Semeando o Evangelho

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Semear a Verdade e o Amor de Deus

sábado, 30 de setembro de 2017

URGENTE! Nossos Filhos Correm Perigo! - Paulo Junior & Guilherme Shelb


REFORMA TRABALHISTA: QUAIS SÃO AS ATITUDES CRISTÃS?

Por Maurício Montagnero

QUAL É A DIFICULDADE?

Vivemos uma discussão calorosa nesses últimos dias acerca da reforma trabalhista, especialmente sobre o ponto em que dá autonomia para o empregado e o empregador realizarem o acordo entre si, não dependendo plenamente mais da intermediação legislativa e, muito menos, sindical.

Contudo, há a preocupação da classe trabalhadora, dos empregados, acerca do tratamento que receberão ou da dependência que ficaram de seus empregadores. Do outro lado há aqueles que acreditem que os empregados e empregadores se verão mais próximos e não como inimigos conforme, talvez, a lei e o sindicato façam que sejam.

Diante de tal discussão me lembrei de uma exposição bíblica que certa vez realizei na igreja a qual sou pastor (Batista da Liberdade em Descalvado), vendo em tal mais uma vez a contextualização das Escrituras para os dias atuais e, como a fé cristã pode se convergir/responder tal assunto que se encontra em pauta nesses últimos dias.

Antes de entrarmos na exposição bíblica em si deixo destacado que se de fato as pessoas seguissem tais atitudes que serão vistas, de fato não haveria necessidade de leis e sindicatos…

EXPOSIÇÃO (CL 3.22 – 4.1)

TEMA: CONVÍVIO TRABALHISTA HARMONIOSO.

TEXTO COMPLEMENTARES: Lv 25.39 – 42; Dt 15.12 – 15; 23.15 – 16; Jr 22.13; Ef 6.5 – 9; Fm 1 – 25.

OBJETIVOS:

– Entender como deve ser a relação entre o empregado e o empregador.

– Motivar-se em ser alguém coerente com a fé cristã na sua função trabalhista.

– Empenhar-se em ser um verdadeiro cristão em seu ambiente profissional.

MENSAGEM:

“Servos, obedeçam em tudo a seus senhores terrenos, não somente para agradá-los quando eles estão observando, mas com sinceridade de coração, pelo fato de vocês temerem o Senhor. Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo. Quem cometer injustiça receberá de volta injustiça, e não haverá exceção para ninguém. Senhores, dêem aos seus servos  o que é justo e direito, sabendo que vocês também têm um Senhor nos céus”.

Neste texto Paulo instrui aos colossenses como deve ser a relação entre os escravos e os senhores. Destacando isso vemos uma letra muito interessante, objeto de reflexão, na parte de uma música de Tião Carreiro que leva o nome de Patrão e Empregado:

“Eu estava sem assunto à lei divina mandou, passei a mão na viola o meu e ela me ajudou, pra falar de duas classes que a tempo Deus criou. Empregado e patrão ainda ninguém falou. Empregado é abençoado patrão Deus abençoou. Empregado e patrão duas linhas paralelas para defender os dois eu estou de sentinela. No futebol do trabalho os dois juntos faz tabela, constrói a grande vitória que o país precisa dela. Pátria precisa dos dois e os dois lutam por ela. Empregado quando é bom o patrão é companheiro, empregado dá suor e o patrão dá o dinheiro”.

Diante disso afirmamos que é necessário haver as atitudes corretas para um convívio trabalhista harmonioso. Mas quais seriam? As veremos no texto bíblico para cada membro do trabalho:

1. Empregados: Temor e Sinceridade (3.22 – 25): Os servos são orientados a obedecerem, isto é, sentido de ouvir e responder no original grego. A obediência não é só escutar, entrar por um ouvido e sair pelo outro, mas, também é estar disposto a responder conforme o que fora solicitado, uma vez que não quebre princípios morais e não traga prejuízos existências. Uma atitude dessas é de real temor, uma atitude de respeito que cumpra com amor que o patrão solicita que consequentemente conquistará cada vez mais a atenção e a boa disposição dele.

Essa obediência deve ser feita com sinceridade (inteireza no coração), e não só para agradá-los, todavia, por temor a Deus, lembrando que é primeiramente feito para a glória dEle e dEle  receberão a recompensa, pois é a Cristo que servem. Aqui vale notar o que Max Weber desenvolve como tese em seu livro Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, em que os protestantes trabalhavam como se fosse para o Senhor, para a glória de Deus! É isso que fará a diferença em você para se tornar um excelente funcionário. Lembre-se sempre desta palavra: Coram Deo: Viver na presença/diante da face de Deus!

Certa vez um fazedor de cadeira, que era cristão, foi identificado pelo seu serviço e comparado com outro que não. Qual era diferença entre ambos? O acabamento da parte debaixo do assento. O que não era cristão não fazia com a mesma perfeição e detalhes do que a cadeira inteira, pois a maioria das pessoas não examina tal parte para comprar. Mas o que era cristão fazia com o mesmo detalhe e perfeição, pois assim realizava para glorificar a Deus, pois ele vivia diante de Sua presença/face.

Encerrando essa parte, o texto diz que aquele que cometer injustiça receberá a mesma, sem exceção, de Deus!

2. Chefes: Justiça e Equidade (4.1): Aos senhores a recomendação é de serem justos, no original se encontra no caso dativo que traz a ideia de ação que deve ser desenvolvida, aprimorada e buscada. Além disso, também devem ser direitos, essa palavra vem de um sentido de regras de distribuição dos despojos da guerra, e essa também é uma ação que deve ser desenvolvida, aprimorada e buscada (caso dativo). E qual é o motivo disso? O motivo é por saber que há um Senhor nos céus!

