 8.30).

Ver e compartilhar a glória de Deus é a nossa esperança suprema por meio do evangelho de Cristo.

Eu anseio que essa esperança seja realmente conhecida e estimada como tendo um efeito enorme e decisivo sobre nossos valores, escolhas e ações atuais.

Conheça a glória de Deus. Estude a glória de Deus, a glória de Cristo, a glória do mundo que revela a glória de Deus e a glória do evangelho que revela a glória de Cristo.

Valorize a glória de Deus acima de todas as coisas.

Examine a sua alma. Conheça a glória para a qual você é atraído, e saiba por que você valoriza glórias que não são a glória de Deus.

Examine a sua própria alma para que saiba como fazer as glórias do mundo desmoronarem como Dagom (1 Samuel 5.4) em miseráveis pedaços ​​no chão dos templos do mundo.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: Esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus. (Gálatas 2.20)

Quando em sua misericórdia o Senhor passou e nos viu mortos, Ele disse: “Vive”, porque a vida é uma das coisas absolutamente essenciais nas questões espirituais. Até que a vida seja outorgada, somos incapazes de participar das coisas do Reino. A vida que a graça outorga ao crente no momento de sua regeneração não é outra, senão a própria vida de Cristo. Assim como a seiva do caule, a fé existe e flui em nós, os ramos, e estabelece uma conexão viva entre nossa alma e Jesus. A fé é a graça que percebe esta união; e procedeu desta união como as suas primícias. É o pescoço que une o corpo da igreja à sua toda gloriosa Cabeça. A fé apega-se ao Senhor Jesus com firmeza e determinação. A fé conhece a excelência e dignidade de Jesus. Por isso, nenhuma tentação pode induzi-la a colocar sua confiança em qualquer outro. O Senhor Jesus se deleita tanto com esta graça celestial, que nunca pára de sustentar e fortalecer a fé por meio do amável envolvimento e do todo-suficiente amparo de seus braços eternos. Portanto, esta é uma união viva, sensível e cheia de deleites, que produz torrentes de amor, confiança, simpatia, complacência e regozijo, das quais tanto a noiva como o Noivo gostam de beber. Quando a alma pode perceber a união entre ela mesma e Cristo, o mesmo pulso pode ser sentido como que batendo tanto em um como no Outro, e o mesmo sangue, correndo nas veias de ambos. Assim, o coração se encontra próximo do céu, enquanto está por algum tempo na terra, e está preparado para o gozo do mais sublime e espiritual tipo de comunhão.

TRABALHEI EM VÃO - Paulo Junior


MUDANÇA DE COMPORTAMENTO VERSUS ARREPENDIMENTO (PARTE 3)

Por Eric Davis

Exemplo de mudança de comportamento versus arrependimento

Considere um individuo que é cristão em uma luta diária com sua queixa quanto ao trabalho diário. Ele tem uma atitude de ingratidão, mostra-se um resmungão sobre o quão ocupado e sobrecarregado ele se sente durante toda a semana. Adicionado ao problema, ele sente que sua esposa e o seu chefe não o respeitam.

Suponha que ele encare o problema através da mudança de comportamento. Ele pensa consigo: “Eu devo ser mais grato. Gratidão irá produzir bons resultados em minha vida, pois a Bíblia nos manda ser gratos”. Então, ele observa a seguinte abordagem:

Faz uma lista de coisas pelas quais deve ser grato;
Escuta as músicas cristãs mais ouvidas durante a semana;
Faz coisas divertidas e hobbys com os amigos para se sentir feliz;
Pede ao responsável pelas músicas na igreja para tocar músicas mais alegres, menos “secas ou doutrinárias”;
Procura sermões na internet sobre alegria e gratidão;
Memoriza Filipenses 4.4: “Se alegrem no SENHOR, sempre, de novo eu falo, alegrem-se!”;
Leva alguém para almoçar uma vez por semana, para ficar ocupado “servindo”.
Agora, algumas dessas coisas são boas. Entretanto, sua abordagem para a mudança não está direcionada para o coração. Ele está escolhendo bons limões numa árvore doente. Ele apenas observou o fruto da ingratidão, deixando a raiz sem tratamento. Ao responder algumas questões mencionadas acima, ele discerniu que o problema da raiz é a ingratidão e a falta de alegria. Ele assume que a presença de alegria trará a cura, e ele, de fato, supõe que o fim ou objetivo principal do homem é sentir alegria. Ele serve ao Senhor com seus “sentimentos alegres”, com todo o seu coração, sua alma, mente e forças. Ele faz todas as coisas para a glória da alegria. Ele é um idólatra. Ele experimentará alguns sentimentos felizes pelo tempo que sua atividade de “remendar frutos” durar, mas se ele não expor e corrigir a adoração errônea de seu coração, ele apenas será um idolatra mais inteligente e enganado. Como o fariseu, ele corre o risco de esfregar o lado de fora da xícara.

Suponhamos, desta vez, que ele tratou sua ingratidão focando no coração. Eis como isso poderia ser:

Combate a ingratidão com oração e tempo na Palavra para discernir a fonte do problema de ingratidão (situações na vida em que seu coração é ingrato);
Discute seus desejos de conforto, circunstâncias livres de problemas, vontade de dormir mais e relaxamento, coisas que não são ruins, mas que não devem ser ídolos. Elas também são coisas que Deus não prometeu deste lado do céu;
Confessa a idolatria para Deus: o fato de tornar as queixas de falta de facilidades na vida um deus, o conforto, o relaxamento e uma agenda vazia. Pede perdão a Deus;
Procura pessoas que foram testemunhas (ou vítimas) de sua ingratidão, e pede perdão.
Prega para si mesmo que o que seria justo não é algo fácil, sem ocupação e de relaxamento, mas suportar a justa ira de Deus no inferno por toda a eternidade.
Se recupera e descansa no sacrifício de Cristo, expiando na sua morte a sua falta de gratidão, o hábito de alimentar a idolatria, se alegrando em não haver condenação em Cristo.
Faz uma lista de coisas pelas quais deve ser grato.
Memoriza Romanos 8.28, 32.
O tratamento de mudança dessa forma percorre o caminho do fruto à raiz doentia. O tratamento do fruto é discernido, e resulta numa verdadeira mudança.

Muito mais pode ser falado sobre santificação quanto ao coração e sobre arrependimento. Mudança de comportamento não necessita de Cristo ou do Espírito Santo, mas o arrependimento, sim. Através do arrependimento bíblico, nós experimentamos a graça e o amor de Deus expondo e erradicando, não apenas os pecados externos, mas, sobretudo, os internos. Ao fazê-lo, a graça de Deus cura a raiz da idolatria, para servirmos e amarmos a ele outra vez. Consequentemente, nós vivenciamos uma experiência de comunhão com ele a partir de nosso coração, e uma obra real e sobrenatural de santificação.

“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Salmo 51.17).

“E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal” (Joel 2.13).