Semeando o Evangelho

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Semear a Verdade e o Amor de Deus

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Como Vencer o Medo - Paulo Junior


OS DONS DO ESPIRITO

Outra maneira de estudar o papel do Espírito no processo de salvação é examinar o ensino bíblico sobre os dons do Espírito e o fruto do Espírito, que não podem ser separados. Quaisquer dons que o Espírito tenha dado precisam ser exercitados em amor, alegria, paz e todos os demais aspectos do fruto do Espírito. Sempre que usamos nossos dons, sem a manifestação do fruto, seremos, como Paulo diz, apenas “como o bronze que soa ou como o címbalo que retine” (1 Co 13.1).

Vejamos primeiro o que o Novo Testamento ensina sobre os dons do Espírito. A palavra mais comumente usada pelos escritores do Novo Testamento, para descrever os dons do Espírito, é charisma. Essa palavra, entretanto, tem um largo espectro de significados. “Cerca de vinte dons são mencionados em conexão com a palavra [charisma]. A enumeração dos dons em Romanos 12 e 1 Coríntios 12 mostra que eles compreendem uma gama abrangente, desde administração de dinheiro até profecia, desde cura de enfermos até celibato”. Geralmente, a palavra se refere a dons específicos que Deus concedeu ao seu povo. Bittlinger define um charisma como: “Uma manifestação gratuita do Espírito Santo trabalhando em, e por meio de, mas indo além das habilidades naturais do crente, para o bem comum do povo de Deus”.

É importante observar que as charismata mencionadas no Novo Testamento não são apenas os dons espetaculares ou miraculosos operados pelo Espírito. Incluídos entre as charismata há dons de ensino, encorajamento, liberalidade em doar dinheiro (Rm 12.8), ajuda, administração (1 Co 12.28). Vemos, assim, que há alguma confusão quanto ao chamado neopentecostalismo ou “movimento carismático”. As charismata do Novo Testamento incluem muitos outros dons além dos dons espetaculares apresentados pelos círculos pentecostais e neopentecostais, como falar em línguas e curas. Cada cristão foi dotado com aquilo que pode e deve usar para servir o reino de Deus. Em outras palavras, não somente os pentecostais ou neopentecostais, mas toda a Igreja do Senhor Jesus é carismática.

Uma maneira comum de dividir os dons do Espírito é entre dons miraculosos e não miraculosos. Entre os dons não miraculosos estão os dons de ensino, governo e misericórdia. Entre os miraculosos estão os “dons de cura” (charismata iamatõn, 1 Co 12.9), “obra de milagres” (energémata dynameõn, 1 Co 12.10); e “falar em diferentes línguas” (gene glõssõn, 1 Co 12.10).

Qual é a função dos dons do Espírito? Eles habilitam os crentes para a realização de tipos específicos de serviços na igreja, ou ao engajamento em formas particulares de ministério no Reino de Deus. Seu propósito é edificar os crentes, construir a igreja e servir toda a comunidade cristã. Têm também um propósito missionário: levar incrédulos ao conhecimento salvador de Cristo, fortalecer na fé os novos convertidos e equipá-los para posterior testemunho.

Ainda hoje, continua havendo muita diferença de opinião entre os cristãos sobre a presença dos dons miraculosos. Ambos, dons miraculosos e não miraculosos, estão em evidência no livro de Atos, e estão presentes na lista de dons em 1 Coríntios 12. Todos os teólogos cristãos concordam que os dons não miraculosos estão presentes hoje na igreja. Alguns teólogos e estudiosos da Bíblia, particularmente os de orientação pentecostal e neopentecostal, dizem que os dons miraculosos ainda estão presentes na igreja, enquanto outros questionam isso.

Não se pode provar conclusivamente que os dons miraculosos estejam ainda presentes na igreja. Duas considerações de peso sugerem que os dons miraculosos, como “dons de cura” e falar em línguas, não devem mais ser procurados na igreja atual.

(1) Algumas passagens do Novo Testamento especificamente associam os dons miraculosos do Espírito com o trabalho dos apóstolos enquanto lançavam as fundações da Igreja. Um desses trechos está em Atos 14.3: “Entretanto, demoraram-se ali [em Icônio] muito tempo, falando ousadamente no Senhor, o qual confirmava a palavra de sua graça, concedendo que, por mão deles, se fizessem sinais (semeia) e prodígios (terata)”. Observe que o Senhor habilitou os apóstolos a fazer esses sinais e maravilhas (obviamente evidenciando o dom miraculoso do Espírito) a fim de confirmar o evangelho que traziam e dar-lhes crédito como mensageiros do evangelho.

Paulo escreve aos coríntios: “Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos” – sinais (semeiois), maravilhas (terasin) e milagres (dynamesyn) – (2 Co 12.12). Nessa passagem Paulo está reivindicando seu apostolado em oposição a homens que se proclamavam apóstolos, mas não eram. Vocês, pessoas de Corinto, Paulo está dizendo, deviam saber que sou realmente um apóstolo, pois os sinais de um apóstolo foram-lhes por mim demonstrados em abundância. Podemos estar razoavelmente certos de que esses “sinais, maravilhas e milagres” incluíam os dons miraculosos do Espírito, tão em evidência em Corinto (ver 1 Co 12-14). Não está Paulo dizendo que os dons miraculosos – que ele não só tinha como também estava habilitado a transmitir a outros em Corinto – serviam ao propósito de autenticar seu apostolado?

Na Epístola aos Romanos Paulo faz uma declaração sumária sobre sua missão aos gentios, na qual outra vez se refere à função dos dons miraculosos: “Porque não ousarei discorrer sobre coisa alguma, senão sobre aquelas que Cristo fez por meu intermédio, para conduzir os gentios à obediência, por palavras e por obras, por força de sinais (semezõn) e prodígios (teratõn), pelo poder do Espírito Santo” (15.18-19). Não fica claro, a partir dessa passagem, que os sinais e prodígios, que foram permitidos a Paulo realizar, eram meios de conduzir os gentios à obediência, estando assim inseparavelmente ligados ao seu ministério de apóstolo aos gentios? É particularmente significativo que na lista de dons em Romanos 12.6-8 (os quais Paulo insiste para que a igreja de Roma use), os dons miraculosos do Espírito, tais como curas e línguas, não são sequer mencionados.

No capítulo 15, Paulo reconhece que esses dons miraculosos foram manifestados quando ele trouxe o evangelho, implicando assim que sua função era a autenticação da mensagem evangélica. Mas ele não insiste que esses sinais e maravilhas continuem a ocorrer cada vez que os crentes se encontram. Paulo diz em seu livro, que a edificação da igreja é melhor servida pelo cultivo dos dons não miraculosos do Espírito, como ensino, generosidade, governo e misericórdia.

Hebreus 2.3-4 lança uma luz muito clara sobre o propósito dos dons miraculosos: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando testemunho juntamente com eles, por sinais (semeiois) e prodígios (terasin) e vários milagres (dynamesin) e por distribuições do Espírito Santo, segundo sua vontade”. Segundo essa passagem a palavra da salvação foi primeiro anunciada por Jesus Cristo. Depois foi confirmada ao escritor e aos leitores de sua epístola por aqueles que ouviram o Senhor, isto é, os apóstolos. Deus testificou (synepimartyrountos) a genuinidade dessa salvação por meio dos dons do Espírito Santo, os quais são aqui chamados de “sinais, maravilhas e milagres”. O propósito dos dons miraculosos do Espírito, como descritos nesse texto, era autenticar a mensagem da salvação para os leitores da segunda geração após Cristo.

Aprendemos nessas passagens examinadas que os dons miraculosos do Espírito eram “sinais de um apóstolo”, com a intenção de autenticá-lo como verdadeiro mensageiro vindo de Deus, assim como autenticar o evangelho que traziam como a palavra da graça de Deus. Uma vez que o trabalho e o testemunho dos apóstolos era o de lançar fundamentos (ver Ef 2.20) e, portanto, não repetível, os dons miraculosos não são mais necessários hoje.

(2) Não temos instrução no Novo Testamento quanto a se a igreja deve continuar manifestando os dons miraculosos do Espírito. Não há referências além de 1 Coríntios 12-14. Nem nas demais cartas paulinas, nem nas epístolas universais há a menor alusão ao dom de línguas ou dons de cura. A única aparente exceção se encontra em Tiago 5.14-15. Essa passagem, porém, não descreve um dom de cura, mas sim, uma oração pelos enfermos feita pelos presbíteros da igreja. Na verdade, a oração por enfermos é definitivamente requerida, mas o “dom de curas” não é endossado aqui.

As listas de dons do Espírito encontradas em outras passagens do Novo Testamento, além de 1 Coríntios 12, não mencionam os dons miraculosos já discutidos. Referi-me anteriormente à lista de Romanos 12.6-8; os dons ali enumerados são profecia, ministério, ensino, exortação, contribuição, presidência e misericórdia. Falar em línguas e dons de curar não são mencionados. O único dom dessa lista que pode trazer a ideia de milagre é o dom de profecia.

Esse parece ter sido um dom pelo qual alguém recebia uma revelação de Deus, ou habilitação para expor o plano da salvação. Ocasionalmente um profeta predizia eventos futuros. Em 1 Coríntios 14, porém, Paulo expressa sua preferência pela profecia de falar em línguas como superior (ver 1-5, 12, 18-19); o que ele enfatiza acerca de profecia no verso 3, de fato, é isto: “Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, consolando e exortando”. Mencionando os dons de Romanos 12, então, Paulo está obviamente enfatizando, não o valor da profecia como manifestação espetacular do Espírito Santo, mas sua utilidade na edificação e instrução da igreja.

Há também uma pequena lista de dons em 1 Pedro 4.10-11; só dois dons são mencionados: falar (lalei) e servir (diakonei). Não há dons miraculosos mencionados aí.

Paulo enumera, nas epístolas pastorais, as qualificações do oficial da igreja. Nem em 1 Timóteo 3.1-13, nem em Tito 1.5-9, onde são listadas essas qualificações, Paulo diz uma única palavra acerca de línguas ou curas. Por outro lado, as charismata que são enfaticamente citadas aqui são os dons de ensino e de administração (1 Tm 3.2, 4, 12; Tt 1.6, 9; conferir também 1 Tm 5.17; 2 Tm 2.24). O que Paulo enfatiza como necessário para o bem-estar e crescimento da igreja são os dons não miraculosos, como a habilidade de ensinar e de administrar.

Autor: Anthony Hoekema

Trecho extraído do livro Salvos Pela Graça, pág 43-47. Editora: Cultura Cristã

A PACIÊNCIA BÍBLICA

Os apóstolos Paulo, Pedro e Tiago, falaram do grande valor da paciência que é operada pelas tribulações na vida cristã (Rom 5.3,4; II Cor 1.6; 6.4; Tg 1.3,4,12; 5.11; I Pe 2.20; 2 Pe 1.6).
A palavra no original grego para paciência é hupomoné, e que é traduzida também como perseverança ou constância.

Na verdade as três formas de interpretar se somam na transmissão do pensamento bíblico sobre o seu uso.
A paciência cristã não se relaciona a indolência, passividade, resignação, mas à ação de perseverar na fé com constância no aprendizado e prática das virtudes que estão na nossa nova natureza obtida em Jesus Cristo.
Daí o apóstolo Pedro ter se referido ao crescimento na graça e no conhecimento de Jesus, como sendo, principalmente:

2Pe 1:5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento;
2Pe 1:6 com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade;
2Pe 1:7 com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor.
É pela graça da paciência (perseverança, constância) que podemos prosseguir no cumprimento dos nossos deveres espirituais, notadamente aqueles que se referem à proclamação e testemunho do evangelho por e em nossas próprias vidas.
Nosso Senhor diz em Lucas 2;19: “É na vossa perseverança (paciência, constância) que ganhareis a vossa alma.”

