Semeando o Evangelho

Semear a Verdade e o Amor de Deus
sexta-feira, 11 de janeiro de 2019
O QUE ACONTECE COM AQUELES QUE NUNCA OUVIRAM O EVANGELHO?
O homem da ilha. Talvez você o tenha encontrado no argumento de um amigo contra o cristianismo. Talvez você mesmo tenha expressado a objeção.
Como um Deus bom e amoroso poderia condenar ao inferno alguém que nunca ouviu falar dele?
Quando se trata desta questão emocionalmente perturbadora, existem duas posições dominantes entre cristãos professos: o inclusivismo e o exclusivismo. Embora esses pontos de vista sustentem que Jesus é o único caminho para Deus, apenas um insiste na necessidade da fé consciente nele.
O Fascínio do Inclusivismo
O inclusivismo é a crença de que a salvação é somente por meio de Jesus Cristo, mas que pode haver pessoas que são salvas sem saber disso. Estas são redimidas pela pessoa e pelo trabalho de um Cristo que não aceitaram conscientemente. Simplificando, Jesus pode salvar alguns que nunca ouviram falar dele.
Os inclusivistas geralmente citam Romanos 2:1-16, um texto que interpretam como denotando que a salvação é possível à parte da revelação especial de Deus. O conteúdo da revelação geral, tanto a ordem criada de maneira externa (Romanos 1:19-20) quanto a lei moral interna (Romanos 2.14-15), fornece conhecimento o bastante para a salvação. Como Millard Erickson explica: O surgimento de visões mais inclusivas da salvação, mesmo entre os evangélicos, baseia-se na crença da eficácia da revelação geral para uma relação salvadora com Deus (Christian Theology, 123).
Além disso, muitos inclusivistas recorrem ao precedente dos santos do Antigo Testamento, que foram salvos sem conhecer o nome de Jesus. Erickson escreve:
E se alguém se lançasse (…) na misericórdia de Deus, sem saber em que base essa misericórdia foi proporcionada? Em algum sentido, esta pessoa não estaria na mesma situação dos crentes do Antigo Testamento? A doutrina de Cristo e seu trabalho de expiação não foram completamente reveladas a estas pessoas. No entanto, elas sabiam que havia provisão para o perdão de seus pecados e que não poderiam ser aceitas com base nos méritos de qualquer trabalho próprio. Elas tinham a forma do evangelho, sem o seu conteúdo completo. E elas foram salvos. (138)
Contudo, este paralelo não banaliza o trabalho salvador de Cristo? Erickson insiste que de modo algum, pois Jesus ainda é a fonte de todos os benefícios da salvação:
A base da aceitação seria o trabalho de Jesus Cristo, mesmo que a pessoa envolvida não esteja consciente de que foi assim, que foi providenciada a salvação. (…) A salvação sempre foi apropriada pela fé. (…) Nada foi alterado a este respeito. (138)
Para os inclusivistas, o que importa para Deus é a fé humana respondendo à “luz” que ele forneceu em um determinado momento ou lugar. Portanto, não há justificativa para alguém que reivindique conhecer o destino dos não evangelizados. Um pastor escreveu assim: Creio que a posição mais cristã com relação a esta questão é permanecer agnóstico. O fato é que Deus, através dos alertas mais solenes sobre nossa responsabilidade de responder ao evangelho, não revelou como vai lidar com aqueles que nunca ouviram isso.
Muitos inclusivistas recorrem ao caráter de Deus em defesa de sua visão. Porque “Deus é amor”, sugere o argumento, nunca condenaria alguém que sequer teve uma chance para ser salvo (1 João 4:8,16). Concordo que o inclusivismo não é um tema central na Bíblia, e a evidência para isso é menor do que gostaríamos, admite Clark Pinnock. Ele continua: Mas a visão do amor de Deus é tão forte que a evidência existente me parece suficiente.
Evidência de Exclusivismo
Em contraste com o inclusivismo, o exclusivismo é a visão de que a redenção é possível apenas pela fé no evangelho. Essa tem sido a posição cristã predominante em toda a história da igreja, e permanece assim entre os evangélicos contemporâneos que acreditam na Bíblia. Vários textos são comumente citados em sua defesa. Aqui estão cinco.
Romanos 1
Primeiro, embora os inclusivistas geralmente citem Romanos 1.18-23 para destacar a importância da revelação geral, na verdade, uma leitura mais atenta do texto defende a visão exclusivista. O argumento de Paulo é que a revelação de Deus na natureza é suficiente apenas para condenar, e não para salvar. Embora o homem numa ilha “conheça a Deus” (v. 21), ele “suprime a verdade” (v. 18), perceptível na natureza e, portanto, torna-se “indesculpável” (v. 20). Os seres humanos não são culpados porque não ouviram o evangelho; são culpados porque não honraram o Criador. Em outras palavras, não por causa da ausência de algo (a fé), mas por causa da presença de algo (a rebelião).
Todavia, Deus condenará um inocente, membro de uma tribo, que nunca ouviu o nome de Cristo? Não, porque não há membros de tribos inocentes.
As Escrituras simplesmente não retratam os seres humanos caídos como tendo um desejo vago, mas nobre por misericórdia e perdão. Além disso, parece que temos uma avidez inelutável para exercer nossa fé em rituais, liturgias e sacrifícios. Então, o que o homem da ilha faz? Na imaginação do inclusivista, ele simplesmente clama por uma vaga misericórdia e perdão, não contestando nenhum mérito próprio. No mundo real, contudo, ele provavelmente participa de uma forma de religião idólatra regional que contradiz e mina o evangelho da graça.
Romanos 10
Em segundo lugar, a necessidade da fé no evangelho para a salvação está evidenciada em Romanos 10:
Porque: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: “Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” E, assim, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Cristo (Romanos 10.13-15,17).
A ideia lógica na mente de Paulo é direta:
A única maneira de ser salvo é invocar o nome de Cristo.
A única maneira de invocar o nome de Cristo é crer no evangelho.
A única maneira de crer no evangelho é ouvir o evangelho.
A única maneira de ouvir o evangelho é que ele seja apresentado.
É difícil coadunar esse texto com a realidade de algum outro meio de salvação além da fé na “Palavra de Cristo”
João 14
Em terceiro lugar, devemos fazer justiça à declaração de Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14:6; cf. 10:7,9). Embora os inclusivistas argumentem que esta afirmação não diz nada sobre a fé explicitamente, a ideia, com efeito, está implícita. Afinal, o objetivo do Evangelho de João é convencer os leitores a crerem e serem salvos (João 20:30-31), conforme o contexto precedente deixa claro (João 3:36; 5:23-24; 6:35; 7:38; 8:19,24,42; 11:25; 12:46). O apóstolo aborda a crença 97 vezes ao longo do livro. À luz de todo o contexto, “senão por mim” denota “senão pela fé em mim”.
Atos 4
Em quarto lugar, o apóstolo Pedro declara: E não há salvação em nenhum outro, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (Atos 4:12). Note que ele não diz apenas que não há outro salvador sob o céu (algo com o qual os inclusivistas concordariam), mas especificamente que não há nenhum outro nome. Aparentemente, saber o nome ou quem é este salvador – e suas implicações – é necessário.
Atos 10
Finalmente, há uma história particularmente reveladora em Atos 10. Deus ouve as orações de um gentio piedoso chamado Cornélio, e o instrui a mandar buscar “um homem que se chama Pedro” (v. 5). No dia seguinte, na casa de Pedro, os mensageiros de Cornélio anunciam: O centurião Cornélio, homem reto e temente a Deus e tendo bom testemunho de toda a nação judaica, foi instruído por um santo anjo a mandar chamar você para a casa dele e ouvir o que você tem a dizer (v. 22).
Pedro, então, viaja com os enviados para a casa de Cornélio, onde o centurião se dirige a seu convidado: Portanto, sem demora, mandei chamá-lo, e você fez muito bem em vir. Agora estamos todos aqui, na presença de Deus, prontos para ouvir tudo o que o Senhor ordenou a você (v. 33).
O interessante é que Cornélio não aguardava alguma mensagem aleatória, mas específica, tal como o anjo havia lhe dito – o qual lhe dirá palavras mediante as quais você e toda a sua casa serão salvos (Atos 11:14). Em outras palavras, era uma mensagem sem a qual Cornélio teria permanecido eternamente perdido, apesar de toda a sua sinceridade religiosa.
Por que apelo para essa história? Por dois motivos.
Primeiro, porque se, verdadeiramente, existisse uma pessoa que buscou a Deus, mas não foi alcançada, por que não teríamos a expectativa de que Deus revelasse a mensagem do evangelho a ele ou a ela (seja através de um missionário ou de um sonho) exatamente como fez com Cornélio? Em segundo lugar, e mais importante ainda, se alguma vez houve um candidato à salvação através da revelação geral, decerto seria Cornélio. Ele era piedoso e temente a Deus, mediante a “luz” que havia recebido. Porém, à medida que o capítulo se desenrola, fica claro que até mesmo a sinceridade religiosa extraordinária não é suficiente. Foi necessário que Pedro se deslocasse de sua casa e viajasse mais de 48 quilômetros para proferir uma mensagem sem a qual, sugerem as Escrituras, mesmo a pessoa mais espiritualmente receptiva do mundo, não pode ser salva.
Por que isto é importante?
O que acontecerá com aqueles que nunca ouviram o evangelho? A questão não é uma abstração teológica vaga; é relevante na prática e eternamente séria. Sua visão de missões, por exemplo, seja em termos de sua natureza ou de sua urgência, será moldada diretamente por sua visão do destino do homem na ilha (também é oportuno perguntar: se a condenação divina é resultado da rejeição a Cristo, por que o amor não nos constrange a negá-lo aos não evangelizados?).
Ainda assim, alguém pode se perguntar: o exclusivismo não é injusto? Embora pareça que sim, em última análise, devemos confiar na sabedoria de um Deus insondavelmente bom e misericordioso. Talvez essa resposta pareça uma justificativa, mas não é. É uma postura de humildade. Afinal, não devemos sujeitar o Criador às nossas impressões finitas e caídas de justiça. Nossa tarefa é aceitar sua palavra e confiar de coração. Seus caminhos são mais altos e diferentes do que os nossos (Isaías 55:8-9). Ele não necessita de conselheiro, pois é bom e faz o bem (Salmo 119:68; Romanos 11:34). O juiz de toda a terra fará justiça (Gênesis 18:25). E, sobretudo, devemos contemplar firmemente o Calvário, o cume da sabedoria, a encruzilhada da justiça e do amor. Ali, em um madeiro romano, o juiz de toda a terra foi pendurado no lugar de rebeldes que não queriam nada com ele.
“Visite muitos livros bons, mas viva na Bíblia”, advertiu Charles Spurgeon. A coisa mais importante que podemos fazer diante de uma questão emocionalmente saturada como esta é abrir a Palavra de Deus, orar por humildade e compreensão, e depois abraçar o que ela diz.
Autor: Matt Smethurst
Fonte: The Gospel Coalition
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
Como um Deus bom e amoroso poderia condenar ao inferno alguém que nunca ouviu falar dele?
Quando se trata desta questão emocionalmente perturbadora, existem duas posições dominantes entre cristãos professos: o inclusivismo e o exclusivismo. Embora esses pontos de vista sustentem que Jesus é o único caminho para Deus, apenas um insiste na necessidade da fé consciente nele.
O Fascínio do Inclusivismo
O inclusivismo é a crença de que a salvação é somente por meio de Jesus Cristo, mas que pode haver pessoas que são salvas sem saber disso. Estas são redimidas pela pessoa e pelo trabalho de um Cristo que não aceitaram conscientemente. Simplificando, Jesus pode salvar alguns que nunca ouviram falar dele.
Os inclusivistas geralmente citam Romanos 2:1-16, um texto que interpretam como denotando que a salvação é possível à parte da revelação especial de Deus. O conteúdo da revelação geral, tanto a ordem criada de maneira externa (Romanos 1:19-20) quanto a lei moral interna (Romanos 2.14-15), fornece conhecimento o bastante para a salvação. Como Millard Erickson explica: O surgimento de visões mais inclusivas da salvação, mesmo entre os evangélicos, baseia-se na crença da eficácia da revelação geral para uma relação salvadora com Deus (Christian Theology, 123).
Além disso, muitos inclusivistas recorrem ao precedente dos santos do Antigo Testamento, que foram salvos sem conhecer o nome de Jesus. Erickson escreve:
E se alguém se lançasse (…) na misericórdia de Deus, sem saber em que base essa misericórdia foi proporcionada? Em algum sentido, esta pessoa não estaria na mesma situação dos crentes do Antigo Testamento? A doutrina de Cristo e seu trabalho de expiação não foram completamente reveladas a estas pessoas. No entanto, elas sabiam que havia provisão para o perdão de seus pecados e que não poderiam ser aceitas com base nos méritos de qualquer trabalho próprio. Elas tinham a forma do evangelho, sem o seu conteúdo completo. E elas foram salvos. (138)
Contudo, este paralelo não banaliza o trabalho salvador de Cristo? Erickson insiste que de modo algum, pois Jesus ainda é a fonte de todos os benefícios da salvação:
A base da aceitação seria o trabalho de Jesus Cristo, mesmo que a pessoa envolvida não esteja consciente de que foi assim, que foi providenciada a salvação. (…) A salvação sempre foi apropriada pela fé. (…) Nada foi alterado a este respeito. (138)
Para os inclusivistas, o que importa para Deus é a fé humana respondendo à “luz” que ele forneceu em um determinado momento ou lugar. Portanto, não há justificativa para alguém que reivindique conhecer o destino dos não evangelizados. Um pastor escreveu assim: Creio que a posição mais cristã com relação a esta questão é permanecer agnóstico. O fato é que Deus, através dos alertas mais solenes sobre nossa responsabilidade de responder ao evangelho, não revelou como vai lidar com aqueles que nunca ouviram isso.
Muitos inclusivistas recorrem ao caráter de Deus em defesa de sua visão. Porque “Deus é amor”, sugere o argumento, nunca condenaria alguém que sequer teve uma chance para ser salvo (1 João 4:8,16). Concordo que o inclusivismo não é um tema central na Bíblia, e a evidência para isso é menor do que gostaríamos, admite Clark Pinnock. Ele continua: Mas a visão do amor de Deus é tão forte que a evidência existente me parece suficiente.
Evidência de Exclusivismo
Em contraste com o inclusivismo, o exclusivismo é a visão de que a redenção é possível apenas pela fé no evangelho. Essa tem sido a posição cristã predominante em toda a história da igreja, e permanece assim entre os evangélicos contemporâneos que acreditam na Bíblia. Vários textos são comumente citados em sua defesa. Aqui estão cinco.
Romanos 1
Primeiro, embora os inclusivistas geralmente citem Romanos 1.18-23 para destacar a importância da revelação geral, na verdade, uma leitura mais atenta do texto defende a visão exclusivista. O argumento de Paulo é que a revelação de Deus na natureza é suficiente apenas para condenar, e não para salvar. Embora o homem numa ilha “conheça a Deus” (v. 21), ele “suprime a verdade” (v. 18), perceptível na natureza e, portanto, torna-se “indesculpável” (v. 20). Os seres humanos não são culpados porque não ouviram o evangelho; são culpados porque não honraram o Criador. Em outras palavras, não por causa da ausência de algo (a fé), mas por causa da presença de algo (a rebelião).
Todavia, Deus condenará um inocente, membro de uma tribo, que nunca ouviu o nome de Cristo? Não, porque não há membros de tribos inocentes.
As Escrituras simplesmente não retratam os seres humanos caídos como tendo um desejo vago, mas nobre por misericórdia e perdão. Além disso, parece que temos uma avidez inelutável para exercer nossa fé em rituais, liturgias e sacrifícios. Então, o que o homem da ilha faz? Na imaginação do inclusivista, ele simplesmente clama por uma vaga misericórdia e perdão, não contestando nenhum mérito próprio. No mundo real, contudo, ele provavelmente participa de uma forma de religião idólatra regional que contradiz e mina o evangelho da graça.
Romanos 10
Em segundo lugar, a necessidade da fé no evangelho para a salvação está evidenciada em Romanos 10:
Porque: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: “Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” E, assim, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Cristo (Romanos 10.13-15,17).
A ideia lógica na mente de Paulo é direta:
A única maneira de ser salvo é invocar o nome de Cristo.
A única maneira de invocar o nome de Cristo é crer no evangelho.
A única maneira de crer no evangelho é ouvir o evangelho.
A única maneira de ouvir o evangelho é que ele seja apresentado.
É difícil coadunar esse texto com a realidade de algum outro meio de salvação além da fé na “Palavra de Cristo”
João 14
Em terceiro lugar, devemos fazer justiça à declaração de Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14:6; cf. 10:7,9). Embora os inclusivistas argumentem que esta afirmação não diz nada sobre a fé explicitamente, a ideia, com efeito, está implícita. Afinal, o objetivo do Evangelho de João é convencer os leitores a crerem e serem salvos (João 20:30-31), conforme o contexto precedente deixa claro (João 3:36; 5:23-24; 6:35; 7:38; 8:19,24,42; 11:25; 12:46). O apóstolo aborda a crença 97 vezes ao longo do livro. À luz de todo o contexto, “senão por mim” denota “senão pela fé em mim”.
Atos 4
Em quarto lugar, o apóstolo Pedro declara: E não há salvação em nenhum outro, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (Atos 4:12). Note que ele não diz apenas que não há outro salvador sob o céu (algo com o qual os inclusivistas concordariam), mas especificamente que não há nenhum outro nome. Aparentemente, saber o nome ou quem é este salvador – e suas implicações – é necessário.
Atos 10
Finalmente, há uma história particularmente reveladora em Atos 10. Deus ouve as orações de um gentio piedoso chamado Cornélio, e o instrui a mandar buscar “um homem que se chama Pedro” (v. 5). No dia seguinte, na casa de Pedro, os mensageiros de Cornélio anunciam: O centurião Cornélio, homem reto e temente a Deus e tendo bom testemunho de toda a nação judaica, foi instruído por um santo anjo a mandar chamar você para a casa dele e ouvir o que você tem a dizer (v. 22).
Pedro, então, viaja com os enviados para a casa de Cornélio, onde o centurião se dirige a seu convidado: Portanto, sem demora, mandei chamá-lo, e você fez muito bem em vir. Agora estamos todos aqui, na presença de Deus, prontos para ouvir tudo o que o Senhor ordenou a você (v. 33).
O interessante é que Cornélio não aguardava alguma mensagem aleatória, mas específica, tal como o anjo havia lhe dito – o qual lhe dirá palavras mediante as quais você e toda a sua casa serão salvos (Atos 11:14). Em outras palavras, era uma mensagem sem a qual Cornélio teria permanecido eternamente perdido, apesar de toda a sua sinceridade religiosa.
Por que apelo para essa história? Por dois motivos.
Primeiro, porque se, verdadeiramente, existisse uma pessoa que buscou a Deus, mas não foi alcançada, por que não teríamos a expectativa de que Deus revelasse a mensagem do evangelho a ele ou a ela (seja através de um missionário ou de um sonho) exatamente como fez com Cornélio? Em segundo lugar, e mais importante ainda, se alguma vez houve um candidato à salvação através da revelação geral, decerto seria Cornélio. Ele era piedoso e temente a Deus, mediante a “luz” que havia recebido. Porém, à medida que o capítulo se desenrola, fica claro que até mesmo a sinceridade religiosa extraordinária não é suficiente. Foi necessário que Pedro se deslocasse de sua casa e viajasse mais de 48 quilômetros para proferir uma mensagem sem a qual, sugerem as Escrituras, mesmo a pessoa mais espiritualmente receptiva do mundo, não pode ser salva.
Por que isto é importante?
O que acontecerá com aqueles que nunca ouviram o evangelho? A questão não é uma abstração teológica vaga; é relevante na prática e eternamente séria. Sua visão de missões, por exemplo, seja em termos de sua natureza ou de sua urgência, será moldada diretamente por sua visão do destino do homem na ilha (também é oportuno perguntar: se a condenação divina é resultado da rejeição a Cristo, por que o amor não nos constrange a negá-lo aos não evangelizados?).
Ainda assim, alguém pode se perguntar: o exclusivismo não é injusto? Embora pareça que sim, em última análise, devemos confiar na sabedoria de um Deus insondavelmente bom e misericordioso. Talvez essa resposta pareça uma justificativa, mas não é. É uma postura de humildade. Afinal, não devemos sujeitar o Criador às nossas impressões finitas e caídas de justiça. Nossa tarefa é aceitar sua palavra e confiar de coração. Seus caminhos são mais altos e diferentes do que os nossos (Isaías 55:8-9). Ele não necessita de conselheiro, pois é bom e faz o bem (Salmo 119:68; Romanos 11:34). O juiz de toda a terra fará justiça (Gênesis 18:25). E, sobretudo, devemos contemplar firmemente o Calvário, o cume da sabedoria, a encruzilhada da justiça e do amor. Ali, em um madeiro romano, o juiz de toda a terra foi pendurado no lugar de rebeldes que não queriam nada com ele.
“Visite muitos livros bons, mas viva na Bíblia”, advertiu Charles Spurgeon. A coisa mais importante que podemos fazer diante de uma questão emocionalmente saturada como esta é abrir a Palavra de Deus, orar por humildade e compreensão, e depois abraçar o que ela diz.
Autor: Matt Smethurst
Fonte: The Gospel Coalition
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR
A ESPERANÇA DO REGRESSO DE CRISTO
Amados, agora somos filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E todo o que tem essa esperança nele purifica a si mesmo, assim como ele é puro (1 João 3:2-3).
Os cristãos verdadeiros anseiam pelo retorno de seu rei.
As palavras do velho hino, “Este mundo não é o meu lar”, expressam a atitude de todo verdadeiro filho de Deus. Os verdadeiros cristãos têm esperança em seus corações, uma esperança voltada para o regresso do Senhor Jesus Cristo. Como o apóstolo Paulo, anelamos pela libertação do corpo desta morte (Romanos 7:24). Nós “gememos em nós mesmos, esperando ansiosamente por nossa adoção como filhos, a redenção de nosso corpo” (Romanos 8:23). Ansiamos pelo dia em que “na imagem do homem terreno, traremos também a imagem do homem celestial” (1 Coríntios 15:49).