Esse Senhor sempre demonstrou sua preocupação e sua providência na vida de todos, inclusive dos trabalhadores. Vemos no Antigo Testamento leis que os favoreciam (Lv 25.39 – 42; Dt 15.12 – 15; 23.15 – 16; Jr 22.13; dentre outros textos). Assim o proceder do empregador/patrão deve ser semelhante ao do Senhor, com preocupação e providência, justiça e equidade aos seus subordinados.

Empregadores lembrem-se que o período da escravidão passou! A Lei Áurea foi assinada! Não sejam como os senhores dos escravos do antigo Brasil! Sejam semelhantes ao Senhor, nosso Deus que está nos céus!

CONCLUSÃO:

Essa instrução aqui vista também é colocada em Ef 6.5 – 9:

“Escravos, obedeçam a seus senhores terrenos com respeito e temor, com sinceridade de coração, como a Cristo. Obedeçam-lhes, não apenas para agradá-los quando eles os observam, mas como escravos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus. Sirvam aos seus senhores de boa vontade, como servindo ao Senhor, e não aos homens, porque vocês sabem que o Senhor recompensará cada um pelo bem que praticar, seja escravo, seja livre. Vocês, senhores, tratem seus escravos da mesma forma. Não os ameacem, uma vez que vocês sabem que o Senhor deles e de vocês está nos céus, e ele não faz diferença entre as pessoas”.

Ainda foi ditada pela experiência de Filemon, cristão de Colossos, com seu servo fugido, Onésimo. Recomendo a leitura.

Mas ultimando essa reflexão vale a pena nota que o texto exposto está em uma sessão prática do livro de colossenses (cap. 3 e 4), onde fala da união com Cristo como fundamento do viver cristão (3.1 – 4.6). O livro de colossenses busca centralizar Cristo! Portanto, em nosso viver profissional, seja de empregador ou empregado, busquemos mostrar nossa vida unida com Cristo. Tê-Lo como centro de nossas vidas, de tal maneira, que as pessoas O veja, também, em nosso ambiente de trabalho. Ore sobre isso e para isso acontecer em sua vida, seja de patrão ou de funcionário!

“Não há um único centímetro quadrado, em todos os domínios de nossa existência, sobre os quais Cristo, que é soberano sobre tudo, não clame: ‘É meu!’” – Abraham Kuyper

OS PROBLEMAS DOS JUSTOS

“Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra
de todas.” (Salmo 34.19)

As pessoas, sejam boas ou más, conhecem tristezas e encontram aflições, pois todas nos vêm como ondas deste mundo problemático. Mas o servo de Deus, embora seja atirado para lá e para cá pela tempestade de problemas, tem uma boia salva-vida para apegar-se, que é a fé em Deus, e assim ele mantém sua cabeça acima da água.
O homem sem Deus não tem nada, mas sua própria força para nela confiar, e assim as ondas de tristeza em breve passarão por cima de sua alma.

O texto nos diz duas coisas, uma amarga e outra doce. “Muitas são as aflições do justo”, essa é a verdade amarga. Sabemos disto muito bem. Aqueles de nós que têm tentado se manter perto de Deus, que têm amado o caminho dos seus mandamentos, que têm feito da sua igreja a casa deles, quantas tribulações temos conhecido, quantas lágrimas amargas temos derramado, em quantas boas esperanças temos sido desapontados, os agradáveis sonhos que tivemos dissipados, em quantos leitos de dor temos nos ajoelhado, e sobre quantas sepulturas nos temos entristecido.

Alguns de nós têm tentado provar a si mesmos que são soldados e servos de Cristo, e têm sido como aqueles que têm a cruz sobre a si, e que são gravemente feridos na batalha, com seus pés feridos e estando muito cansados da jornada da vida. E então? Aquelas cicatrizes, as tribulações, são marcas honrosas, elas mostram que têm se apresentado para a batalha, não se escondendo como covardes, elas mostram que temos que escalar a estrada íngreme e acidentada que conduz à vida eterna, não dormindo na cama macia do preguiçoso. Estão os seus membros cansados, meu irmão? Isso prova que você tem atravessado o rio da tribulação, e não foi tragado pelas corredeiras até a morte.

Esta vida é o nosso tempo de treinamento, onde aprendemos a suportar as dificuldades como bons soldados de Jesus Cristo. Que esplêndido cavalo, com seus músculos de ferro e membros flexíveis, é aquele que pode vencer a corrida contra o mais rápido,
e suportar a fadiga com o mais forte, e como é que ele se tornou
o que é? Ao ser bem exercitado quando era um potro, por treinamento cuidadoso. Assim, se dá conosco. Precisamos ser treinados para o serviço de Deus, é preciso passar por um duro e áspero tempo antes de nos tornarmos bons soldados de Cristo.
“Muitas são as aflições do justo”. É verdade do Único que é Justo, nosso Senhor Jesus Cristo. Da rude manjedoura de Belém à Cruz amarga do Calvário quantas foram as tribulações daquele que é Justo? Quantas tristezas, decepção e dor carregaram aqueles breves trinta e três anos?

Com fome e sede, sem abrigo, sem ter onde reclinar a sua cabeça, tentado pelo diabo, desprezado e rejeitado pelos homens, incompreendido e mal interpretado, almejando o amor para todas as pessoas e encontrando apenas ódio, chorando por um mundo, que ria e zombava dele, um Rei cuja única coroa foi a de espinhos, e único trono foi uma cruz, traspassado, ferido, morto por causa de um povo ingrato, muitas e grandes eram de fato as aflições do Justo. Como alguém disse: “Cada membro da tua carne santa suportou ignomínia por nossa causa. Tua cabeça com espinhos, a tua face cuspida e esbofeteada, na tua boca o fel misturado com vinagre, nos teus ouvidos as blasfêmias dos ímpios, nas tuas costas os flagelos, todo o teu corpo estava estendido na cruz, tuas mãos e pés suportaram os cravos, e no teu lado a perfuração da lança.”