A noção comum de que a palavra paciência na Bíblia reporta às pessoas calmas e tranquilas, ainda que isto seja uma virtude requerida, não corresponde, como vimos, ao uso bíblico desta palavra, que significa a nossa persistência em viver o evangelho, fazendo o bem e cumprindo a vontade de Deus revelada nos mandamentos, inclusive quando nos deparamos com tribulações, aflições e perseguições.
E isto deve ser aprendido na nossa carreira cristã, e será aperfeiçoado pelo Senhor, à medida em que lhe permanecermos fiéis.

Daí Tiago ter afirmado: “Ora, a perseverança (ou paciência) deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.” (Tg 1.4)
Esta obra perfeita ou completa que a perseverança deve ter, conforme dizer de Tiago neste versículo citado, pode ser exemplificada com a vida de Abraão, a do apóstolo Paulo e tantos outros que completaram a sua carreira, não somente no sentido de a terem concluído, quanto também no de terem sido confirmados na fé, permanecendo firmes e fiéis a Deus, especialmente nas aflições e tribulações que sofreram por amor a Ele e à Sua vontade.

Não somos chamados como cristãos, a termos e demonstrarmos paciência (suportar aflições em graça, com gratidão a Deus em nossos corações) em determinadas situações específicas, mas em todo o curso de nossas vidas, e em todas as circunstâncias.
Por conseguinte, é necessário amadurecimento espiritual na Palavra, no poder do Espírito Santo, e para isto, contribuirão de modo particular as tribulações que experimentamos ao longo da nossa jornada neste mundo.
“Rom 5:3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;

Rom 5:4 e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.”
Paulo continuava sua caminhada espiritual sempre se gloriando, mesmo nas tribulações. Elas jamais seriam motivo para que parasse com a sua fidelidade a Deus e a sua chamada ministerial, mesmo nas várias prisões que sofreu, porque sabia que tudo contribuiria afinal para confirmá-lo para ser inabalável na perseverança, na experiência e na esperança.
Na perseverança, por ser constante em sua fidelidade.

Na experiência, por conhecer com convicção firme e inabalável o Deus no qual havia crido.
Na esperança, pela certeza do cuidado de Deus em sua vida, e da coroa de justiça que esperava por ele na glória.
Ele não se gloriava nas tribulações, nem mesmo na sua perseverança, experiência ou esperança, mas em Jesus Cristo, por meio de quem recebeu todas as coisas que dizem respeito à salvação e à vida eterna.
Ele se gloriava em Cristo nas tribulações que sofreu.
Nada conseguiu fazer com que a sua glorificação de Deus fosse interrompida por qualquer circunstância, quer agradável ou desagradável.

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

DEUS ESTÁ EM TODOS OS LUGARES

Mas será que, de fato, Deus poderia habitar na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, muito menos este templo que eu edifiquei (1 Reis 8:27).

Deus está em todos os lugares; Ele não está limitado pelo espaço.

Por maior que seja o universo, Deus é maior ainda. Seu ser preenche tudo. Ele é onipresente – está presente em todos os lugares. Deus diz: “Não encho os céus e a terra?” (Jeremias 23:24). Salomão disse na dedicação do templo: “Deus poderia habitar na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, muito menos este templo que eu edifiquei” (1 Reis 8:27). Não há limites de tempo ou espaço para Sua presença.

Alguns podem contestar a doutrina da onipresença, dizendo: “O pecado no mundo não contaminaria um Deus onipresente?” Deus está no coração dos pecadores, condenando-os pelo pecado. Ele também está no Inferno onde “é capaz de destruir a alma e o corpo” (Mateus 10:28). Embora a essência de Deus esteja em toda parte, Ele nunca se mistura com a impureza. Da mesma forma, Jesus viveu entre os pecadores e foi “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hebreus 4:15).

Isaías exorta as pessoas a “invocar a Deus enquanto Ele está perto” (55:6). Contudo, Provérbios 15:29 diz: “O Senhor está longe dos ímpios”. Como Ele pode estar perto de algumas pessoas e longe de outras quando está em todos os lugares o tempo todo? Para responder a essa pergunta, devemos distinguir entre a essência de Deus e Sua relação com as pessoas. Ele está em toda parte em Sua essência, mas com indivíduos específicos Ele está longe ou perto de forma relacional. Quando nos tornamos cristãos, Cristo habita em nós. Deus pode nos encher de Sua plenitude (Efésios 3:19), e o Espírito que vive em nós também pode nos encher (1:13; 5:18). Mas, antes que o Espírito de Deus habite em nós de forma relacional, Sua essência nos condenou pelo pecado e nos salvou.

O Antigo Testamento nos diz que Deus habitou entre as asas dos querubins na Arca da Aliança. Essa localização era um símbolo da presença de Deus. Hoje, a igreja representa a presença de Deus na Terra. No céu, Sua presença será representada pelo trono de Apocalipse 4-5. Lembre-se, porém, que o símbolo da presença de Deus nunca restringe a Sua essência.

Sugestão para oração

Louve a Deus por Ele ser onipresente e agradeça a Ele por residir em você.

Estudo adicional

O que o Salmo 139:7-18 ensina sobre a onipresença de Deus?

Qual foi a resposta de David (v. 17-18)?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

A ÂNCORA DA ALEGRIA

Versículo do dia: Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. (Mateus 5.11)

Jesus revelou um segredo que protege nossa felicidade da ameaça do sofrimento e da ameaça do sucesso. Esse segredo é: grande é o vosso galardão nos céus. E a soma desse galardão é desfrutar da plenitude da glória de Jesus Cristo (João 17.24).

Ele protege nossa felicidade do sofrimento quando diz:

“Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus” (Mateus 5.11-12).

Nossa grande recompensa no céu livra nossa alegria da ameaça de perseguição e injúria.

Ele também protege nossa alegria do sucesso quando diz:

“Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus” (Lucas 10.20).

Os discípulos foram tentados a colocar sua alegria no sucesso do ministério. “Os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!” (Lucas 10.17). Mas isso separaria a alegria deles da sua única âncora segura.

Assim, Jesus protege a alegria deles da ameaça do sucesso prometendo o grande galardão do céu. Alegrem-se nisso: que os seus nomes estejam escritos nos céus. Sua herança é infinita, eterna e segura.

Nossa alegria está a salvo. Nem o sofrimento nem o sucesso podem destruir sua âncora. Grande é o vosso galardão nos céus. Seu nome está escrito lá. Ele está seguro.

Jesus ancorou a felicidade dos santos sofredores na recompensa dos céus. E ancorou a felicidade dos santos bem-sucedidos na mesma recompensa.

E, assim, ele nos libertou da tirania da dor e do prazer mundanos.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: “E, assim, todo o Israel será salvo.” (Romanos 11.26)

Quando Moisés cantou no Mar Vermelho, teve intensa alegria em saber que Israel estava seguro. Nem uma gota caiu daquele sólido muro de água até que o último dos eleitos de Deus tivesse plantado o pé em segurança na outra margem. Feita a travessia, as águas imediatamente retornaram ao seu lugar, mas não antes daquilo. Esta foi uma parte da canção de Moisés: “Com a tua beneficência guiaste o povo que salvaste” (Êxodo 15.13). No último tempo, quando os eleitos entoarão o cântico de Moisés, o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro (ver Apocalipse 15.3), ocorrerá uma exaltação da obra de Jesus: “Não perdi nenhum dos que me deste” (João 18.9). No céu, não haverá nenhum trono vazio.

Pois toda a eleita raça ao redor do trono, reunida, abençoando o ministrar de sua graça, Fará a sua glória conhecida.

Todos aqueles que o Pai escolheu, todos aqueles que Cristo redimiu, todos aqueles que o Espírito chamou, todos os crentes no Senhor Jesus atravessarão com segurança o mar divisor. Nem todos estamos aportados seguramente ainda. “Parte da multidão atravessou o mar e outra parte atravessa agora.”

A linha de frente do exército já chegou à praia. Estamos marchando por entre as profundezas. Nestes dias, seguimos com ardor nosso Líder no meio do mar. Tenhamos bom ânimo. Em breve, os que estão atrás estarão onde já se encontram os da frente. O último dos eleitos logo terá atravessado o mar; então, será ouvida a canção de triunfo, quando todos estiverem em segurança. E se um deles estivesse ausente? Se um dos membros da família eleita do Senhor fosse lançado fora, isso causaria uma desarmonia eterna na canção dos redimidos e rompimento das cordas das harpas do Paraíso de forma que jamais seria possível retirar sons delas.

A Melhor Mensagem Motivacional do Mundo - Paulo Junior


IDEOLOGIA DE GÊNERO: DETURPAÇÃO E VERDADE

Até algumas décadas atrás, as palavras sexo e gênero poderiam ser usadas de forma intercambiável, sem qualquer problema. Hoje, no entanto, as coisas são muito diferentes. Enquanto o sexo é definido como as características biológicas que fazem um indivíduo masculino ou feminino, o gênero, como tal (masculino ou feminino), é chamado de construção social e não biológico.

Segundo a nossa sociedade, a biologia não tem nada a ver com a identidade de gênero. Mas as coisas não são tão simples.

A ciência

Para entender como o sexo de uma pessoa é determinado, é importante examinar o que a genética e a embriologia dizem. No núcleo de cada célula existem genes com diferentes combinações de DNA (ácido desoxirribonucleico), as unidades hereditárias que determinam não apenas as características físicas da pessoa, mas também o funcionamento de cada órgão.

As diferentes combinações em DNA determinam as características dos seres humanos, como cor do cabelo, tom de pele ou qualquer outra característica que marca a individualidade de cada pessoa. Nos humanos, existem 23 pares de cromossomos (46, no total); 22 pares são conhecidos como autossomos e aparecem iguais no sexo masculino e feminino. Além disso, há um último par, o que chamamos de “cromossomos sexuais”. Aqui há uma diferença: as mulheres têm dois cromossomos X (XX), e os homens um cromossomo X e outro Y (XY).

O sexo é determinado pelo tipo de gene que o feto recebe de seus pais. O filho ou filha recebe um cromossomo sexual de cada pai. A mãe sempre doa um cromossomo X, e o pai às vezes doa um cromossomo X e outras vezes um cromossomo Y.

Embora o sexo esteja determinado no momento da concepção, no estado fetal, o desenvolvimento de ambos os sexos é idêntico até a sexta semana. Se o feto é do sexo masculino, uma proteína conhecida como SRY vai entrar em ação, que é produzida a partir de um gene no cromossomo Y. Esta proteína provoca a formação dos órgãos masculinos. Se a proteína SRY estiver ausente, os órgãos femininos se desenvolverão. Assim, a composição genética (o que chamamos de genótipo) é o que determina como o indivíduo se parece e trabalha (o que chamamos de fenótipo).

A queda

Quando uma pessoa diz que se sente mais parecida com o sexo oposto do que seu fenótipo mostra, então eles falam sobre a disforia de gênero. Essa pessoa manifesta sentimentos e comportamentos como se estivesse no corpo do sexo errado, uma condição que se chama transexualidade. O termo disforia de gênero também é usado para falar sobre pessoas que sentem que seu gênero não é exclusivo (masculino ou feminino), mas que se identificam com ambos. Há, também, aqueles que são chamados de “sem-gênero”, porque sentem uma ausência de gênero ou porque são considerados um terceiro gênero completamente separado dos outros dois.

O pensamento popular agora é que o que determina o gênero no indivíduo não é a sua genética, mas o que cada pessoa “sente”.