Nossa esperança é santificadora. João escreve: “E todo o que tem essa esperança nele purifica a si mesmo, assim como ele é puro” (1 João 3:3). Paulo lembrou a Tito que “a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos. Ela nos educa para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos neste mundo de forma sensata, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tito 2:11-13). Nossa esperança é sensata, e nos compeli a uma vida piedosa e responsável, e não a uma vida negligente (2 Tessalonicenses 3:6-15).
Você deseja que Cristo retorne e “transforme o corpo de [seu] humilde estado em conformidade com o corpo de Sua glória” (Filipenses 3:21)? Se assim for, tome coragem. Essa é outra evidência de que sua salvação é genuína.
Sugestão para oração
Ore com o apóstolo João: “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:20).
Estudo adicional
Em Filipenses 3:20, Paulo nos lembra que a “nossa cidadania está no céu”, ao passo que Colossenses 3:1-2 nos ordena a nos concentrarmos nas coisas celestiais. Onde está o seu foco? Em que você gasta o seu tempo? Reorganize suas prioridades e se programe para dar o primeiro lugar a realidades eternas.
Amados, agora somos filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E todo o que tem essa esperança nele purifica a si mesmo, assim como ele é puro (1 João 3:2-3).
Os cristãos verdadeiros anseiam pelo retorno de seu rei.
As palavras do velho hino, “Este mundo não é o meu lar”, expressam a atitude de todo verdadeiro filho de Deus. Os verdadeiros cristãos têm esperança em seus corações, uma esperança voltada para o regresso do Senhor Jesus Cristo. Como o apóstolo Paulo, anelamos pela libertação do corpo desta morte (Romanos 7:24). Nós “gememos em nós mesmos, esperando ansiosamente por nossa adoção como filhos, a redenção de nosso corpo” (Romanos 8:23). Ansiamos pelo dia em que “na imagem do homem terreno, traremos também a imagem do homem celestial” (1 Coríntios 15:49).
Nossa esperança é santificadora. João escreve: “E todo o que tem essa esperança nele purifica a si mesmo, assim como ele é puro” (1 João 3:3). Paulo lembrou a Tito que “a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos. Ela nos educa para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos neste mundo de forma sensata, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tito 2:11-13). Nossa esperança é sensata, e nos compeli a uma vida piedosa e responsável, e não a uma vida negligente (2 Tessalonicenses 3:6-15).
Você deseja que Cristo retorne e “transforme o corpo de [seu] humilde estado em conformidade com o corpo de Sua glória” (Filipenses 3:21)? Se assim for, tome coragem. Essa é outra evidência de que sua salvação é genuína.
Sugestão para oração
Ore com o apóstolo João: “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:20).
Estudo adicional
Em Filipenses 3:20, Paulo nos lembra que a “nossa cidadania está no céu”, ao passo que Colossenses 3:1-2 nos ordena a nos concentrarmos nas coisas celestiais. Onde está o seu foco? Em que você gasta o seu tempo? Reorganize suas prioridades e se programe para dar o primeiro lugar a realidades eternas.
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
FALE ÀS SUAS LÁGRIMAS
Versículo do dia: Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes. (Salmo 126.5-6)
Não há nada triste sobre semear. Isso não é mais trabalhoso do que colher. Os dias podem ser belos. Pode haver grande esperança de colheita.
Ainda assim, o salmo fala sobre “semear com lágrimas”. Diz que alguém “sai andando e chorando, enquanto semeia”. Então, por que eles estão chorando?
Eu penso que a razão não é porque a semeadura seja triste, ou porque semear seja difícil. Acho que a razão não tem relação com a semeadura. Semear é simplesmente a obra que tem de ser feita mesmo quando há coisas na vida que nos fazem chorar.
As colheitas não esperarão enquanto nossa dor passa ou resolvemos todos os nossos problemas. Se temos que comer no próximo inverno, precisamos sair ao campo e semear a semente, estejamos chorando ou não. Se você fizer isso, a promessa do salmo é que “colherá com júbilo”. Você “voltará com júbilo, trazendo os seus feixes”. Não porque as lágrimas da semeadura produzem a alegria da colheita, mas porque a simples semeadura produz a ceifa, e você precisa se lembrar disso mesmo quando suas lágrimas o tentam a desistir de semear.
Portanto, aqui está a lição: Quando há trabalhos simples e diretos a serem feitos, e você está cheio de tristeza, e as lágrimas fluem facilmente, vá em frente e faça a obra com lágrimas. Seja realista. Diga às suas lágrimas: “Lágrimas, eu sinto vocês. Vocês me fazem querer desistir da vida. Mas há um campo a ser semeado (pratos a serem lavados, carro a ser consertado, sermão a ser escrito)”.
Então diga, com base na Palavra de Deus: “Lágrimas, eu sei que vocês não durarão para sempre. O fato de eu apenas fazer meu trabalho (com lágrimas e tudo) trará, por fim, uma colheita de bênção. Por isso, vão em frente e fluam, se é necessário. Porém, eu creio (ainda não o vejo nem o sinto plenamente) — creio que o simples trabalho da minha semeadura trará feixes de colheita. E minhas lágrimas serão transformadas em alegria”.
Versículo do dia: Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes. (Salmo 126.5-6)
Não há nada triste sobre semear. Isso não é mais trabalhoso do que colher. Os dias podem ser belos. Pode haver grande esperança de colheita.
Ainda assim, o salmo fala sobre “semear com lágrimas”. Diz que alguém “sai andando e chorando, enquanto semeia”. Então, por que eles estão chorando?
Eu penso que a razão não é porque a semeadura seja triste, ou porque semear seja difícil. Acho que a razão não tem relação com a semeadura. Semear é simplesmente a obra que tem de ser feita mesmo quando há coisas na vida que nos fazem chorar.
As colheitas não esperarão enquanto nossa dor passa ou resolvemos todos os nossos problemas. Se temos que comer no próximo inverno, precisamos sair ao campo e semear a semente, estejamos chorando ou não. Se você fizer isso, a promessa do salmo é que “colherá com júbilo”. Você “voltará com júbilo, trazendo os seus feixes”. Não porque as lágrimas da semeadura produzem a alegria da colheita, mas porque a simples semeadura produz a ceifa, e você precisa se lembrar disso mesmo quando suas lágrimas o tentam a desistir de semear.
Portanto, aqui está a lição: Quando há trabalhos simples e diretos a serem feitos, e você está cheio de tristeza, e as lágrimas fluem facilmente, vá em frente e faça a obra com lágrimas. Seja realista. Diga às suas lágrimas: “Lágrimas, eu sinto vocês. Vocês me fazem querer desistir da vida. Mas há um campo a ser semeado (pratos a serem lavados, carro a ser consertado, sermão a ser escrito)”.
Então diga, com base na Palavra de Deus: “Lágrimas, eu sei que vocês não durarão para sempre. O fato de eu apenas fazer meu trabalho (com lágrimas e tudo) trará, por fim, uma colheita de bênção. Por isso, vão em frente e fluam, se é necessário. Porém, eu creio (ainda não o vejo nem o sinto plenamente) — creio que o simples trabalho da minha semeadura trará feixes de colheita. E minhas lágrimas serão transformadas em alegria”.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “O meu amado é para mim um saquitel de mirra.” (Cântico dos Cânticos 1.13)
A mirra pode muito bem ter sido escolhida como uma figura do Senhor Jesus por causa de sua preciosidade, seu perfume, sua agradabilidade, suas capacidades de cura, preservação e desinfecção, bem como sua ligação com os sacrifícios. Então, por que o Senhor Jesus é comparado a um “saquitel” de mirra? Primeiramente, por causa da plenitude. O Senhor Jesus não é uma pequena quantidade de mirra; é uma arca repleta desse tesouro. Ele não é um ramo ou uma flor de mirra, e sim todo um feixe de mirra. Em Cristo, existe o suficiente para todas as minhas necessidades; que eu não seja lento para valer-me dele. Nosso amado é comparado a um feixe, também por conta de sua variedade: pois em Cristo há não somente uma coisa necessária, mas “Nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2.9). Tudo o que é necessário se encontra em Jesus. Considere os diferentes aspectos do caráter de Jesus e você perceberá uma diversidade maravilhosa – Profeta, Sacerdote, Rei, Esposo, Amigo, Pastor. Considere a vida dele, sua morte, ressurreição, ascensão e segundo advento. Veja-O em suas virtudes – gentileza, coragem, renúncia, amor, fidelidade, verdade, justiça. Tudo isso é saquitel de mirra.
O Senhor Jesus também é “um saquitel de mirra” por causa da preservação. Ele não é mirra desperdiçada, esparramada pelo chão, para ser pisoteada; é mirra atada em feixes, para ser guardada em uma arca de tesouro. Temos de valorizar o Senhor Jesus como o nosso melhor tesouro. Devemos manter os pensamentos sobre Ele e o conhecimento dele guardados “a sete chaves” para que o diabo não nos roube.
Além disso, o Senhor Jesus é um saquitel de mirra por causa da especialidade. A figura da mirra sugere uma graça que discrimina e distingue. Desde antes da fundação do mundo, o Senhor Jesus foi separado para seu povo. Exala o seu perfume somente para aqueles que sabem como ter comunhão com Ele e desfrutar de um relacionamento íntimo com Ele. Feliz é aquele que pode dizer: “O meu amado é para mim um saquitel de mirra”.
A mirra pode muito bem ter sido escolhida como uma figura do Senhor Jesus por causa de sua preciosidade, seu perfume, sua agradabilidade, suas capacidades de cura, preservação e desinfecção, bem como sua ligação com os sacrifícios. Então, por que o Senhor Jesus é comparado a um “saquitel” de mirra? Primeiramente, por causa da plenitude. O Senhor Jesus não é uma pequena quantidade de mirra; é uma arca repleta desse tesouro. Ele não é um ramo ou uma flor de mirra, e sim todo um feixe de mirra. Em Cristo, existe o suficiente para todas as minhas necessidades; que eu não seja lento para valer-me dele. Nosso amado é comparado a um feixe, também por conta de sua variedade: pois em Cristo há não somente uma coisa necessária, mas “Nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2.9). Tudo o que é necessário se encontra em Jesus. Considere os diferentes aspectos do caráter de Jesus e você perceberá uma diversidade maravilhosa – Profeta, Sacerdote, Rei, Esposo, Amigo, Pastor. Considere a vida dele, sua morte, ressurreição, ascensão e segundo advento. Veja-O em suas virtudes – gentileza, coragem, renúncia, amor, fidelidade, verdade, justiça. Tudo isso é saquitel de mirra.
O Senhor Jesus também é “um saquitel de mirra” por causa da preservação. Ele não é mirra desperdiçada, esparramada pelo chão, para ser pisoteada; é mirra atada em feixes, para ser guardada em uma arca de tesouro. Temos de valorizar o Senhor Jesus como o nosso melhor tesouro. Devemos manter os pensamentos sobre Ele e o conhecimento dele guardados “a sete chaves” para que o diabo não nos roube.
Além disso, o Senhor Jesus é um saquitel de mirra por causa da especialidade. A figura da mirra sugere uma graça que discrimina e distingue. Desde antes da fundação do mundo, o Senhor Jesus foi separado para seu povo. Exala o seu perfume somente para aqueles que sabem como ter comunhão com Ele e desfrutar de um relacionamento íntimo com Ele. Feliz é aquele que pode dizer: “O meu amado é para mim um saquitel de mirra”.
CRISTO PAGOU O RESGATE, MAS PARA QUEM?
O Salmo 49 estabelece um dilema da pior condição:
Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate — pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre (49:7-8)
A condição do homem desde a queda é de escravidão ao pecado e corrupção. Tendo desobedecido a Deus, nos revoltamos desde nosso íntimo até a Sua boa ordem e Seus santos decretos. Portanto, somos escravos do pecado e filhos da ira.
O salmista, com efeito, ressalta que nenhum homem pode se salvar. E nem podemos nos resgatar. Por quê? Porque nenhum pecador pode se dispor da moeda moral necessária para pagar o resgate por esse resgate.
Isto deve ser motivo de grande humildade, porque aqueles que são salvos não são salvos por qualquer justiça própria, ou por grande paciência e misericórdia para com os outros; aqueles que não creem em Cristo são, biblicamente falando, cativos.
Contudo, o evangelho de Jesus Cristo deve ser levado a todos os cantos escuros da alma e a todos os cantos distantes do mundo! Pois do evangelho decorre o resgate que liberta cativos. O Salmo 49:15 fala disso: “Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois ele me tomará para si”.
Deus pagou o resgate para nos receber de volta a si mesmo. Ele fez isso através de Cristo, que é o nosso resgate, como podemos observar em textos como Marcos 10:45: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.
No entanto, essa perspectiva da expiação sempre suscitou a difícil questão: o resgate foi pago para quem?
No clássico livro de C. S. Lewis, “Suposição”, O Leão, A Feiticeira e O Guarda-Roupa, vemos Aslan fazendo o pagamento de sua vida pela libertação de Edmund em resposta às exigências da Feiticeira Branca. É uma cena poderosa que ecoa da bíblia. Mas, se traçarmos as linhas diretamente, podemos cometer algum erro teológico importante. Aslan tipifica Cristo na história, e a Bruxa é a substituta para o nosso acusador, Satanás. Todavia, enquanto Satanás é frequentemente chamado de o deus deste mundo (2 Coríntios 4:4), ele ainda é subserviente ao soberano Senhor de todo o cosmos. Destarte, temos que ser cuidadosos em como falamos do resgate, para não supervalorizarmos o poder do inimigo e nos desviarmos da glória de Deus.
Existe, na verdade, um “texto de resgate” na Escritura que nos dá uma pista sobre quem está sendo pago como resgate. Em 1 Timóteo 2:5-6, Paulo escreve:
Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e a humanidade, Cristo Jesus, homem, que deu a si mesmo em resgate por todos, testemunho que se deve dar em tempos oportunos.
O contexto dessa passagem nos mostra Cristo como o “mediador” não entre os homens e o diabo, ou entre Deus e o diabo, mas entre os homens e Deus. Parece, como diz o texto, que o resgate é pago pelo Deus Filho a Deus Pai, quando Jesus se tornou o mediador resgatador entre Deus e os homens, fazendo expiação pelos pecados a Deus. Vemos o fundamento desta verdade no Salmo 49:7, onde é dito que o preço do resgate da vida do homem é devido a Deus.
Nesse sentido, a visão de resgate da expiação é semelhante ao conceito de propiciação (Romanos 3:25; Hebreus 2:17; 1 João 2:2), que significa “tornar favorável”. Sabendo que a morte de Jesus redime almas do pecado e do castigo eterno, na cruz, satanás não foi pago, mas realmente envergonhado (Colossenses 2:15), não satisfeito, mas verdadeiramente derrotado ( Hebreus 2:14-15 ).
Na cruz, Jesus tomou para si o castigo do Pai aos pecadores contra Sua santidade (Isaías 53:4-5). A ira de Deus foi satisfeita na cruz de Cristo (Colossenses 1:20). É o Pai que, por amor, enviou Seu Filho para fazer o pagamento que remove sua ira santa dos filhos de Deus (1 João 4:10; João 3:36). O Pai foi propiciado. Da mesma forma, Cristo pagou o resgate ao único que verdadeiramente mantém a vida e a morte em Suas mãos – o próprio Deus.
Afinal, na bela ironia do evangelho, somos efetivamente salvos de Deus por Deus. A única segurança da ira de Deus reside no amor de Deus em Cristo (Salmos 2:12). Com o resgate pago, fomos libertados da escravidão do pecado e da morte, para a perfeita união com o Filho de Deus, em quem agora não há condenação (Romanos 8:1).
Autor: Trevin Wax
Fonte: The Gospel Coalition
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate — pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre (49:7-8)
A condição do homem desde a queda é de escravidão ao pecado e corrupção. Tendo desobedecido a Deus, nos revoltamos desde nosso íntimo até a Sua boa ordem e Seus santos decretos. Portanto, somos escravos do pecado e filhos da ira.
O salmista, com efeito, ressalta que nenhum homem pode se salvar. E nem podemos nos resgatar. Por quê? Porque nenhum pecador pode se dispor da moeda moral necessária para pagar o resgate por esse resgate.
Isto deve ser motivo de grande humildade, porque aqueles que são salvos não são salvos por qualquer justiça própria, ou por grande paciência e misericórdia para com os outros; aqueles que não creem em Cristo são, biblicamente falando, cativos.
Contudo, o evangelho de Jesus Cristo deve ser levado a todos os cantos escuros da alma e a todos os cantos distantes do mundo! Pois do evangelho decorre o resgate que liberta cativos. O Salmo 49:15 fala disso: “Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois ele me tomará para si”.
Deus pagou o resgate para nos receber de volta a si mesmo. Ele fez isso através de Cristo, que é o nosso resgate, como podemos observar em textos como Marcos 10:45: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.
No entanto, essa perspectiva da expiação sempre suscitou a difícil questão: o resgate foi pago para quem?
No clássico livro de C. S. Lewis, “Suposição”, O Leão, A Feiticeira e O Guarda-Roupa, vemos Aslan fazendo o pagamento de sua vida pela libertação de Edmund em resposta às exigências da Feiticeira Branca. É uma cena poderosa que ecoa da bíblia. Mas, se traçarmos as linhas diretamente, podemos cometer algum erro teológico importante. Aslan tipifica Cristo na história, e a Bruxa é a substituta para o nosso acusador, Satanás. Todavia, enquanto Satanás é frequentemente chamado de o deus deste mundo (2 Coríntios 4:4), ele ainda é subserviente ao soberano Senhor de todo o cosmos. Destarte, temos que ser cuidadosos em como falamos do resgate, para não supervalorizarmos o poder do inimigo e nos desviarmos da glória de Deus.
Existe, na verdade, um “texto de resgate” na Escritura que nos dá uma pista sobre quem está sendo pago como resgate. Em 1 Timóteo 2:5-6, Paulo escreve:
Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e a humanidade, Cristo Jesus, homem, que deu a si mesmo em resgate por todos, testemunho que se deve dar em tempos oportunos.
O contexto dessa passagem nos mostra Cristo como o “mediador” não entre os homens e o diabo, ou entre Deus e o diabo, mas entre os homens e Deus. Parece, como diz o texto, que o resgate é pago pelo Deus Filho a Deus Pai, quando Jesus se tornou o mediador resgatador entre Deus e os homens, fazendo expiação pelos pecados a Deus. Vemos o fundamento desta verdade no Salmo 49:7, onde é dito que o preço do resgate da vida do homem é devido a Deus.
Nesse sentido, a visão de resgate da expiação é semelhante ao conceito de propiciação (Romanos 3:25; Hebreus 2:17; 1 João 2:2), que significa “tornar favorável”. Sabendo que a morte de Jesus redime almas do pecado e do castigo eterno, na cruz, satanás não foi pago, mas realmente envergonhado (Colossenses 2:15), não satisfeito, mas verdadeiramente derrotado ( Hebreus 2:14-15 ).
Na cruz, Jesus tomou para si o castigo do Pai aos pecadores contra Sua santidade (Isaías 53:4-5). A ira de Deus foi satisfeita na cruz de Cristo (Colossenses 1:20). É o Pai que, por amor, enviou Seu Filho para fazer o pagamento que remove sua ira santa dos filhos de Deus (1 João 4:10; João 3:36). O Pai foi propiciado. Da mesma forma, Cristo pagou o resgate ao único que verdadeiramente mantém a vida e a morte em Suas mãos – o próprio Deus.
Afinal, na bela ironia do evangelho, somos efetivamente salvos de Deus por Deus. A única segurança da ira de Deus reside no amor de Deus em Cristo (Salmos 2:12). Com o resgate pago, fomos libertados da escravidão do pecado e da morte, para a perfeita união com o Filho de Deus, em quem agora não há condenação (Romanos 8:1).
Autor: Trevin Wax
Fonte: The Gospel Coalition
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR
REJEITANDO O MUNDO
Não amem o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele (1 João 2:15).
Os verdadeiros cristãos amam a Deus e rejeitam o mundo e suas filosofias perniciosas.
Como o “deus deste mundo” (2 Coríntios 4:4), Satanás projetou um sistema que a Bíblia simplesmente chama de “mundo”. O termo grego kosmos refere-se a um sistema que engloba falsas religiões, filosofias errôneas, crimes, imoralidade, materialismo e afins. O apóstolo João escreveu: “Porque tudo o que há no mundo — os desejos da carne, os desejos dos olhos e a soberba da vida — não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como os seus desejos; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 João 2:16-17). Enquanto o mundo e suas preocupações carnais são apenas realidades temporárias, o verdadeiro crente tem a vida eterna e permanecerá para sempre.
Quando alguém se torna cristão, ele adquire um novo conjunto de metas e motivações; o mundo e suas luxúrias não o atraem mais, porém o repelem. Ele não ama mais “o mundo nem as coisas do mundo” (v. 15). Às vezes, ele pode ser atraído para atividades mundanas, mas ele não está fazendo o que ama, mas o que odeia (cf. Romanos 7:15). Isso porque a nova vida em Cristo dá ao crente um amor por Deus e pelas coisas espirituais.
Jesus disse que aqueles que O seguem não são do mundo, assim como Ele não era do mundo. Nós ainda nos movemos para fazer a vontade Dele. É por isso que Jesus pediu especificamente ao Pai que nos afastasse do maligno (João 17:14-16). Somos vulneráveis a sermos absorvidos para o sistema maligno do mundo vez ou outra, mas nosso amor é para com Deus. Esse amor é o que irá redirecionar nosso foco para as prioridades celestes.
Você rejeita o mundo e suas falsas religiões, ideologias condenatórias e perseguições sem Deus? Em vez disso, você ama a Deus, a Sua verdade, o Seu reino e tudo o que Ele defende? Se você rejeita o mundo e seus desejos maléficos, isso é uma forte indicação de que você tem uma nova vida em Cristo.
Sugestão para oração
Peça a Deus que lhe revele maneiras pelas quais você ainda pode estar se apegando ao mundo. Quando ele fizer isso, separe essas conexões.