Certamente o Senhor é longânimo, cheio de bondade e verdade. Como Ele sofreu pelos pecados de todos os homens, por isso ele sofreu em todas as partes, tanto na mente quanto no corpo. Aqui está o fato amargo, muitas são as aflições do justo. Mas aí vem a doce garantia: “O Senhor o livra de todas elas.” Jesus sofreu e foi sepultado, mas ao terceiro dia ressuscitou. Ele passou pelo vale da sombra da morte, e clamou: “Meu Deus, Meu Deus, por que me desamparaste?” Mas agora ele subiu às alturas, os portões eternos foram levantados, e Ele está assentado à destra de Deus Pai, à espera que seus inimigos sejam feitos escabelo de seus pés.
Assim meus amados, tomemos por exemplo a paciência do nosso Senhor em seus muitos e grandes sofrimentos, para que sejamos encontrados naquela paz que ele nos deixou por legado em todas as circunstâncias pelas quais passemos.

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

QUINZE ESTRATEGIAS PARA A ALEGRIA

Versículo do dia: Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente. (Salmo 16.11)

Nessa vida de pecado e dor, a alegria é resultado de um combate. Exatamente como a fé. E Paulo diz a Timóteo: “Combate o bom combate da fé” (1 Timóteo 6.12). Assim é com a alegria. Devemos nos esforçar e lutar por ela. Paulo disse aos Coríntios: “Somos cooperadores de vossa alegria” (2 Coríntios 1.24).

Então, como lutaremos pela alegria? Aqui estão 15 diretrizes:

Compreenda que a verdadeira alegria em Deus é um dom.
Compreenda que se deve lutar incansavelmente pela alegria.
Resolva atacar todo o pecado conhecido em sua vida.
Aprenda o segredo da culpa corajosa: lute como um pecador justificado.
Perceba que a batalha é principalmente uma luta para ver Deus pelo que ele é.
Medite na Palavra de Deus de dia e de noite.
Ore fervorosa e continuamente por olhos do coração abertos e por uma inclinação para Deus.
Aprenda a pregar a si mesmo ao invés de ouvir a si mesmo.
Passe tempo com pessoas saturadas de Deus que o ajudem a ver a Deus e combater o combate.
Seja paciente na noite da aparente ausência de Deus.
Tenha descanso, exercício e dieta adequados ao que seu corpo foi projetado por Deus para ter.
Faça um uso adequado da revelação de Deus na natureza — um passeio entre as árvores.
Leia grandes livros sobre Deus e biografias de santos eminentes.
Faça o que é difícil e amoroso pelo bem de outros (testemunho verbal e ações de misericórdia).
Tenha uma visão global pela causa de Cristo e entregue-se pelos não alcançados.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do Dia: “Todos os filhos de Israel murmuraram.” (Números 14.2)

Em nossos dias, há murmuradores entre os crentes, assim como houve no arraial de Israel. Existem aqueles que, ao sobrevir-lhes a vara, clamam contra a circunstância disciplinadora. Eles perguntam: “Por que estou sendo afligido? O que eu fiz para ser disciplinado deste modo?” Gostaria de transmitir algumas palavras àquele que murmura. Por que você murmura contra as dispensações de seu Pai celestial? Ele pode tratá-lo de maneira mais severa do que você merece? Considere o quão rebelde você era, mas Ele o perdoou! Com certeza, se Deus, em sua sabedoria, acha conveniente discipliná-lo agora, você não deveria murmurar. Além do mais, você está sendo castigado tão severamente quanto merece, por causa de seus pecados? Considere a corrupção que há em seu coração, e então, ainda se espantará por ser preciso tantas chicotadas para removê-la? Pese a si mesmo e considere quanta escória está misturada com seu ouro. Você acha que o fogo está quente demais para remover toda a escória que você tem? O seu espírito orgulhoso e rebelde não comprova que seu coração não está completamente purificado? As suas palavras de murmuração são contrárias à natureza submissa e santa do filho de Deus.

A correção é necessária. Mas, se você murmura contra a disciplina, tenha cuidado, pois haverá severidade para os murmuradores. Deus sempre castiga seus filhos duas vezes, se eles não suportam a primeira disciplina com paciência. Todavia, esteja certo de uma coisa: Deus “não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens” (Lamentações 3.33). Todas as correções divinas são enviadas em amor, a fim de purificá-lo e trazê-lo para mais perto dele mesmo. Se você for capaz de reconhecer a mão de seu Pai, certamente lhe será proveitoso suportar a disciplina. “Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos)” (Hebreus 12.6-7). “Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador” (1 Coríntios 10.10).

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

A diferença entre um coração TRANSFORMADO... (Série Viagens de Paulo) - Parte 18 - Comunidade Cristã de Londrina


ISRAEL: UMA NAÇÃO RENDIDA AO PECADO

Por Silas Alves Figueira

Texto base: Oseias 4.1-3

INTRODUÇÃO

Oseias é o primeiro livro conhecido como “Profetas Menores”; não que sua mensagem fosse inferior a dos outros profetas, mas que era menor no volume do que foi escrito. Embora o livro de Oseias seja o de maior volume.