Dot Brauer, psicóloga clínica e diretora do Centro LGBT da Universidade de Vermont, define a identificação de gênero como “o que é bom para a pessoa”. Ela diz que, “em sua geração, toda a informação foi dada de uma perspectiva limitada e com linguagem limitada, ensinada na classe de saúde e o que foi aprovado pelo conselho de educação”, sugerindo que eles tinham uma mente estreita.

Dizem que o gênero existe em um intervalo, afirmando que há muitas expressões diferentes entre os dois gêneros. Lisa Fields, da WebMD, escreve que ser transgênero “é sobre o que uma pessoa sente por dentro”. O Dr. Michael L. Hendricks, um psicólogo clínico em Washington, que trabalha com pacientes durante a transição (as pessoas que mudam do que a sua biologia determinou para o que sentem), diz que não há um padrão, mas varia com cada paciente. Agora está claro por que o Facebook tem 71 gêneros diferentes para você escolher no seu perfil.

A visão de mundo mudou, e, portanto, o idioma mudou. Não é mais “gênero biológico”, como sempre foi dito, mas “gênero atribuído”. Com isso, queremos ressaltar que o gênero foi atribuído ao nascimento pela equipe médica, sem saber se esse será realmente o gênero com o qual a criança decidirá se identificar ao longo dos anos.

Como vimos, biologia, embriologia e genética mostram que existem apenas dois sexos. Essa noção de que o gênero é independente do sexo biológico é precisamente chamada de ideologia, porque não se baseia na ciência. Embora a disforia de gênero ainda seja considerada uma anormalidade na psiquiatria, isso parece estar prestes a mudar.

No século 18, o mundo passou pela revolução científica, onde a verdade era buscada através do método científico. Para que algo seja aceito como verdade, ele deve ser comprovado através da experimentação e endossamento dos resultados iniciais. Isso é efetivo quando a informação é mensurável, mas em outras áreas é impreciso.

Uma das áreas em que o método científico não tem valor é precisamente na área das emoções. Muitas declarações filosóficas, morais e psicológicas foram aceitas como postulados científicos quando, de fato, o método científico não pode ser aplicado a nenhum deles.

À medida que a sociedade mudava, o homem tornou-se mais egocêntrico e individualista, chegando a pensar que o que estabelece a verdade para cada indivíduo é a sua própria opinião. No melhor dos casos, o homem de hoje pensa que, se ele não estiver certo, a maioria está. Este é o fruto do coração enganoso do homem, que o leva a acreditar que ele está sempre certo (Provérbios 21:2).

Em nossos dias, a maioria passou a acreditar que a autorrealização é o que traz felicidade. Este é um terreno fértil para a aceitação de algo como a ideologia do gênero. Se a felicidade é um direito e a verdade é relativa, a tolerância de qualquer ideologia será o resultado natural, com a consequente rejeição de qualquer verdade absoluta.

O evangelho

É importante entender que, com a queda do homem, em Gênesis 3, todos os aspectos do ser humano foram afetados. Isso inclui o desenvolvimento físico, a faculdade mental, as emoções e a dimensão espiritual. Deus nos criou para que houvesse harmonia em todos os aspectos. Não obstante, com a entrada do pecado, essa harmonia foi perdida.

Os sentimentos e as emoções de cada pessoa são reais e podem ser bastante fortes, embora não correspondem necessariamente à verdade de sua biologia. Apesar disso, se permitirmos que a verdade seja definida pelos sentimentos e pelo individualismo, em vez do que corresponde à realidade, acabaremos na posição que hoje somos: ninguém sabe o que é verdadeiro.

Se as pessoas com disforia de gênero são encorajadas a abraçar o que é uma patologia, a única coisa que conseguimos com isso é agravar sua disfuncionalidade. Cerca de 32 de 50% das pessoas transexuais cometem suicídio, mesmo em lugares como a Suíça, onde essa ideologia é aceita. O cristão deve sempre desejar o melhor para a outra pessoa. Para essas pessoas, isso implicaria ajudá-las a abraçar o desígnio do criador.

Desde o surgimento do desejo de Adão de ser como Deus, e sua subsequente queda, a cosmovisão secular tem como meta mudar o controle de Deus para o homem, que acima de tudo quer esconder a imagem de Deus, imposta em Seu desígnio. O homem quer ser o seu próprio deus, ter o direito de decidir o que ele quer fazer e como fazer.

No entanto, 1 Crônicas 29:11-12 nos lembra que somente Deus está no controle, e Jó 42:2 nos ensina que não há nada que possa frustrar Seus planos. Os homens são “obscurecidos em seu entendimento” (Efésios 4:18), e o seu coração é “enganoso” (Jeremias 17:9). Isso explica por que pessoas inteligentes e instruídas não veem o óbvio e nem mesmo ignoram as leis de Deus que eles mesmos descobriram através da ciência para acreditar em uma mentira (João 3:19).

Deus criou dois sexos que mostram a imagem de Deus – homem e mulher – cada um com diferentes características e virtudes. E, quando se unem em harmonia , complementando-se, a glória e a sabedoria de Deus se desdobram através dos relacionamentos de uma maneira singular. A majestade e a sabedoria do Senhor são evidentes em toda a criação, mas o que melhor demonstra a sua glória, acima de tudo, é a coroa de sua criação: homem e mulher. Eles foram os únicos que foram criados à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26-27).

Quando ofuscamos as diferenças entre os sexos, distorcemos a imagem de Deus. Satanás pode manter o mundo cego (2 Coríntios 4:4), sempre levando-o a mudar a verdade pela mentira (Romanos 1:25). Isso resulta no que Paulo disse a Timóteo: “Mas os perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2 Timóteo 3:13). Todavia, o próximo versículo nos lembra o que devemos fazer: “Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu”.

Nós somos embaixadores de Cristo para pregar o evangelho, e viver o seu desígnio é outra maneira de expressar que acreditamos na Sua verdade. Assim, glorificamos seu nome e afirmamos que existe um único e verdadeiro Deus, criador de tudo. Desta forma, o mundo fica indesculpável (Romanos 1:20).

Autora: Catherine Scheraldi

NÃO TOMEMOS O NOME DE DEUS EM VÃO

“Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” Êxodo 20:7. [i]

Eu sei que muitos cristãos se sentem constrangidos quando ouvem ou veem piadas que vão de encontro à fé que professam ou ao Deus que seguem. Neste texto nossa intenção é abordar a falta de observância de muitos cristãos que quebram constantemente o 3º mandamento sem observar a seriedade, severidade e exigência do mesmo. A observância e a obediência deste mandamento estão ligados estritamente ao nosso relacionamento correto com Deus, é o verdadeiro testemunho da santidade de Deus e, também, está relacionado ao nosso culto pessoal ao Deus triúno.

Neste 3º mandamento aprendemos sobre a santidade de Deus e que o mau uso do nome de Deus é irreverência. Todo cristão sério deve pensar e se expressar levando em consideração a devida sobriedade e reverência. Não se deve difamar o nome de Deus ou jurar falsamente em nome de Deus, nem muito menos usar piadas levianas levando o nome do Deus Santo. Somos instados pelas Escrituras a cultuar a Deus com a disposição de espirito que seja compatível com a dignidade e solenidade de tal exercício, levando em consideração a majestade de Deus com sinceridade, humildade e reverência. “Para temeres este nome glorioso e temível, o Senhor teu Deus” (Deuteronômio 28.58).

Precisamos entender que o nome de Deus diz muito a respeito de sua natureza e seus atributos. O nome de Deus é tomado em vão quando o usamos sem a devida consideração e reverência, quando lemos a Bíblia podemos observar que os serafins velam seus rostos diante da infinita majestade e glória de Deus. A.W Pink [ii] nos diz:

Existem apenas duas finalidades que podem autorizar o nosso uso de qualquer um de seus nomes, títulos e atributos: para a sua glória e para a nossa própria edificação e de outros. Qualquer coisa além disso é frívolo e perverso, não fornecendo base suficiente para fazermos menção de tão grande e santo nome, que é cheio de glória e majestade.

A citação acima aponta a seriedade e profundidade deste mandamento, precisamos afastar de nós toda hipocrisia. Precisamos destacar que é pecado seríssimo quando professamos hipocritamente em relação ao nome de Deus. O pecado do povo de Israel muitas vezes foi usar o nome de Deus e não obedecer à revelação contida neste nome, assim violava o mandamento.

O cristão deve levar em consideração a solenidade do nome santo de Deus, assim evitaríamos sermos chamados de levianos, irreverentes e praticantes do crime de perjúrio. R. Alan Cole [iii] comentando a passagem de Exôdo 20.7, nos diz o seguinte:

Não tomarás... em vão. No judaísmo mais recente, esta proibição envolvia qualquer uso impensado e irreverente do nome YHWH. Este só era pronunciado uma vez por ano, pelo sumo-sacerdote, ao abençoar o povo no grande Dia da Expiação (Lv 23:27). Em sua forma original, o mandamento parece ter-se referido a jurar falsamente pelo nome de YHWH (Levítico 19:12). Este parece ser o verdadeiro sentido do texto hebraico.

Ao voltarmos para o texto bíblico somos exortados a pensar seriamente e solenemente sobre nosso Deus e como nos relacionamos com Ele e com as pessoas em nosso dia a dia. É quase impossível andar nas ruas e não ouvir o nome de Deus sendo tratado com desprezo blasfemo. As novelas, programas televisivos e redes sociais são terríveis detratores do nome de Deus. Cabe a nós como povo de Deus, eleitos em Cristo, honrar e cultuar o nome santo do nosso Deus. Cessem todas as piadas e brincadeiras inoportunas usando o nome santo de Deus.

Portanto, a finalidade do 3º mandamento é afirmar a santidade de Deus. Não devemos profana-lo nem trata-lo irreverentemente. Este mandamento proíbe qualquer uso do nome de Deus de forma leviana, blasfema e insincera. Devemos reverenciar o nome divino porque tal nome revela o próprio caráter de Deus.

Soli Deo Gloria!

Autor: Samuel Alves

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

DEUS É TRÊS

A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês (2 Coríntios 13:13).

Embora exista apenas um Deus, Ele subsiste em três Pessoas: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Deus é um, mas Ele existe em três Pessoas distintas. Chamamos isso de Trindade, uma contração de “tri-unidade”, que significa “três em um”. A palavra Trindade não aparece na Bíblia, mas a existência de Deus como três pessoas e um só Deus é clara nas Escrituras.

A evidência no Antigo Testamento da pluralidade de Deus pode ser encontrada no primeiro versículo: “No princípio Deus…” (Gênesis 1:1). A palavra hebraica usada para Deus é “Elohim”, que é um substantivo plural. Isaías 42:1 fala do Messias: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se agrada. Pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios”. O Messias diz em Isaías 48:16: “[…] o SENHOR Deus enviou a mim e o seu Espírito.”

O Novo Testamento é mais explícito sobre a natureza trinitária de Deus. Após o batismo de Jesus, o Espírito de Deus desceu sobre ele como uma pomba, e o Pai disse: “Este é o Meu Filho amado, em quem me agrado” (Mateus 3:17). O Pai, o Filho e o Espírito Santo estão juntos na mesma cena.

Jesus diz: “E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Consolador, a fim de que esteja com vocês para sempre: é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Vocês o conhecem, porque ele habita com vocês e estará em vocês” (João 14:16-17). Paulo encerra 2 coríntios dizendo: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês” (13:13). Pedro declara que os crentes são escolhidos “segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo” (1 Pedro 1:2).

Assim, Deus é um, mas Deus é três. Este é um profundo mistério que nenhuma ilustração humana pode descrever adequadamente e nenhuma explicação científica pode provar. A Trindade é algo que temos de assumir pela fé, porque Deus a ensinou na Escritura.

