Semeando o Evangelho

Semear a Verdade e o Amor de Deus
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
CRISTO, A ESCRITURA E O CRISTÃO
Por Marcelo Berti
A escritura é fonte de prazer (Sl.1.2) e o fundamento do sucesso (Js.1.8) para o cristão que nela medita de dia e de noite e aplica em sua vida os princípios apresentados por Deus em suas páginas (veja mais aqui). A escritura é o depósito da verdade divina que transforma a vida daquele que se dedica a conhecer a Deus através de seus escritos. É nela que Deus se dá a conhecer Sua pessoa e vontade por meio de Cristo. No capítulo 17 do evangelho de João nós encontramos a mais expressiva oração de Cristo. Segundo nos instrui o evangelho, Cristo ora por Si mesmo (v.1-5), por Seus discípulos (v.6-19) e por fim por todos nós (v.20-26). E nessa oração encontramos três características de Cristo, como nosso mediador e revelador do Pai que nos impelem a conhecê-Lo ainda mais profundamente. É portanto, fundamental para o cristão que almeja desfrutar de um relacionamento de intimidade com Deus conhecer a verdade divina através de Jesus Cristo.
1. CRISTO MANIFESTA O NOME DO PAI
Jesus Cristo é a verdade (Jo.14.6) que liberta (8.32) e aquele que pode explicar quem o Pai é (1.18), por que Ele é o único que desfrutou a eternidade com o Pai (1.1), que veio do Pai (16.28), aos homens (1.14) para manifestar a verdade sobre Ele (3.13). Essa verdade é reconhecida pelo próprio Senhor, pois em sua oração ele mesmo afirma: “Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo” (v.6; cf. v.25). Jesus Cristo afirma que Ele mesmo deu a conhecer o nome de Deus, Yahweh, que significa “Eu Sou”. Isso provavelmente se refere ao fato de que o próprio Cristo usou esse mesmo nome sobre Si mesmo (8.58) e por diversas vezes o usou em relação à sua identidade como o Pão da vida (6.35), Luz do mundo (8.12), Bom Pastor (10.11) e assim por diante.
Mas, também devemos considerar que o termo “nome” significava muito mais para os judeus do que somente a descrição nominal de um indivíduo; para eles, o “nome” de uma pessoa era também a descrição do caráter ou natureza de um indivíduo. Tiago e João eram chamados de Boanerges, o que significa Filhos do Trovão (Mar.3.17). José, um dos parceiros ministeriais de Paulo, era chamado Barnabé, que significa Filho da exortação (At.4.36). Simão, o discípulo de Cristo, foi chamado de Cefas que significa pedra (Jo.1.42; Mat.4.18; 16.18). Esses nomes foram assim dados por serem a descrição da personalidade ou natureza de cada indivíduo. Portanto, Cristo é Aquele que manifesta o Pai nas suas características e natureza. Não podemos conhecer a Deus a parte de Cristo, nem mesmo à parte do evangelho. Onde encontramos a manifestação do nome do Pai? Nas escrituras sagradas é quem encontramos o que precisamos saber sobre Deus por meio de Cristo Jesus. É por isso que o cristão deve se dedicar a conhecer a Deus por intermédio das escrituras.
2. CRISTO TRANSMITE A PALAVRA DO PAI
Cristo também afirma que Ele mesmo teria se encarregado de transmitir as palavras de Deus aos seus discípulos: “Eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste” (Jo.17.8). Ele é o mediador entre Deus e os homens (2Tm.2.5) autorizado a propagar a mensagem do Pai e que apresenta tudo o que recebeu do Pai aos discípulos (15.15). Em Sua incarnação, Cristo humildemente oferece aos homens somente aquilo que recebeu do Pai (14.10), de tal forma que até mesmo seus discípulos reconhecem que Ele é o único que tem palavras de vida eternal (6.68). É interessante notar, que Cristo não é apenas aquele que ofereceu (no passado) as palavras de Deus, mas Ele ainda o faz hoje (no presente): “Eu lhes tenho dado a tua palavra” (v.14).