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Pouco se sabe a respeito da vida desse profeta. A única coisa que se fala a respeito de sua genealogia é que ele era filho de Beeri (Os 1.1). Oseias profetizou nos dias de Uzias (790 a 739 a.C), Jotão (750 a 731 a.C.), Acaz (735 a 715 a.C) e Ezequias (729 a 686 a.C), todos reis de Judá, e no reinado de Jeroboão II, rei de Israel (793 a 753 a.C). Seu ministério público, assim, cobriu o espaço mínimo de 755 a 715 a.C., em torno de 40 anos. Isso torna Oseias contemporâneo de Isaías (739 a 680 a.C.) e possivelmente de também de Amós (765 a 755 a.C.) e Miquéias (735 a 700 a.C.) [1].

Oseias era terno, sensível e misericordioso, um tanto parecido com Jeremias (aliás, ele é conhecido como o profeta Jeremias do Reino Norte), pois não era tão agressivo como outros profetas a exemplo de Elias. Sua abordagem à mensagem profética que tinha de entregar baseava-se em sua relação de esposo. Isso representava o fato de que o Senhor havia sido ofendido por sua esposa infiel, a nação de Israel. A fim de que essa mensagem fosse sentida e entregue com eficácia, era mister que Oseias passasse por uma situação real de traição sofrida. E, para que isso acontecesse realmente, como é óbvio, ele teria de manter profundo amor por sua esposa. Somente então ele poderia sentir a ferroada da infidelidade, compreendendo, metaforicamente, a ofensa de Israel contra o Senhor, em sua infidelidade, que consistia na idolatria e corrupção moral [2].

O amor de Oseias por sua esposa era uma representação do amor do Senhor pela nação de Israel, que apesar de ser adúltera, o Senhor a amava e queria se reconciliar com ela. Oseias demonstrou a misericórdia de Deus ao povo de Israel ao perdoar Gômer e restaurá-la como esposa (Os 1.2,3; 3.1-3).

Quando o Senhor começou a falar por meio de Oséias, o Senhor lhe disse: “Vá, tome uma mulher adúltera e filhos da infidelidade, porque a nação é culpada do mais vergonhoso adultério por afastar-se do Senhor”. Por isso ele se casou com Gômer, filha de Diblaim; ela engravidou e lhe deu um filho. O Senhor me disse: “Vá, trate novamente com amor sua mulher, apesar de ela ser amada por outro e ser adúltera. Ame-a como o Senhor ama os israelitas, apesar de eles se voltarem para outros deuses e de amarem os bolos sagrados de uvas passas”. Por isso eu a comprei por cento e oitenta gramas de prata e um barril e meio de cevada. E eu lhe disse: Você viverá comigo por muitos dias; você não será mais prostituta nem será de nenhum outro homem, e eu viverei com você (NVI).

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A profecia de Oseias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniquidade persistentes, antes que Ele entregasse a nação ao pleno juízo. O Senhor havia enviado antes Elias e depois Eliseu para admoestar a nação, mas foi em vão. Oseias, cujo nome significa “salvação”, era mais uma vez a voz de Deus ao povo de Israel; embora o povo não tivesse nenhum interesse em ouvir a mensagem que lhes era dirigida. Israel estava andando na sua “liberdade”; mas essa liberdade a levou para longe de Deus e de Sua Palavra. Essa liberdade se transformou em libertinagem.

Não é de mais liberdade que precisamos hoje, e sim, de mais lealdade. Não entregue a Deus planos feitos para que Ele os abençoe. Não faça os seus planos para depois buscar a aprovação divina. Deixe que Ele faça os planos. Loucamente, Israel tinha tomado as suas próprias decisões. Eles tinham se endurecido. Deus não fará coisa alguma com um espírito rebelde e desobediente [3].

Esse quadro da situação de Israel narrada em Oseias é uma representação legítima de nossos dias. A igreja atual, assim como a nossa nação, está totalmente longe do Senhor. Poucos são os que verdadeiramente se importam com a Palavra de Deus e procuram andar em santidade de vida. A corrupção toma conta dos nossos noticiários todos os dias. Não se fala em outra coisa. Parece um buraco sem fundo. E isso não ocorre somente nas instâncias superiores, isso ocorre todos os dias entre o povo e, infelizmente, dentro de muitas nossas igrejas também; principalmente dentro de convenções onde a politicagem prevalece em lugar do verdadeiro espírito de temor e tremor. Olhe para sua convenção e você verá isso. E isso reflete muitas vezes o que há dentro da igreja.

VAMOS ANALISAR O TEXTO DE OSEIAS PARA VERMOS MELHOR ESSE QUADRO EM OSEIAS 4.1-3.

Oseias descreve Israel como uma nação que tinha entrado em um colapso moral. Não havia em Israel nem verdade, nem misericórdia e muito menos conhecimento de Deus. Pelo contrário, mentir, matar e roubar era os verbos do dia. É significativo que as preocupações do profeta não eram econômicas nem políticas. Ele queria que compreendêssemos que o fracasso moral é a fonte primária do colapso de uma nação [4]. As relações do homem para com Deus são, sempre, o princípio orientador se seu comportamento para com seus semelhantes; a ética sempre repousa na teologia [5].

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1º – Antes de revelar o pecado da nação o Senhor se apresenta (Os 4.1). O profeta Oseias não falava de si mesmo, mas ele era o instrumento de Deus levantado para aquela geração. Ele era boca de Deus, instrumento dEle para corrigir o Seu povo.

Hoje, muitos profetas têm se levantado em nossas igrejas. Esses são conhecidos como apologetas – Aquele que tem por fim defender a verdade cristã. E esses apologetas são, na maioria das vezes, mal vistos e até mal interpretados, pois tais pessoas denunciam o pecado e o desvio doutrinário dentro das igrejas. Isso ocorre porque muitos pastores, ou fazem vista grossa ao pecado, ou pecam deliberadamente contra o Senhor e Sua Palavra. Destorcem a Palavra de Deus para se beneficiar e manter a igreja cheia de pessoas vazias. Muitas dessas pessoas têm o nome escrito no rol de membros da igreja, mas não tem o nome escrito no Livro da Vida.