Sugestão de oração

Louvado seja Deus que está tão acima do nosso entendimento finito, que ainda assim ele escolheu revelar-se a nós.

Estudo adicional

Leia João 14-16.

O que Jesus ensina sobre o Seu relacionamento com o Pai e o Espírito?

O que você aprendeu aqui sobre as diferentes funções ou ministérios de cada membro da Trindade?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

BATALHA PARA LEMBRAR

Versículo do dia: Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim. (Lamentações 3.21-22)

Um dos grandes inimigos da esperança é esquecer as promessas de Deus. Lembrar é um grande ministério. Pedro e Paulo escreveram por tal razão (2Pedro 1.13; Romanos 15.15).

O principal recordador é o Espírito Santo (João 14.26). Porém, não seja passivo. Você é responsável somente pelo seu próprio ministério de lembrar. E o primeiro que você precisa lembrar é você mesmo.

A mente tem esse grande poder: pode falar consigo mesma por meio de lembrança. A mente pode “trazer à memória”. Por exemplo: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança… as suas misericórdias não têm fim” (Lamentações 3.21-22).

Se não “trouxermos à memória” o que Deus disse sobre si mesmo e sobre nós, enfraqueceremos. Oh, como eu sei disso por experiência dolorosa! Não vacile no lamaçal de mensagens ímpias. Eu quero dizer, as mensagens em sua própria cabeça. “Eu não consigo…”. “Ela não fará…”. “Eles nunca…”. “Isso nunca funcionou…”.

A questão não é se tais pensamentos são verdadeiros ou falsos. Sua mente sempre encontrará uma maneira de torná-los verdadeiros, a menos que você “traga à memória” algo maior. Deus é o Deus do impossível. Raciocinar sobre a sua saída de uma situação impossível não é tão eficaz quanto lembrar do seu caminho para fora dela.

Sem nos lembrarmos da grandeza, graça, poder e sabedoria de Deus, mergulhamos em pessimismo. “Eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença” (Salmo 73.22).

A grande mudança do desespero para a esperança no Salmo 77 vem com essas palavras: “Recordo os feitos do SENHOR, pois me lembro das tuas maravilhas da antiguidade. Considero também nas tuas obras todas e cogito dos teus prodígios” (Salmo 77.11-12).

Essa é a grande batalha da minha vida. Eu presumo que seja a da sua também. A batalha para lembrar! A mim mesmo. Depois, a outros.

Devocional extraído de “The Ministry of Reminding — Myself” [O Ministério de Lembrar — A Mim Mesmo]

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: “Abel foi pastor de ovelhas.” (Gênesis 4.2)

Como pastor, Abel santificou seu trabalho para a glória de Deus e ofereceu um sacrifício de sangue em seu altar. O Senhor aceitou a Abel e a sua oferta. Este antigo exemplo de nosso Senhor é bastante claro e distinto. Assim como os primeiros raios de luz que colorem o Oriente na alvorada não revelam tudo, o exemplo acima também não revela tudo. Porém, sabemos por meio dos raios, que o sol está vindo. Quando contemplamos Abel, um pastor e sacerdote, oferecendo um sacrifício de aroma agradável a Deus, reconhecemos nosso Senhor, que apresenta ao seu Pai um sacrifício que Jeová aceita.

Abel foi odiado sem motivo por seu irmão; o Salvador experimentou esse mesmo ódio. O homem natural e carnal odiou o Homem aceito, no qual habitava o Espírito da graça, e não descansou até que o sangue do Homem aceito fosse derramado. Abel caiu e aspergiu com seu próprio sangue o seu altar e o seu sacrifício. De modo semelhante, o Senhor Jesus foi morto pela inimizade do homem, enquanto servia como sacerdote diante do Senhor. O Bom Pastor entregou a sua vida pelas ovelhas (ver João 10.11). Pranteemos ao vê-Lo morto pelo ódio da humanidade, tingindo os chifres de seu altar com seu próprio sangue. O sangue de Abel falou. O Senhor disse a Caim: “A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim” (Gênesis 4.10). O sangue de Jesus possui uma voz poderosa, e o seu eficiente clamor não é de vingança, e sim de misericórdia. Estar ao lado do altar de nosso Bom Pastor é precioso além de toda preciosidade vê-Lo sangrando, como sacerdote sacrificado, e depois ouvir seu sangue falando de paz a todo o seu rebanho, paz de consciência, paz entre judeus e gentios, paz entre o homem e o Criador ofendido, paz por toda eternidade aos homens lavados pelo sangue. Abel foi o primeiro pastor em ordem de tempo, mas o nosso coração sempre dará a Jesus a prioridade em ordem de excelência. Ó Grande Pastor de Ovelhas, nós, povo do teu pastoreio, Te bendizemos com todo o nosso coração, quando Te vemos morto por nós.

Satanás sua Origem e suas Estratégias - Paulo Junior


ELEMENTOS, FORMAS E CIRCUNSTÂNCIAS DO CULTO

Devemos fazer no culto aquilo que está de “acordo com as Escrituras”. Devemos nos limitar àquelas coisas que Deus mesmo autorizou e prometeu abençoar. Isso não é algo odioso ou um fardo pesado de carregar. É somente uma questão de aceitar aquelas atividades ou elementos da adoração que Deus autorizou, e aos quais Ele vinculou as Sua promessas. O princípio regulador flui necessariamente de todo sistema da Teologia Reformada.

Isso nos leva à seguinte questão: O quê, especificamente, Ele autorizou? Quais são os elementos que Ele ordenou para o culto? A Confissão especifica:

Orações, com ações de graça (…) leitura das Escrituras, com santo temor (…) a sã pregação da Palavra e a consciente atenção a ela (…) o cântico de Salmos com gratidão no coração; bem como a devida administração e digna recepção dos sacramentos instituídos por Cristo – são todos parte do culto comum oferecido a Deus (xxxi.ui,v).

Acrescentando, ela fala de elementos ocasionais, tais como juramentos religiosos” e “votos” (credos, pactos de membresia e votos de ordenação) como parte legítima do “culto religioso” (xxi.v, xxii.i). Textos como Atos 2:42 nos dão um vislumbre da adoração na igreja primitiva, com um uso simples da Palavra, dos sacramentos e da oração. Vemos também o apóstolo Paulo regulamentando a oração (1Co 11:2-16; 14:14-17; 2Tm 2:1-3), os cânticos de louvor (1Co 14:26,27; Cl 3:16; Ef 5:19), a ministração da Palavra (1Co 14:29-33; 1Tm 4:13; 2Tm 4:1,2), o Ofertório (1Co 16:1,2) e a Santa Ceia (1Co 11:17-34). Esses parecem ter sido os elementos regulares do culto na igreja apostólica. A oração, a leitura das Escrituras, a pregação das Escrituras, o cântico de Salmos, a ministração dos sacramentos e os juramentos religiosos, são todos feitos “de acordo com as Escrituras”, modelados pelo exemplo apostólico, regulados pelas ordenanças apostólicas e acompanhados pelas divinas promessas de bênçãos.

A esta altura, alguém de opinião contrária poderá perguntar sobre o púlpito, os hinários, as luzes, os microfones e questionar a consistência com a qual o princípio regulador está sendo aplicado. Onde se encontra, nas Escrituras, a permissão para essas inovações? A tradição Reformada, e especialmente os Padrões de Westminster, distinguem entre elementos (que são determinados pelas Escrituras e não podem ser mudados), formas (o conteúdo dos elementos, a respeito dos quais há bastante liberdade) e circunstâncias, que são governadas por considerações mais abrangentes. Por exemplo, o elemento da oração pode ser expresso por meio da forma escrita ou da extemporânea. O elemento da pregação pode ser textual ou tópico quanto à forma. O elemento da leitura das Escrituras pode ser expresso de várias formas: uns poucos versículos ou um capítulo ou mais, de Gênesis a Apocalipse, ou em qualquer lugar entre ambos. Em cada um desses casos, a forma é o conteúdo e estrutura pelos quais o elemento é expresso.

A forma tem seus limites (não se pode representar ou “dançar um sermão” ou representar por mímica a oração, mormente porque dramatização, dança e mímica não são formas de pregação e oração, mas elementos novos, não obstante a argumentação dos seus proponentes), mas há uma gama de escolhas. T. David Gordon reconhece que essa categoria “parece ser menos conhecida que a categoria dos “elementos” ou “circunstâncias”. No entanto, esta tem sido uma parte importante da discussão sobre a adoração desde a Reforma. Por exemplo, Calvino publicou uma Forma de Orações para a Igreja (1542) e o Catecismo Maior, e muitos autores Reformados, desde então, têm se referido à Oração do Senhor como uma forma de oração e várias formas de oração para a família e orações públicas têm sido publicadas através dos anos. Também debates sobre formas “livres” versus formas “fixas” de adoração, têm sido travados pelos Presbiterianos desde os dias dos Puritanos. Uma familiaridade superficial com a literatura clássica do Protestantismo, atestará o que estarmos dizendo. “Forma” é a palavra tradicionalmente usada para identificar o conteúdo de um elemento e a maneira corno ele está estruturado.

As circunstâncias são mencionadas pela Confissão:

(…) há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus, comuns às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras da Palavra, que sempre devem ser observadas (i.xvi).

A “luz da natureza”, a “prudência cristã” e as “regras gerais da Palavra” nos ajudam a resolver questões circunstanciais que são “comuns às ações humanas e à sociedade”, isto é, comuns aos ajuntamentos públicos. Por exemplo, todas assembleias públicas devem resolver assuntos de iluminação, amplificação sonora, horário e lugar das reuniões, se haverá canto ou responso grupal, ou corno prover textos para o grupo. Como serão essas questões resolvidas? Pela utilização da “prudência cristã” ou de um senso espiritual comum. Não devemos esperar que a Escritura apresente textos sobre essas questões. Voltando ao exemplo da oração, eu posso fazer no culto (trata-se de um elemento autorizado) uma oração extemporânea ou escrita (questão de forma), usando ou não um microfone (questão de circunstância). Posso pregar (elemento) sobre o Evangelho de Marcos ou Lucas (forma) numa assembleia toda iluminada por luz elétrica ou lamparinas (circunstâncias).

Então deve haver uma consistência na aplicação do princípio regulador, que reconheça a importante distinção entre elementos, que requer sanção escriturística (por meio de mandamento, exemplo ou dedução); liberdade nas formas e senso comum nas circunstâncias. O princípio regulador, como esboçado, demonstra o que o povo Reformado entende por adoração que é “de acordo com as Escrituras”. Isso resume a visão Reformada de culto. Sem dúvida isso é Calvinismo em adoração”, como disse T. David Gordon. Esse é o princípio histórico pelo qual a igreja Reformada tem enunciado o seu entendimento da ordem de Jesus quanto à adoração “em verdade”.

Autor: Terry L. Johnson

Trecho extraído do livro Adoração Reformada, pág 49-53. Editora: Monergismo

O LIVRO DE ISAÍAS

Um Breve Resumo
Autor: Isaías 1:1 identifica o autor do Livro de Isaías como sendo o profeta Isaías.

Quando foi escrito: O Livro de Isaías foi escrito entre 701 e 681 AC.

Propósito: O profeta Isaías foi primeiramente chamado a profetizar ao Reino de Judá. Judá estava passando por tempos de reavivamento e tempos de rebeldia. Judá foi ameaçado de destruição pela Assíria e Egito, mas foi poupado por causa da misericórdia de Deus. Isaías proclamou uma mensagem de arrependimento do pecado e de expectativa esperançosa do livramento de Deus no futuro.

Versículos-chave: Isaías 6:8: “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.”

Isaías 7:14: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel.”

Isaías 9:6: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.”

Isaías 14:12-13: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte.”