Entretanto, a transmissão da palavra do Pai realizada por Cristo foi rejeitada pelos homens que o crucificaram e ainda o é em nossos dias por todos que não O recebem por meio da nossa pregação do evangelho. Contudo, os discípulos de Cristo nos dias de sua encarnação receberam as palavras de Deus transmitidas por Cristo (v.8) e agora crêem que Cristo fora enviado pelo Pai ao mundo. Eles também reconhecem que Seu ensino vem do Pai (v.7) e que esse ensino é a verdade divina. Portanto, se quisermos ser bons seguidores de Cristo, precisaremos seguir o exemplos de Seus discípulos e receber a mensagem de Cristo estampada nas sagradas escrituras e reconhecê-la como a mensagem de Deus. Afinal, é a partir de Cristo que podemos conhecer a Deus verdadeiramente.
3. CRISTO TRANSMITE A GLÓRIA DO PAI
Por fim, Cristo também transmite aos Seus discípulos a Glória que recebeu do Pai: “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado” (v.22). A vida de Cristo teve por objetivo maior o glorificar a Deus (v.4), mesmo que isso significasse passar pela morte (Lc.22.42). Ele foi obediente até a morte de cruz (Fp.2.8) e pela obediência consumada foi aperfeiçoado (Hb.5.8-9). Tudo isso aconteceu em função de que a Glória de Deus estava em primeiro lugar em sua vida.
Isso precisou ser assim por que Cristo trocou a alegria que lhe estava proposto pelo sacrifício que faria por nós em uma cruz (Hb.12.2). Cristo se esvaziou (Fl.2.6) da Glória que tinha com o Pai desde a eternidade (Jo.17.5) para que pudesse transmitir unicamente a glória do Pai aos homens, a mesma glória que o próprio Pai teria dado ao Filho para Seu ministerio entre nós (v.22).
O objetivo de Cristo em assim fazer era que pudéssemos chegar à unidade com o Pai, do mesmo modo que Ele o Pai desfrutam de unidade (v.22): “Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade” (v.23). Esse relacionamento harmonioso do cristão com Cristo e com o Pai é o fundamento da unidade da comunidade de fiéis. É essa unidade que garante o testemunho da verdade de Cristo ao mundo: “para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim” (v.24). Essa unidade não é institucional, como se a organização de uma igreja refletisse o caráter de Deus. Essa unidade é espiritual e relacional. A partir da salvação o cristão é convidado para um ambiente de relacionamento de paz com Deus (Rm.5.1), e no desenvolvimento desse relacionamento com Deus é que os cristãos podem encontrar a verdadeira unidade.
CONCLUSÃO
Se é em Cristo que encontramos a verdadeira manifestação da pessoa do Pai, as palavras do Pai e mesmo a glória de Deus, nós cristãos devemos nos empenhar em conhecê-lo profundamente. E claro, não existe melhor livro para conhecê-Lo senão as inspiradas escrituras de Deus. Portanto, a prazerosa meditação diária das escrituras é uma excelente maneira de conhecer a Deus e a Cristo, Seu Filho.
A escritura é fonte de prazer (Sl.1.2) e o fundamento do sucesso (Js.1.8) para o cristão que nela medita de dia e de noite e aplica em sua vida os princípios apresentados por Deus em suas páginas (veja mais aqui). A escritura é o depósito da verdade divina que transforma a vida daquele que se dedica a conhecer a Deus através de seus escritos. É nela que Deus se dá a conhecer Sua pessoa e vontade por meio de Cristo. No capítulo 17 do evangelho de João nós encontramos a mais expressiva oração de Cristo. Segundo nos instrui o evangelho, Cristo ora por Si mesmo (v.1-5), por Seus discípulos (v.6-19) e por fim por todos nós (v.20-26). E nessa oração encontramos três características de Cristo, como nosso mediador e revelador do Pai que nos impelem a conhecê-Lo ainda mais profundamente. É portanto, fundamental para o cristão que almeja desfrutar de um relacionamento de intimidade com Deus conhecer a verdade divina através de Jesus Cristo.