Estudo adicional
Leia 2 Coríntios 4:4; Efésios 2:1-3 e Tiago 4:4. Qual é o objetivo final de Satanás em atrair pessoas para o seu sistema?
Não amem o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele (1 João 2:15).
Os verdadeiros cristãos amam a Deus e rejeitam o mundo e suas filosofias perniciosas.
Como o “deus deste mundo” (2 Coríntios 4:4), Satanás projetou um sistema que a Bíblia simplesmente chama de “mundo”. O termo grego kosmos refere-se a um sistema que engloba falsas religiões, filosofias errôneas, crimes, imoralidade, materialismo e afins. O apóstolo João escreveu: “Porque tudo o que há no mundo — os desejos da carne, os desejos dos olhos e a soberba da vida — não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como os seus desejos; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 João 2:16-17). Enquanto o mundo e suas preocupações carnais são apenas realidades temporárias, o verdadeiro crente tem a vida eterna e permanecerá para sempre.
Quando alguém se torna cristão, ele adquire um novo conjunto de metas e motivações; o mundo e suas luxúrias não o atraem mais, porém o repelem. Ele não ama mais “o mundo nem as coisas do mundo” (v. 15). Às vezes, ele pode ser atraído para atividades mundanas, mas ele não está fazendo o que ama, mas o que odeia (cf. Romanos 7:15). Isso porque a nova vida em Cristo dá ao crente um amor por Deus e pelas coisas espirituais.
Jesus disse que aqueles que O seguem não são do mundo, assim como Ele não era do mundo. Nós ainda nos movemos para fazer a vontade Dele. É por isso que Jesus pediu especificamente ao Pai que nos afastasse do maligno (João 17:14-16). Somos vulneráveis a sermos absorvidos para o sistema maligno do mundo vez ou outra, mas nosso amor é para com Deus. Esse amor é o que irá redirecionar nosso foco para as prioridades celestes.
Você rejeita o mundo e suas falsas religiões, ideologias condenatórias e perseguições sem Deus? Em vez disso, você ama a Deus, a Sua verdade, o Seu reino e tudo o que Ele defende? Se você rejeita o mundo e seus desejos maléficos, isso é uma forte indicação de que você tem uma nova vida em Cristo.
Sugestão para oração
Peça a Deus que lhe revele maneiras pelas quais você ainda pode estar se apegando ao mundo. Quando ele fizer isso, separe essas conexões.
Estudo adicional
Leia 2 Coríntios 4:4; Efésios 2:1-3 e Tiago 4:4. Qual é o objetivo final de Satanás em atrair pessoas para o seu sistema?
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
VOCÊ NÃO PODE PERDER NO FINAL
Versículo do dia: Aí tendes uma escolta; ide e guardai o sepulcro como bem vos parecer. (Mateus 27.65).
Quando Jesus estava morto e sepultado, com uma grande pedra fechando o túmulo, os fariseus vieram a Pilatos e pediram permissão para selar a pedra e guardar o túmulo.
Eles fizeram a sua melhor tentativa — em vão.
Isso foi ineficaz naquela ocasião, é ineficaz hoje e será ineficaz sempre. Tentem o quanto puderem, as pessoas não podem restringir Jesus. Elas não podem mantê-lo sepultado.
Não é difícil imaginar por que: Ele pode sair, porque ele não foi forçado a entrar. Ele se deixou ser caluniado, zombado, acusado, desprezado, arrastado e assassinado.
“Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la” (João 10.17-18).
Ninguém pode restringi-lo, porque ninguém nunca o prendeu. Ele se entregou quando chegou sua hora.
Quando parece que ele está felizmente sepultado, Jesus está fazendo algo incrível na escuridão. “O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra; depois, dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como” (Marcos 4.26-27).
O mundo pensa que Jesus foi vencido — exterminado — mas Jesus está agindo nos lugares obscuros. “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto” (João 12.24). Ele permitiu ser sepultado — “ninguém a tira [minha vida] de mim” — e ele sairá em poder quando e onde quiser — “Tenho autoridade para reavê-la”.
“Deus [o] ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela” (Atos 2.24). Jesus tem seu sacerdócio hoje “segundo o poder de vida indissolúvel” (Hebreus 7.16).
Por vinte séculos, o mundo tem feito a sua melhor tentativa — em vão. Eles não podem sepultá-lo. Eles não podem detê-lo. Eles não podem silenciá-lo ou limitá-lo. Jesus vive e é completamente livre para ir e vir para onde quiser.
Confie nele e siga com ele, não importa o que aconteça. Você não pode perder no final.
Versículo do dia: Aí tendes uma escolta; ide e guardai o sepulcro como bem vos parecer. (Mateus 27.65).
Quando Jesus estava morto e sepultado, com uma grande pedra fechando o túmulo, os fariseus vieram a Pilatos e pediram permissão para selar a pedra e guardar o túmulo.
Eles fizeram a sua melhor tentativa — em vão.
Isso foi ineficaz naquela ocasião, é ineficaz hoje e será ineficaz sempre. Tentem o quanto puderem, as pessoas não podem restringir Jesus. Elas não podem mantê-lo sepultado.
Não é difícil imaginar por que: Ele pode sair, porque ele não foi forçado a entrar. Ele se deixou ser caluniado, zombado, acusado, desprezado, arrastado e assassinado.
“Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la” (João 10.17-18).
Ninguém pode restringi-lo, porque ninguém nunca o prendeu. Ele se entregou quando chegou sua hora.
Quando parece que ele está felizmente sepultado, Jesus está fazendo algo incrível na escuridão. “O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra; depois, dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como” (Marcos 4.26-27).
O mundo pensa que Jesus foi vencido — exterminado — mas Jesus está agindo nos lugares obscuros. “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto” (João 12.24). Ele permitiu ser sepultado — “ninguém a tira [minha vida] de mim” — e ele sairá em poder quando e onde quiser — “Tenho autoridade para reavê-la”.
“Deus [o] ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela” (Atos 2.24). Jesus tem seu sacerdócio hoje “segundo o poder de vida indissolúvel” (Hebreus 7.16).
Por vinte séculos, o mundo tem feito a sua melhor tentativa — em vão. Eles não podem sepultá-lo. Eles não podem detê-lo. Eles não podem silenciá-lo ou limitá-lo. Jesus vive e é completamente livre para ir e vir para onde quiser.
Confie nele e siga com ele, não importa o que aconteça. Você não pode perder no final.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “Meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.” (Salmos 22.14)
Nosso bendito Senhor experimentou um terrível abatimento de alma. “O espírito firme sustém o homem na sua doença, mas o espírito abatido, quem o pode suportar?” (Provérbios 18.14). Profunda depressão de espírito é a mais grave de todas as provações, todo o resto é como nada. Bem poderia, em seu sofrimento, ter clamado o Salvador a Deus: “Não te ausentes de mim” (Salmos 71.12), pois, mais que em qualquer outra época um homem precisa de seu Deus quando seu coração se derrete por conta do peso que leva.
Crente, adore com humildade o Rei da Glória como Aquele que sofreu mais agonias interiores e aflições em sua mente do que qualquer outra pessoa que já viveu entre nós. Na qualidade de nosso Sumo Sacerdote fiel, o Senhor Jesus pode se comover de nossas fraquezas (ver Hebreus 4.15). Em especial, aqueles que dentre nós passam por tristezas vindas diretamente da falta de senso da presença do Pai, esses devem buscar a comunhão mais íntima e mais achegada a Jesus. Nossa alma pode, às vezes, anelar, sentir fome e sede de contemplar a luz da face de Jesus e, em tais épocas, confortemo-nos com a doce simpatia de nosso Grande Sumo Sacerdote. Nossas gotas de sofrimento podem ser esquecidas no oceano da dor dele, mas quão longe nosso amor deveria ir! Ó profundo e vigoroso amor de Jesus, tal como o oceano nas marés da primavera, vem e remove os meus pecados, repele todas as minhas inquietações, ergue minha alma presa às coisas desta vida, lançando-a imediatamente aos pés de meu Senhor. Devo permanecer ali, uma concha quebrada, sem virtudes e completamente indigno, lavado pelo amor dele; arriscando-me apenas a sussurrar-Lhe que, se colocar seus ouvidos perto de mim, ouvirá do profundo de meu coração ecos frágeis provenientes das imensas ondas do amor dele mesmo, que me comprou; e ali, aos pés dele, me deleito em permanecer, para sempre.
Nosso bendito Senhor experimentou um terrível abatimento de alma. “O espírito firme sustém o homem na sua doença, mas o espírito abatido, quem o pode suportar?” (Provérbios 18.14). Profunda depressão de espírito é a mais grave de todas as provações, todo o resto é como nada. Bem poderia, em seu sofrimento, ter clamado o Salvador a Deus: “Não te ausentes de mim” (Salmos 71.12), pois, mais que em qualquer outra época um homem precisa de seu Deus quando seu coração se derrete por conta do peso que leva.
Crente, adore com humildade o Rei da Glória como Aquele que sofreu mais agonias interiores e aflições em sua mente do que qualquer outra pessoa que já viveu entre nós. Na qualidade de nosso Sumo Sacerdote fiel, o Senhor Jesus pode se comover de nossas fraquezas (ver Hebreus 4.15). Em especial, aqueles que dentre nós passam por tristezas vindas diretamente da falta de senso da presença do Pai, esses devem buscar a comunhão mais íntima e mais achegada a Jesus. Nossa alma pode, às vezes, anelar, sentir fome e sede de contemplar a luz da face de Jesus e, em tais épocas, confortemo-nos com a doce simpatia de nosso Grande Sumo Sacerdote. Nossas gotas de sofrimento podem ser esquecidas no oceano da dor dele, mas quão longe nosso amor deveria ir! Ó profundo e vigoroso amor de Jesus, tal como o oceano nas marés da primavera, vem e remove os meus pecados, repele todas as minhas inquietações, ergue minha alma presa às coisas desta vida, lançando-a imediatamente aos pés de meu Senhor. Devo permanecer ali, uma concha quebrada, sem virtudes e completamente indigno, lavado pelo amor dele; arriscando-me apenas a sussurrar-Lhe que, se colocar seus ouvidos perto de mim, ouvirá do profundo de meu coração ecos frágeis provenientes das imensas ondas do amor dele mesmo, que me comprou; e ali, aos pés dele, me deleito em permanecer, para sempre.
VIVEMOS EM UMA SOCIEDADE PÓS-CRISTÃ?
O que significa ser cristão?
Eu não acredito que estamos vivendo em uma sociedade pós-cristã, se definirmos a palavra “cristã” da maneira que o Novo Testamento o faz. Quando as pessoas me perguntam isso, eu costumo dizer que estamos vivendo, na melhor das hipóteses, em uma sociedade pré-cristã. Por quê? Como assim? Não acho que tenha havido uma “era de ouro”, um “auge” do Cristianismo no passado, em que alguma vez houve uma sociedade cristã nostálgica.
Alguém me disse uma vez: “Só precisamos voltar para onde estávamos antes desta cultura ter se diluído”. Eu disse: “Você parece não saber quando a cultura se desfez; a cultura se dissolveu em algum lugar entre Os rios Tigre e Eufrates, em Gênesis 3. ”Desde essa época, cada geração tem demonstrado evidências claras de sua queda e alienação de maneiras diferentes. Por isso existem diferentes desafios em cada geração, mas eles estão sempre lá.
Contudo, em vez de sermos uma sociedade pós-cristã, na verdade, somos uma sociedade pré-cristã. Houve uma época em que as pessoas tinham uma compreensão básica das verdades bíblicas e alguma conexão com a igreja. Isso trouxe algum benefício, porque, em muitos casos, havia algum tipo de compreensão estável da moralidade. Mas também trouxe muitas desvantagens, pois o cristianismo nominal não pode salvar ou mudar o quadro.
Muitas vezes, o que um cristianismo nominal faz é o pior: deixa as pessoas perdidas e convictas de que estão reconciliadas com Deus. Eu acho que estamos indo além desse tipo de cristianismo. Isso significa falta de coesão no país e em algumas comunidades.
Portanto, isso também significa que temos a oportunidade de pregar o evangelho no mesmo tipo de sociedade em que o evangelho surgiu – que não era uma sociedade cristã nebulosa e feliz. Foi um império romano politeísta, muito decadente. E o evangelho conseguiu se expressar, permanecer e salvar. Eu acho que o mesmo é verdade agora. A mesma história, mas em outra época.
Autor: Russel Moore
Fonte: Crossway
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
Eu não acredito que estamos vivendo em uma sociedade pós-cristã, se definirmos a palavra “cristã” da maneira que o Novo Testamento o faz. Quando as pessoas me perguntam isso, eu costumo dizer que estamos vivendo, na melhor das hipóteses, em uma sociedade pré-cristã. Por quê? Como assim? Não acho que tenha havido uma “era de ouro”, um “auge” do Cristianismo no passado, em que alguma vez houve uma sociedade cristã nostálgica.
Alguém me disse uma vez: “Só precisamos voltar para onde estávamos antes desta cultura ter se diluído”. Eu disse: “Você parece não saber quando a cultura se desfez; a cultura se dissolveu em algum lugar entre Os rios Tigre e Eufrates, em Gênesis 3. ”Desde essa época, cada geração tem demonstrado evidências claras de sua queda e alienação de maneiras diferentes. Por isso existem diferentes desafios em cada geração, mas eles estão sempre lá.
Contudo, em vez de sermos uma sociedade pós-cristã, na verdade, somos uma sociedade pré-cristã. Houve uma época em que as pessoas tinham uma compreensão básica das verdades bíblicas e alguma conexão com a igreja. Isso trouxe algum benefício, porque, em muitos casos, havia algum tipo de compreensão estável da moralidade. Mas também trouxe muitas desvantagens, pois o cristianismo nominal não pode salvar ou mudar o quadro.
Muitas vezes, o que um cristianismo nominal faz é o pior: deixa as pessoas perdidas e convictas de que estão reconciliadas com Deus. Eu acho que estamos indo além desse tipo de cristianismo. Isso significa falta de coesão no país e em algumas comunidades.
Portanto, isso também significa que temos a oportunidade de pregar o evangelho no mesmo tipo de sociedade em que o evangelho surgiu – que não era uma sociedade cristã nebulosa e feliz. Foi um império romano politeísta, muito decadente. E o evangelho conseguiu se expressar, permanecer e salvar. Eu acho que o mesmo é verdade agora. A mesma história, mas em outra época.
Autor: Russel Moore
Fonte: Crossway
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR
OBEDIÊNCIA À PALAVRA DE DEUS
E nisto sabemos que o temos conhecido: se guardamos os seus mandamentos (1 João 2:3).
Os verdadeiros crentes obedecem aos mandamentos de Deus.
Antes de Jesus ascender ao Céu após a ressurreição, Ele deu a seguinte Grande Comissão aos seus discípulos: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos” (Mateus 28:19-20). Observe que um verdadeiro discípulo deveria observar ou obedecer a todos os mandamentos de Cristo.
O apóstolo João entendeu bem a instrução do Senhor. Ele sabia que a obediência aos mandamentos de Deus produz segurança – a confiança de saber decerto “que o conhecemos” (1 João 2:3). A palavra grega para “guardar”, no presente versículo, refere-se à obediência vigilante, cuidadosa e ponderada. Não é uma obediência que é apenas o resultado da pressão externa; é a obediência zelosa de quem “guarda” os mandamentos divinos como se fossem algo muito precioso. Tal obediência é motivada pelo amor, como João indica no verso 5: “Mas quem guarda a sua palavra, nele verdadeiramente tem sido aperfeiçoado o amor de Deus”.
Isso é apoiado pela palavra traduzida por “mandamentos”, que se refere especificamente aos preceitos de Cristo, e não às leis em geral. A obediência legal exige perfeição ou penalidade, enquanto 1 João 2:3 é um chamado à obediência graciosa por causa da penalidade que Cristo já pagou.
Como você pode determinar se é um verdadeiro cristão? Pelo sentimento? Pela emoção? Não, mas pela obediência. Se você deseja obedecer a Deus por gratidão por tudo o que Cristo fez por você, e se você vê esse desejo produzindo um padrão geral de obediência, você passou por um importante teste que indica a presença da fé salvadora.
Sugestão para oração
Se você descobriu que sua obediência se baseia mais no ato da obediência do que na gratidão a Deus, confesse isso agora e busque mudar sua atitude.
Estudo adicional
Memorize 1 Samuel 15:22 como motivação para o espírito correto de obediência.
E nisto sabemos que o temos conhecido: se guardamos os seus mandamentos (1 João 2:3).
Os verdadeiros crentes obedecem aos mandamentos de Deus.
Antes de Jesus ascender ao Céu após a ressurreição, Ele deu a seguinte Grande Comissão aos seus discípulos: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos” (Mateus 28:19-20). Observe que um verdadeiro discípulo deveria observar ou obedecer a todos os mandamentos de Cristo.
O apóstolo João entendeu bem a instrução do Senhor. Ele sabia que a obediência aos mandamentos de Deus produz segurança – a confiança de saber decerto “que o conhecemos” (1 João 2:3). A palavra grega para “guardar”, no presente versículo, refere-se à obediência vigilante, cuidadosa e ponderada. Não é uma obediência que é apenas o resultado da pressão externa; é a obediência zelosa de quem “guarda” os mandamentos divinos como se fossem algo muito precioso. Tal obediência é motivada pelo amor, como João indica no verso 5: “Mas quem guarda a sua palavra, nele verdadeiramente tem sido aperfeiçoado o amor de Deus”.
Isso é apoiado pela palavra traduzida por “mandamentos”, que se refere especificamente aos preceitos de Cristo, e não às leis em geral. A obediência legal exige perfeição ou penalidade, enquanto 1 João 2:3 é um chamado à obediência graciosa por causa da penalidade que Cristo já pagou.
Como você pode determinar se é um verdadeiro cristão? Pelo sentimento? Pela emoção? Não, mas pela obediência. Se você deseja obedecer a Deus por gratidão por tudo o que Cristo fez por você, e se você vê esse desejo produzindo um padrão geral de obediência, você passou por um importante teste que indica a presença da fé salvadora.
Sugestão para oração
Se você descobriu que sua obediência se baseia mais no ato da obediência do que na gratidão a Deus, confesse isso agora e busque mudar sua atitude.
Estudo adicional
Memorize 1 Samuel 15:22 como motivação para o espírito correto de obediência.
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
O VINHO DO GRANDE REI
Versículo do dia: Não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. (Hebreus 4.15)
Nunca ouvi alguém dizer: “As lições verdadeiramente profundas da minha vida vieram por meio de momentos de facilidade e conforto”. Porém, ouvi santos fortes dizerem: “Todo avanço significativo que eu já fiz para compreender as profundezas do amor de Deus e crescer profundamente com ele, veio através do sofrimento”.
Esta é uma séria verdade bíblica. Por exemplo: “Por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Filipenses 3.8). Paráfrase: Sem dor, sem ganho. Ou:
Agora, que tudo seja sacrificado, contanto que isso me dê mais de Cristo.
Eis outro exemplo: “embora sendo Filho, [Jesus] aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hebreus 5.8). O mesmo livro disse que ele nunca pecou (Hebreus 4.15).
Então, aprender a obediência não significa mudar da desobediência para a obediência. Significa crescer cada vez mais profundamente com Deus na experiência da obediência. Significa experimentar profundidades de submissão a Deus que não seriam exigidas de outra forma. Isso é o que vem por meio do sofrimento. Sem dor, sem ganho.
Samuel Rutherford disse que quando foi lançado nos porões da aflição, lembrou-se de que o grande rei sempre guardava o seu vinho ali. Charles Spurgeon disse: “Aqueles que mergulham no mar da aflição trazem consigo pérolas raras”.
Você não ama mais o seu amado quando sente alguma dor estranha que faz você pensar que está com câncer? Somos criaturas estranhas, de fato. Se temos saúde, paz e tempo para amar, isso é algo leve e superficial. Mas se estamos morrendo, o amor é um rio profundo e lento de alegria inexprimível, e dificilmente podemos suportar deixá-lo.
Portanto, irmãos e irmãs: “Tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações” (Tiago 1.2).
Versículo do dia: Não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. (Hebreus 4.15)
Nunca ouvi alguém dizer: “As lições verdadeiramente profundas da minha vida vieram por meio de momentos de facilidade e conforto”. Porém, ouvi santos fortes dizerem: “Todo avanço significativo que eu já fiz para compreender as profundezas do amor de Deus e crescer profundamente com ele, veio através do sofrimento”.
Esta é uma séria verdade bíblica. Por exemplo: “Por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Filipenses 3.8). Paráfrase: Sem dor, sem ganho. Ou:
Agora, que tudo seja sacrificado, contanto que isso me dê mais de Cristo.
Eis outro exemplo: “embora sendo Filho, [Jesus] aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hebreus 5.8). O mesmo livro disse que ele nunca pecou (Hebreus 4.15).
Então, aprender a obediência não significa mudar da desobediência para a obediência. Significa crescer cada vez mais profundamente com Deus na experiência da obediência. Significa experimentar profundidades de submissão a Deus que não seriam exigidas de outra forma. Isso é o que vem por meio do sofrimento. Sem dor, sem ganho.
Samuel Rutherford disse que quando foi lançado nos porões da aflição, lembrou-se de que o grande rei sempre guardava o seu vinho ali. Charles Spurgeon disse: “Aqueles que mergulham no mar da aflição trazem consigo pérolas raras”.
Você não ama mais o seu amado quando sente alguma dor estranha que faz você pensar que está com câncer? Somos criaturas estranhas, de fato. Se temos saúde, paz e tempo para amar, isso é algo leve e superficial. Mas se estamos morrendo, o amor é um rio profundo e lento de alegria inexprimível, e dificilmente podemos suportar deixá-lo.
Portanto, irmãos e irmãs: “Tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações” (Tiago 1.2).