Isaías 53:5-6: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.”

Isaías 65:25: “O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o SENHOR.”

Resumo: O Livro de Isaías revela o juízo e salvação de Deus. Deus é “santo, santo, santo” (Isaías 6:3) e, portanto, Ele não pode permitir a impunidade do pecado (Isaías 1:2; 2:11-20; 5:30; 34:1-2; 42:25). Isaías retrata o julgamento vindouro de Deus como um “fogo consumidor” (Isaías 1:31; 30:33).

Ao mesmo tempo, Isaías compreende que Deus é um Deus de misericórdia, graça e compaixão (Isaías 5:25; 11:16; 14:1-2, 32:2, 40:3, 41:14-16). A nação de Israel (Judá e Israel) é cega e surda aos mandamentos de Deus (Isaías 6:9-10, 42:7). Judá é comparado a uma vinha que deve ser, e será, pisoteada (Isaías 5:1-7). Só por causa de Sua misericórdia e promessas a Israel, Deus não permitirá que Israel e Judá sejam completamente destruídos. Ele vai trazer tanto a restauração e perdão quanto a cura (43:2, 43:16-19, 52:10-12).

Mais do que qualquer outro livro no Antigo Testamento, Isaías concentra-se na salvação que virá através do Messias. O Messias um dia governará com justiça e retidão (Isaías 9:7; 32:1). O reino do Messias trará paz e segurança a Israel (Isaías 11:6-9). Através do Messias, Israel será uma luz para todas as nações (Isaías 42:6; 55:4-5). O reino do Messias sobre a terra (Isaías capítulo 65-66) é o objetivo para o qual aponta o Livro de Isaías. É durante o reinado do Messias que a justiça de Deus será plenamente revelada para o mundo.

Em um aparente paradoxo, o Livro de Isaías também apresenta o Messias como aquele que vai sofrer. Isaías capítulo 53 descreve vividamente o Messias sofrendo pelo pecado. É através de Suas feridas que a cura é alcançada. É através de Seu sofrimento que as nossas iniquidades são removidas. Esta aparente contradição é resolvida na Pessoa de Jesus Cristo. Em Sua primeira vinda, Jesus foi o servo sofredor de Isaías capítulo 53. Em Sua segunda vinda, Jesus será o Príncipe da Paz e ocupará o Seu cargo de Rei (Isaías 9:6).

Prenúncios: Tal como afirmado acima, o capítulo 53 de Isaías descreve a vinda do Messias e o sofrimento que Ele iria suportar para pagar por nossos pecados. Em Sua soberania, Deus orquestrou todos os detalhes da crucificação para cumprir todas as profecias deste capítulo, assim como todas as outras profecias messiânicas do Antigo Testamento. As imagens do capítulo 53 são tristes e proféticas e são, ao mesmo tempo, um retrato completo do Evangelho. Jesus foi desprezado e rejeitado (v. 3, Lucas 13:34, João 1:10-11), ferido por Deus (v.4, Mateus 27:46) e perfurado pelas nossas transgressões (v. 5, João 19: 34, 1 Pedro 2:24). Por Seu sofrimento, Ele pagou o castigo que nós merecíamos e se tornou por nós o sacrifício supremo e perfeito (v. 5; Hebreus 10:10). Embora Ele não tenha pecado nunca, Deus colocou sobre Ele os nossos pecados para que assim pudéssemos nos tornar a justiça de Deus nEle (2 Coríntios 5:21).

Aplicação Prática: O Livro de Isaías nos apresenta o nosso Salvador em detalhe inegável. Ele é o único caminho para o céu, o único meio de obter a graça de Deus, o único Caminho, a única Verdade e a única Vida (João 14:6, Atos 4:12). Sabendo o preço que Cristo pagou por nós, como podemos ignorar ou rejeitar “tão grande salvação”? (Hebreus 2:3). Temos apenas uns poucos, breves anos na terra para vir a Cristo e aceitar a salvação que só Ele oferece. Não há uma segunda chance após a morte, e eternidade no inferno é muito, muito tempo.

Você conhece pessoas que se dizem crentes em Cristo mas que são duas caras, ou seja, hipócritas? Esse talvez seja o melhor resumo de como Isaías enxergava a nação de Israel. Israel tinha uma aparência de justiça, mas era uma fachada. No Livro de Isaías, o profeta Isaías desafia Israel a obedecer a Deus com todo o seu coração, não apenas no exterior. O desejo de Isaías era de que aqueles que ouvissem ou lessem as suas palavras tivessem a convicção de abandonar a iniquidade e voltar-se para Deus a fim de receber perdão e cura.

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

BUSCANDO EXCELÊNCIA

[…] para que vocês aprovem as coisas excelentes e sejam sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo (Filipenses 1:10).

Em um mundo de mediocridade e confusão, Deus o chama a excelência e ao discernimento.

Existe a história de um piloto que falou no alto-falante no meio de um voo: “Tenho boas notícias e más notícias. A má notícia é que perdemos todo o nosso sistema e não sabemos onde estamos. A boa notícia é que temos um forte vento na cauda e logo estará tudo bem”. Essa é uma imagem precisa de como as pessoas vivem: elas não têm direção na vida, mas estão chegando rápido!

Como cristãos, devemos ser diferentes porque temos orientação divina e objetivos eternos. Nossas vidas devem ser marcadas pela confiança em Deus e pela busca da excelência espiritual.

“Excelentes”, em Filipenses 1:10, fala de coisas que valem a pena e são vitais. Aprovar o que é excelente refere-se ao teste de coisas como se alguém testasse um metal precioso para determinar sua pureza e valor. Isso vai além de saber o bem e o mal. É distinguir entre o bom e o melhor. Envolve pensar biblicamente e concentrar seu tempo e energia no que realmente importa. Envolve cultivar disciplina espiritual e não ser controlado por suas emoções, caprichos, humor ou circunstâncias.

Muitas organizações e empresas adotaram o lema “Compromisso com a Excelência” para transmitir seu desejo de fornecer o melhor produto ou serviço possível. Se as pessoas seculares se esforçam por esse nível de realização, quanto mais os cristãos devem buscar a excelência para a glória de Deus!

Olhe para a sua vida. Está cheio de amor piedoso, discernimento e busca da excelência – ou as trivialidades mundanas destruíram essas virtudes?

Sugestão para oração

Leia Isaías 12:1-6 como um salmo de louvor ao Deus de excelência.

Peça a Deus para lhe dar um coração constantemente definido na busca da excelência para Sua glória.

Estudo adicional

Daniel era um homem que buscava a excelência. Leia Daniel 1:1-2:21.

Qual foi a decisão de Daniel sobre a comida e o vinho do rei, e como ele lidou com a situação?

Como Daniel e seus três amigos se compararam em sabedoria e compreensão com os magos e feiticeiros?

Que princípios você enxerga nesses dois capítulos que se aplicam à sua vida?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

COMO SERVIR A UM MAU CHEFE

Versículo do dia: Servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre. (Efésios 6.7-8)

Considere estes cinco aspectos de Efésios 6.7-8 em relação ao seu trabalho.

1) Um chamado a viver radicalmente centrado no Senhor.

Isso é surpreendentemente comparado com a forma como normalmente vivemos. Paulo diz que todo nosso serviço deve ser feito como serviço a Cristo, não a qualquer supervisor humano. Sirva de boa vontade “como ao Senhor” e não ao homem.

Isso significa que pensaremos no Senhor no que fazemos no trabalho. Nós perguntaremos: Por que o Senhor gostaria que isso fosse feito? Como o Senhor gostaria que isso fosse feito? Quando o Senhor gostaria que isso fosse feito? O Senhor me ajudará a fazer isto? Que consequência isso terá para a honra do Senhor? Em outras palavras, ser cristão significa viver radicalmente centrado no Senhor.

2) Um chamado para ser uma boa pessoa.

Uma vida centrada no Senhor significa ser uma pessoa boa e fazer coisas boas. Paulo diz: “De boa vontade” sirva… “se fizer alguma coisa boa…”. Jesus disse que quando deixarmos nossa luz brilhar, os homens verão nossas “boas obras” e glorificarão o nosso Pai que está nos céus (Mateus 5.16).

3) Poder para fazer um bom trabalho para chefes mundanos e maus.

O objetivo de Paulo é capacitar os cristãos com motivos centrados no Senhor a fazerem o bem a chefes que não são bons. Como você continua fazendo o bem em um trabalho quando seu chefe o ignora ou até mesmo o critica? A resposta de Paulo é: pare de pensar em seu chefe como seu principal supervisor e comece a trabalhar para o Senhor. Faça isso nos próprios deveres dados a você por seu chefe terreno.

4) Encorajamento de que nada de bom é feito em vão.

Talvez a frase mais maravilhosa de todas seja esta: “se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor”. Isto é surpreendente. Alguma coisa boa. Toda pequena coisa que você faz que seja boa é vista e valorizada pelo Senhor.

E ele te recompensará por isso. Não no sentido de que você mereceu qualquer coisa, colocando-o em dívida. Ele é o seu dono e de tudo no universo. Ele não nos deve nada. Porém, ele livre e graciosamente escolhe recompensar as coisas boas feitas em fé.

5) Encorajamento de que uma posição insignificante na terra não é obstáculo para grande recompensa no céu.

O Senhor recompensará todas as coisas boas que você fizer — “quer seja servo, quer livre”. Seu chefe pode pensar que você não é ninguém. Ou mesmo pode não saber que você existe. Isso não importa. O Senhor sabe que você existe.

Devocional extraído de “Lord-Focused Living at Work” [Vivendo Focado no Senhor em Seu Trabalho]

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: “Busquei-o e não o achei.” (Cântico dos Cânticos 3.1)

Diga-me onde você perdeu a companhia de Cristo, e eu lhe direi o lugar mais provável onde poderá encontrá-Lo. Perdeu a Cristo em seu quarto, porque não O tem buscado em oração? Então, é ali que deve procurá-Lo e encontrá-Lo. Perdeu a Cristo por causa de pecado? Não encontrará a Cristo de nenhuma outra maneira, exceto por meio de abandonar o pecado e de buscar o Espírito Santo, para mortificar o membro em que habita a concupiscência. Perdeu a Cristo por negligenciar as Escrituras? Você tem de encontrá-Lo nas Escrituras.