1. CRISTO MANIFESTA O NOME DO PAI
Jesus Cristo é a verdade (Jo.14.6) que liberta (8.32) e aquele que pode explicar quem o Pai é (1.18), por que Ele é o único que desfrutou a eternidade com o Pai (1.1), que veio do Pai (16.28), aos homens (1.14) para manifestar a verdade sobre Ele (3.13). Essa verdade é reconhecida pelo próprio Senhor, pois em sua oração ele mesmo afirma: “Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo” (v.6; cf. v.25). Jesus Cristo afirma que Ele mesmo deu a conhecer o nome de Deus, Yahweh, que significa “Eu Sou”. Isso provavelmente se refere ao fato de que o próprio Cristo usou esse mesmo nome sobre Si mesmo (8.58) e por diversas vezes o usou em relação à sua identidade como o Pão da vida (6.35), Luz do mundo (8.12), Bom Pastor (10.11) e assim por diante.
Mas, também devemos considerar que o termo “nome” significava muito mais para os judeus do que somente a descrição nominal de um indivíduo; para eles, o “nome” de uma pessoa era também a descrição do caráter ou natureza de um indivíduo. Tiago e João eram chamados de Boanerges, o que significa Filhos do Trovão (Mar.3.17). José, um dos parceiros ministeriais de Paulo, era chamado Barnabé, que significa Filho da exortação (At.4.36). Simão, o discípulo de Cristo, foi chamado de Cefas que significa pedra (Jo.1.42; Mat.4.18; 16.18). Esses nomes foram assim dados por serem a descrição da personalidade ou natureza de cada indivíduo. Portanto, Cristo é Aquele que manifesta o Pai nas suas características e natureza. Não podemos conhecer a Deus a parte de Cristo, nem mesmo à parte do evangelho. Onde encontramos a manifestação do nome do Pai? Nas escrituras sagradas é quem encontramos o que precisamos saber sobre Deus por meio de Cristo Jesus. É por isso que o cristão deve se dedicar a conhecer a Deus por intermédio das escrituras.
2. CRISTO TRANSMITE A PALAVRA DO PAI
Cristo também afirma que Ele mesmo teria se encarregado de transmitir as palavras de Deus aos seus discípulos: “Eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste” (Jo.17.8). Ele é o mediador entre Deus e os homens (2Tm.2.5) autorizado a propagar a mensagem do Pai e que apresenta tudo o que recebeu do Pai aos discípulos (15.15). Em Sua incarnação, Cristo humildemente oferece aos homens somente aquilo que recebeu do Pai (14.10), de tal forma que até mesmo seus discípulos reconhecem que Ele é o único que tem palavras de vida eternal (6.68). É interessante notar, que Cristo não é apenas aquele que ofereceu (no passado) as palavras de Deus, mas Ele ainda o faz hoje (no presente): “Eu lhes tenho dado a tua palavra” (v.14).
Entretanto, a transmissão da palavra do Pai realizada por Cristo foi rejeitada pelos homens que o crucificaram e ainda o é em nossos dias por todos que não O recebem por meio da nossa pregação do evangelho. Contudo, os discípulos de Cristo nos dias de sua encarnação receberam as palavras de Deus transmitidas por Cristo (v.8) e agora crêem que Cristo fora enviado pelo Pai ao mundo. Eles também reconhecem que Seu ensino vem do Pai (v.7) e que esse ensino é a verdade divina. Portanto, se quisermos ser bons seguidores de Cristo, precisaremos seguir o exemplos de Seus discípulos e receber a mensagem de Cristo estampada nas sagradas escrituras e reconhecê-la como a mensagem de Deus. Afinal, é a partir de Cristo que podemos conhecer a Deus verdadeiramente.
3. CRISTO TRANSMITE A GLÓRIA DO PAI
Por fim, Cristo também transmite aos Seus discípulos a Glória que recebeu do Pai: “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado” (v.22). A vida de Cristo teve por objetivo maior o glorificar a Deus (v.4), mesmo que isso significasse passar pela morte (Lc.22.42). Ele foi obediente até a morte de cruz (Fp.2.8) e pela obediência consumada foi aperfeiçoado (Hb.5.8-9). Tudo isso aconteceu em função de que a Glória de Deus estava em primeiro lugar em sua vida.