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram.” (Salmos 22.14)
A terra e o céu já contemplaram um espetáculo mais deplorável do que este? Tanto na alma como no corpo, nosso Senhor se sentiu tão fraco como a água derramada no solo. O ato de colocar a cruz no buraco sacudiu a Jesus com grande violência, retesou-Lhe todos os ligamentos, causou-Lhe dores em cada nervo e deslocou parte de seus ossos. Sobrecarregado com o seu próprio peso, o Sofredor sentiu o esgotamento crescendo a cada momento daquelas seis longas horas. O sentimento de debilidade e fraqueza geral se mostrou excessivamente poderoso, enquanto aos seus próprios olhos Ele se tornava nada mais do que um corpo de miséria e de enfermidade crescente. Quando Daniel teve a grande visão, assim ele descreveu sua sensação: “Não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma” (Daniel 10.8). Quão desanimado Ele deve ter ficado quando contemplou a terrível visão da ira de Deus, sentindo-a em sua própria alma!
Sensações como as que nosso Senhor suportou teriam sido insuportáveis para nós; e a perda de consciência nos teria sobrevindo para nos livrar de tais sensações. Mas, no caso de nosso Senhor, Ele foi ferido e sentiu a espada. Ele esvaziou todo o cálice, sorvendo cada gota. Quando nos prostramos diante do trono de nosso Senhor exaltado, devemos recordar bem o caminho por intermédio do qual Ele preparou-nos um trono de graça. Em espírito, devemos beber do cálice de nosso Senhor, para sermos fortalecidos na hora de nossa aflição, sempre que ela nos encontra. Em seu corpo cada membro sofreu e assim deve ser no espírito. Entretanto, assim como seu corpo ressurgiu sem dor e aflição, ileso em glória e poder, assim seu corpo espiritual ressurgirá da fornalha com nada mais que cheiro de fogo.
A terra e o céu já contemplaram um espetáculo mais deplorável do que este? Tanto na alma como no corpo, nosso Senhor se sentiu tão fraco como a água derramada no solo. O ato de colocar a cruz no buraco sacudiu a Jesus com grande violência, retesou-Lhe todos os ligamentos, causou-Lhe dores em cada nervo e deslocou parte de seus ossos. Sobrecarregado com o seu próprio peso, o Sofredor sentiu o esgotamento crescendo a cada momento daquelas seis longas horas. O sentimento de debilidade e fraqueza geral se mostrou excessivamente poderoso, enquanto aos seus próprios olhos Ele se tornava nada mais do que um corpo de miséria e de enfermidade crescente. Quando Daniel teve a grande visão, assim ele descreveu sua sensação: “Não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma” (Daniel 10.8). Quão desanimado Ele deve ter ficado quando contemplou a terrível visão da ira de Deus, sentindo-a em sua própria alma!
Sensações como as que nosso Senhor suportou teriam sido insuportáveis para nós; e a perda de consciência nos teria sobrevindo para nos livrar de tais sensações. Mas, no caso de nosso Senhor, Ele foi ferido e sentiu a espada. Ele esvaziou todo o cálice, sorvendo cada gota. Quando nos prostramos diante do trono de nosso Senhor exaltado, devemos recordar bem o caminho por intermédio do qual Ele preparou-nos um trono de graça. Em espírito, devemos beber do cálice de nosso Senhor, para sermos fortalecidos na hora de nossa aflição, sempre que ela nos encontra. Em seu corpo cada membro sofreu e assim deve ser no espírito. Entretanto, assim como seu corpo ressurgiu sem dor e aflição, ileso em glória e poder, assim seu corpo espiritual ressurgirá da fornalha com nada mais que cheiro de fogo.
O DESCONTENTAMENTO É ALGO SOBRE VOCÊ, NÃO SOBRE SUAS CIRCUNSTÂNCIAS
Em Êxodo 15, os israelitas acamparam-se nas nascentes de Elim por várias semanas, permanecendo sob as palmeiras e bebendo muita água. Então, chegou a hora de seguir em frente. Eles estavam em uma jornada espiritual – uma peregrinação que revela o padrão da vida cristã.
A geografia espiritual do êxodo de Israel do Egito pode ser delineada na experiência de nossas próprias vidas. Embora haja momentos refrescantes, geralmente não duram muito tempo. Logo é hora de voltar para o deserto, que é um lugar de provação e crescimento espiritual.
Os israelitas se adentraram ao deserto novamente. Pouco tempo depois estavam cansados e com fome, e mais uma vez começaram a reclamar. A murmuração era o constante pecado de Israel. Tudo começou quando Moisés foi a Faraó pela primeira vez, onde as pessoas se queixaram de que ele estava dificultando o trabalho em vez de facilitar (Êxodo 5:21). Eles reclamaram no Mar Vermelho e acusaram Moisés de levá-los ao deserto para morrer. As lamúrias continuaram por cerca 40 anos, quando se tornaram uma nação de descontentes.
Descontentamento com Deus
Nossos murmúrios não são causadas por nossas circunstâncias externas; pelo contrário, eles revelam a condição interior de nossos corações. Decerto os israelitas não tinham do que reclamar. Eles não estavam passando fome, mas confundiam o que queriam com o que precisavam. Isto é justamente a fonte do nosso descontentamento: pensar que nossas “cobiças” são realmente as nossas necessidades.
Os israelitas também suscitaram as vantagens de sua situação anterior – “Lembram-se dos velhos tempos?” – eles disseram. Olharam para trás com saudade de seu tempo no Egito, pensando no desfrutar do bufê de faraó. No entanto, é duvidoso que, como escravos, eles fossem tratados com tanta generosidade.
A atitude de Israel é uma advertência contra o grave pecado da reclamação. Embora eles se queixassem “a” ou “de” Moisés, estavam, com efeito, murmurando contra o próprio Deus. Ao dizer que teria sido melhor para eles Deus tê-los deixado morrer no Egito, eles estavam realmente dizendo que desejavam nunca ter sido salvos.
Precisamos ser honestos sobre o fato de que toda a nossa insatisfação é um descontentamento com Deus. Geralmente miramos nossas frustrações em outra pessoa ou na circunstância. Mas Deus sabe que, quando nos queixamos, estamos nos queixando dele. Um espírito lamentoso indica um problema em nosso relacionamento com Deus.
A ironia é que Deus sempre nos dá exatamente o que precisamos. Para os israelitas, isso significava maná e o sustento no deserto. Para nós, significa o verdadeiro Pão da Vida, Jesus Cristo, e seu cuidado para conosco.
Autor: Philip Graham Ryken
Fonte: Crossway
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
A geografia espiritual do êxodo de Israel do Egito pode ser delineada na experiência de nossas próprias vidas. Embora haja momentos refrescantes, geralmente não duram muito tempo. Logo é hora de voltar para o deserto, que é um lugar de provação e crescimento espiritual.
Os israelitas se adentraram ao deserto novamente. Pouco tempo depois estavam cansados e com fome, e mais uma vez começaram a reclamar. A murmuração era o constante pecado de Israel. Tudo começou quando Moisés foi a Faraó pela primeira vez, onde as pessoas se queixaram de que ele estava dificultando o trabalho em vez de facilitar (Êxodo 5:21). Eles reclamaram no Mar Vermelho e acusaram Moisés de levá-los ao deserto para morrer. As lamúrias continuaram por cerca 40 anos, quando se tornaram uma nação de descontentes.
Descontentamento com Deus
Nossos murmúrios não são causadas por nossas circunstâncias externas; pelo contrário, eles revelam a condição interior de nossos corações. Decerto os israelitas não tinham do que reclamar. Eles não estavam passando fome, mas confundiam o que queriam com o que precisavam. Isto é justamente a fonte do nosso descontentamento: pensar que nossas “cobiças” são realmente as nossas necessidades.
Os israelitas também suscitaram as vantagens de sua situação anterior – “Lembram-se dos velhos tempos?” – eles disseram. Olharam para trás com saudade de seu tempo no Egito, pensando no desfrutar do bufê de faraó. No entanto, é duvidoso que, como escravos, eles fossem tratados com tanta generosidade.
A atitude de Israel é uma advertência contra o grave pecado da reclamação. Embora eles se queixassem “a” ou “de” Moisés, estavam, com efeito, murmurando contra o próprio Deus. Ao dizer que teria sido melhor para eles Deus tê-los deixado morrer no Egito, eles estavam realmente dizendo que desejavam nunca ter sido salvos.
Precisamos ser honestos sobre o fato de que toda a nossa insatisfação é um descontentamento com Deus. Geralmente miramos nossas frustrações em outra pessoa ou na circunstância. Mas Deus sabe que, quando nos queixamos, estamos nos queixando dele. Um espírito lamentoso indica um problema em nosso relacionamento com Deus.
A ironia é que Deus sempre nos dá exatamente o que precisamos. Para os israelitas, isso significava maná e o sustento no deserto. Para nós, significa o verdadeiro Pão da Vida, Jesus Cristo, e seu cuidado para conosco.
Autor: Philip Graham Ryken
Fonte: Crossway
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR
SENSIBILIDADE AO PECADO
Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não cometemos pecado, fazemos dele um mentiroso, e a sua palavra não está em nós (1 João 1:6-10).
Os verdadeiros crentes são sensíveis ao seu pecado e os confessam.
Em toda a Escritura, a “luz” é usada como metáfora da verdade – tanto intelectual quanto moral (cf. Salmo 119:105, 130; Provérbios 6:23). Quando o apóstolo João escreve: “Deus é luz, e nele não há trevas” (1 João 1:5), ele afirma que o Senhor é absolutamente sem pecado, porque a luz e as trevas não podem coexistir.
Alguns afirmam terem comunhão com Deus (v. 6), não terem pecado (v. 8) e até mesmo nunca terem pecado (v. 10). Mas eles estão vivendo na escuridão; é característico dos incrédulos não perceberem os pecados em suas vidas. Mas isso não é verdade com os verdadeiros crentes. Eles têm um senso correto de pecado: eles “andam na luz como Ele mesmo está na luz” (v. 7), e eles “confessam seus pecados” (v. 9). Os verdadeiros crentes sabem que, se querem ter comunhão com Deus, precisam confessar seus pecados e se voltarem para Cristo como seu “Advogado” diante de Deus (2:1).
O apóstolo Paulo foi muito sensível às realidades pecaminosas de sua vida (Romanos 7:14-25). Você também é? Você está ciente da batalha espiritual furiosa dentro de você? Você entende que deve viver uma vida santa para ter comunhão com Deus? Você está disposto a confessar e abandonar qualquer pecado em sua vida? Você sabe que pode escolher não pecar? Você está cansado de lutar contra o pecado em sua vida (cf. Romanos 7:24)? Se estas coisas são reais para você, regozije-se na certeza da sua salvação.
Sugestão para oração
Confesse seus pecados a Deus e os abandone.
Estudo adicional
Leia Romanos 7:14-25.
Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não cometemos pecado, fazemos dele um mentiroso, e a sua palavra não está em nós (1 João 1:6-10).
Os verdadeiros crentes são sensíveis ao seu pecado e os confessam.
Em toda a Escritura, a “luz” é usada como metáfora da verdade – tanto intelectual quanto moral (cf. Salmo 119:105, 130; Provérbios 6:23). Quando o apóstolo João escreve: “Deus é luz, e nele não há trevas” (1 João 1:5), ele afirma que o Senhor é absolutamente sem pecado, porque a luz e as trevas não podem coexistir.
Alguns afirmam terem comunhão com Deus (v. 6), não terem pecado (v. 8) e até mesmo nunca terem pecado (v. 10). Mas eles estão vivendo na escuridão; é característico dos incrédulos não perceberem os pecados em suas vidas. Mas isso não é verdade com os verdadeiros crentes. Eles têm um senso correto de pecado: eles “andam na luz como Ele mesmo está na luz” (v. 7), e eles “confessam seus pecados” (v. 9). Os verdadeiros crentes sabem que, se querem ter comunhão com Deus, precisam confessar seus pecados e se voltarem para Cristo como seu “Advogado” diante de Deus (2:1).
O apóstolo Paulo foi muito sensível às realidades pecaminosas de sua vida (Romanos 7:14-25). Você também é? Você está ciente da batalha espiritual furiosa dentro de você? Você entende que deve viver uma vida santa para ter comunhão com Deus? Você está disposto a confessar e abandonar qualquer pecado em sua vida? Você sabe que pode escolher não pecar? Você está cansado de lutar contra o pecado em sua vida (cf. Romanos 7:24)? Se estas coisas são reais para você, regozije-se na certeza da sua salvação.
Sugestão para oração
Confesse seus pecados a Deus e os abandone.
Estudo adicional
Leia Romanos 7:14-25.
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
O QUE É UMA VERGONHA NO LUGAR CERTO?
Versículo do dia: Quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte. (Romanos 6.20-21)
Quando os olhos de um cristão são abertos à maldade desonrosa a Deus de seu comportamento anterior, ele se sente envergonhado. Paulo diz à igreja romana: “Quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte” (Romanos 6.20-21).
Há um lugar apropriado para o ato de olhar para trás e de sentir a triste dor por já termos vivido de forma tão desprezível a Deus. Veremos em instantes que não devemos ficar paralisados pensando nisso. Porém, um coração cristão sensível não pode lembrar das loucuras da juventude sem sentir ecos de vergonha, mesmo que tenha resolvido tudo com o Senhor.
A vergonha no lugar certo pode ser muito saudável e redentiva. Paulo disse aos tessalonicenses: “Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado” (2 Tessalonicenses 3.14). Isso significa que a vergonha é um passo correto e redentivo na conversão e no arrependimento de um crente quanto a uma época de frieza espiritual e de pecado. A vergonha não é algo a ser evitado a todo o custo. Há um lugar para ela nos bons tratamentos de Deus com seu povo.
Podemos concluir que o critério bíblico para a vergonha no lugar errado e para a vergonha no lugar certo é radicalmente centrado em Deus.
O critério bíblico para a vergonha no lugar errado diz: Não se envergonhe por algo que honra a Deus, independentemente do quão fraco, tolo ou errado isso faça você parecer aos olhos de outras pessoas. E não tome para si a vergonha de uma situação verdadeiramente vergonhosa, a menos que você esteja de alguma forma verdadeiramente envolvido no mal.
O critério bíblico para a vergonha no lugar certo diz: “Sinta vergonha por ter participação em qualquer coisa que desonra a Deus, não importa o quão forte, sábio ou certo isso faça você parecer aos olhos dos outros”.
Versículo do dia: Quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte. (Romanos 6.20-21)
Quando os olhos de um cristão são abertos à maldade desonrosa a Deus de seu comportamento anterior, ele se sente envergonhado. Paulo diz à igreja romana: “Quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte” (Romanos 6.20-21).
Há um lugar apropriado para o ato de olhar para trás e de sentir a triste dor por já termos vivido de forma tão desprezível a Deus. Veremos em instantes que não devemos ficar paralisados pensando nisso. Porém, um coração cristão sensível não pode lembrar das loucuras da juventude sem sentir ecos de vergonha, mesmo que tenha resolvido tudo com o Senhor.
A vergonha no lugar certo pode ser muito saudável e redentiva. Paulo disse aos tessalonicenses: “Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado” (2 Tessalonicenses 3.14). Isso significa que a vergonha é um passo correto e redentivo na conversão e no arrependimento de um crente quanto a uma época de frieza espiritual e de pecado. A vergonha não é algo a ser evitado a todo o custo. Há um lugar para ela nos bons tratamentos de Deus com seu povo.
Podemos concluir que o critério bíblico para a vergonha no lugar errado e para a vergonha no lugar certo é radicalmente centrado em Deus.
O critério bíblico para a vergonha no lugar errado diz: Não se envergonhe por algo que honra a Deus, independentemente do quão fraco, tolo ou errado isso faça você parecer aos olhos de outras pessoas. E não tome para si a vergonha de uma situação verdadeiramente vergonhosa, a menos que você esteja de alguma forma verdadeiramente envolvido no mal.
O critério bíblico para a vergonha no lugar certo diz: “Sinta vergonha por ter participação em qualquer coisa que desonra a Deus, não importa o quão forte, sábio ou certo isso faça você parecer aos olhos dos outros”.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “O lugar chamado Calvário.” (Lucas 23.33)
O monte da consolação é o Calvário. A casa da consolação está construída com a madeira da cruz do Calvário. Nenhuma outra cena na História ilumina tanto a alma como a tragédia do Calvário. A luz brota da escuridão do meio-dia no Gólgota, e todas as ervas do campo florescem alegremente debaixo da sombra daquela madeira que antes era maldita. Naquele lugar de sede, a graça cavou uma fonte que jorra água pura como o cristal, e cada gota é capaz de aliviar as misérias da humanidade.
Você que tem passado por tempos de conflito confessará que não foi no monte das Oliveiras onde encontrou consolação, nem no Tabor, nem no Sinai; dirá que o Getsêmani, o Gabatá e o Gólgota foram os meios pelos quais você obteve consolação. As ervas amargas do Getsêmani têm frequentemente removido as amarguras de sua vida; o açoite do Gabatá, banido as suas inquietações; e os gemidos do Calvário, repelido todos os outros gemidos.
Não é estranho que a hora mais negra
Que já despontou na terra pecaminosa
Tocasse o coração com poder e luz,
dando mais consolo do que a alegria de um anjo?
Para que os olhos do lamentador se volvam à cruz
Mais rapidamente do que para Belém, onde nasceu Jesus?
Portanto, o Calvário nos proporciona consolações raras e preciosas. Jamais teríamos conhecido o amor de Cristo em toda a sua profundidade e amplitude, se Ele não tivesse morrido. Não poderíamos imaginar a profunda afeição do Pai, se Ele não tivesse entregue o seu Filho à morte. As misericórdias comuns das quais desfrutamos, todas cantam sobre o amor, assim como as conchas, quando colocamo-nas aos ouvidos, sussurram sobre o profundo mar, de onde veio; mas se desejamos ouvir o próprio oceano, não devemos olhar as bênçãos cotidianas mas o que aconteceu na Crucificação. Aquele que deseja conhecer o amor retire-se ao Calvário e veja o Homem de Dores morrer.
O monte da consolação é o Calvário. A casa da consolação está construída com a madeira da cruz do Calvário. Nenhuma outra cena na História ilumina tanto a alma como a tragédia do Calvário. A luz brota da escuridão do meio-dia no Gólgota, e todas as ervas do campo florescem alegremente debaixo da sombra daquela madeira que antes era maldita. Naquele lugar de sede, a graça cavou uma fonte que jorra água pura como o cristal, e cada gota é capaz de aliviar as misérias da humanidade.
Você que tem passado por tempos de conflito confessará que não foi no monte das Oliveiras onde encontrou consolação, nem no Tabor, nem no Sinai; dirá que o Getsêmani, o Gabatá e o Gólgota foram os meios pelos quais você obteve consolação. As ervas amargas do Getsêmani têm frequentemente removido as amarguras de sua vida; o açoite do Gabatá, banido as suas inquietações; e os gemidos do Calvário, repelido todos os outros gemidos.
Não é estranho que a hora mais negra
Que já despontou na terra pecaminosa
Tocasse o coração com poder e luz,
dando mais consolo do que a alegria de um anjo?
Para que os olhos do lamentador se volvam à cruz
Mais rapidamente do que para Belém, onde nasceu Jesus?
Portanto, o Calvário nos proporciona consolações raras e preciosas. Jamais teríamos conhecido o amor de Cristo em toda a sua profundidade e amplitude, se Ele não tivesse morrido. Não poderíamos imaginar a profunda afeição do Pai, se Ele não tivesse entregue o seu Filho à morte. As misericórdias comuns das quais desfrutamos, todas cantam sobre o amor, assim como as conchas, quando colocamo-nas aos ouvidos, sussurram sobre o profundo mar, de onde veio; mas se desejamos ouvir o próprio oceano, não devemos olhar as bênçãos cotidianas mas o que aconteceu na Crucificação. Aquele que deseja conhecer o amor retire-se ao Calvário e veja o Homem de Dores morrer.
OS AUTORES BÍBLICOS SABIAM QUE ESTAVAM ESCREVENDO AS ESCRITURAS?
Um dos equívocos mais comuns sobre o cânon do Novo Testamento é que os escritores sacros não tinham ideia de que estavam escrevendo livros inspirados que iriam fazer parte das Escrituras Sagradas. Eu já escrevi sobre este conceito em um nível geral, mostrando que havia uma clara autoconsciência apostólica entre os autores do Novo Testamento.
Embora essa autoconsciência apostólica possa ser fácil de mostrar em autores como Paulo, o que dizer dos evangelhos, que, tecnicamente falando, são formalmente anônimos? Seus escritores demonstram consciência de que eles estavam escrevendo algo como a Escritura? Para analisar isso mais detidamente, vamos considerar apenas um dos nossos evangelhos – o Evangelho de Mateus.
O primeiro passo é esclarecer nossas expectativas. Não devemos esperar que Mateus diga algo como: “Eu, Mateus, estou escrevendo as Escrituras ao escrever este livro”. Os evangelhos são um gênero muito diferente das epístolas, e não esperamos que os autores forneçam o mesmo tipo de declarações explícitas sobre sua própria autoridade, como Paulo faz em suas cartas. De fato, os escritores do evangelho estão decididamente nos bastidores e raramente fazem aparições no fluxo da história.
Entretanto, o anonimato formal dos evangelhos não precisa ser tomado como evidência de que seus autores não consideraram esses textos como tendo autoridade. Armin Baum argumentou que os livros históricos do Novo Testamento (evangelhos e Atos) foram intencionalmente escritos como obras anônimas, a fim de refletir a prática dos livros históricos do Antigo Testamento que eram anônimos (em oposição a outros escritos do Antigo Testamento, como os dos profetas, que incluiu a identidade dos autores).1
Portanto, na verdade, o anonimato dos Evangelhos, longe de reduzir sua autoridade escriturística, serviu para desenvolvê-los conscientemente, colocando-os “na tradição da historiografia do Velho Testamento”.2
Mateus contém menos evidências internas do que os demais evangelhos que também comunicam a tradição apostólica (Mateus 9:9, 10:3). Todavia, ainda há indícios de que esse evangelho foi escrito com a intenção de ser um livro semelhante às Escrituras.