É verdadeiro o ditado: “Procure algo onde você o perdeu e ali o achará”. Procure a Cristo onde você O perdeu. Ele não foi embora. Retornar a Cristo é um trabalho duro. John Bunyan nos conta que o Peregrino considerou muito árdua a parte do caminho de volta até a árvore agradável, onde ele havia perdido o seu rolo selado. Avançar trinta quilômetros é melhor do que retornar um quilômetro e meio em busca de evidências perdidas. Tenha o cuidado de, ao encontrar o seu Senhor, apegar-se a Ele com intimidade. Mas como você o perdeu? Alguém pode ter pensado que você nunca se afastaria de um Amigo tão precioso, cuja presença é doce, cujas palavras são consoladoras. Como você pôde não ter mantido os olhos nEle o tempo todo, pelo temor de perdê-Lo de vista? Entretanto, embora O tenha deixado ir; é sinal de misericórdia, o fato de você O estar procurando. Apesar de gemer pesarosamente: “Ah! Se eu soubesse onde poderia achá-Lo!” Continue, visto que é perigoso ficar sem o seu Senhor. Sem Cristo, você é como uma ovelha sem pastor; como uma árvore sem água nas raízes; como uma folha seca numa tempestade – sem ligação com a árvore que lhe daria vida. Busque-O com todo seu coração, e você o achará. Empenhe-se de forma completa nesta busca e, verdadeiramente, para sua alegria, O descobrirá.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

O DEUS QUE ORA: EXEMPLO - JONAS MADUREIRA


UM PANORAMA HISTÓRICO DO GNOSTICISMO

Por Justo Gonzalez

Sob o título geral de “gnosticismo” estão incluídas diversas doutrinas religiosas que floresceram no século 2. A principal característica dessas doutrinas era seu sincretismo.14 Os gnósticos poderiam lançar mão de qualquer doutrina que achassem valiosa, sem qualquer preocupação com respeito à sua origem ou ao contexto do qual fora tomada. Quando os gnósticos entraram em contato com o Cristianismo primitivo e viram seu grande apelo, tentaram se apossar daqueles aspectos do Cristianismo que pareciam mais importantes para eles, adaptando-os a seus sistemas. Esse procedimento propôs um desafio urgente para aqueles cristãos que não o aceitavam. Tornou-se necessário mostrar que o gnosticismo deturpava a doutrina cristã; era preciso apresentar as razões pelas quais não se deveria converter Jesus Cristo em um mero elemento dentro de um sistema gnóstico.15

Tem havido um debate erudito muito grande a respeito das origens do gnosticismo, mas é provável que, por causa da própria natureza sincretista do gnosticismo, tal debate nunca possa ser decidido. O gnosticismo faz uso do dualismo persa, dos mistérios orientais, da astrologia babilônica, da filosofia helenística e praticamente de todas as doutrinas que circulavam no século 2. Portanto, o dito de Harnack segundo o qual o gnosticismo é “uma aguda helenização do Cristianismo” não é inteiramente preciso. Embora seja verdade que há fortes influências gregas no gnosticismo, é também verdade que esta é apenas uma das muitas fontes das quais os mestres gnósticos beberam.16

 Apesar de haver elementos especulativos muito importantes no gnosticismo, o fato desse ensino ser usualmente apresentado como um conjunto de sistemas de especulações numerológicas tornou impossível entender como tal doutrina pode ter sido um rival tão forte da igreja. O fato do gnosticismo ter se tornado uma alternativa atraente em relação ao Cristianismo ortodoxo deve-se, sobretudo, a seu interesse soteriológico. A fim de entender este apelo, deve-se interpretar o gnosticismo, acima de tudo, como um modo de salvação. O cosmopolitanismo que acompanhou as conquistas de Alexandre tinha sua contraparte no individualismo das pessoas. Acreditava-se que as antigas religiões nacionais não eram mais capazes de satisfazer às necessidades do indivíduo. Por esta razão, os séculos nos quais o Cristianismo começou a conquistar seu espaço no mundo foram caracterizados por uma procura pela salvação individual; consequentemente, nesse tempo, houve um crescimento daquelas religiões que proclamavam oferecê-la – e além do Cristianismo, assim faziam as religiões de mistério e o gnosticismo.

Dessa forma, o gnosticismo é, sobretudo, uma doutrina de salvação. Mas, para essa doutrina, qual é a natureza de tal salvação?17 De acordo com o gnosticismo, a salvação consiste na libertação do espírito, uma vez que este está escravizado por causa de sua união com coisas materiais. Nos seres humanos, o corpo e a “alma animal” pertencem ao mundo material, pois a alma é aquilo que dá ao corpo sua vida, desejos e paixões.18 O espírito na verdade não pertence a este mundo; é parte da substância divina. Por alguma razão que é normalmente explicada mitologicamente, o espírito caiu neste mundo e se tornou um prisioneiro da matéria. Sendo assim, é necessário libertar o espírito desta prisão; e isto é obtido por meio do conhecimento ou gnosis – por isso o nome de gnosticismo.

Tal conhecimento não consiste em mera informação. Trata-se, em vez disso, de uma iluminação mística resultante da revelação do eterno. O conhecimento é, então, uma compreensão da situação humana, do que fomos outrora e do que deveríamos nos tornar; por meio do conhecimento podemos ser libertos dos laços que nos prendem ao mundo material. Por outro lado, estamos de tal forma escravizados por nossa união com a matéria que somos incapazes de conhecer a verdade eterna por nossos próprios meios; isso torna necessário que um mensageiro seja enviado do mundo espiritual transcendente a fim de nos trazer sua revelação libertadora. Esse mensageiro é característico em todos os sistemas gnósticos, e no gnosticismo cristão é Cristo quem realizará esta missão.19

De qualquer forma, a doutrina da salvação deve estar baseada em uma compreensão de nosso lugar no universo, e esta é a função das complicadas construções especulativas dentro dos vários sistemas gnósticos. Se o espírito está aprisionado na matéria, deve haver uma razão para esta condição; e esta razão os gnósticos tentam oferecer por meio de suas especulações.20 Há duas características principais nestas especulações: seu dualismo derivado e sua numerologia. O dualismo do gnosticismo, que por muitos eruditos têm sido enfatizado como uma de suas principais características, não é um dualismo primário ou inicial; ao contrário, resulta de um monismo inicial.21 As especulações gnósticas são traçadas a partir de um único princípio eterno, do qual outros princípios ou aeons são produzidos em um processo declinante, até – geralmente é dito, devido a um erro em um dos aeons anteriores – o mundo material ser produzido. Assim aparece o dualismo derivado entre a matéria e o espírito, ou entre o celestial e o terreno. Dentro do processo de produção dos vários níveis de aeons, a numerologia – outra característica muito comum na especulação helenística – representa um papel importante, pois os aeons geralmente são produzidos seguindo certos modelos numéricos. A cosmologia gnóstica nasce de tal combinação entre o dualismo derivado e a especulação numerológica, e é caracterizada por uma complexa série de aeons que ficam entre o absoluto e o mundo material. Estes seres são frequentemente vistos como esferas que o espírito deve atravessar em seu retorno à eternidade.

Finalmente, a ética dos gnósticos está baseada em sua antropologia e cosmologia. Partindo-se da premissa de que qualquer bem que exista em nós deve ser encontrado em nosso espírito, sendo o corpo por natureza mau, pode-se chegar a duas conclusões opostas. Primeira: o corpo deve ser sujeito ã estrita disciplina e deve-se viver uma vida ascética; segunda, uma vez que qualquer coisa que se faça com o corpo não implica em qualquer diferença, uma vez que o corpo não danifica a pureza do espírito, então se pode permitir ao corpo fazer o que lhe agrada. É por esta razão que algumas seitas gnósticas eram extremamente ascéticas enquanto outras eram libertinas.22

Quando ocorria a combinação da cosmovisão geral gnóstica com o Cristianismo, muitos cristãos sentiam que sua fé era ameaçada em três pontos básicos: a doutrina da criação e do governo divino sobre o mundo, a doutrina da salvação e a Cristologia.

O gnosticismo era oposto à doutrina cristã tradicional da criação porque via no mundo material, não a obra do Deus eterno, mas o resultado de um erro cometido por um ser inferior, mal ou ignorante. De acordo com os gnósticos, as coisas deste mundo não são simplesmente indignas, mas até mesmo más. Afirmações como essa se opõem às linhas-mestras da tradição judaico-cristã, que afirma a criação de todas as coisas por Deus, o qual continua a agir na história do mundo.

Desta primeira discordância entre o gnosticismo e o Cristianismo tradicional, seguiu-se uma discordância similar com relação à doutrina da salvação. Segundo o gnosticismo, a salvação consiste na libertação do espírito divino e imortal que está aprisionado dentro do corpo humano. O papel do último no plano da salvação é simplesmente negativo. Em oposição a este conceito, a maioria dos cristãos afirmava a inclusão do corpo humano na salvação e que o cumprimento final do plano de Deus para a salvação não acontecerá à parte da ressurreição do corpo.

Finalmente, o dualismo gnóstico teve consequências desastrosas quando aplicado à Cristologia. Se a matéria, e sobretudo esta matéria que forma nosso corpo, não é o produto da vontade divina, e sim de algum outro princípio que é oposto a essa vontade, segue-se que esta matéria e o corpo humano não podem servir como um veículo para a revelação do Deus supremo. Sendo assim, Cristo, que veio para tornar esse Deus conhecido a nós, jamais poderia ter vindo em carne. Seu corpo não pode ter sido um verdadeiro corpo físico, mas apenas uma aparência corpórea. Seus sofrimentos e sua morte não podem ter sido reais, pois é inconcebível que o espírito divino dar-se-ia desse modo a si mesmo ao poder cruel e destrutivo da matéria. Dessa maneira, é legado dos gnósticos a doutrina cristológica conhecida como docetismo – no grego, parecer ou supor – à qual já nos referimos ao discutir os oponentes de Inácio de Antioquia.24 Em oposição a esta teoria, a maioria dos cristãos afirmava que em Jesus de Nazaré – em seu corpo, em sua vida, em seus sofrimentos, em sua morte e em sua ressurreição – deve ser encontrada a revelação salvadora de Deus. É por essa razão que tais cristãos viam o gnosticismo não como uma versão diferente de sua própria fé, mas como uma tentativa de despojar esta fé do próprio coração de sua mensagem.

Ainda que as escolas gnósticas sejam muitas, e o relacionamento entre elas não seja claro, pode-se tentar descrever alguns de seus sistemas como um meio de ilustrar suas características gerais.

Nosso conhecimento do gnosticismo deriva de seus escritos e das obras nas quais alguns antigos escritores cristãos os atacam. Até poucas décadas atrás, achava-se que somente um número muito limitado de escritos gnósticos tinha sobrevivido, e os eruditos eram forçados a seguir apenas o testemunho de escritos dirigidos contra eles. Naturalmente, a questão que sempre foi deixada sem resposta era até que ponto estes escritos antignósticos seriam confiáveis. Recentemente, foi descoberta uma grande quantidade de material gnóstico; com isso, nosso conhecimento do gnosticismo foi grandemente ampliado e esclarecido.25

De acordo com uma tradição muito antiga, cujo primeiro expoente é Justino,26 Simão, o mago, foi o fundador do gnosticismo.27 Historicamente, o que parece ser verdadeiro não é que Simão fundou este tipo de religião, mas que no capítulo 8 de Atos temos um relato de um dos mais antigos embates entre o Cristianismo e o gnosticismo. Em Samaria, onde Simão vivia, havia pessoas de várias partes do mundo antigo. Isso fez com que ali se desenvolvesse uma atmosfera muito adequada para uma doutrina sincretista, tal como o gnosticismo. De acordo com Justino e outros antigos escritores cristãos, Simão, o Mago, tinha muitos seguidores. Ele reivindicava que era o próprio Deus, ou que tinha o poder de Deus, e que sua companheira Helena era o Espírito Santo. O livro de Atos afirma que ele foi batizado como cristão. Apesar de não haver evidências de que ele tenha se apropriado de outras doutrinas cristãs, este episódio ilustra o espírito sincretista do gnosticismo.

Menandro, um discípulo de Simão, o Mago, foi uma pessoa obscura que à primeira vista parece ter sido um judeu gnóstico e não um cristão. Segundo antigos heresiologistas,28 Menandro era especializado em magia, como seu mestre tinha sido antes dele. Ele declarava que ele mesmo era o salvador, enviado pelos seres celestiais como seu mensageiro, a fim de ensinar os procedimentos mágicos pelos quais seria possível subverter os anjos que criaram este mundo e que continuavam a manter a humanidade na escravidão.