Isso precisou ser assim por que Cristo trocou a alegria que lhe estava proposto pelo sacrifício que faria por nós em uma cruz (Hb.12.2). Cristo se esvaziou (Fl.2.6) da Glória que tinha com o Pai desde a eternidade (Jo.17.5) para que pudesse transmitir unicamente a glória do Pai aos homens, a mesma glória que o próprio Pai teria dado ao Filho para Seu ministerio entre nós (v.22).
O objetivo de Cristo em assim fazer era que pudéssemos chegar à unidade com o Pai, do mesmo modo que Ele o Pai desfrutam de unidade (v.22): “Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade” (v.23). Esse relacionamento harmonioso do cristão com Cristo e com o Pai é o fundamento da unidade da comunidade de fiéis. É essa unidade que garante o testemunho da verdade de Cristo ao mundo: “para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim” (v.24). Essa unidade não é institucional, como se a organização de uma igreja refletisse o caráter de Deus. Essa unidade é espiritual e relacional. A partir da salvação o cristão é convidado para um ambiente de relacionamento de paz com Deus (Rm.5.1), e no desenvolvimento desse relacionamento com Deus é que os cristãos podem encontrar a verdadeira unidade.
CONCLUSÃO
Se é em Cristo que encontramos a verdadeira manifestação da pessoa do Pai, as palavras do Pai e mesmo a glória de Deus, nós cristãos devemos nos empenhar em conhecê-lo profundamente. E claro, não existe melhor livro para conhecê-Lo senão as inspiradas escrituras de Deus. Portanto, a prazerosa meditação diária das escrituras é uma excelente maneira de conhecer a Deus e a Cristo, Seu Filho.
A ATUALIDADE DA PROFECIA DE MIQUEIAS
Miqueias 1
“1 Palavra do SENHOR que em visão veio a Miqueias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, sobre Samaria e Jerusalém.
2 Ouvi, todos os povos, prestai atenção, ó terra e tudo o que ela contém, e seja o SENHOR Deus testemunha contra vós outros, o Senhor desde o seu santo templo.
3 Porque eis que o SENHOR sai do seu lugar, e desce, e anda sobre os altos da terra.
4 Os montes debaixo dele se derretem, e os vales se fendem; são como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam num abismo.
5 Tudo isto por causa da transgressão de Jacó e dos pecados da casa de Israel. Qual é a transgressão de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém?
6 Por isso, farei de Samaria um montão de pedras do campo, uma terra de plantar vinhas; farei rebolar as suas pedras para o vale e descobrirei os seus fundamentos.
7 Todas as suas imagens de escultura serão despedaçadas, e todos os salários de sua impureza serão queimados, e de todos os seus ídolos eu farei uma ruína, porque do preço da prostituição os ajuntou, e a este preço volverão.
8 Por isso, lamento e uivo; ando despojado e nu; faço lamentações como de chacais e pranto como de avestruzes.
9 Porque as suas feridas são incuráveis; o mal chegou até Judá; estendeu-se até à porta do meu povo, até Jerusalém.
10 Não o anuncieis em Gate, nem choreis; revolvei-vos no pó, em Bete-Leafra.
11 Passa, ó moradora de Safir, em vergonhosa nudez; a moradora de Zaanã não pode sair; o pranto de Bete-Ezel tira de vós o vosso refúgio.
12 Pois a moradora de Marote suspira pelo bem, porque desceu do SENHOR o mal até à porta de Jerusalém.
13 Ata os corcéis ao carro, ó moradora de Laquis; foste o princípio do pecado para a filha de Sião, porque em ti se acharam as transgressões de Israel.
14 Portanto, darás presentes de despedida a Moresete-Gate; as casas de Aczibe serão para engano dos reis de Israel.
15 Enviar-te-ei ainda quem tomará posse de ti, ó moradora de Maressa; chegará até Adulão a glória de Israel.
16 Faze-te calva e tosquia-te, por causa dos filhos que eram as tuas delícias; alarga a tua calva como a águia, porque de ti serão levados para o cativeiro.” (Miqueias 1.1-16)
Nós estaremos comentando um livro do Velho Testamento, e portanto, devemos ter em conta, diante de nós, como pano de fundo, que muito do que está nele contido, se referia ao antigo pacto, o qual foi revogado em Jesus Cristo.