E, infelizmente, a nação, é o reflexo da igreja institucionalizada. Olhe para dentro de muitas igrejas hoje e você verá isso. Olhe para o testemunho de muitos crentes e você verá que isso é uma grande verdade. Crentes que vivem à margem da verdade da Palavra de Deus. Crentes que são fiéis aos seus líderes, mas desconhecem ao Senhor.

E qual é o resultado disso? Vejamos o que prevalecia:

2º – Assim como Israel havia abandonado a verdade, a igreja a tem abandonado também (Os 4.1,2). Israel havia abandonado a verdade. A verdade é a honestidade habitual ou confiabilidade, o primeiro ingrediente que exigimos em qualquer negócio, mesmo impessoal, que realizamos com o nosso próximo [5]. Observe o versículo dois: “O que só prevalece é perjurar, mentir…”.

Perjúrio – Juramento falso ou violação de juramento. É maldizer os outros, enquanto mentiré violar os direitos pessoais e legais dos outros, especialmente quando envolve falso testemunho em decisões legais, transações financeiras ou votos religiosos [7].

A verdade tem sido abandonada na vida e nos lábios de muitos “homens e mulheres de Deus”, isso sim é que é triste. Muitas vezes vemos mais fidelidade e compromisso na vida de gente ímpia do que dentro de nossos arraiais.

A Bíblia sempre nos orienta a usarmos da verdade, ainda que soframos por isso. Veja o que ela nos fala:

“Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros” (Ef 4.25).

“Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos”(Cl 3.9).

“Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?… o que jura com dano próprio e não se retrata” (Sl 15.1;4).

Onde impera a mentira Satanás é que tem reinado, pois o diabo é o pai da mentira. Ele mente desde o princípio, como disse Jesus (Jo 8.44).

3º – Assim como em Israel, a igreja tem abandonado o amor (Os 4.1,2). Quando as pessoas rejeitam a aliança de Deus começam a explorar umas às outras, pois os dez mandamentos tratam de nosso relacionamento com nosso próximo bem como com Deus. Se amarmos ao Senhor, então amaremos a nosso próximo (Mt 22.34-40; Rm 13.8-10). No entanto, não havia misericórdia na terra, nenhum amor ao próximo, nenhuma compaixão pelos pobres e necessitados. As pessoas eram desleais a Deus e cruéis uma com as outras [8].

Observe o verso 2: “O que só prevalece é […] matar […], e homicídios sobre homicídios”.

A falta de amor leva o homem à destruição de seu semelhante. Veja que o texto nos diz que em Israel a vida humana era descartável. Matar e homicídios sobre homicídios, com isso eles estavam quebrando o sexto mandamento: “Não matarás” (Êx 20.6). O crime e a violência sem controle barbarizavam a sociedade israelita. As pessoas viviam sobressaltadas e neurotizadas por essa onda de violência [9].

Aliás, estava sendo quebrado o sexto, o oitavo e o sétimo mandamento nessa ordem. Com isso vemos que onde não prevalece a Palavra de Deus e fidelidade a Sua aliança, o que predomina é a lei do mais forte. A lei do diabo que veio para matar, roubar de destruir.

No entanto, dentro de nossas igrejas não tem sido diferente. Onde não prevalece a graça do Senhor, prevalece a vontade do homem. E, geralmente, essa vontade é totalmente distorcida da vontade de Deus.

Dentro de nossos arraiais prevalece, muitas vezes, a desunião. A falta de amor. Há homicídios, pois a Bíblia nos fala que quem odeia a seu irmão é assassino (1Jo 3.15).

Pessoas que vivem em pé de guerra com seu próximo, deixando de por em prática a Palavra de Deus que nos diz que devemos perdoar os nossos ofensores. De que no que depender de nós devemos viver em paz com todos os homens.

Mas quantas pessoas preferem deixar a comunhão com os irmãos porque tem alguma birra com outro irmão. Gente que só vê defeito nos outros, mas não consegue ver os seus.

O espelho não serve para vermos como estamos bem, mas para vermos as nossas imperfeições e nos acertarmos. Para isso que serve o espelho.

4º – Assim como em Israel a igreja tem sido desonesta e opressora (Os 4.2; 7.1). Veja o que nos diz o texto de Oseias sobre isso: “O que prevalece é […] furtar […], e há arrombamentos”.

A quebra da aliança levou o povo de Israel a desprezar a lei e a ordem. O que prevalecia era a lei do mais forte como já falamos. A falta de amor gerou a falta de respeito para com a propriedade privada. Era um abismo chamando outro abismo.

O que o homem planta colhe. Se não houver arrependimento as consequências do pecado serão desastrosas. No ano 722 a.C. o rei da Assíria invadiu Israel e a levou cativa:

Porque o rei da Assíria passou por toda a terra, subiu a Samaria e a sitiou por três anos. No ano nono de Oséias, o rei da Assíria tomou a Samaria e transportou a Israel para a Assíria; e os fez habitar em Hala, junto a Habor e ao rio Gozã, e nas cidades dos medos. Tal sucedeu porque os filhos de Israel pecaram contra o SENHOR, seu Deus, que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; e temeram a outros deuses. Andaram nos estatutos das nações que o SENHOR lançara de diante dos filhos de Israel e nos costumes estabelecidos pelos reis de Israel. Os filhos de Israel fizeram contra o SENHOR, seu Deus, o que não era reto; edificaram para si altos em todas as suas cidades, desde as atalaias dos vigias até à cidade fortificada. Levantaram para si colunas e postes-ídolos, em todos os altos outeiros e debaixo de todas as árvores frondosas. Queimaram ali incenso em todos os altos, como as nações que o SENHOR expulsara de diante deles; cometeram ações perversas para provocarem o SENHOR à ira e serviram os ídolos, dos quais o SENHOR lhes tinha dito: Não fareis estas coisas (2Rs 17.5-12).