Provavelmente, o primeiro gnóstico que tentou reinterpretar o evangelho cristão foi Cerinto. Ele viveu em Éfeso, perto do fim do século 1, e em seu sistema se encontra o dualismo derivado que é característico do gnosticismo em geral. Ele também fez distinção entre Jesus e Cristo: Jesus era o homem, filho de Maria e José, enquanto Cristo era o ser divino que desceu sobre Jesus em seu batismo. Portanto, Cerinto não era um docetista no sentido estrito, embora ele solucionasse o problema da união da humanidade com a divindade em Cristo estabelecendo uma distinção radical entre elas. Quando Cristo completou sua missão como um mensageiro para a humanidade, ele abandonou a Jesus, e foi o último que sofreu, morreu e ressuscitou dos mortos, pois o próprio Cristo é impassível. De acordo com a tradição, o grande oponente de Cerinto em Éfeso foi São João – seja ele quem for.30 Ressalte-se que a Primeira Epístola de João incluída em nosso Novo Testamento parece ter se endereçado diretamente contra ele.31

Por outro lado, o gnosticismo estava admiravelmente bem ajustado ao espírito sincretista de seu tempo. Cada mestre tomava de outros qualquer coisa que parecesse conveniente, de forma que as seitas e escolas estavam tão misturadas que os historiadores modernos simplesmente devem confessar que são incapazes de estabelecer distinções precisas entre as várias tendências gnósticas. Dessa maneira, se o gnosticismo representa um problema acadêmico para o historiador, representou um problema urgente para os cristãos nos séculos 2 e 3, que viam sua fé ameaçada não somente por violentos ataques externos, mas também – e até mesmo de forma mais aguda – por doutrinas que tentavam se apropriar daquilo que consideram os aspectos mais valiosos do Cristianismo. Tais doutrinas tentavam apresentar esses aspectos do Cristianismo de tal maneira que os tornassem mais facilmente aceitáveis a seus contemporâneos.

TENTADO

Leia antes: Lucas 4:1-2
“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde, durante quarenta dias, foi tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses dias e, ao fim deles, teve fome” (Lc 4:1-2). Em Gênesis Deus viu que tudo era muito bom após criar o primeiro homem. Porém logo veio Satanás para tentá-lo e Adão caiu. Quando o segundo homem entra em cena Deus declara ter nele o seu prazer e mais uma vez Satanás vem tentá-lo. Mas agora ele encontra um homem cheio do Espírito Santo, impermeável ao pecado e incapaz de pecar.

Jesus não passa apenas pelas três tentações detalhadas neste capítulo 4 de Lucas. Ele é tentado durante quarenta dias. O primeiro homem foi tentado no conforto do Éden, onde não havia fome, sede ou calor. Quando o segundo homem é tentado, ele está em um deserto, o mesmo deserto em que nós vivemos. Por isso em Hebreus diz que “naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados… porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 2:18; 4:15).

Neste versículo, onde diz “sem pecado” não quer dizer “sem pecar”, mas “exceto o pecado” ou “pecado à parte”. Jesus não tinha o pecado como nós temos, que gera uma resposta à tentação. Ele só podia ser tentado de fora para dentro, e não de dentro para fora como ocorre conosco. Tiago explica que cada um “é tentado pela própria cobiça, sendo por esta, arrastado e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte” (Tg 1:13-15).

Embora o crente em Cristo traga em si a possibilidade de responder à tentação, a Palavra de Deus afirma que ele está equipado para suportá-la. Em 1 Coríntios diz que “não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar” (1 Co 10:13).

Há quem alegue que se Jesus não podia pecar, então ele não podia ser tentado como nós. A Bíblia diz que “como nós, em tudo foi tentado”; não diz que “como nós sucumbiu à tentação”. Por ser Deus e Homem, seria impossível Jesus pecar. Alguns dizem que o Homem Jesus poderia cair em pecado, mas o Deus Jesus não, o que é um absurdo. Após a sua encarnação, além de ser perfeito Deus, ele se tornou perfeito Homem, e assim igualmente sem pecado. Se Jesus tivesse em si o pecado ou fosse capaz de pecar, ele não seria o “cordeiro sem mancha e sem defeito” exigido para o sacrifício pelo pecador (1 Pe 1:19).

Por Mario Persona

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

BUSCANDO O CONHECIMENTO DE DEUS

Na verdade, considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele perdi todas as coisas e as considero como lixo, para ganhar a Cristo (Filipenses 3:8).

O maior desejo de Deus para nós é que possamos buscar diligentemente conhecê-Lo.

Conhecer a Deus e tudo o que Ele revelou sobre si mesmo é a maior busca da vida. “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; conhecer o Santo é ter entendimento” (Provérbios 9:10). Essa realização deve realmente ser o ponto de partida para todas as outras atividades da vida.

Como Davi deu seu trono a seu filho, Salomão, seu conselho principal era que Salomão buscasse conhecer a Deus: “Quanto a você, meu filho Salomão, conheça o Deus de seu pai e sirva-o de coração íntegro e espírito voluntário, porque o SENHOR esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento. Se você o buscar, ele se deixará achar por você; mas, se você o abandonar, ele o rejeitará para sempre” (1 Crônicas 28:9).

Conhecer a Deus não somente determina a qualidade da vida presente, mas também o destino da própria vida na eternidade. Jesus disse: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). A vida eterna é simplesmente conhecer a Deus de uma maneira íntima para o resto da eternidade. Começa aqui na Terra, quando acreditamos em Cristo e participamos de Sua própria natureza e vida.

Como podemos conhecer a Deus? O Senhor diz: “Vocês me buscarão e me acharão quando me buscarem de todo o coração” (Jeremias 29:13). Salomão nos ensina: “[…] sim, se você pedir inteligência e gritar por entendimento; se buscar a sabedoria como a prata e a procurar como se procuram tesouros escondidos, então você entenderá o temor do SENHOR e achará o conhecimento de Deus” (Provérbios 2:3-5). Esta busca de Deus deve ser nossa principal prioridade na vida. Caso contrário, é tão fácil distrair-se com a busca do dinheiro, do sucesso profissional, do poder pessoal, do prestígio, ou qualquer esforço mundano que exija nosso tempo e energia.

Sugestão para oração

Agradeça ao Senhor por conhecê-lo pessoalmente.

Estudo adicional

Leia 2 Pedro 1:1-11.

Quais são os benefícios para aqueles que conhecem a Deus?

Quais as qualidades que devem ser evidentes em sua vida?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

O REMÉDIO PARA O ORGULHO

Versículo do dia: Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna. (Tiago 4. 13-16)

Quando você considera três categorias de tentação de autossuficiência — sabedoria, poder e riquezas — elas formam um forte incentivo para a forma final de orgulho, a saber, o ateísmo. A maneira mais segura de permanecermos supremos em nossa própria estima é negar qualquer coisa acima de nós.

É por isso que os orgulhosos se preocupam em olhar para os outros. “Um homem orgulhoso está sempre olhando de cima para as coisas e pessoas, e, claro, enquanto você está olhando para baixo, não consegue ver algo que está acima de si mesmo” (C. S. Lewis, Mere Christianity [Cristianismo Puro e Simples – WMF Martins Fontes]).

Porém, para preservar o orgulho, pode ser mais fácil proclamar que não há nada acima para olhar. “O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações” (Salmo 10.4). Em última análise, os orgulhosos devem convencer a si mesmos de que não há Deus.

Uma razão para isso é que a realidade de Deus é esmagadoramente intrusiva em todos os detalhes da vida. O orgulho não pode tolerar o envolvimento íntimo de Deus gerindo até mesmo os assuntos ordinários da vida.

O orgulho não gosta da soberania de Deus. Portanto, o orgulho não gosta da existência de Deus, porque Deus é soberano. Isso poderia ser expresso ao dizer: “Não há Deus”. Ou pode se expresso ao dizer: “Dirigirei até São Paulo para o Natal”.

Tiago diz: “Não tenha tanta certeza”. Em vez disso, diga: “Se o Senhor quiser, viveremos e iremos a São Paulo para o Natal”. A questão de Tiago é que Deus governa sobre se iremos a São Paulo e se você viverá até o final deste devocional. Isto é extremamente ofensivo para a autossuficiência do orgulho: não ter controle nem mesmo sobre chegar ao final deste devocional sem ter um derrame!

Tiago diz que não crer nos direitos soberanos de Deus de conduzir os detalhes do seu futuro é arrogância.

A maneira de combater essa arrogância é ceder à soberania de Deus em todos os detalhes da vida e descansar em suas promessas infalíveis de mostrar-se poderoso em nosso favor (2Crônicas 16.9), de nos seguir com bondade e misericórdia a cada dia (Salmo 23.6), de trabalhar para aqueles que esperam por ele (Isaías 64.4) e nos capacitar com tudo o que nós precisamos para viver para a sua glória (Hebreus 13.21).

Em outras palavras, o remédio para o orgulho é a fé inabalável na graça futura de Deus.

Devocional extraído do livro “Future Grace” [Graça Futura – Shedd Publicações]

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: “Portanto, resta um repouso para o povo de Deus.” (Hebreus 4.9)

O estado do crente no céu será muitíssimo diferente do seu estado neste mundo. Aqui, ele nasce para trabalhar arduamente e sofrer fadiga. Na terra da imortalidade, a fadiga é desconhecida. Desejando muito servir o seu Senhor, o crente percebe que suas forças não correspondem ao seu zelo. Seu clamor constante é: “Ajuda-me a servir-te, ó meu Deus”. Se o crente se mostrar ativo, ele terá muito trabalho a realizar, não muito para a sua vontade, porém mais do que o bastante para suas energias. Por isso, ele clamará: “Não estou cansado do trabalho, e sim no trabalho”.

Crente, o árduo dia de fadiga não durará para sempre. O sol está se aproximando do horizonte. Ele despontará novamente, em um dia mais resplandecente do que nunca, em uma terra onde os crentes servem a Deus, dia e noite, e, apesar disso, descansam de suas obras. Aqui o descanso é apenas parcial; lá, é perfeito. Aqui o crente sempre está inquieto; Ele sente que ainda não descansou. Lá tudo encontra-se em paz; já chegaram ao cume do monte. Ascenderam ao seio de seu Deus. Não há lugar mais alto para onde subir. Ó crente que trabalha a ponto de fatigar-se, pense tão-somente naquele tempo quando você descansará para sempre! Você pode imaginá-lo? É um descanso eterno. Aqui, minhas maiores alegrias trazem diante de si a perspectiva da morte, minhas formosas flores murcham, meu delicioso cálice é lançado aos detritos, os mais doces pássaros caem devido às flechas da Morte, os mais agradáveis dias passam a ser noites, e as ondas da minha felicidade precipitam-se na maré baixa da mágoa. Entretanto, lá, tudo é imortal. A harpa não se desgasta, a coroa permanece imarcescível, os olhos não se obscurecem, a voz não falha, o coração não hesita, e os seres imortais estão completamente envolvidos em deleite eterno. Será um dia felicíssimo aquele em que a mortalidade for absorvida pela vida (ver 2 Coríntios 5.4), e o descanso eterno começará!

O médico onipotente - Pr Hernandes Dias Lopes


CRIANÇAS QUE MORREM TERÃO A MESMA IDADE NA NOVA TERRA?

Por Randy Alcorn 

Bebês salvos que morrem continuarão sendo bebês na Nova Terra ou irão crescer? Uma criança que morre aos seis anos vai ter essa idade no Céu? Um homem que morrer aos 80 anos irá ter essa idade na Nova Terra? Todos irão ter a mesma idade na ressurreição? Muitas pessoas fizeram essas perguntas ao longo dos anos.

Isaías 11:6-9 diz:

O lobo habitará com o cordeiro, o leopardo se deitará junto do cabrito, o bezerro, o leão novo e o novilho gordo andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; e o leão comerá palha como o boi. A criança de peito brincará sobre a toca da cobra, e o já desmamado meterá a mão no ninho da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar.