Convém também ser dito que se a aliança antiga foi substituída pela nova, todavia Deus não mudou. Temos aqui revelada a exata expressão do seu caráter santo e justo, que não pode aprovar o pecado em nenhuma de suas formas, e muito menos, que aqueles que criou para estarem debaixo do seu governo amoroso, não reconheçam a sua soberania.
Então, os juízos aqui declarados contra o pecado, não foram suprimidos, mas podemos como dizer que foram adiados para o dia do grande juízo, no qual será fechado o tempo da sua paciência e longanimidade, que tem vigorado na presente dispensação da graça.
Os livros do Velho Testamento, em seus juízos, são portanto, um alerta amoroso, para que nos arrependamos dos nossos pecados, e temamos ao Senhor conforme convém ser temido, para que possamos escapar da condenação eterna, da qual nosso Senhor Jesus Cristo, veio a este mundo para nos livrar.
“1Co 10:5 Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto.
1Co 10:6 Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
1Co 10:7 Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se.
1Co 10:8 E não pratiquemos imoralidade, como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil.
1Co 10:9 Não ponhamos o Senhor à prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes.
1Co 10:10 Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador.
1Co 10:11 Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.”
Quando Miqueias começou seu ministério profético, o Reino do Norte (Israel) não havia ainda sido levado em cativeiro pelos assírios.
Mas o cativeiro estava às portas quando Miqueias começou a profetizar, porque o fizera nos dias dos reis Jotão e Acaz, do Reino do Sul (Judá).
Israel seria levado em cativeiro no sexto ano do rei Ezequias de Judá, quando o rei Oseias de Israel se encontrava no nono ano do seu reinado.
Miqueias foi, portanto, contemporâneo dos profetas Oseias e Isaías, e profetizou corroborando as mensagens destes profetas.
Por isso, encontramos logo no primeiro capítulo deste seu livro, profecias alertando sobre os julgamentos que se aproximavam para devastar tanto a Israel, quanto a Judá.
São citadas as capitais dos dois reinos: Samaria (de Israel) e Jerusalém (de Judá), porque eram nelas que se concentravam os líderes da nação israelita, tanto civis, quanto religiosos, e as ameaças diziam respeito principalmente a eles, a quem cabia trazer o povo debaixo do temor do Senhor.
Tal o mestre, tal o discípulo.
Tal o sacerdote, tal o adorador.
Isto não é necessariamente uma regra para aqueles que estão determinados a viverem segundo a reta justiça, mas é comum que o povo se deixe conduzir por aqueles que lhe lidera, sem levar em conta os frutos que são produzidos por eles.
Como eles buscavam a glória dos homens e não a de Deus, não receberam discernimento espiritual para poderem avaliar quem realmente deveria ser seguido e ouvido, e assim, cairam seduzidos nos braços dos falsos profetas vestidos em peles de ovelhas.
De tão acostumados que estavam em seguir o homem e não a Deus, mesmo quando se levantou entre eles um líder verdadeiramente piedoso, como foi o caso do rei Ezequias, eles não se deixaram persuadir e não se converteram a Deus em seus corações.
Todavia, é impossível enganar a Deus.
Por isso, Ele diz pelo profeta Miqueias que faria de Samaria um monturo, a ponto de descobrir seus fundamentos (v. 7).
As imagens de escultura seriam despedaçadas, e os salários dos que viviam daquele culto impuro seriam queimados (v. 7).
Judá havia se contaminado com o pecado de Israel.
Eles haviam entrado em alianças políticas com eles para se fortificarem, no entanto, isto somente serviu para enfraquecê-los, como o erro de Josafá, de se aparentar com a casa de
Acabe, dando seu filho que viria a reinar depois dele, como esposo de Atalia, filha da perversa Jezabel.
As feridas de Israel eram incuráveis, porque de há muito vinham servindo aos bezerros de ouro e a Baal.