O mais notável a este respeito é a maneira singular pela qual Mateus começa seu evangelho, com um “título” de abertura (v. 1), e seguido por uma genealogia (v. 2-17). Davies e Allison afirmam que a primeira frase de Mateus – Βίβλος γενέσεως – não é tanto uma referência à genealogia que se segue, mas ao livro como um todo.3
Eles escrevem: “Gênesis era um Βίβλος, e seu nome era γενέσίς. Alguém, portanto, é levado a perguntar se o uso introdutório de Βίβλος γενέσεως não teria levado os leitores de Mateus a pensar no primeiro livro da Torá e a pressupor que algum tipo de “nova gênese”, uma gênese de Jesus Cristo, se seguiria.4
A frase de abertura de Mateus é mais bem entendida como o “Livro do Novo Gênesis forjado por Jesus Cristo”.5 Esse começo sugere que Mateus está escrevendo intencionalmente em um estilo escriturístico; ele viu seu livro e queria que sua audiência o visse como uma continuação da história bíblica.
O fato de que Mateus parece moldar seu evangelho segundo o padrão dos livros do Antigo Testamento, é confirmado pelo fato de ele se voltar imediatamente para uma genealogia, colocando a história de Jesus na história de Israel, com ênfase em Davi.
A genealogia, obviamente, é um gênero bem conhecido do Antigo Testamento, o qual é frequentemente usado para certificar o desdobramento histórico das atividades redentoras de Deus entre seu povo. Nesse sentido, o paralelo mais próximo de Mateus é o livro das Crônicas, que também começa com uma genealogia que enfatiza a linhagem davídica.
Se, no século 1, as Crônicas foram consideradas o livro final do cânon hebraico, como aduz alguns estudiosos, então o evangelho de Mateus certamente seria uma sequência apropriada. Um cânon do Antigo Testamento, que termina com Crônicas, teria colocado Israel numa condição escatológica, olhando para o tempo em que o messias, o filho de Davi, se manifestaria a Jerusalém e traria libertação total ao seu povo.
Então, o capítulo de abertura de Mateus seria uma indicação clara de que ele pretendia concluir esta história. Ele está escrevendo de onde o Antigo Testamento terminou, com foco em Davi e na libertação de Israel. Independentemente se aceitamos que Crônicas foi o último livro do cânon hebraico, as conexões próximas entre Mateus e Crônicas permanecem.
Assim, com base nisso, Davies e Allison concluem que Mateus “pensou em seu evangelho como continuação da história bíblica – e também, talvez, ele imaginou sua obra como pertencente à mesma categoria literária dos ciclos escriturísticos que tratam as figuras do Antigo Testamento”.6
Autor: Michael Kruger
Fonte: Canon Fodder
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
Embora essa autoconsciência apostólica possa ser fácil de mostrar em autores como Paulo, o que dizer dos evangelhos, que, tecnicamente falando, são formalmente anônimos? Seus escritores demonstram consciência de que eles estavam escrevendo algo como a Escritura? Para analisar isso mais detidamente, vamos considerar apenas um dos nossos evangelhos – o Evangelho de Mateus.
O primeiro passo é esclarecer nossas expectativas. Não devemos esperar que Mateus diga algo como: “Eu, Mateus, estou escrevendo as Escrituras ao escrever este livro”. Os evangelhos são um gênero muito diferente das epístolas, e não esperamos que os autores forneçam o mesmo tipo de declarações explícitas sobre sua própria autoridade, como Paulo faz em suas cartas. De fato, os escritores do evangelho estão decididamente nos bastidores e raramente fazem aparições no fluxo da história.
Entretanto, o anonimato formal dos evangelhos não precisa ser tomado como evidência de que seus autores não consideraram esses textos como tendo autoridade. Armin Baum argumentou que os livros históricos do Novo Testamento (evangelhos e Atos) foram intencionalmente escritos como obras anônimas, a fim de refletir a prática dos livros históricos do Antigo Testamento que eram anônimos (em oposição a outros escritos do Antigo Testamento, como os dos profetas, que incluiu a identidade dos autores).1
Portanto, na verdade, o anonimato dos Evangelhos, longe de reduzir sua autoridade escriturística, serviu para desenvolvê-los conscientemente, colocando-os “na tradição da historiografia do Velho Testamento”.2
Mateus contém menos evidências internas do que os demais evangelhos que também comunicam a tradição apostólica (Mateus 9:9, 10:3). Todavia, ainda há indícios de que esse evangelho foi escrito com a intenção de ser um livro semelhante às Escrituras.
O mais notável a este respeito é a maneira singular pela qual Mateus começa seu evangelho, com um “título” de abertura (v. 1), e seguido por uma genealogia (v. 2-17). Davies e Allison afirmam que a primeira frase de Mateus – Βίβλος γενέσεως – não é tanto uma referência à genealogia que se segue, mas ao livro como um todo.3
Eles escrevem: “Gênesis era um Βίβλος, e seu nome era γενέσίς. Alguém, portanto, é levado a perguntar se o uso introdutório de Βίβλος γενέσεως não teria levado os leitores de Mateus a pensar no primeiro livro da Torá e a pressupor que algum tipo de “nova gênese”, uma gênese de Jesus Cristo, se seguiria.4
A frase de abertura de Mateus é mais bem entendida como o “Livro do Novo Gênesis forjado por Jesus Cristo”.5 Esse começo sugere que Mateus está escrevendo intencionalmente em um estilo escriturístico; ele viu seu livro e queria que sua audiência o visse como uma continuação da história bíblica.
O fato de que Mateus parece moldar seu evangelho segundo o padrão dos livros do Antigo Testamento, é confirmado pelo fato de ele se voltar imediatamente para uma genealogia, colocando a história de Jesus na história de Israel, com ênfase em Davi.
A genealogia, obviamente, é um gênero bem conhecido do Antigo Testamento, o qual é frequentemente usado para certificar o desdobramento histórico das atividades redentoras de Deus entre seu povo. Nesse sentido, o paralelo mais próximo de Mateus é o livro das Crônicas, que também começa com uma genealogia que enfatiza a linhagem davídica.
Se, no século 1, as Crônicas foram consideradas o livro final do cânon hebraico, como aduz alguns estudiosos, então o evangelho de Mateus certamente seria uma sequência apropriada. Um cânon do Antigo Testamento, que termina com Crônicas, teria colocado Israel numa condição escatológica, olhando para o tempo em que o messias, o filho de Davi, se manifestaria a Jerusalém e traria libertação total ao seu povo.
Então, o capítulo de abertura de Mateus seria uma indicação clara de que ele pretendia concluir esta história. Ele está escrevendo de onde o Antigo Testamento terminou, com foco em Davi e na libertação de Israel. Independentemente se aceitamos que Crônicas foi o último livro do cânon hebraico, as conexões próximas entre Mateus e Crônicas permanecem.
Assim, com base nisso, Davies e Allison concluem que Mateus “pensou em seu evangelho como continuação da história bíblica – e também, talvez, ele imaginou sua obra como pertencente à mesma categoria literária dos ciclos escriturísticos que tratam as figuras do Antigo Testamento”.6
Autor: Michael Kruger
Fonte: Canon Fodder
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR
COMUNHÃO COM CRISTO
O que vimos e ouvimos anunciamos também a vocês, para que também vocês tenham comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho, Jesus Cristo (1 João 1:3).
Desfrutar da comunhão com Deus e com Jesus Cristo é uma prova sólida de que a salvação é real.
Quando realizo batismos na igreja que eu pastoreio, invariavelmente, toda pessoa que dá seu testemunho descreve o irresistível senso de perdão que agora sente e o novo propósito que tem para sua vida. Estas pessoas estão expressando o maravilhoso resultado da salvação em Cristo, da qual Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). Ao dizer que a vida poderia ser abundante, Jesus estava dizendo que a salvação resultaria em mais do que uma mudança de posição – é uma mudança de experiência! A vida cristã é uma vida rica na qual estamos destinados a experimentar alegria, paz, amor e propósito.
A vida abundante em Cristo começa com uma íntima comunhão com o Deus vivo e o Cristo vivo. O apóstolo Paulo diz: “Fiel é Deus, pelo qual vocês foram chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1:9). Em Gálatas 2:20, Paulo descreve o que essa comunhão significava para ele pessoalmente: “Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. A grande intimidade com Cristo pertence a todos os crentes verdadeiros.
Você já experimentou a comunhão com Deus e com Cristo? Você já sentiu a presença deles? O seu amor por eles atrai você para a presença deles? Você já experimentou a alegria emocionante de falar em oração ao Deus vivo?
E você já experimentou a emoção de descobrir uma nova verdade em Sua Palavra? Se já, então você experimentou a vida abundante que Jesus prometeu a todos que colocam sua confiança nEle.
Sugestão para oração
Assim como Deus pediu a Israel para relatar as grandes obras que Ele havia feito por eles, medite nas muitas maneiras pelas quais Deus enriqueceu sua vida como resultado de conhecê-lo.
Estudo adicional
Leia Romanos 8:15; 2 Coríntios 1:3; Efésios 5:19; Filipenses 4:19; Hebreus 4:16; e 1 Pedro 5:10.
O que cada versículo ensina sobre seu relacionamento com Deus?
De que maneira a sua vida é abundante?
O que vimos e ouvimos anunciamos também a vocês, para que também vocês tenham comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho, Jesus Cristo (1 João 1:3).
Desfrutar da comunhão com Deus e com Jesus Cristo é uma prova sólida de que a salvação é real.
Quando realizo batismos na igreja que eu pastoreio, invariavelmente, toda pessoa que dá seu testemunho descreve o irresistível senso de perdão que agora sente e o novo propósito que tem para sua vida. Estas pessoas estão expressando o maravilhoso resultado da salvação em Cristo, da qual Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). Ao dizer que a vida poderia ser abundante, Jesus estava dizendo que a salvação resultaria em mais do que uma mudança de posição – é uma mudança de experiência! A vida cristã é uma vida rica na qual estamos destinados a experimentar alegria, paz, amor e propósito.
A vida abundante em Cristo começa com uma íntima comunhão com o Deus vivo e o Cristo vivo. O apóstolo Paulo diz: “Fiel é Deus, pelo qual vocês foram chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1:9). Em Gálatas 2:20, Paulo descreve o que essa comunhão significava para ele pessoalmente: “Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. A grande intimidade com Cristo pertence a todos os crentes verdadeiros.
Você já experimentou a comunhão com Deus e com Cristo? Você já sentiu a presença deles? O seu amor por eles atrai você para a presença deles? Você já experimentou a alegria emocionante de falar em oração ao Deus vivo?
E você já experimentou a emoção de descobrir uma nova verdade em Sua Palavra? Se já, então você experimentou a vida abundante que Jesus prometeu a todos que colocam sua confiança nEle.
Sugestão para oração
Assim como Deus pediu a Israel para relatar as grandes obras que Ele havia feito por eles, medite nas muitas maneiras pelas quais Deus enriqueceu sua vida como resultado de conhecê-lo.
Estudo adicional
Leia Romanos 8:15; 2 Coríntios 1:3; Efésios 5:19; Filipenses 4:19; Hebreus 4:16; e 1 Pedro 5:10.
O que cada versículo ensina sobre seu relacionamento com Deus?
De que maneira a sua vida é abundante?
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
FALE COM DEUS, NÃO APENAS SOBRE ELE
Versículo do dia: Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo. (Salmo 23.4)
A estrutura desse salmo é instrutiva.
Nos três primeiros versículos, Davi se refere a Deus como “ele”:
O SENHOR é o meu pastor…
Ele me faz repousar…
Ele leva-me…
Ele refrigera-me a alma…
Depois, nos versículos 4 e 5, Davi se refere a Deus como “tu”:
Não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo;
Teu bordão e o teu cajado me consolam.
Tu me preparas uma mesa…
Tu me unges a cabeça com óleo.
Então, no versículo 6 ele volta para a terceira pessoa:
Eu habitarei na Casa do SENHOR.
A lição que aprendi a partir dessa estrutura é que não é bom falar muito tempo sobre Deus sem falar com Deus.
Todo cristão é, no mínimo, um teólogo amador — ou seja, uma pessoa que tenta compreender o caráter e os caminhos de Deus e depois colocar isso em palavras. Se não somos pequenos teólogos, então não diremos nada uns aos outros sobre Deus e seremos de pouquíssima ajuda para a fé uns dos outros.
Porém, o que eu aprendi com Davi no Salmo 23 e em outros salmos é que eu deveria entrelaçar minha teologia com oração. Eu deveria frequentemente interromper minha conversa sobre Deus para falar com Deus.
Não muito depois da afirmação teológica “Deus é generoso”, deve vir a afirmação como oração: “Graças te dou, Deus”.
Junto a “Deus é glorioso”, deve vir: “Eu louvo a tua glória”.
O que eu percebi é que essa é a maneira que deve ser, se estamos sentindo a realidade de Deus em nossos corações, assim como estamos descrevendo-a com nossas cabeças.
Versículo do dia: Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo. (Salmo 23.4)
A estrutura desse salmo é instrutiva.
Nos três primeiros versículos, Davi se refere a Deus como “ele”:
O SENHOR é o meu pastor…
Ele me faz repousar…
Ele leva-me…
Ele refrigera-me a alma…
Depois, nos versículos 4 e 5, Davi se refere a Deus como “tu”:
Não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo;
Teu bordão e o teu cajado me consolam.
Tu me preparas uma mesa…
Tu me unges a cabeça com óleo.
Então, no versículo 6 ele volta para a terceira pessoa:
Eu habitarei na Casa do SENHOR.
A lição que aprendi a partir dessa estrutura é que não é bom falar muito tempo sobre Deus sem falar com Deus.
Todo cristão é, no mínimo, um teólogo amador — ou seja, uma pessoa que tenta compreender o caráter e os caminhos de Deus e depois colocar isso em palavras. Se não somos pequenos teólogos, então não diremos nada uns aos outros sobre Deus e seremos de pouquíssima ajuda para a fé uns dos outros.
Porém, o que eu aprendi com Davi no Salmo 23 e em outros salmos é que eu deveria entrelaçar minha teologia com oração. Eu deveria frequentemente interromper minha conversa sobre Deus para falar com Deus.
Não muito depois da afirmação teológica “Deus é generoso”, deve vir a afirmação como oração: “Graças te dou, Deus”.
Junto a “Deus é glorioso”, deve vir: “Eu louvo a tua glória”.
O que eu percebi é que essa é a maneira que deve ser, se estamos sentindo a realidade de Deus em nossos corações, assim como estamos descrevendo-a com nossas cabeças.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “Seguia-o numerosa multidão de povo, e também mulheres que batiam no peito e o lamentavam.” (Lucas 23.27)
Entre a multidão sediciosa que seguia o Redentor à sua condenação, havia algumas pessoas graciosas cuja amarga tristeza se expressou na forma de choro e lamentações – a música adequada para acompanhar aquela marcha de infortúnio. Quando a minha alma pode, em imaginação, ver o Salvador levando a sua cruz ao Calvário, ela se une àquelas mulheres piedosas e chora juntamente com elas, pois, de fato, existe um verdadeiro motivo de lamentação, uma razão mais profunda do que aquelas mulheres pensavam. Elas lamentavam a inocência maltratada, a bondade perseguida, o amor sangrando, a humildade à beira da morte; entretanto, meu coração tem uma razão mais profunda e mais amarga para chorar. Meus pecados foram os chicotes que laceraram aqueles benditos ombros e coroaram com espinhos aquele rosto sangrento. Meus pecados gritaram: “Crucifica-O! Crucifica-O!” e colocaram a cruz sobre aqueles graciosos ombros. O ter sido Ele levado para a morte é tristeza suficiente para uma eternidade; todavia, o ter sido eu o assassino dele é mais pesaroso do que qualquer fonte de lágrimas pode expressar.
Não é difícil imaginar por que aquelas mulheres O amaram e choraram. Elas não poderiam ter motivos maiores do que os de meu coração para amar o Senhor e se entristecer por Ele. A viúva de Naim teve o seu filho ressuscitado; todavia, eu mesmo fui ressuscitado com Cristo para novidade de vida. A sogra de Pedro foi curada de uma febre; eu, porém, fui curado de uma praga muito mais severa – o pecado. Sete demônios foram expelidos de Maria Madalena; todavia, de mim mesmo foi expulsa uma legião de demônios. Maria e Marta foram favorecidas com as visitas de nosso Senhor, mas Ele habita em mim. A mãe de Jesus o carregava no ventre; entretanto, no meu caso, Ele se formou em mim como a esperança da glória. Ó Senhor, não me permita ficar atrás dessas mulheres em gratidão ou tristeza.
Entre a multidão sediciosa que seguia o Redentor à sua condenação, havia algumas pessoas graciosas cuja amarga tristeza se expressou na forma de choro e lamentações – a música adequada para acompanhar aquela marcha de infortúnio. Quando a minha alma pode, em imaginação, ver o Salvador levando a sua cruz ao Calvário, ela se une àquelas mulheres piedosas e chora juntamente com elas, pois, de fato, existe um verdadeiro motivo de lamentação, uma razão mais profunda do que aquelas mulheres pensavam. Elas lamentavam a inocência maltratada, a bondade perseguida, o amor sangrando, a humildade à beira da morte; entretanto, meu coração tem uma razão mais profunda e mais amarga para chorar. Meus pecados foram os chicotes que laceraram aqueles benditos ombros e coroaram com espinhos aquele rosto sangrento. Meus pecados gritaram: “Crucifica-O! Crucifica-O!” e colocaram a cruz sobre aqueles graciosos ombros. O ter sido Ele levado para a morte é tristeza suficiente para uma eternidade; todavia, o ter sido eu o assassino dele é mais pesaroso do que qualquer fonte de lágrimas pode expressar.
Não é difícil imaginar por que aquelas mulheres O amaram e choraram. Elas não poderiam ter motivos maiores do que os de meu coração para amar o Senhor e se entristecer por Ele. A viúva de Naim teve o seu filho ressuscitado; todavia, eu mesmo fui ressuscitado com Cristo para novidade de vida. A sogra de Pedro foi curada de uma febre; eu, porém, fui curado de uma praga muito mais severa – o pecado. Sete demônios foram expelidos de Maria Madalena; todavia, de mim mesmo foi expulsa uma legião de demônios. Maria e Marta foram favorecidas com as visitas de nosso Senhor, mas Ele habita em mim. A mãe de Jesus o carregava no ventre; entretanto, no meu caso, Ele se formou em mim como a esperança da glória. Ó Senhor, não me permita ficar atrás dessas mulheres em gratidão ou tristeza.
O QUE JESUS ENSINOU SOBRE VIOLÊNCIA E DAR A OUTRA FACE?
O ensino contra a violência e o sermão do monte
O ensinamento de Jesus no sermão do monte sobre “dar a outra face” e não retribuir o mal requer pacifismo da parte dos cristãos?
Uma vez que a maioria dos pacifistas religiosos baseia suas convicções em uma pretensa “ética do amor” não-violenta de Jesus, que é entendida como sendo o ensino de Mateus 5.38-42, é imperativo que o significado do ensino de Jesus no sermão da monte seja avaliado.
Mateus 5.38-42 é um caso de seis ilustrações do ensino de Jesus sobre a Lei (Mateus 5.17). Os outros cinco formam a declaração de Jesus dos requerimentos éticos da Lei do Antigo Testamento – requerimentos que permanecem. E, de maneira similar, são iniciados com a fórmula que Jesus já havia usado 4 vezes no escopo da sua pregação: “Vocês ouviram o que foi dito, eu, porém, vos digo…”
Alguns estudiosos interpretam essas palavras em particular como se referindo a Lei Mosaica, mas essa leitura não se encaixa no contexto. Para introduzir seu ensino, Jesus reitera que o que a Lei revelou no Antigo Pacto, e que foi continuamente reafirmado pelos profetas, não deve ser posto de lado (Mateus 5.17) – é obrigatório.
Jesus não está se contradizendo. O que o contexto exige, contudo, é que noções contemporâneas – distorções contemporâneas da lei – precisam de ajustes. Uma dessas ilustrações do erro diz respeito á relataliação.
Jesus e o “Lex Talionis”
No sermão do monte, Jesus não está deixando de lado a ideia de restituição em si nem a “lei do dente” (o lex talionis como padrão de justiça pública).
Em vez disso, Jesus está desafiando seus ouvintes a considerar suas atitudes para que respondam apropriadamente a uma injustiça pessoal ou insulto. Diante de um insulto (afronta pessoal), em vez de agressão (lesão pública), está em questão o fato da “bochecha direita” sendo atingida. E isso fica claro pela ilustração adicional “se alguém pede para… tirar sua túnica, dê também a capa” (Mateus 5.40). Lidar com insultos e questões de vestuário (uma necessidade humana básica) não é domínio do estado ou da política pública.
Na verdade, todas as quatro ilustrações quanto a “não-retaliação” – dar a outra face, oferecer a capa, carregar alguma bagagem por uma milha extra, e emprestar para quem pede – correspondem ao domínio privado. Essas são questões de inconveniência ou abuso, não questões de política pública; elas indicam insulto, não agressão.
Injúria pessoal e intervenção não estatal
Por conseguinte, a injunção de Jesus em não resistir ao mal (Mateus 5.39), contextualmente, se refere a uma injúria pessoal, e não uma questão que deva envolver a polícia ou a intervenção do estado. Mateus 5-7 não é uma declaração sobre a natureza e jurisdição do estado ou da autoridade governamental, mas sim, diz respeito a questões de discipulado pessoal. O princípio dessa passagem está mais próximo de Romanos 12.17-21 do que de Romanos 13.1-7.
Na esfera pessoal e privada, a justiça não pede retribuição ou restituição. Na esfera pública, quando o magistrado é comissionado a proteger e defender o bem comum, a justiça, então, demanda uma retribuição em caso de dano. Esse é o ensino inequívoco do Novo Testamento, e não o suposto pensamento do imperialismo ou “constantinianismo”, como é chamado.
Ajuda de C. S. Lewis
Em seu fascinante ensaio “Por que não sou pacifista”, Lewis considera a fala de Jesus sobre “dar a outra face”, que não se pode descartar a ideia de proteger o outro. “Alguém supõe”, ele diz, “que os ouvintes de Nosso SENHOR entenderam que ele queria dizer que, se um maníaco homicida tentar matar um indivíduo, e tenta me tirar do seu caminho, eu devo deixa-lo passar e matar sua vítima?¹
Se Jesus é absolutamente contra a violência, baseado em Mateus 5.38-39, então teríamos a obrigação de ignorar a vítima. Lewis prefere aceitar a leitura mais concisa desse texto.