Uma vez que o contexto maior de Isaías está relacionado ao reino eterno de Deus na terra, parece equivocado restringir essa passagem a um reino de mil anos que terminará em rebelião e destruição de seres humanos. O fim do pecado e a justiça completa de todos os habitantes da terra não acontecerá até o estabelecimento da Nova Terra. Contudo, se Isaías 11 está falando da Nova Terra, assim como sua passagem paralela – Isaías 65 – quem são os bebês e as crianças pequenas brincando com os animais? É possível que as crianças, depois de ressuscitadas na Nova Terra, estejam no mesmo nível de desenvolvimento de quando morreram?

Se assim for, provavelmente essas crianças teriam permissão para crescer na Nova Terra – uma infância que seria invejável, para dizer o mínimo! E também é interessante acreditar que os pais serão capazes de ver seus filhos crescerem, e que terão um papel importante em suas vidas ao fazê-lo. Embora isso não seja afirmado diretamente na Escritura e, portanto, estou especulando – é possível que os pais, cujos corações foram despedaçados pela morte de seus filhos –, não apenas se reúnam com eles, mas também experimentem a alegria de vê-los crescer em um mundo perfeito.

Também é possível dizer que na Nova Terra não haverá idade. C.S. Lewis retrata isso em O Grande Divórcio, dizendo sobre os habitantes do Céu: “Ninguém naquela empresa me pareceu como sendo de alguma idade em particular. É possível vislumbrar, mesmo em nosso país, o que não envelhece – reflexões profundas ​​na mente de uma criança e uma infância divertida na vida de um homem velho”.

Em meus romances, sugiro a possibilidade de que na Nova Terra veremos as pessoas da mesma forma que nos lembramos delas na presente terra. Sendo assim, vou ver meus pais mais velhos e eles me verão mais jovem. Vou ver meus filhos mais novos e eles me verão mais velho. Não quero dizer que os traços físicos irão mudar, mas que o corpo da ressurreição transmitirá a forma da pessoa real que conhecemos, onde veremos e seremos vistos através de olhos diferentes.

A Nova Terra será um lugar de maturidade e perfeição. Independentemente da idade que iremos ter, acredito que nossos corpos demonstrarão as qualidades da juventude que Jesus tanto valorizava nas crianças. Deus poderia facilmente ter feito as pessoas virem ao mundo completamente desenvolvidas, e não como crianças amadurecidas. Mas ele não fez assim. Deus colocou qualidades especiais nas crianças que são encantadoras. Espero que todos nós tenhamos qualidades, como curiosidade, gratidão, desejo de aprender e explorar, e vontade de ouvir histórias e reunir pessoas próximas.

Nós seremos libertos da maldição que fenece não apenas nossos corpos, mas também nosso espírito, a qual rouba muita coisa da nossa juventude. Jonathan Edwards escreveu: “Os habitantes celestes permanecerão na eterna juventude”. O céu estará cheio de filhos, mesmo se parecerem adultos. O que amamos nas crianças é a alegria, a exuberância, a curiosidade, o riso e a espontaneidade. Se na Nova Terra alguém terá ou não o tamanho e a aparência de uma criança, não importa, pois todos nós seremos crianças de uma forma que traga alegria para nós e para o nosso Pai.

UMA TRÍPLICE TENTAÇÃO

Leia antes: Lucas 4:3-13
A tentação de Jesus tem por objetivo confirmar suas credenciais. É o Espírito Santo quem o leva ao deserto para ser tentado pelo diabo, ou seja, para deixar clara a sua divindade. Em duas de suas provocações o diabo coloca isso em dúvida, pois começa dizendo “Se você é o Filho de Deus…”. Os judeus o acusavam de blasfêmia, pois ao declarar-se Filho de Deus ele se fazia igual a Deus.

Portanto temos aqui um teste para provar se Jesus é quem ele diz ser. Pecar está fora de cogitação, por ele ser Deus. Ao contrário do primeiro homem, Adão, este segundo homem é sem pecado e cada tentação só confirma isso. Numa delas Satanás nem questiona se ele é o Filho de Deus, mas vai direto ao assunto: Jesus poderia antecipar a posse de todos os reinos do mundo sem passar pelo dissabor da cruz, bastando para isso adorar a criatura, Satanás, em lugar do Criador.

As três tentações revelam três coisas que nos são oferecidas todos os dias: obedecer ao diabo, adorar a criatura e colocar Deus à prova. Quando não somos guiados pela Palavra de Deus, seguimos “a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência”. Ou seja, obedecemos ao diabo, “satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos” (Ef 2:1-3).

Para adorar a criatura não precisa ir longe. Basta escutar a voz do orgulho em nosso coração, que diz: “Primeiro eu”. A filosofia humana ensina que para amar ao próximo como a si mesmo você precisa primeiro amar a si mesmo. Ora, isso você já faz por natureza, e se essa for a sua prioridade o próximo terá de esperar sentado. O diabo atinge sua meta quando você se acha o máximo.

Provar a Deus é a terceira coisa que Satanás propõe, ao sugerir que Jesus pule do alto do Templo, confiando que Deus o guardará. Jesus responde: “Dito está: ‘Não ponha à prova o Senhor, o seu Deus’” (Lc 4:12). Os adoradores de Mamom e da prosperidade adotam como lema o versículo de Malaquias 3, que diz: “Ponham-me à prova… e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las” (Ml 3:13).

O que não percebem é que o contexto começa no capítulo 2 e é uma bronca dada aos desobedientes sacerdotes de Israel, concluindo com o “Ponham-me à prova”, no sentido de “Experimentem me obedecer”. Se você não for um sacerdote judeu vivendo nos tempos de Malaquias, a passagem não é para você. Veja que a continuação, no capítulo 4, até mesmo já se cumpriu, ou seja, a vinda de João Batista. Lá diz: “Eu enviarei o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim… diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 4:1). Acabamos de ver isso em Lucas 3.

Por Mario Persona

FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR

COMPLEMENTANDO CRISTO

Deus exaltou a Cristo, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas (Efésios 1:22-23).

A igreja foi projetada para complementar Cristo.

Aqui, Paulo usa uma analogia gráfica para ilustrar o relacionamento de Cristo com a igreja: Ele é o cabeça, e os crentes são o Seu corpo. Paulo elabora que não devemos reter a cabeça, a partir da qual todo o corpo, suprido e bem-vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que vem de Deus (Colossenses 2:19; ver Efésios 4:15-16).

Assim como a cabeça controla o corpo humano, Cristo governa o Seu Corpo, a igreja (1 Coríntios 12:12-31). Pelo Seu Espírito e Sua Palavra, Ele fornece todos os recursos que a igreja precisa para funcionar para Sua glória. Dessa forma, Ele garante que os seus propósitos serão cumpridos.

A igreja é, de fato, “a plenitude daquele que preenche tudo em todos” (Efésios 1:23). A implicação é que o Cristo todo-suficiente, todo-poderoso e totalmente supremo é, em certo sentido, incompleto – não em Sua natureza, mas no grau em que Sua glória é vista no mundo.

Um sinônimo de “plenitude” é “complemento”. A igreja foi projetada para complementar Cristo. Ele é aquele que preenche tudo em todos – a plenitude da divindade em forma corporal (Colossenses 2:9) – e doador da verdade e da graça (João 1:16). Todavia, Ele escolhe revelar Sua glória dentro e através da Igreja. Portanto, até que a igreja seja plenamente glorificada, Cristo não será totalmente complementado.

Sua vida complementa Cristo? Você “manifesta a beleza da doutrina de Deus, nosso Salvador, em todos os aspectos (Tito 2:10)? Você permite “que a sua luz brilhe diante dos outros, para que vejam as boas obras que você faz e glorifique o seu Pai, que está nos céus” (Mateus 5:16)? Você tem todos os recursos espirituais para fazê-lo, então não deixe que nada o impeça (Hebreus 12:1-2)!

Sugestão de oração

Leia o Salmo 139:23-24 e ore com Davi para que Deus perscrute seu coração e revele qualquer pecado que possa impedi-lo de complementar Cristo hoje.

Estudo adicional

Leia 1 Coríntios 12:1-30.

Que dons espirituais são mencionados nesta passagem?

Como Paulo lida com o equívoco de que alguns dons são mais importantes do que outros (ver os v. 14-30)?

Como membro do Corpo de Cristo, você é dotado pelo Espírito para ministrar aos outros. Você está fazendo isso?

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

A FÉ AUTÊNTICA ANSEIA POR CRISTO

Versículo do dia: Assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação. (Hebreus 9.28)

O que você deve fazer para que saiba que seus pecados são tirados pelo sangue de Cristo e que, quando ele vier, o protegerá da ira de Deus e o levará à vida eterna? A resposta é esta: Confie em Cristo de uma maneira que o torne desejoso pela sua volta.

Jesus está vindo para salvar aqueles que “o aguardam”. Então, como você se prepara? Como experimenta o perdão de Deus em Cristo e apronta-se para encontrá-lo? Ao confiar nele de uma maneira que o faça desejoso pela sua vinda.

Essa expectativa ardente por Cristo é simplesmente um sinal de que o amamos e cremos nele de forma autêntica.

Há uma fé falsa que somente quer escapar do inferno, mas não tem desejo por Cristo. Essa fé não salva e não produz uma expectativa ardente para que Cristo venha. Ela preferiria que Cristo não viesse pelo maior tempo possível para que pudesse ter o máximo possível deste mundo.

Porém, a fé que realmente se apossa de Cristo como tesouro, esperança e alegria é a fé que nos faz desejar que Cristo venha, e essa é a fé que salva.

Assim, eu lhe rogo, converta-se do mundo e do pecado para Cristo. Tome-o não apenas como sua apólice de seguro contra o fogo, mas como seu ansiosamente aguardado noivo, amigo e Senhor.

Devocional extraído de “What Christ Will Do at the Second Coming” [O que Cristo Fará em Sua Segunda Vinda]

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do dia: “Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião.” (Apocalipse 14.1)

O apóstolo João teve o privilégio de olhar no interior das portas do céu. Ao descrever o que ele viu, começou com estas palavras: “Olhei, e eis o Cordeiro”. Isto nos ensina que o principal objeto de contemplação no estado celestial é o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29). Nada mais atraiu a atenção do apóstolo, tanto como a pessoa daquele Ser divino, que nos redimiu por intermédio de seu sangue. Ele é o tema das canções dos espíritos glorificados e dos anjos santos. Crente, aqui está a alegria para sua vida; você olhou e viu o Cordeiro. Através de lágrimas, seus olhos viram o Cordeiro de Deus levando seus pecados. Alegre-se, então. Em breve, quando as lágrimas tiverem sido removidas de seus olhos, você contemplará o mesmo Cordeiro exaltado em seu trono.

A alegria de nosso coração consiste em manter comunhão diária com o Senhor Jesus. No céu, você terá este mesmo gozo, em nível mais elevado. Desfrutará da presença constante do Senhor Jesus. Habitará com Ele para sempre. “Olhei, e eis o Cordeiro!” Ora, esse Cordeiro é o próprio céu. Conforme disse Rutherford: “Cristo e o céu são a mesma coisa”. Estar com Cristo é o mesmo que estar no céu; estar no céu é o mesmo que estar com Cristo. Aquele prisioneiro do Senhor escreveu com muita doçura, em uma de suas maravilhosas cartas: “Ó meu Senhor Jesus Cristo, se eu pudesse estar no céu, sem que Tu estivesses ali, isso seria um inferno. E se seu pudesse estar no inferno, e Tu estivesses ali, isso seria um céu para mim, pois Tu és o céu que eu desejo”. Sim, é verdade, querido irmão; e a sua alma não diz o mesmo?

Nem todas as harpas do céu Podem um paraíso fazer,

Se Deus retirar sua presença, Ou sua face esconder.

Tudo o que você necessita para ser abençoado é “estar com Cristo” (ver Filipenses 1.23).