E, nesta aliança com eles, Judá acabou se contaminando pelo mesmo mal da idolatria.
Como as transgressões de Israel foram achadas também em Judá (v. 13), então havia um juízo lavrado da parte do Senhor sobre ambos os povos, e quando este fosse executado não deveria servir de motivo de choro, nem de lamento no pó, nem deveria ser anunciado na terra dos povos inimigos, como na cidade de Gate dos filisteus, por exemplo, porque era da parte do próprio Senhor que lhes sobreviria a ruína do Seu povo.
As alianças de Israel com os filisteus lhes enviando presentes e tributos, de nada lhes adiantaria, porque nada poderiam fazer para livrá-los, quando o Senhor enviasse sobre eles um povo poderoso que os levaria para o cativeiro, a saber, os assírios (v. 16).
Israel e Judá juntaram para si ídolos, imagens de escultura, que tomaram o lugar que é devido exclusivamente à adoração de Jeová, ignorando os dois primeiros mandamentos da Lei que Ele lhes dera através de Moisés.
Os piedosos do povo de Deus prantearam por causa destes juízos, tal como o profeta Miqueias fizera, como aqueles que choram num funeral.
É triste ver como morto quem estava destinado a viver pelo poder do Espírito Santo.
Todos os pecados de Israel e de Judá seriam julgados, com a única exceção daqueles que tiveram as suas transgressões perdoadas, porque permaneceram fiéis a Deus, crendo nele e na sua Palavra.
De igual modo, através de Miqueias, Deus está alertando às pessoas de todos os lugares e épocas, que ele não deixará de visitar com juízos todos aqueles que não tiveram os seus pecados perdoados por causa da fé em Jesus Cristo.
Miqueias 2
“1 Ai daqueles que, no seu leito, imaginam a iniquidade e maquinam o mal! À luz da alva, o praticam, porque o poder está em suas mãos.
2 Se cobiçam campos, os arrebatam; se casas, as tomam; assim, fazem violência a um homem e à sua casa, a uma pessoa e à sua herança.
3 Portanto, assim diz o SENHOR: Eis que projeto mal contra esta família, do qual não tirareis a vossa cerviz; e não andareis altivamente, porque o tempo será mau.
4 Naquele dia, se criará contra vós outros um provérbio, se levantará pranto lastimoso e se dirá: Estamos inteiramente desolados! A porção do meu povo, Deus a troca! Como me despoja! Reparte os nossos campos aos rebeldes!
5 Portanto, não terás, na congregação do SENHOR, quem, pela sorte, lançando o cordel, meça possessões.
6 Não babujeis, dizem eles. Não babujeis tais coisas, porque a desgraça não cairá sobre nós.
7 Tais coisas anunciadas não alcançarão a casa de Jacó. Está irritado o Espírito do SENHOR? São estas as suas obras? Sim, as minhas palavras fazem o bem ao que anda retamente;
8 mas, há pouco, se levantou o meu povo como inimigo; além da roupa, roubais a capa àqueles que passam seguros, sem pensar em guerra.
9 Lançais fora as mulheres de meu povo do seu lar querido; dos filhinhos delas tirais a minha glória, para sempre.
10 Levantai-vos e ide-vos embora, porque não é lugar aqui de descanso; ide-vos por causa da imundícia que destrói, sim, que destrói dolorosamente.
11 Se houver alguém que, seguindo o vento da falsidade, mentindo, diga: Eu te profetizarei do vinho e da bebida forte, será este tal o profeta deste povo.
12 Certamente, te ajuntarei todo, ó Jacó; certamente, congregarei o restante de Israel; pô-los-ei todos juntos, como ovelhas no aprisco, como rebanho no meio do seu pasto; farão grande ruído, por causa da multidão dos homens.
13 Subirá diante deles o que abre caminho; eles romperão, entrarão pela porta e sairão por ela; e o seu Rei irá adiante deles; sim, o SENHOR, à sua frente.” (Miqueias 2.1-13)
Tornamos a lembrar que a precipitação do juízos que vieram sobre Israel e Judá, respectivamente, em 722 a.C, com os assírios, e e em 586 a.C com os babilônios, foi decorrente de estarem debaixo da antiga aliança, que prescrevia a visitação das transgressões da Lei, ainda no período de vigência daquela aliança.