Eles que estavam furtando e arrombando, agora eram eles que estavam sendo invadidos e sendo saqueados pelo inimigo.

Tudo isso nos serve se aviso para olharmos para a história e revermos as nossas atitudes. A igreja hoje tem entrado em muitas casas, e em nome de Deus, tem furtado e arrombado a fé, a esperança e levado o dinheiro de muitas pessoas que acreditam em suas falsas promessas.

Eu sei que muitas dessas pessoas são tão culpadas como seus opressores, pois são gananciosas e gulosas como esses líderes. Mas há muita gente inocente nesse meio. Há pessoas que com uma fé pura tem sido tripudiadas e roubadas de seus poucos benefícios diante de falsas promessas de cura, de libertação, de restauração familiar. Tais líderes são indesculpáveis e sofrerão consequências de seus atos. Não pense que isso ficará sem julgamento. O Senhor há de se levantar em breve e julgará esses lobos devoradores e serão condenados.

 5º – assim como em Israel a igreja está envolvida na quebra da aliança do casamento (Os 4.2,11). O que prevalece […] adulterar. O adultério é a quebra da aliança no casamento. E esse adultério era duplo, eles adulteravam indo atrás de outros deuses, assim como adulteravam traindo os seus cônjuges.

Foi isso que ocorreu com Oseias quando se casou com Gômer que vivia o traindo e ele sempre a buscava de volta para casa. Assim o Senhor estava mais uma vez tentando despertar a consciência do seu povo revelando os seus pecados. Com isso, tentando fazê-los cair em si e se arrependerem de seus atos.

A Bíblia é clara quando nos diz que o Senhor abomina o divórcio (Ml 2.14-16). Mas alguns líderes não têm autoridade para falar sobre isso, pois não prevaleceram em seus relacionamentos conjugais. Eu conheço um que já está no terceiro casamento. Mas continua na mesma igreja. Outros não se separam, mas apoiam os que estão agindo assim.

Meus irmãos, quando ligamos a TV e olhamos certos líderes midiáticos ficamos escandalizados com tanta adulteração também da Palavra. São pessoas que não permanecem firmes na aliança com o Senhor. Eles, com a cara mais deslavada, deturpam o que o Senhor falou para se beneficiarem. Vivem de seus adultérios e acham que estão certos em seus atos.

Estamos vivendo um evangelho sincrético onde o que prevalece é o sal grosso, o galho de arruda, é a venda de objetos consagrados… São cenas das mais grotescas. Coisas que ocorrem em algumas igrejas tem uma enorme semelhança com os cultos afros.

Isso sem contar a imoralidade de muitos que sobem nos altares de muitas igrejas para cantar, pregar, testemunhar. Gente que vive na imoralidade fora da igreja. Escândalo atrás de escândalo. Algum tempo atrás um pastor abandonou a esposa e fugiu com madrasta. Não demorou muito tempo e ele já estava com uma igreja montada e havia mais de mil membros. Onde iremos parar?

6º – Assim como em Israel a igreja tem abandonado o conhecimento de Deus (Os 4.1;6 ). O conhecimento experimental de Deus, em um andar diário e espiritual com o Senhor, tinha cedido lugar ao aprendizado dos caminhos dos deuses como Baal. O conhecimento vinha da Lei, pois era ali que o Senhor revelava a Sua vontade [10]. No entanto a população havia deixado essa observância e seguia outros deuses e seus ensinamentos.

O pecado fundamental era a ignorância; não havia conhecimento de Deus na terra. “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento” (Os 4.6). Isso significa muito mais que informação sobre Deus; refere-se ao conhecimento pessoal do Senhor. A palavra hebraica descreve a relação íntima do marido com a mulher (Gn 4.1; 19.8). Conhecer a Deus é ter um relacionamento pessoal com Ele pela fé em Jesus Cristo (Jo 17.3) [11].

Conhecer é mais do que conhecer algo sobre Ele, ou até mesmo ter alguma experiência espiritual. Conhecer envolve relacionamento. Intimidade. Proximidade. É mais do que ouvir falar. Porque que tantos filhos de crentes se desviam quando vão para a faculdade? É porque muitos conhecem o Deus de seus pais, mas não tiveram uma experiência pessoal com Ele. Conhecem de ouvir, mas não de se relacionar. Vivem das experiências dos pais, mas não tiveram as suas próprias experiências com o Senhor.

Outra coisa, uma boa teologia nos leva a conhecer melhor ao nosso Deus. Uma teologia firmada em experiências sobrenaturais nem sempre nos levará a um conhecimento profundo do Senhor. Jesus falando com os saduceus lhes disse que eles erravam por desconhecerem as Escrituras e o poder de Deus (Mt 22.29).

Há hoje em dia um grande analfabetismo bíblico em nossas igrejas, e o pior, atrás dos púlpitos. Líderes que não estudam a Bíblia. Alguns até fizeram algum seminário, mas a maioria nem perto passaram e se passaram, não concluíram os estudos. Gente preguiçosa. E ainda dizem que a letra mata. Mata realmente. Mata o conhecimento sério do que se está sendo falado. Crentes que vivem de revelação sem parâmetro teológico. Gente que vive de emocionalismo piegas. Gente que quer sentir, mas não quer conhecer.

O resultado está espalhado por aí. Igrejas cheias atraídas pelo show gospel, pelo pop star, mas com a mente vazia do conhecimento de Deus.