O sermão de Jesus voltava-se para “pessoas em uma nação desarmada”, e “a guerra não era o que eles pensariam” em qualquer circunstância.² O entendimento de Lewis prossegue em uma percepção mais simples do texto.
Chamados para resistir o mal
No final, o cristão é chamado a resistir o mal quando e onde for possível, como os cristãos do passado e do presente sempre entenderam. E o apóstolo Paulo salienta os termos inequívocos de que o magistrado existe precisamente para essa função divinamente instituída:
Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal (Romanos 13:3-4).
Mesmo quando Jesus proíbe a espada como um meio para o avanço do Reino de Deus, o Novo Testamento não ensina que o pacifismo é um fim absoluto. Nem proíbe o cristão de “brandir uma espada” ou atuar como um magistrado, estando a serviço da sociedade e do bem maior da comunidade.
Autores: J. Daryl Charles e Timothy J. Denny
Fonte: Crossway
Tradução: Paulo Ulisses
Divulgação: Reformados 21
O ensinamento de Jesus no sermão do monte sobre “dar a outra face” e não retribuir o mal requer pacifismo da parte dos cristãos?
Uma vez que a maioria dos pacifistas religiosos baseia suas convicções em uma pretensa “ética do amor” não-violenta de Jesus, que é entendida como sendo o ensino de Mateus 5.38-42, é imperativo que o significado do ensino de Jesus no sermão da monte seja avaliado.
Mateus 5.38-42 é um caso de seis ilustrações do ensino de Jesus sobre a Lei (Mateus 5.17). Os outros cinco formam a declaração de Jesus dos requerimentos éticos da Lei do Antigo Testamento – requerimentos que permanecem. E, de maneira similar, são iniciados com a fórmula que Jesus já havia usado 4 vezes no escopo da sua pregação: “Vocês ouviram o que foi dito, eu, porém, vos digo…”
Alguns estudiosos interpretam essas palavras em particular como se referindo a Lei Mosaica, mas essa leitura não se encaixa no contexto. Para introduzir seu ensino, Jesus reitera que o que a Lei revelou no Antigo Pacto, e que foi continuamente reafirmado pelos profetas, não deve ser posto de lado (Mateus 5.17) – é obrigatório.
Jesus não está se contradizendo. O que o contexto exige, contudo, é que noções contemporâneas – distorções contemporâneas da lei – precisam de ajustes. Uma dessas ilustrações do erro diz respeito á relataliação.
Jesus e o “Lex Talionis”
No sermão do monte, Jesus não está deixando de lado a ideia de restituição em si nem a “lei do dente” (o lex talionis como padrão de justiça pública).
Em vez disso, Jesus está desafiando seus ouvintes a considerar suas atitudes para que respondam apropriadamente a uma injustiça pessoal ou insulto. Diante de um insulto (afronta pessoal), em vez de agressão (lesão pública), está em questão o fato da “bochecha direita” sendo atingida. E isso fica claro pela ilustração adicional “se alguém pede para… tirar sua túnica, dê também a capa” (Mateus 5.40). Lidar com insultos e questões de vestuário (uma necessidade humana básica) não é domínio do estado ou da política pública.
Na verdade, todas as quatro ilustrações quanto a “não-retaliação” – dar a outra face, oferecer a capa, carregar alguma bagagem por uma milha extra, e emprestar para quem pede – correspondem ao domínio privado. Essas são questões de inconveniência ou abuso, não questões de política pública; elas indicam insulto, não agressão.
Injúria pessoal e intervenção não estatal
Por conseguinte, a injunção de Jesus em não resistir ao mal (Mateus 5.39), contextualmente, se refere a uma injúria pessoal, e não uma questão que deva envolver a polícia ou a intervenção do estado. Mateus 5-7 não é uma declaração sobre a natureza e jurisdição do estado ou da autoridade governamental, mas sim, diz respeito a questões de discipulado pessoal. O princípio dessa passagem está mais próximo de Romanos 12.17-21 do que de Romanos 13.1-7.
Na esfera pessoal e privada, a justiça não pede retribuição ou restituição. Na esfera pública, quando o magistrado é comissionado a proteger e defender o bem comum, a justiça, então, demanda uma retribuição em caso de dano. Esse é o ensino inequívoco do Novo Testamento, e não o suposto pensamento do imperialismo ou “constantinianismo”, como é chamado.
Ajuda de C. S. Lewis
Em seu fascinante ensaio “Por que não sou pacifista”, Lewis considera a fala de Jesus sobre “dar a outra face”, que não se pode descartar a ideia de proteger o outro. “Alguém supõe”, ele diz, “que os ouvintes de Nosso SENHOR entenderam que ele queria dizer que, se um maníaco homicida tentar matar um indivíduo, e tenta me tirar do seu caminho, eu devo deixa-lo passar e matar sua vítima?¹
Se Jesus é absolutamente contra a violência, baseado em Mateus 5.38-39, então teríamos a obrigação de ignorar a vítima. Lewis prefere aceitar a leitura mais concisa desse texto.
O sermão de Jesus voltava-se para “pessoas em uma nação desarmada”, e “a guerra não era o que eles pensariam” em qualquer circunstância.² O entendimento de Lewis prossegue em uma percepção mais simples do texto.
Chamados para resistir o mal
No final, o cristão é chamado a resistir o mal quando e onde for possível, como os cristãos do passado e do presente sempre entenderam. E o apóstolo Paulo salienta os termos inequívocos de que o magistrado existe precisamente para essa função divinamente instituída:
Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal (Romanos 13:3-4).
Mesmo quando Jesus proíbe a espada como um meio para o avanço do Reino de Deus, o Novo Testamento não ensina que o pacifismo é um fim absoluto. Nem proíbe o cristão de “brandir uma espada” ou atuar como um magistrado, estando a serviço da sociedade e do bem maior da comunidade.
Autores: J. Daryl Charles e Timothy J. Denny
Fonte: Crossway
Tradução: Paulo Ulisses
Divulgação: Reformados 21
FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR
NA ORDEM QUE VOCÊ PODE SABER
Estas coisas escrevi a vocês que creem no nome do Filho de Deus para que saibam que têm a vida eterna (1 João 5:13).
O apóstolo João apresenta onze testes objetivos e subjetivos para a garantia da salvação.
As epístolas do Novo Testamento estão repletas de material para garantir o volume de comentários. No entanto, há uma pequena epístola, 1 João, que foi escrita para lidar exclusivamente com a questão da segurança. O apóstolo João declara sua razão para escrever esta carta em nosso versículo de hoje: “Estas coisas escrevi a vocês que creem no nome do Filho de Deus para que saibam que têm a vida eterna”. João não queria que seus leitores duvidassem de sua salvação; ele queria que eles tivessem plena certeza disso.
Indubitavelmente, o que João escreveu nesta epístola não irá perturbar os crentes verdadeiros, mas irá alarmar qualquer um que tenha uma falsa sensação de segurança. De fato, ele dirigiu sua carta para aqueles que colocaram sua fé em Cristo, que é a base de toda a segurança: “Eu escrevi para vocês que acreditam”. Não há lugar para o autoexame fora da fé em Cristo. É por isso que tudo o que João diz sobre segurança é baseado na fé em Cristo e nas promessas da Escritura.
Ao longo de sua epístola, João mantém um delicado equilíbrio entre os fundamentos objetivos e subjetivos da garantia. A evidência objetiva constitui um teste doutrinário, ao passo que a evidência subjetiva fornece um teste moral. João discorre entre os dois tipos de testes, ao apresentar um total de onze critérios que indicarão se alguém possui a vida eterna.
Ao estudarmos esses testes nos próximos dias, eles confirmarão se você é um crente genuíno e a realidade de sua salvação. Contudo, se você recebeu uma garantia falsa, saberá onde está e o que precisa fazer.
Sugestão para oração
Se você é um verdadeiro crente, peça a Deus para usar esses estes para lhe dar um amor maior por Ele. Se, porém, você não tem certeza se realmente conhece nosso grande Senhor e Salvador, peça a Ele que se revele a você, para que nos próximos dias ocorra mudança de vida.
Estudo adicional
Leia João 20:31. Ler o evangelho de João também garante a salvação? Comece esse plano de leitura.
Estas coisas escrevi a vocês que creem no nome do Filho de Deus para que saibam que têm a vida eterna (1 João 5:13).
O apóstolo João apresenta onze testes objetivos e subjetivos para a garantia da salvação.
As epístolas do Novo Testamento estão repletas de material para garantir o volume de comentários. No entanto, há uma pequena epístola, 1 João, que foi escrita para lidar exclusivamente com a questão da segurança. O apóstolo João declara sua razão para escrever esta carta em nosso versículo de hoje: “Estas coisas escrevi a vocês que creem no nome do Filho de Deus para que saibam que têm a vida eterna”. João não queria que seus leitores duvidassem de sua salvação; ele queria que eles tivessem plena certeza disso.
Indubitavelmente, o que João escreveu nesta epístola não irá perturbar os crentes verdadeiros, mas irá alarmar qualquer um que tenha uma falsa sensação de segurança. De fato, ele dirigiu sua carta para aqueles que colocaram sua fé em Cristo, que é a base de toda a segurança: “Eu escrevi para vocês que acreditam”. Não há lugar para o autoexame fora da fé em Cristo. É por isso que tudo o que João diz sobre segurança é baseado na fé em Cristo e nas promessas da Escritura.
Ao longo de sua epístola, João mantém um delicado equilíbrio entre os fundamentos objetivos e subjetivos da garantia. A evidência objetiva constitui um teste doutrinário, ao passo que a evidência subjetiva fornece um teste moral. João discorre entre os dois tipos de testes, ao apresentar um total de onze critérios que indicarão se alguém possui a vida eterna.
Ao estudarmos esses testes nos próximos dias, eles confirmarão se você é um crente genuíno e a realidade de sua salvação. Contudo, se você recebeu uma garantia falsa, saberá onde está e o que precisa fazer.
Sugestão para oração
Se você é um verdadeiro crente, peça a Deus para usar esses estes para lhe dar um amor maior por Ele. Se, porém, você não tem certeza se realmente conhece nosso grande Senhor e Salvador, peça a Ele que se revele a você, para que nos próximos dias ocorra mudança de vida.
Estudo adicional
Leia João 20:31. Ler o evangelho de João também garante a salvação? Comece esse plano de leitura.
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
FAÇA SATANÁS CONHECER A SUA DERROTA
Versículo do dia: Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (Tiago 4.7)
Quanto mais real Satanás se evidenciar em nosso dia, mais preciosa a vitória de Cristo se tornará para aqueles que creem nele.
O Novo Testamento ensina que quando Cristo morreu e ressuscitou, Satanás foi derrotado. Um tempo de liberdade limitada é concedido a ele, mas seu poder contra o povo de Deus é rompido e sua destruição é certa.
“Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1 João 3.8).
“Destes [carne e sangue] também ele [Cristo] igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo” (Hebreus 2.14).
“[Deus,] despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2.15)
Em outras palavras, o golpe decisivo foi dado no Calvário. E um dia, quando o tempo de liberdade limitada de Satanás acabar, Apocalipse 20.10 diz: “O diabo… [será] lançado para dentro do lago de fogo e enxofre… e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”.
O que isso significa para aqueles que seguem Jesus Cristo?
“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1).
“Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” (Romanos 8.33).
“Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.38-39).
“Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 João 4.4).
“Eles [os santos], pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram” (Apocalipse 12.11).
Portanto, “resisti ao diabo, e ele fugirá de vós!”. Ele foi derrotado, e a nós foi dada a vitória. Nossa tarefa agora é viver nessa vitória e fazer Satanás conhecer a sua derrota.
Versículo do dia: Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (Tiago 4.7)
Quanto mais real Satanás se evidenciar em nosso dia, mais preciosa a vitória de Cristo se tornará para aqueles que creem nele.
O Novo Testamento ensina que quando Cristo morreu e ressuscitou, Satanás foi derrotado. Um tempo de liberdade limitada é concedido a ele, mas seu poder contra o povo de Deus é rompido e sua destruição é certa.
“Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1 João 3.8).
“Destes [carne e sangue] também ele [Cristo] igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo” (Hebreus 2.14).
“[Deus,] despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2.15)
Em outras palavras, o golpe decisivo foi dado no Calvário. E um dia, quando o tempo de liberdade limitada de Satanás acabar, Apocalipse 20.10 diz: “O diabo… [será] lançado para dentro do lago de fogo e enxofre… e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”.
O que isso significa para aqueles que seguem Jesus Cristo?
“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1).
“Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” (Romanos 8.33).
“Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.38-39).
“Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 João 4.4).
“Eles [os santos], pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram” (Apocalipse 12.11).
Portanto, “resisti ao diabo, e ele fugirá de vós!”. Ele foi derrotado, e a nós foi dada a vitória. Nossa tarefa agora é viver nessa vitória e fazer Satanás conhecer a sua derrota.
Devocional Do Dia - Charles Spugeon
Versículo do Dia: “Porque, se em lenho verde fazem isto, que será no lenho seco?” (Lucas 23.31)
Dentre outras interpretações desta sugestiva pergunta, a seguinte é repleta de ensinamento: “Se Cristo, o inocente substituto dos pecadores, sofreu, o que será quando o próprio pecador – o lenho seco – cair nas mãos do Deus irado?” Ao ver a Jesus no lugar dos pecadores, Deus não O poupou. Quando Deus encontrar os não-regenerados, também não os poupará. Ó pecador, Jesus foi levado à cruz pelos inimigos dele; da mesma forma, você será levado ao lugar que lhe está designado. Jesus foi abandonado por Deus. E, se Deus abandonou a Jesus, por vê-Lo como pecador apenas por causa da imputação, quanto mais abandonado será você! “Eloí, Eloí, lamá sabactâni?” (Marcos 15.34) – que grito terrível! Mas, qual será o seu clamor, quando você disser: “Ó Deus, ó Deus, por que me abandonaste”? A resposta virá: “Rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei” (Provérbios 1.25-26). Se Deus não poupou o seu próprio Filho (ver Romanos 8.32), quanto menos Ele poupará a você! Quantas chicotadas de açoite ardente você não sofrerá quando sua consciência o golpear com todos os seus terrores?
Pecadores cheios de justiça própria, quem ficará no lugar de vocês quando Deus afirmar: “Ó espada, desperta, levanta-te contra o homem que Me rejeitou. Fere-o e deixa-o sentir dores para sempre”? Em Jesus cuspiram. Ó pecador, quão imensa será a sua vergonha! Não podemos resumir em poucas palavras todos os sofrimentos que sobrevieram ao Senhor Jesus, que morreu por nós. Portanto, é impossível descrevermos o oceano de pesares que sobrevirá ao seu espírito, se você morrer na situação em que se encontra agora. Certo é que você morrerá, então, pode ser agora. Por meio das agonias do Senhor Jesus, por meio das suas feridas e do seu sangue, impeça que recaia sobre você a ira de Deus que está por vir! Creia no Filho de Deus, e você jamais perecerá.
Dentre outras interpretações desta sugestiva pergunta, a seguinte é repleta de ensinamento: “Se Cristo, o inocente substituto dos pecadores, sofreu, o que será quando o próprio pecador – o lenho seco – cair nas mãos do Deus irado?” Ao ver a Jesus no lugar dos pecadores, Deus não O poupou. Quando Deus encontrar os não-regenerados, também não os poupará. Ó pecador, Jesus foi levado à cruz pelos inimigos dele; da mesma forma, você será levado ao lugar que lhe está designado. Jesus foi abandonado por Deus. E, se Deus abandonou a Jesus, por vê-Lo como pecador apenas por causa da imputação, quanto mais abandonado será você! “Eloí, Eloí, lamá sabactâni?” (Marcos 15.34) – que grito terrível! Mas, qual será o seu clamor, quando você disser: “Ó Deus, ó Deus, por que me abandonaste”? A resposta virá: “Rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei” (Provérbios 1.25-26). Se Deus não poupou o seu próprio Filho (ver Romanos 8.32), quanto menos Ele poupará a você! Quantas chicotadas de açoite ardente você não sofrerá quando sua consciência o golpear com todos os seus terrores?
Pecadores cheios de justiça própria, quem ficará no lugar de vocês quando Deus afirmar: “Ó espada, desperta, levanta-te contra o homem que Me rejeitou. Fere-o e deixa-o sentir dores para sempre”? Em Jesus cuspiram. Ó pecador, quão imensa será a sua vergonha! Não podemos resumir em poucas palavras todos os sofrimentos que sobrevieram ao Senhor Jesus, que morreu por nós. Portanto, é impossível descrevermos o oceano de pesares que sobrevirá ao seu espírito, se você morrer na situação em que se encontra agora. Certo é que você morrerá, então, pode ser agora. Por meio das agonias do Senhor Jesus, por meio das suas feridas e do seu sangue, impeça que recaia sobre você a ira de Deus que está por vir! Creia no Filho de Deus, e você jamais perecerá.
DEUS NOS SALVA SOMENTE PELA FÉ
Os primeiros grandes reformadores, Lutero, Calvino e Ulrico Zuínglio, nunca resumiram seus ensinos em um conjunto de cinco frases que hoje conhecemos como os Cinco Solas.
Os Solas foram desenvolvidas por um bom tempo para capturar a essência da Reforma, principalmente por sua disputa com a Igreja Católica Romana. Sola é uma palavra em latim que significa “sozinho” ou “somente”. Os Cinco Solas são Sola Gratia (Somente a Graça), Solus Christus (Somente Cristo), Sola Fide (Somente a Fé), Soli Deo Glória (Somente a Deus a Glória) e Sola Scriptura (Somente a Escritura).
Apenas a justificação
Acho que os Cinco Solas podem ser preciosamente esclarecedores, tanto para essência da Reforma como para a essência do próprio Evangelho, o que era central para a disputa. Posso dizer que eles podem ser úteis, porque cinco frases preposicionais “suspensas” no ar, sem nenhuma cláusula para se modificar, não ajudam a esclarecer sobre o que foi a grande controvérsia da Reforma, e nem esclarecem a essência do verdadeiro Evangelho.
A cláusula que permite a modificação dessas frases para fazer sua obra maravilhosamente esclarecedora em prol da essência do Evangelho e do coração da Reforma é esta: Somos justificados por Deus ou a Justificação diante de Deus é…
Somente após a justificação, os Cinco Solas podem seguir e fazer seu magnífico trabalho para definir e proteger o Evangelho de toda diluição antibíblica. Nós somos justificados por Deus, somente pela Graça, com base no sangue e na justiça de Cristo, somente; através dos meios ou instrumentos da fé, somente; e para a suprema Glória de Deus, somente, conforme ensinado com autoridade decisiva e final nas Escrituras, somente. Todas as cinco frases servem para a obra de justificação de Deus – como pecadores são colocados em uma posição correta diante de Deus, de modo que Ele é por nós e não contra nós.
Não substitua os Solas
Se você substituir as cláusulas para além de “Somos justificados” por “Nós somos santificados”, ou “Nós seremos finalmente salvos no julgamento final”, então o significado dessas frases preposicionais deve ser mudado para ser fiel às Escrituras.
Por exemplo:
Na justificação, a fé recebe a obra consumada de Cristo, realizada fora de nós e contada como nossa – imputada a nós.
Na santificação, a fé recebe um poder contínuo de Cristo que trabalha dentro de nós pela santidade prática.
Na salvação final, a fé é confirmada pelo fruto santificador que ela gerou, e somos salvos através desse fruto e da fé. Como Paulo diz em 2 Tessalonicenses 2:13: “Porque Deus os escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade”.
Como seremos salvos?
Especialmente no que se refere à salvação futura, muitos de nós vivemos em uma névoa de confusão. Tiago viu em seus dias aqueles que estavam tratando o “somente a fé” como uma doutrina que afirmava que você poderia ser justificado pela fé que não produz boas obras. Mas ele disse “Não” para tal fé.
A fé sem obras é morta (Tiago 2:17).
É como um corpo sem respiração (Tiago 2:26).
É como uma ação sem efeito (Tiago 2:20) e sem conclusão (Tiago 2:22).
Se há fé justificadora, há obras (Tiago 2:17).
Assim, ele diz: “Com as obras, lhe mostrarei a minha fé” (Tiago 2:18). As obras vêm por meio da fé.
Paulo ratifica tudo o que foi falado por Tiago em Gálatas 5:6: “Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor”. O único tipo de fé que conta para a justificação é a fé que produz amor. A fé que justifica nunca está sozinha, mas sempre produz frutos transformadores.
Contudo, quando Tiago diz essas palavras controversas: “Uma pessoa é justificada pelas obras e não somente pela fé” (Tiago 2:24), entendo que o significado é que a fé não trabalha sozinha, mas em conjunto com as obras.
Paulo chama este efeito, fruto ou evidência da fé de “obras da fé” (1 Tessalonicenses 1:3; 2 Tessalonicenses 1:11) e de “obediência da fé” (Romanos 1:5; 16:26). Essas obras de fé e essa obediência são frutos do Espírito que vem através da fé e são necessários para nossa salvação final. Sem santidade, sem o Céu (Hebreus 12:14). Portanto, não devemos falar de chegar ao Céu somente pela fé, da mesma forma que somos justificados somente pela fé.
O essencial para a vida cristã e necessário para a nossa salvação é a mortificação do pecado (Romanos 8:13) e a busca da santidade (Hebreus 12:14). Mas o que torna isso possível e agradável a Deus? Nós matamos o pecado e buscamos a santidade em uma posição justificada onde Deus é por nós – somente pela fé.
Primeiro bíblico, depois reformado
A fé por si só não significa a mesma coisa quando aplicada à justificação, santificação e salvação final. Você pode ver que o extraordinário cuidado e precisão são necessários para ser fiel à Escritura ao usar os Cinco Solas. E, uma vez que “somente a Escritura” é a nossa autoridade final e decisiva, ser fiel às Escrituras é o objetivo. Nosso alvo é sermos primeiramente bíblicos – e somente depois reformados, se for endossado pelas Escrituras.