Presentemente, estamos na dispensação da graça, na qual Deus tem adiado seus juízos para o Dia do Seu Grande Juízo Final.
Contudo, como já dissemos, tudo que o Senhor revelou através de Miqueias se refere ao Seu caráter santo e justo, que é imutável.
Portanto, bem irá a todo aquele que der ouvido à profecia.
Por exemplo, Deus declarou expressamente pela boca do profeta, no verso 7, quais são as pessoas às quais a Sua palavra faz bem, a saber, aos que andam retamente.
É possível ter muito conhecimento teológico, muitos dons, no entanto, pouca ou nenhuma retidão no procedimento.
O que predominava em Israel não era o amor ao próximo, mas a cobiça das propriedades alheias, para obterem por meio de fraude e violência, os bens de outros (v. 1,2).
Então o juízo de Deus, ao qual o profeta chama de mal, já havia sido lavrado contra a Sua própria família, ou seja, o Seu povo, juízo do qual não poderiam desviar a cerviz, porque lhes encurvaria os pescoços de tal forma, que não poderiam andar de cabeça erguida, quando chegasse o dia da calamidade que lhes viria da parte do Senhor (v. 3).
Como haviam cobiçado as propriedades de seus irmãos, da sua própria família de Israel, então seriam despojados dos seus bens por um povo estranho, o qual o profeta chama de rebeldes.
Isto significa que não lhes seriam tirados os seus bens porque este povo (assírio) fosse mais justo do que eles, mas para servir de um sinal que era em razão de um juízo de Deus contra os pecados dos israelitas.
Apesar das ameaças de Deus pelos Seus profetas, os israelitas consideravam que eles estavam apenas profetizando agouros, e lhes pediam para que se calassem, porque tinham convicção de que a desgraça não cairia sobre eles (v. 6).
Este é o mesmo erro da Igreja de Laodicéia que prossegue confiante em seu caminho, apesar das profecias da Palavra de Deus que são dirigidas contra ela, e que a convocam ao arrependimento.
Os israelitas chegaram a tal ponto de endurecimento, que este fez com que não aceitassem que estivessem entristecendo o Espírito Santo.
Eles perguntavam ironicamente: “Está irritado o Espírito do Senhor?”
Como poderia, segundo o modo de ver deles, um Espírito bom e consolador como o Espírito Santo, dizer palavras tão duras como as que eram proferidas por Miqueias?
Então voltavam a dizer: “São estas as suas obras?”
Como que ironizando que não poderia ser de modo algum obra do Espírito, os juízos aos quais estava se referindo o profeta.
O Senhor, porém, não lhes deixou sem resposta, conforme já comentamos anteriormente acerca do verso 7, no qual afirma que, eram sim as obras do Espírito, porque aquelas eram Suas palavras, uma vez que elas somente fazem o bem aos que andam retamente.
Assim, a bênção era para o que anda em retidão, e o juízo para os que não andam nos caminhos de Deus, tal como estava fazendo o povo de Israel nos dias de Miqueias.
Eles usavam de violência e roubo contra aqueles que viviam em paz.
Repudiavam suas esposas e tiravam seus filhinhos de debaixo da sua guarda.
Como poderia o Senhor permitir que um povo como aquele habitasse na terra que lhes dera por promessa, através de Abraão, sob a condição de andarem em todos os Seus mandamentos e estatutos?
Porventura não os lançaria fora dela, de forma que não fosse seu lugar de descanso, porque não havia razão para terem descanso da parte do Senhor, já que suas obras eram más?
Eles contaminavam a terra com suas obras ímpias, e o Senhor não permitiria que isto continuasse por muito tempo.
A impiedade deles havia chegado a tal ponto, que bêbados seriam bem recebidos como profetas do Senhor, porque não se importavam que se lhes profetizasse a falsidade (v. 11).
Por isso, haveria apenas boa esperança somente para o remanescente de Israel.