7º – Assim como em Israel a igreja tem deixado uma marca desastrosa na sociedade (Os 4.3). Não há sociedade humana que possa prevalecer onde estão ausentes a verdade, o amor e o conhecimento de Deus. Esses são os fundamentos da piedade e da moralidade. Esses são os alicerces da família, da igreja e da sociedade [12].

A força do pecado é destruidora. As pessoas não se dão conta disso. Até o ecossistema sofre diante do pecado (Rm 8.22). Observe quantas calamidades ocorreram no passado devido ao pecado do povo (2Cr 7.13,14). Isso era e é até hoje as consequências do pecado; Deus não mudou. A nossa realidade não é diferente. Estamos destruindo a casa onde moramos. E as consequências estão sendo desastrosas.

A igreja que deveria ser a guardiã da sã doutrina a está abandonando. Esta deveria vivê-la testemunhando diante da sociedade, no entanto, está tão manchada que mal se consegue distinguir o que é uma igreja e o que é uma boate. O que é uma igreja ou que é um botequim. Se é uma igreja ou um culto afro. Isso sem contar a sensualidade com que se veste muitas moças.

A igreja perdeu o parâmetro do que é certo e do que é errado. Do que é conveniente e do que não é conveniente. A igreja se mundanizou.

A igreja hoje está igual a história do homem que tinha um comércio. Mas o movimento estava fraco; então ele teve uma brilhante ideia. Ele passou a comprar frango por um valor e passou a vendê-lo por um valor inferior. Quando ele foi questionado a respeito do que estava fazendo e que ele estava levando prejuízo, ele disse:

– E o movimento! Vocês viram como aumentou o movimento?

Essa é a questão. Estão barateando a graça de Deus em prol do movimento.

CONCLUSÃO

Nesses poucos versículos do capítulo quatro de Oseias tantas coisas nós vemos que nos mostram as consequências de uma vida longe de Deus; de uma nação que quebrou a aliança com o Senhor. Mas isso é um retrato para nós hoje também. Devemos, como igreja, reavaliar a nossa vida para não sermos julgados com o mundo.

Torno a afirmar, o que tem ocorrido hoje no mundo e porque não dizer, em nosso país, a culpa é da igreja que está totalmente corrompida com o pecado. Eu sei que existe um remanescente fiel ainda hoje; e é por causa desse remanescente fiel que o Senhor ainda não agiu com mais vigor em nossa terra. Eu creio que o Senhor tem ouvido a oração desse pequeno rebanho que clama a Ele dia e noite.

Meu irmão e minha irmã, não se deixe levar pelo pecado, mas busque ao Senhor e tenha sempre as suas vestes sempre alvas e que nunca falte óleo sobre a sua cabeça (Ec 9.8).

OLHE PARA O ALTO

“Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima.” (Lucas 21:28)

O Senhor está voltando, e aqui embaixo continuaremos tendo:

novas fadigas,
novas provações,
novas tentações,
novos problemas.

Em qualquer estado, em qualquer lugar, em qualquer condição que possa nos trazer cada novo ano – vamos buscar a graça de seguir o conselho amoroso de nosso Senhor, e “olhar para o alto!”

Não olhe para trás – como a esposa de Ló fez.

Não olhe para o seu interior – como muitos fazem.

Não olhe ao redor – como fez Davi.

Mas “olhe para cima!” Olhe para Deus – Ele é seu Pai, seu amigo, seu Salvador. Ele pode ajudá-lo. Ele irá ajudá-lo. Ele diz: ” Olhai para Mim, e sede salvos – porque eu sou Deus.”

Procure por luz para guiá-lo – e Ele vai dirigir o seu caminho.

Olhe para a graça para santificá-lo – e a graça de Jesus será achada suficiente para você.

Olhe para a força para que você possa fazer e sofrer a vontade de Deus – e sua força será aperfeiçoada na fraqueza.

Olhe para o conforto para consolá-lo – e, como alguém a quem consola sua mãe, assim também o Senhor te consola.

Olhe para a coragem para animá-lo – e o Senhor dará coragem para o fraco; e para aqueles que não têm poder – Ele vai aumentar a força.

Olhe para a perseverança para guardá-lo – e o Deus que lhe preserva irá capacitá-lo para suportar pacientemente o fardo mais pesado, e, quietamente, suportar a aflição mais dolorosa.

Olhe para a providência para supri-lo – e o pote de farinha não será esvaziado, e o jarro de azeite não secará; mas Deus suprirá todas as suas necessidades, segundo as suas riquezas em glória em Cristo Jesus.

Olhe para a fé – exercitando confiança na Palavra de um Deus fiel.

Olhe para a oração – pedindo a Deus o que Ele tem prometido graciosamente.

Olhe para a esperança – esperando o que você pediu em nome de Jesus.

Olhe com adoração – e adore a soberania, a justiça e a sabedoria de Deus.

Olhe para o alto constantemente – não deixando nada desanimá-lo! Em vez disso diga: “Nossos olhos estão no Senhor, nosso Deus – até que Ele nos mostre misericórdia.”
Olhe para o alto – porque isso guardará . . .
a cabeça de nadar,
o coração de afundar ,
os joelhos de tremer,
os pés de escorregar, e
as mãos de descair!

É impossível dizer o que vai acontecer conosco, ou o que será exigido de nós este ano – mas “Olhe para cima!” Essa direção, se propriamente atendida, irá. . .
obter para nós tudo o que precisamos,
proteger-nos contra tudo o que nós tememos, e
tornar-nos mais do que um desafio para todos os nossos
inimigos e temores!

Amigo cristão, você está com medo? “Olhe para o alto” e ouça Jesus lhe dizendo: “Não tenha medo – Eu mesmo irei ajudá-lo!”