Os Cinco Solas fornecem uma maravilhosa clareza sobre o ponto crucial da Reforma e o coração do Evangelho se a cláusula que as cinco proposições expressam for “Justificados por Deus”.
A justificação é somente pela graça – um favor imerecido, com base somente em Cristo, sem nenhum outro sacrifício ou retidão como fundamento; somente pelos meios da fé, excluindo qualquer obra humana; até o fim que todas as coisas levam: a Glória de Deus, somente, como ensinado com autoridade decisiva e final nas Escrituras, somente.
Autor: John Piper
Fonte: Desiring God
Tradução: Mirian Gomes
Revisão: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
Os Solas foram desenvolvidas por um bom tempo para capturar a essência da Reforma, principalmente por sua disputa com a Igreja Católica Romana. Sola é uma palavra em latim que significa “sozinho” ou “somente”. Os Cinco Solas são Sola Gratia (Somente a Graça), Solus Christus (Somente Cristo), Sola Fide (Somente a Fé), Soli Deo Glória (Somente a Deus a Glória) e Sola Scriptura (Somente a Escritura).
Apenas a justificação
Acho que os Cinco Solas podem ser preciosamente esclarecedores, tanto para essência da Reforma como para a essência do próprio Evangelho, o que era central para a disputa. Posso dizer que eles podem ser úteis, porque cinco frases preposicionais “suspensas” no ar, sem nenhuma cláusula para se modificar, não ajudam a esclarecer sobre o que foi a grande controvérsia da Reforma, e nem esclarecem a essência do verdadeiro Evangelho.
A cláusula que permite a modificação dessas frases para fazer sua obra maravilhosamente esclarecedora em prol da essência do Evangelho e do coração da Reforma é esta: Somos justificados por Deus ou a Justificação diante de Deus é…
Somente após a justificação, os Cinco Solas podem seguir e fazer seu magnífico trabalho para definir e proteger o Evangelho de toda diluição antibíblica. Nós somos justificados por Deus, somente pela Graça, com base no sangue e na justiça de Cristo, somente; através dos meios ou instrumentos da fé, somente; e para a suprema Glória de Deus, somente, conforme ensinado com autoridade decisiva e final nas Escrituras, somente. Todas as cinco frases servem para a obra de justificação de Deus – como pecadores são colocados em uma posição correta diante de Deus, de modo que Ele é por nós e não contra nós.
Não substitua os Solas
Se você substituir as cláusulas para além de “Somos justificados” por “Nós somos santificados”, ou “Nós seremos finalmente salvos no julgamento final”, então o significado dessas frases preposicionais deve ser mudado para ser fiel às Escrituras.
Por exemplo:
Na justificação, a fé recebe a obra consumada de Cristo, realizada fora de nós e contada como nossa – imputada a nós.
Na santificação, a fé recebe um poder contínuo de Cristo que trabalha dentro de nós pela santidade prática.
Na salvação final, a fé é confirmada pelo fruto santificador que ela gerou, e somos salvos através desse fruto e da fé. Como Paulo diz em 2 Tessalonicenses 2:13: “Porque Deus os escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade”.
Como seremos salvos?
Especialmente no que se refere à salvação futura, muitos de nós vivemos em uma névoa de confusão. Tiago viu em seus dias aqueles que estavam tratando o “somente a fé” como uma doutrina que afirmava que você poderia ser justificado pela fé que não produz boas obras. Mas ele disse “Não” para tal fé.
A fé sem obras é morta (Tiago 2:17).
É como um corpo sem respiração (Tiago 2:26).
É como uma ação sem efeito (Tiago 2:20) e sem conclusão (Tiago 2:22).
Se há fé justificadora, há obras (Tiago 2:17).
Assim, ele diz: “Com as obras, lhe mostrarei a minha fé” (Tiago 2:18). As obras vêm por meio da fé.
Paulo ratifica tudo o que foi falado por Tiago em Gálatas 5:6: “Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor”. O único tipo de fé que conta para a justificação é a fé que produz amor. A fé que justifica nunca está sozinha, mas sempre produz frutos transformadores.
Contudo, quando Tiago diz essas palavras controversas: “Uma pessoa é justificada pelas obras e não somente pela fé” (Tiago 2:24), entendo que o significado é que a fé não trabalha sozinha, mas em conjunto com as obras.
Paulo chama este efeito, fruto ou evidência da fé de “obras da fé” (1 Tessalonicenses 1:3; 2 Tessalonicenses 1:11) e de “obediência da fé” (Romanos 1:5; 16:26). Essas obras de fé e essa obediência são frutos do Espírito que vem através da fé e são necessários para nossa salvação final. Sem santidade, sem o Céu (Hebreus 12:14). Portanto, não devemos falar de chegar ao Céu somente pela fé, da mesma forma que somos justificados somente pela fé.
O essencial para a vida cristã e necessário para a nossa salvação é a mortificação do pecado (Romanos 8:13) e a busca da santidade (Hebreus 12:14). Mas o que torna isso possível e agradável a Deus? Nós matamos o pecado e buscamos a santidade em uma posição justificada onde Deus é por nós – somente pela fé.
Primeiro bíblico, depois reformado
A fé por si só não significa a mesma coisa quando aplicada à justificação, santificação e salvação final. Você pode ver que o extraordinário cuidado e precisão são necessários para ser fiel à Escritura ao usar os Cinco Solas. E, uma vez que “somente a Escritura” é a nossa autoridade final e decisiva, ser fiel às Escrituras é o objetivo. Nosso alvo é sermos primeiramente bíblicos – e somente depois reformados, se for endossado pelas Escrituras.
Os Cinco Solas fornecem uma maravilhosa clareza sobre o ponto crucial da Reforma e o coração do Evangelho se a cláusula que as cinco proposições expressam for “Justificados por Deus”.
A justificação é somente pela graça – um favor imerecido, com base somente em Cristo, sem nenhum outro sacrifício ou retidão como fundamento; somente pelos meios da fé, excluindo qualquer obra humana; até o fim que todas as coisas levam: a Glória de Deus, somente, como ensinado com autoridade decisiva e final nas Escrituras, somente.
Autor: John Piper
Fonte: Desiring God
Tradução: Mirian Gomes
Revisão: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR
PAZ COM DEUS
Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio do nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 5:1).
A paz com Deus é o primeiro elo da cadeia que liga com segurança um verdadeiro crente a Jesus Cristo.
Talvez o ataque mais significativo que Satanás faz contra os cristãos seja insuflar dúvidas sobre a realidade e a segurança da salvação. Ele promove continuamente a noção destrutiva de um sistema de justiça pelas obras como um meio de salvação, tornando, assim, a preservação da salvação da pessoa totalmente dependente da fidelidade do crente.
Para neutralizar uma interpretação bastante equivocada do que a Bíblia ensina sobre a salvação, o apóstolo Paulo escreveu Romanos 3 e 4 para estabelecer que a salvação está baseada na graça de Deus e opera através da fé do homem. Citando Gênesis 15:6, Paulo disse: “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi atribuído para justiça” (Romanos 4:3).
Porque alguns poderiam questionar se boas obras, que não oferecem segurança alguma, eram as condições sob as quais uma pessoa preservava a salvação, Paulo escreveu Romanos 5:1-11, para fixar ainda mais na mente dos crentes que nossa esperança, como cristãos, não está em nós mesmos, mas em nosso grande Deus (cf. 2 Timóteo 2:13; Hebreus 10:23). Seis elos nos ligam ao nosso Senhor e Salvador, e a passagem de hoje descreve o primeiro: paz com Deus.
É difícil imaginar que fomos inimigos de Deus, mas o fato triste é que todos os incrédulos estão em guerra com Deus, e Ele está em guerra com eles (Romanos 8:7; Efésios 5:6). No entanto, todo aquele que foi justificado pela fé em Cristo recebe a reconciliação com Deus, que também traz paz com Ele. E esta paz é permanente e irrevogável, porque Cristo “vive para interceder por nós” (Hebreus 7:25).
Cristo não apenas estabeleceu a paz eterna entre nós e Deus Pai, mas também “Ele mesmo é a nossa paz” (Efésios 2:14). Isso mostra o trabalho expiatório de Cristo como base para nossa segurança. Estes fatos absolutos e objetivos permitem que você permaneça firme nos ataques de Satanás. Eles liberam você de se concentrar em sua própria bondade e mérito e o possibilita a servir ao Senhor com a confiança de que nada pode separar você de seu Pai Celestial (Romanos 8:31-39).
Sugestão para oração
Graças a Deus por salvar você e estabelecer a paz entre você e Ele.
Peça ao Senhor para guiá-lo em oportunidades de serviço.
Estudo adicional
Leia Romanos 3—4. Que versículos estabelecem que a salvação é completamente uma obra de Deus? Faça uma lista para as referências quando Satanás tentar atacar sua fé.
Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio do nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 5:1).
A paz com Deus é o primeiro elo da cadeia que liga com segurança um verdadeiro crente a Jesus Cristo.
Talvez o ataque mais significativo que Satanás faz contra os cristãos seja insuflar dúvidas sobre a realidade e a segurança da salvação. Ele promove continuamente a noção destrutiva de um sistema de justiça pelas obras como um meio de salvação, tornando, assim, a preservação da salvação da pessoa totalmente dependente da fidelidade do crente.
Para neutralizar uma interpretação bastante equivocada do que a Bíblia ensina sobre a salvação, o apóstolo Paulo escreveu Romanos 3 e 4 para estabelecer que a salvação está baseada na graça de Deus e opera através da fé do homem. Citando Gênesis 15:6, Paulo disse: “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi atribuído para justiça” (Romanos 4:3).
Porque alguns poderiam questionar se boas obras, que não oferecem segurança alguma, eram as condições sob as quais uma pessoa preservava a salvação, Paulo escreveu Romanos 5:1-11, para fixar ainda mais na mente dos crentes que nossa esperança, como cristãos, não está em nós mesmos, mas em nosso grande Deus (cf. 2 Timóteo 2:13; Hebreus 10:23). Seis elos nos ligam ao nosso Senhor e Salvador, e a passagem de hoje descreve o primeiro: paz com Deus.
É difícil imaginar que fomos inimigos de Deus, mas o fato triste é que todos os incrédulos estão em guerra com Deus, e Ele está em guerra com eles (Romanos 8:7; Efésios 5:6). No entanto, todo aquele que foi justificado pela fé em Cristo recebe a reconciliação com Deus, que também traz paz com Ele. E esta paz é permanente e irrevogável, porque Cristo “vive para interceder por nós” (Hebreus 7:25).
Cristo não apenas estabeleceu a paz eterna entre nós e Deus Pai, mas também “Ele mesmo é a nossa paz” (Efésios 2:14). Isso mostra o trabalho expiatório de Cristo como base para nossa segurança. Estes fatos absolutos e objetivos permitem que você permaneça firme nos ataques de Satanás. Eles liberam você de se concentrar em sua própria bondade e mérito e o possibilita a servir ao Senhor com a confiança de que nada pode separar você de seu Pai Celestial (Romanos 8:31-39).
Sugestão para oração
Graças a Deus por salvar você e estabelecer a paz entre você e Ele.
Peça ao Senhor para guiá-lo em oportunidades de serviço.
Estudo adicional
Leia Romanos 3—4. Que versículos estabelecem que a salvação é completamente uma obra de Deus? Faça uma lista para as referências quando Satanás tentar atacar sua fé.
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
O QUE SIGNIFICA ORAR PELO SEU INIMIGO
Versículo do dia: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem (Mateus 5.44)
A oração por seus inimigos é uma das formas mais profundas de amor, porque significa que você realmente deseja que algo bom lhes aconteça.
Você pode fazer coisas agradáveis por seus inimigos sem qualquer desejo genuíno de que as coisas vão bem com eles. Porém, a oração por eles ocorre na presença de Deus, que conhece o seu coração, e orar é interceder a Deus em favor deles.
A oração pode ser pela conversão deles, pelo arrependimento deles, para que eles sejam despertados para a inimizade em seus corações. Pode ser para que eles sejam interrompidos em sua espiral descendente de pecado, mesmo que a doença ou a tragédia façam isso. Mas a oração que Jesus tem em mente aqui é sempre pelo bem deles.
Isso é o que Jesus fez enquanto esteve pendurado na cruz:
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34).
E foi o que Estêvão fez quando estava sendo apedrejado:
“Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado!” (Atos 7.60).
Jesus está nos chamando não apenas para fazer coisas boas por nossos inimigos, como cumprimentá-los e ajudar a suprir suas necessidades; ele também está nos convocando a desejar o melhor para eles, e expressar esses desejos em orações quando o inimigo não está presente.
Nossos corações devem desejar a sua salvação, querer a sua presença no céu e anelar por sua felicidade eterna. Assim, nós oramos como o apóstolo Paulo pelo povo judeu, muitos dos quais tornaram a vida muito difícil para Paulo:
“A boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos” (Romanos 10.1).
Versículo do dia: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem (Mateus 5.44)
A oração por seus inimigos é uma das formas mais profundas de amor, porque significa que você realmente deseja que algo bom lhes aconteça.
Você pode fazer coisas agradáveis por seus inimigos sem qualquer desejo genuíno de que as coisas vão bem com eles. Porém, a oração por eles ocorre na presença de Deus, que conhece o seu coração, e orar é interceder a Deus em favor deles.
A oração pode ser pela conversão deles, pelo arrependimento deles, para que eles sejam despertados para a inimizade em seus corações. Pode ser para que eles sejam interrompidos em sua espiral descendente de pecado, mesmo que a doença ou a tragédia façam isso. Mas a oração que Jesus tem em mente aqui é sempre pelo bem deles.
Isso é o que Jesus fez enquanto esteve pendurado na cruz:
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34).
E foi o que Estêvão fez quando estava sendo apedrejado:
“Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado!” (Atos 7.60).
Jesus está nos chamando não apenas para fazer coisas boas por nossos inimigos, como cumprimentá-los e ajudar a suprir suas necessidades; ele também está nos convocando a desejar o melhor para eles, e expressar esses desejos em orações quando o inimigo não está presente.
Nossos corações devem desejar a sua salvação, querer a sua presença no céu e anelar por sua felicidade eterna. Assim, nós oramos como o apóstolo Paulo pelo povo judeu, muitos dos quais tornaram a vida muito difícil para Paulo:
“A boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos” (Romanos 10.1).
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “Ó homens, até quando tornareis a minha glória em vexame…?” (Salmos 4.2)
Que honras o povo de Israel, em cegueira, tributou ao seu Rei tão esperado?
1) Eles Lhe ofereceram uma procissão de honra, da qual tomaram parte oficiais romanos, sacerdotes judeus, homens e mulheres, enquanto Ele mesmo carregava a sua cruz. Este é o triunfo que o mundo oferece Àquele que veio para vencer os inimigos imediatos do homem. Gritos de menosprezo foram as únicas aclamações que Ele recebeu; e escárnios agressivos foram os seus únicos louvores. 2) Eles O presentearam com o vinho de honra. Em vez de Lhe darem o cálice de ouro do vinho generoso, Lhe ofereceram o entorpecente gole mortal de um criminoso, mas Ele o recusou porque preservaria ileso o paladar por meio do qual provaria a morte. Após o Senhor Jesus haver clamado: “Tenho sede” (João 19.28), eles Lhe deram vinagre misturado com fel em uma esponja, que, fixada em um caniço de hissopo, fizeram chegar-Lhe à boca. Oh! que detestável hospitalidade manifestada para com o Filho do Rei. 3) Eles Lhe deram uma guarda de honra, que demonstrou sua estima por Ele lançando sortes sobre as suas vestes, das quais se havia apoderado como sua recompensa. Tais eram os guarda-costas do adorado do céu – um quarteto de jogadores brutais. 4) Um trono de honra foi encontrado para Ele na cruz sangrenta. Na verdade, a cruz era a completa expressão dos sentimentos do mundo para com o Senhor Jesus. Eles pareciam dizer: “Filho de Deus, esta é a maneira segundo a qual o próprio Deus deveria ser tratado, se pudéssemos tocá-Lo”. 5) O título de honra era apenas nominal – “Rei dos Judeus”. No entanto, a nação judia, em cegueira, repudiou francamente aquele título e chamou o Senhor Jesus de “Rei dos Ladrões”, preferindo a Barrabás e colocando-o no lugar de maior vergonha, entre dois ladrões. Deste modo, a glória do Senhor Jesus foi transformada em vergonha pelos filhos dos homens, mas esta glória ainda alegrará os olhos dos santos e dos anjos, para sempre.
Que honras o povo de Israel, em cegueira, tributou ao seu Rei tão esperado?
1) Eles Lhe ofereceram uma procissão de honra, da qual tomaram parte oficiais romanos, sacerdotes judeus, homens e mulheres, enquanto Ele mesmo carregava a sua cruz. Este é o triunfo que o mundo oferece Àquele que veio para vencer os inimigos imediatos do homem. Gritos de menosprezo foram as únicas aclamações que Ele recebeu; e escárnios agressivos foram os seus únicos louvores. 2) Eles O presentearam com o vinho de honra. Em vez de Lhe darem o cálice de ouro do vinho generoso, Lhe ofereceram o entorpecente gole mortal de um criminoso, mas Ele o recusou porque preservaria ileso o paladar por meio do qual provaria a morte. Após o Senhor Jesus haver clamado: “Tenho sede” (João 19.28), eles Lhe deram vinagre misturado com fel em uma esponja, que, fixada em um caniço de hissopo, fizeram chegar-Lhe à boca. Oh! que detestável hospitalidade manifestada para com o Filho do Rei. 3) Eles Lhe deram uma guarda de honra, que demonstrou sua estima por Ele lançando sortes sobre as suas vestes, das quais se havia apoderado como sua recompensa. Tais eram os guarda-costas do adorado do céu – um quarteto de jogadores brutais. 4) Um trono de honra foi encontrado para Ele na cruz sangrenta. Na verdade, a cruz era a completa expressão dos sentimentos do mundo para com o Senhor Jesus. Eles pareciam dizer: “Filho de Deus, esta é a maneira segundo a qual o próprio Deus deveria ser tratado, se pudéssemos tocá-Lo”. 5) O título de honra era apenas nominal – “Rei dos Judeus”. No entanto, a nação judia, em cegueira, repudiou francamente aquele título e chamou o Senhor Jesus de “Rei dos Ladrões”, preferindo a Barrabás e colocando-o no lugar de maior vergonha, entre dois ladrões. Deste modo, a glória do Senhor Jesus foi transformada em vergonha pelos filhos dos homens, mas esta glória ainda alegrará os olhos dos santos e dos anjos, para sempre.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2019
ÊXODO 1 E JOSUÉ 2 PERMITEM QUE OS CRISTÃOS MINTAM?
É sempre aceitável que um cristão minta?
Não se engane: Deus é a verdade, e devemos ser como Ele. A verdade é um dever moral crucial para os que estão em seu reino (João 8:44; Atos 5:1–11; Colossenses 3:9; Apocalipse 21:27). A questão prática crucial é esta: É moralmente permitido mentir? Somos obrigados a dizer a verdade em todas as situações, independentemente das consequências?
À medida que procuramos responder a essa pergunta, é importante lembrar que a conduta ou as ações de uma pessoa são veículos de verdade e falsidade, autenticidade e engano, não menos do que palavras. O cristão é sempre justificado em comunicar uma falsidade? Talvez alguns exemplos ajudem a concentrar nossos pensamentos antes de examinarmos dois textos bíblicos bem conhecidos.
Ética Situacional?
É ético postar um sinal de “Cuidado com o cachorro” na sua cerca para inibir um ladrão, mesmo quando você não tem um cachorro?
É ético para uma mulher fingir um ataque cardíaco ou fingir desmaiar quando atacada por um estuprador? E ela chamar seu marido como se ele estivesse por perto, quando na verdade ele não está? É ético ela dizer ao seu agressor que tem uma doença sexualmente transmissível para desencorajá-lo do estupro?
Os Aliados na Segunda Guerra Mundial foram justificados em enganar Hitler com relação à localização da invasão da Normandia?
É ético para a polícia operar o radar em carros não identificados? Afinal, ao usar carros sem identificação, eles nos enganam, pensando que são civis.
É ético para a polícia conduzir investigações disfarçadas, à paisana, que, por definição, exigem que enganem as pessoas quanto à sua identidade e intenção?
É ético mentir para alguém sobre para onde você o está levando para manter o segredo de uma festa surpresa em sua homenagem?
Suponha que você tenha vivido um estilo de vida homossexual, ou talvez tenha se permitido ter esse comportamento em algumas ocasiões particulares. Nos últimos anos, você andou em pureza sexual e não sente mais esses desejos. Um pastor pergunta a você: “Você já se entregou ao comportamento homossexual?” Você é moralmente obrigado a dizer “sim”? Você está mentindo se disser “não”? Dizer “sem comentários” equivale a “sim” no que diz respeito ao interrogador.
Quando as obrigações morais colidem
Considere outros exemplos quando as obrigações morais parecem entrar em conflito.
O pai de Richard faz um pedido no leito de morte a seu filho: “Por favor, prometa que depois que eu for embora, você cuidará dos meus cavalos. Prometa que você vai alimentá-los e fazer o que for preciso para mantê-los saudáveis”. Em tristeza pela condição de seu pai e por amor, Richard dá sua palavra. Depois de seis meses, o dinheiro que seu pai deixou para cobrir essas despesas acabou. Richard pede dinheiro emprestado para cumprir sua promessa, mas esse problema afeta sua esposa e filhos. Richard está moralmente obrigado a continuar pagando pelo cuidado e manutenção desses cavalos enquanto sua família sofre?
O irmão de Maria, Alex, plantou uma bomba terrorista em algum lugar em Kansas City, que detonará em uma hora. Maria é a única pessoa que sabe onde a bomba está escondida. Ela prometeu a Alex que nunca contaria. Embora ela se arrependa de fazer essa promessa, Maria ainda se recusa a revelar a localização da bomba. Se a bomba não for desarmada dentro de uma hora, milhares de pessoas irão morrer. Imagine que possamos torturar Maria para extrair as informações dela. Seria moralmente permissível fazê-lo? Enquanto a tortura é um ato imoral, as consequências humanitárias resultantes justificam seu uso em Maria? O utilitarista teria que dizer “sim”.
Dois textos cruciais
Esta questão é ainda mais difícil, pois há dois exemplos bíblicos famosos.
Faraó exige que as parteiras hebréias matem todos os bebês recém-nascidos do sexo masculino (Êxodo 1:17-21).
Quando perguntado por faraó por que elas não obedeceram à sua ordem, as parteiras disseram que as mulheres hebréias não são como as egípcias; elas são vigorosas e dão à luz antes que uma parteira possa chegar. Deus emitiu seu veredicto sobre o comportamento delas: E Deus foi bom para as parteiras; e o povo aumentou e se tornou muito forte. E, porque as parteiras temeram a Deus, ele lhes constituiu família. (v. 20-21).
As parteiras deliberadamente enganaram Faraó – e Deus as recompensou por isso.
Raabe, a prostituta, mente para proteger os espiões israelitas (Josué 2:1-7; cf. Hebreus 11:31).
Tiago 2:25 cita Raabe como uma ilustração para mostrar como as boas obras fluem da genuína fé salvadora: De igual modo, será que não foi também pelas obras que a prostituta Raabe foi justificada, quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho?
Raabe disse uma mentira para proteger os espiões – e aparentemente foi abençoada por isso. E note que Josué enviou espiões para a terra com o propósito de enganar e minar o inimigo, a fim de obter informações que eles escondiam. Deus tinha espiões trabalhando para ele no Antigo Testamento.
Falsidade vs. Mentira
Ao que tudo indica, há ocasiões em que o engano é eticamente permissível. Mas é importante entender isto: nem toda falsidade é mentira. Uma mentira é uma falsidade intencional que viola o direito de alguém de conhecer a verdade. E há casos em que as pessoas perdem o direito de conhecer a verdade. Portanto, a questão não é se é sempre permitido mentir, mas “O que é uma mentira?”. Uma mentira é a declaração ou comunicação intencional de uma falsidade destinada a enganar alguém que tem o direito moral e legal de conhecer a verdade. Uma mentira é algo que você diz para alguém que você é moralmente e legalmente obrigado a falar a verdade. Existem, no entanto, certas ocasiões em que você não tem obrigação de dizer para alguém a verdade (por exemplo, em tempos de guerra, agressão criminosa, e assim por diante).
Eu quero ter certeza de que ninguém responderá a este artigo com nada menos do que um compromisso fervoroso com a verdade. Ao argumentar, como tenho feito, que pode haver ocasiões em que a comunicação de uma falsidade é eticamente permissível, não estou sugerindo cristãos que devam se tornar negligentes ou casuais em seu tratamento da verdade. A verdade nos liberta (João 8:32).
Nosso objetivo nunca deve ser desvencilhar-se da verdade ou buscar uma brecha ética. Quando o salmista descreve a pessoa que tem o privilégio de “habitar” na tenda de Deus e “morar” em seu santo monte (Salmo 15:1-5), entre as qualidades citadas, temos aquele que fala a “verdade” em seu coração, recusando-se a “difamar com a língua”, e o “que cumpre o que promete”. “Aquele que age assim”, ressalta Davi, “jamais será abalado”.
Autor: Sam Storms
Fonte: The Gospel Coalition
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
Não se engane: Deus é a verdade, e devemos ser como Ele. A verdade é um dever moral crucial para os que estão em seu reino (João 8:44; Atos 5:1–11; Colossenses 3:9; Apocalipse 21:27). A questão prática crucial é esta: É moralmente permitido mentir? Somos obrigados a dizer a verdade em todas as situações, independentemente das consequências?
À medida que procuramos responder a essa pergunta, é importante lembrar que a conduta ou as ações de uma pessoa são veículos de verdade e falsidade, autenticidade e engano, não menos do que palavras. O cristão é sempre justificado em comunicar uma falsidade? Talvez alguns exemplos ajudem a concentrar nossos pensamentos antes de examinarmos dois textos bíblicos bem conhecidos.
Ética Situacional?
É ético postar um sinal de “Cuidado com o cachorro” na sua cerca para inibir um ladrão, mesmo quando você não tem um cachorro?
É ético para uma mulher fingir um ataque cardíaco ou fingir desmaiar quando atacada por um estuprador? E ela chamar seu marido como se ele estivesse por perto, quando na verdade ele não está? É ético ela dizer ao seu agressor que tem uma doença sexualmente transmissível para desencorajá-lo do estupro?
Os Aliados na Segunda Guerra Mundial foram justificados em enganar Hitler com relação à localização da invasão da Normandia?
É ético para a polícia operar o radar em carros não identificados? Afinal, ao usar carros sem identificação, eles nos enganam, pensando que são civis.
É ético para a polícia conduzir investigações disfarçadas, à paisana, que, por definição, exigem que enganem as pessoas quanto à sua identidade e intenção?
É ético mentir para alguém sobre para onde você o está levando para manter o segredo de uma festa surpresa em sua homenagem?
Suponha que você tenha vivido um estilo de vida homossexual, ou talvez tenha se permitido ter esse comportamento em algumas ocasiões particulares. Nos últimos anos, você andou em pureza sexual e não sente mais esses desejos. Um pastor pergunta a você: “Você já se entregou ao comportamento homossexual?” Você é moralmente obrigado a dizer “sim”? Você está mentindo se disser “não”? Dizer “sem comentários” equivale a “sim” no que diz respeito ao interrogador.
Quando as obrigações morais colidem
Considere outros exemplos quando as obrigações morais parecem entrar em conflito.
O pai de Richard faz um pedido no leito de morte a seu filho: “Por favor, prometa que depois que eu for embora, você cuidará dos meus cavalos. Prometa que você vai alimentá-los e fazer o que for preciso para mantê-los saudáveis”. Em tristeza pela condição de seu pai e por amor, Richard dá sua palavra. Depois de seis meses, o dinheiro que seu pai deixou para cobrir essas despesas acabou. Richard pede dinheiro emprestado para cumprir sua promessa, mas esse problema afeta sua esposa e filhos. Richard está moralmente obrigado a continuar pagando pelo cuidado e manutenção desses cavalos enquanto sua família sofre?
O irmão de Maria, Alex, plantou uma bomba terrorista em algum lugar em Kansas City, que detonará em uma hora. Maria é a única pessoa que sabe onde a bomba está escondida. Ela prometeu a Alex que nunca contaria. Embora ela se arrependa de fazer essa promessa, Maria ainda se recusa a revelar a localização da bomba. Se a bomba não for desarmada dentro de uma hora, milhares de pessoas irão morrer. Imagine que possamos torturar Maria para extrair as informações dela. Seria moralmente permissível fazê-lo? Enquanto a tortura é um ato imoral, as consequências humanitárias resultantes justificam seu uso em Maria? O utilitarista teria que dizer “sim”.
Dois textos cruciais
Esta questão é ainda mais difícil, pois há dois exemplos bíblicos famosos.
Faraó exige que as parteiras hebréias matem todos os bebês recém-nascidos do sexo masculino (Êxodo 1:17-21).
Quando perguntado por faraó por que elas não obedeceram à sua ordem, as parteiras disseram que as mulheres hebréias não são como as egípcias; elas são vigorosas e dão à luz antes que uma parteira possa chegar. Deus emitiu seu veredicto sobre o comportamento delas: E Deus foi bom para as parteiras; e o povo aumentou e se tornou muito forte. E, porque as parteiras temeram a Deus, ele lhes constituiu família. (v. 20-21).
As parteiras deliberadamente enganaram Faraó – e Deus as recompensou por isso.
Raabe, a prostituta, mente para proteger os espiões israelitas (Josué 2:1-7; cf. Hebreus 11:31).
Tiago 2:25 cita Raabe como uma ilustração para mostrar como as boas obras fluem da genuína fé salvadora: De igual modo, será que não foi também pelas obras que a prostituta Raabe foi justificada, quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho?
Raabe disse uma mentira para proteger os espiões – e aparentemente foi abençoada por isso. E note que Josué enviou espiões para a terra com o propósito de enganar e minar o inimigo, a fim de obter informações que eles escondiam. Deus tinha espiões trabalhando para ele no Antigo Testamento.
Falsidade vs. Mentira
Ao que tudo indica, há ocasiões em que o engano é eticamente permissível. Mas é importante entender isto: nem toda falsidade é mentira. Uma mentira é uma falsidade intencional que viola o direito de alguém de conhecer a verdade. E há casos em que as pessoas perdem o direito de conhecer a verdade. Portanto, a questão não é se é sempre permitido mentir, mas “O que é uma mentira?”. Uma mentira é a declaração ou comunicação intencional de uma falsidade destinada a enganar alguém que tem o direito moral e legal de conhecer a verdade. Uma mentira é algo que você diz para alguém que você é moralmente e legalmente obrigado a falar a verdade. Existem, no entanto, certas ocasiões em que você não tem obrigação de dizer para alguém a verdade (por exemplo, em tempos de guerra, agressão criminosa, e assim por diante).
Eu quero ter certeza de que ninguém responderá a este artigo com nada menos do que um compromisso fervoroso com a verdade. Ao argumentar, como tenho feito, que pode haver ocasiões em que a comunicação de uma falsidade é eticamente permissível, não estou sugerindo cristãos que devam se tornar negligentes ou casuais em seu tratamento da verdade. A verdade nos liberta (João 8:32).
Nosso objetivo nunca deve ser desvencilhar-se da verdade ou buscar uma brecha ética. Quando o salmista descreve a pessoa que tem o privilégio de “habitar” na tenda de Deus e “morar” em seu santo monte (Salmo 15:1-5), entre as qualidades citadas, temos aquele que fala a “verdade” em seu coração, recusando-se a “difamar com a língua”, e o “que cumpre o que promete”. “Aquele que age assim”, ressalta Davi, “jamais será abalado”.
Autor: Sam Storms
Fonte: The Gospel Coalition
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
FORÇA PARA O DIA - DEVOCIONAL JOHN MACARTHUR
A GARANTIA DA SALVAÇÃO É OBJETIVA OU SUBJETIVA?
Examinem-se para ver se realmente estão na fé; provem a si mesmos. Ou não reconhecem que Jesus Cristo está em vocês? A não ser que já tenham sido reprovados (2 Corintios 13:5).
Os verdadeiros crentes veem a glória de Cristo refletida em suas vidas quando examinam a autenticidade de sua salvação.
A segurança da salvação tem sido uma questão fundamental em toda a história da igreja, especialmente na reação dos reformadores à declaração da Igreja Católica Romana, de que, como a salvação é um esforço conjunto entre o homem e Deus, o resultado permanece indefinido até o fim. João Calvino, o principal reformador do século 16, ensinou que os crentes podem e devem ter certeza de sua salvação. Ele apontou para a garantia objetiva, exortando os crentes a olhar para as promessas na Palavra de Deus, a fim de obterem um senso de segurança pessoal.
Os teólogos reformados posteriores (incluindo os reformadores ingleses do século 17, conhecidos como puritanos) reconheceram que os cristãos genuínos frequentemente careciam de segurança. Assim, eles enfatizaram a necessidade de evidências práticas de salvação na vida de um crente. Tendiam a fomentar um meio subjetivo de estabelecer segurança, aconselhando as pessoas a examinar suas atitudes em busca de evidências da eleição.
A questão é: os cristãos devem obter segurança através das promessas objetivas das Escrituras ou através do autoexame subjetivo? A Bíblia ensina que ambos levarão à segurança. A base objetiva para a salvação é a obra consumada de Cristo em nosso favor, incluindo as promessas da Escritura (2 Coríntios 1:20). A subjetiva é o trabalho contínuo do Espírito Santo na vida dos cristãos, incluindo seus ministérios convictos e santificadores. Romanos 15:4 se refere a ambos os aspectos da segurança: “Pois tudo o que no passado foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”.
O Espírito Santo aplica os dois argumentos de segurança aos crentes: “O próprio Espírito confirma ao nosso espírito que somos filhos de Deus”. (Romanos 8:16). Você tem certeza da sua salvação? Faça a si mesmo a pergunta objetiva: “Eu acredito?” Se você realmente acredita, pode ter certeza de que está salvo (João 3:16; Atos 16:31). A questão subjetiva é: “A minha fé é real?” É por isso que Paulo disse: “Examinem-se para ver se realmente estão na fé; provem a si mesmos” (2 Coríntios 13:5).
Sugestão para oração
Peça a Deus que revele sua verdadeira atitude de coração para com Ele. Faça do Salmo 139:23-24 a sua oração.
Estudo adicional
Leia 2 Coríntios 3:18.
Como isso pode ser considerado parte do teste de Paulo?
O que os verdadeiros crentes devem procurar em suas vidas?
Examinem-se para ver se realmente estão na fé; provem a si mesmos. Ou não reconhecem que Jesus Cristo está em vocês? A não ser que já tenham sido reprovados (2 Corintios 13:5).
Os verdadeiros crentes veem a glória de Cristo refletida em suas vidas quando examinam a autenticidade de sua salvação.
A segurança da salvação tem sido uma questão fundamental em toda a história da igreja, especialmente na reação dos reformadores à declaração da Igreja Católica Romana, de que, como a salvação é um esforço conjunto entre o homem e Deus, o resultado permanece indefinido até o fim. João Calvino, o principal reformador do século 16, ensinou que os crentes podem e devem ter certeza de sua salvação. Ele apontou para a garantia objetiva, exortando os crentes a olhar para as promessas na Palavra de Deus, a fim de obterem um senso de segurança pessoal.
Os teólogos reformados posteriores (incluindo os reformadores ingleses do século 17, conhecidos como puritanos) reconheceram que os cristãos genuínos frequentemente careciam de segurança. Assim, eles enfatizaram a necessidade de evidências práticas de salvação na vida de um crente. Tendiam a fomentar um meio subjetivo de estabelecer segurança, aconselhando as pessoas a examinar suas atitudes em busca de evidências da eleição.
A questão é: os cristãos devem obter segurança através das promessas objetivas das Escrituras ou através do autoexame subjetivo? A Bíblia ensina que ambos levarão à segurança. A base objetiva para a salvação é a obra consumada de Cristo em nosso favor, incluindo as promessas da Escritura (2 Coríntios 1:20). A subjetiva é o trabalho contínuo do Espírito Santo na vida dos cristãos, incluindo seus ministérios convictos e santificadores. Romanos 15:4 se refere a ambos os aspectos da segurança: “Pois tudo o que no passado foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”.
O Espírito Santo aplica os dois argumentos de segurança aos crentes: “O próprio Espírito confirma ao nosso espírito que somos filhos de Deus”. (Romanos 8:16). Você tem certeza da sua salvação? Faça a si mesmo a pergunta objetiva: “Eu acredito?” Se você realmente acredita, pode ter certeza de que está salvo (João 3:16; Atos 16:31). A questão subjetiva é: “A minha fé é real?” É por isso que Paulo disse: “Examinem-se para ver se realmente estão na fé; provem a si mesmos” (2 Coríntios 13:5).
Sugestão para oração
Peça a Deus que revele sua verdadeira atitude de coração para com Ele. Faça do Salmo 139:23-24 a sua oração.
Estudo adicional
Leia 2 Coríntios 3:18.
Como isso pode ser considerado parte do teste de Paulo?
O que os verdadeiros crentes devem procurar em suas vidas?
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
DUAS MANEIRAS DE LEMBRAR-SE DE JESUS
Versículo do dia: Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho. (2 Timóteo 2.8)
Paulo menciona duas maneiras específicas de lembrar-se de Jesus: Lembre-se dele como ressuscitado de entre os mortos. E lembre-se dele como a descendência de Davi. Por que essas duas coisas a respeito de Jesus?
Porque se ele ressuscitou dentre os mortos, ele está vivo e é triunfante sobre a morte. “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita” (Romanos 8.11).
Isso significa que não importa quão sério o sofrimento se torne, o pior que ele pode fazer nesta terra é matá-lo. E Jesus tomou o aguilhão desse inimigo. Ele está vivo. E você viverá. “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma” (Mateus 10.28).
A ressurreição de Jesus não foi uma ressurreição ao acaso. Foi a ressurreição do filho de Davi. “Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos, descendente de Davi”. Por que Paulo diz isso?
Porque todo judeu sabia o que isso indicava. Isso significava que Jesus era o Messias (João 7.42). E isso significava que esta ressurreição não era uma ressurreição qualquer, mas a ressurreição de um Rei eterno. Ouça as palavras do anjo a Maria, mãe de Jesus:
“Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lucas 1.31-33)
Portanto, lembre-se de Jesus, aquele a quem você serve, e aquele por quem você sofre. Ele está vivo e reinará para sempre, e o seu reinado não terá fim. Não importa o que lhe façam, você não precisa temer.
Versículo do dia: Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho. (2 Timóteo 2.8)
Paulo menciona duas maneiras específicas de lembrar-se de Jesus: Lembre-se dele como ressuscitado de entre os mortos. E lembre-se dele como a descendência de Davi. Por que essas duas coisas a respeito de Jesus?
Porque se ele ressuscitou dentre os mortos, ele está vivo e é triunfante sobre a morte. “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita” (Romanos 8.11).
Isso significa que não importa quão sério o sofrimento se torne, o pior que ele pode fazer nesta terra é matá-lo. E Jesus tomou o aguilhão desse inimigo. Ele está vivo. E você viverá. “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma” (Mateus 10.28).
A ressurreição de Jesus não foi uma ressurreição ao acaso. Foi a ressurreição do filho de Davi. “Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos, descendente de Davi”. Por que Paulo diz isso?
Porque todo judeu sabia o que isso indicava. Isso significava que Jesus era o Messias (João 7.42). E isso significava que esta ressurreição não era uma ressurreição qualquer, mas a ressurreição de um Rei eterno. Ouça as palavras do anjo a Maria, mãe de Jesus:
“Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lucas 1.31-33)
Portanto, lembre-se de Jesus, aquele a quem você serve, e aquele por quem você sofre. Ele está vivo e reinará para sempre, e o seu reinado não terá fim. Não importa o que lhe façam, você não precisa temer.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “Saiamos, pois, a ele, fora do arraial.” (Hebreus 13.13)
O Senhor Jesus, ao carregar a sua cruz, saiu da cidade para sofrer. O motivo que o crente tem para sair do arraial do pecado e das religiões não é o intenso desejo de ser diferente, e sim o exemplo de seu Senhor. O discípulo tem de seguir o seu Mestre. Cristo não era do mundo (ver João 17.14). Sua vida e seu testemunho eram um constante protesto contra a conformação com o mundo. Nunca houve tal superabundância de afeição pela humanidade como a que encontramos nEle, entretanto, Ele estava separado dos pecadores. Semelhantemente, o povo de Cristo deve sair ao encontro dEle. Este povo deve assumir sua posição “fora do arraial”, como vivas testemunhas da verdade. Eles devem estar preparados para trilhar o caminho estreito e reto. Devem ter corações destemidos, persistentes, como de leões, amando a Cristo em primeiro lugar, e depois a verdade dEle, ambos acima de tudo no mundo. O Senhor Jesus quer que seu povo saia fora do arraial, para sua própria santificação.
Você não pode experimentar crescimento na graça, em qualquer nível, enquanto estiver conformado com o mundo. A vida deseparação talvez seja um caminho de tristeza, porém é o caminho de segurança. A vida de separação pode lhe causar muitas dores e fazerde cada dia uma batalha, mas, apesar disso, é uma vida feliz. Nenhuma alegria pode sobrepujar a alegria do soldado de Cristo. Jesus se revela de modo tão gracioso e proporciona refrigério tão agradável, que o guerreiro sente mais calma e tranquilidade em sua luta diária do que os outros em seus momentos de descanso.
O caminho de santidade é um caminho de comunhão. É assim que esperamos receber a coroa, se formos capacitados, pela graça divina, a seguirmos fielmente a Cristo até fora do arraial. A coroa de glória seguirá a cruz da separação. Um momento de vergonha será compensado pela honra eterna. Um pouco de testemunho não parecerá nada, quando estivermos para sempre com o Senhor (ver 1 Tessalonicenses 4.17).
O Senhor Jesus, ao carregar a sua cruz, saiu da cidade para sofrer. O motivo que o crente tem para sair do arraial do pecado e das religiões não é o intenso desejo de ser diferente, e sim o exemplo de seu Senhor. O discípulo tem de seguir o seu Mestre. Cristo não era do mundo (ver João 17.14). Sua vida e seu testemunho eram um constante protesto contra a conformação com o mundo. Nunca houve tal superabundância de afeição pela humanidade como a que encontramos nEle, entretanto, Ele estava separado dos pecadores. Semelhantemente, o povo de Cristo deve sair ao encontro dEle. Este povo deve assumir sua posição “fora do arraial”, como vivas testemunhas da verdade. Eles devem estar preparados para trilhar o caminho estreito e reto. Devem ter corações destemidos, persistentes, como de leões, amando a Cristo em primeiro lugar, e depois a verdade dEle, ambos acima de tudo no mundo. O Senhor Jesus quer que seu povo saia fora do arraial, para sua própria santificação.
Você não pode experimentar crescimento na graça, em qualquer nível, enquanto estiver conformado com o mundo. A vida deseparação talvez seja um caminho de tristeza, porém é o caminho de segurança. A vida de separação pode lhe causar muitas dores e fazerde cada dia uma batalha, mas, apesar disso, é uma vida feliz. Nenhuma alegria pode sobrepujar a alegria do soldado de Cristo. Jesus se revela de modo tão gracioso e proporciona refrigério tão agradável, que o guerreiro sente mais calma e tranquilidade em sua luta diária do que os outros em seus momentos de descanso.
O caminho de santidade é um caminho de comunhão. É assim que esperamos receber a coroa, se formos capacitados, pela graça divina, a seguirmos fielmente a Cristo até fora do arraial. A coroa de glória seguirá a cruz da separação. Um momento de vergonha será compensado pela honra eterna. Um pouco de testemunho não parecerá nada, quando estivermos para sempre com o Senhor (ver 1 Tessalonicenses 4.17).
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