Você está desencorajado? ” Olhe para cima” – e sua juventude será renovada como a da águia, e nova luz, conforto e coragem serão dados a você!

Você está desanimado? ” Olhe para o alto” porque Jesus nunca quebra o caniço rachado, nem apaga o pavio que fumega.

Não olhe demais para o seu pecado – mas olhe para o sangue infinitamente meritório do amado Filho de Deus!

Não olhe muito para si mesmo – mas olhe para Jesus, que vive sempre para interceder por você no céu.

Você está despojado de seus confortos, seus adereços, e seus bens? Então, olhe para o alto! Aquele que foi despojado por você – te ama! Ele será mais do que tudo isso para você! Ele irá. . .
curar seu coração partido,
acalmar o espírito perturbado,
animar sua mente caída, e
enchê-lo com Sua própria paz e felicidade.

Olhe para cima. . .
Porque é tudo o que você precisa;
em tudo o que você teme;
em tudo o que possa dificultar o seu caminho.

Procure dizer todos os dias, com Davi, “De manhã, SENHOR, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando.” (Salmo 5:3)

Olhe para o alto em cada provação, dizendo “Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem a minha ajuda: o meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.”

Não fique olhando para o seu pecado – isto irá desanimá-lo!
Entregue-se a Jesus para vencê-lo.

Não olhe para si mesmo – isto irá afligi-lo!

Não olhe para Satanás – ele irá confundi-lo!

Não olhe para os homens – eles vão enganar, ou decepcioná-lo!

Não olhe para as suas tribulações – elas irão afundá-lo!

“Vamos jogar fora tudo o que atrapalha e o pecado que nos assedia, e corramos com perseverança a corrida que nos está proposta – olhando para Jesus, autor e consumador da nossa fé!” (Hebreus 12:1,2)

Olhe somente, olhe sempre, olhe atentamente – para Jesus!

Continue olhando, olhando, lute para olhar, sofra para olhar, viva olhando, e morra olhando – para Jesus, que está à mão direita de Deus na glória.

Oh , olhe, olhe, olhe para Jesus!

Devocional Alegria Inabalável - John Piper

O DIA ESTÁ CHEGANDO

Versículo do dia: Vai alta a noite, e vem chegando o dia. (Romanos 13.12)

Essa é uma palavra de esperança para os cristãos sofredores. É uma palavra de esperança para os cristãos que odeiam seu próprio pecado e desejam parar de pecar. É uma palavra de esperança para os cristãos que desejam que o último inimigo, a morte, seja vencido e lançado no lago de fogo (Apocalipse 20.14).

De que forma essa é uma palavra de esperança para todos eles?

“A noite” representa esta era de escuridão e todo o seu pecado, miséria e morte. E o que Paulo diz sobre isso? “Vai alta a noite”. O tempo do pecado, miséria e morte está quase acabado.

Você pode dizer que 2.000 anos depois de Paulo parece uma longa aurora. De um ponto de vista, é. E nós clamamos: “Até quando, ó Senhor, até quando deixarás isso continuar?”. Porém, a forma bíblica de pensar é diferente.

A maneira correta e diferente de pensar é que o dia amanheceu em Jesus Cristo. Jesus é o fim desta era caída. Ele derrotou o pecado, a dor, a morte e Satanás. A batalha decisiva terminou. O reino veio. A vida eterna chegou.

E quando a aurora vem — como aconteceu na vinda de Jesus — ninguém deve duvidar da vinda do dia. Nem mesmo se a aurora se estender por 2.000 anos. Ele é certo. O dia chegou. Nada pode parar o sol nascente.

Devocional Do Dia - Charles Spurgeon

Versículo do Dia: “Meu refúgio és tu no dia do mal.” (Jeremias 17.17)

A vereda do crente nem sempre é tão resplandecente como a luz do sol. O crente tem as suas ocasiões de trevas e de tempestade. É verdade que está escrito na Palavra de Deus: “Os seus caminhos são caminhos deliciosos, e todas as suas veredas, paz” (Provérbios 3.17). É uma grande verdade: confiar em Deus traz felicidade na terra e benção no céu. A experiência nos diz que “a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Provérbios 4.18). Às vezes, porém, esta luz é eclipsada. Em certas ocasiões, nuvens escuras encobrem o sol do crente, fazendo com que ele ande nas trevas e não veja qualquer luz.

Existem muitos crentes que têm se regozijado na presença de Deus por um tempo. Eles têm se aquecido ao sol nos primeiros estágios de sua carreira cristã. Eles têm andado por entre os “pastos verdejantes”, ao lado das “águas de descanso” (Salmos 23.2). Todavia, repentinamente percebem que o céu glorioso está repleto de nuvens. Ao invés da terra de Gósen, eles têm de trilhar o arenoso deserto. Em lugar das doces águas, encontram fontes turbulentas, amargas ao seu paladar. Eles dizem: “Se fôssemos filhos de Deus, isto não aconteceria”. Oh! não diga isso, você que anda na escuridão! O melhor dos santos de Deus tem de experimentar provações. O mais querido dos filhos dele tem de levar a cruz. Nenhum crente tem desfrutado de prosperidade perpétua, nenhum pode sempre pendurar sua harpa no salgueiro (ver Salmos 137.2). Talvez o Senhor lhe outorgou, no início da vida cristã, um caminho tranquilo e sem nuvens, porque você era fraco e tímido. Ele abrandou o vento para sua ovelha tosada, mas agora que você está mais forte em sua vida espiritual, tem de passar pela rígida experiência de crescer até à maturidade do filho de Deus. Precisamos de ventos e tempestades para exercitar nossa fé, cortar o galho podre da autoconfiança e nos arraigarmos com maior firmeza em Cristo. O dia mau nos revela o glorioso valor de nossa esperança.