Deus congregaria este restante que lhe fosse fiel e os reuniria num rebanho, como ovelhas num aprisco.
Estes seriam em grande número; entrariam e sairiam pela porta do aprisco, porque o seu Rei iria adiante deles, e o profeta diz quem é este Rei, a saber o próprio Senhor.
Certamente era uma profecia para o tempo futuro, para que se revelasse que a glória de Israel dependeria de estarem unidos ao Messias, que ainda se levantaria sobre a terra, para redimir e santificar o povo de Deus, porque fora dEle, ninguém, será conhecido como participante do Seu povo.
Miqueias 3
“1 Disse eu: Ouvi, agora, vós, cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel: Não é a vós outros que pertence saber o juízo?
2 Os que aborreceis o bem e amais o mal; e deles arrancais a pele e a carne de cima dos seus ossos;
3 que comeis a carne do meu povo, e lhes arrancais a pele, e lhes esmiuçais os ossos, e os repartis como para a panela e como carne no meio do caldeirão?
4 Então, chamarão ao SENHOR, mas não os ouvirá; antes, esconderá deles a sua face, naquele tempo, visto que eles fizeram mal nas suas obras.
5 Assim diz o SENHOR acerca dos profetas que fazem errar o meu povo e que clamam: Paz, quando têm o que mastigar, mas apregoam guerra santa contra aqueles que nada lhes metem na boca.
6 Portanto, se vos fará noite sem visão, e tereis treva sem adivinhação; pôr-se-á o sol sobre os profetas, e sobre eles se enegrecerá o dia.
7 Os videntes se envergonharão, e os adivinhadores se confundirão; sim, todos eles cobrirão o seu bigode, porque não há resposta de Deus.
8 Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito do SENHOR, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel, o seu pecado.
9 Ouvi, agora, isto, vós, cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel, que abominais o juízo, e perverteis tudo o que é direito,
10 e edificais a Sião com sangue e a Jerusalém, com perversidade.
11 Os seus cabeças dão as sentenças por suborno, os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao SENHOR, dizendo: Não está o SENHOR no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.
12 Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de ruínas, e o monte do templo, numa colina coberta de mato.” (Miqueias 3.1-12)
Nos versos 1 a 4 o Senhor dirige uma repreensão e ameaça aos principais sacerdotes e anciãos de Israel, que tinham o encargo de ensinarem a Sua vontade ao povo, e que no entanto, o exploraram, praticando o mal e aborrecendo o bem.
E nos versos 5 a 7 são repreendidos e ameaçados os falsos profetas, que haviam enganado o povo, levando-o a errar, com suas falsas visões.
Profetas interesseiros que profetizavam por dinheiro, e que ameaçavam com juízos de
Deus aqueles que não se submetiam às suas exigências interesseiras.
Todavia, Miqueias dá o seu próprio testemunho de ser totalmente diferente deles, e o que fazia tal distinção era o fato de estar “cheio do poder do Espírito do Senhor, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel, o seu pecado.” (v. 8).
Miqueias não tinha somente aparência de piedade, mas tinha também o poder da mesma operando eficazmente em sua vida.
Todavia, Miqueias não se limitou a dizer que estava cheio do poder do Espírito para protestar contra os pecados de Israel, como também repreendeu os cabeças e chefes israelitas, que abominavam o juízo de Deus, pervertiam tudo o que era direito, e que edificavam a Sião e Jerusalém com sangue e perversidade (v. 9, 10).
Miqueias, portanto, denunciou publicamente a hipocrisia daqueles líderes, dizendo que os juízes davam suas sentenças por suborno, os sacerdotes ensinavam por interesse, e os profetas adivinhavam por dinheiro; e o pior de tudo, o faziam em nome do Senhor, alegando estarem debaixo da sua proteção, tal como costumam fazer os falsos ministros que transitam no meio da Igreja, porque também dizem que tudo o que fazem é em nome de Deus e de acordo com a Sua Palavra, enquanto prosseguem com seu mau testemunho de vida, e más obras.
Estão seguros de que nenhum mal lhes sobrevirá, porque confundem a longanimidade de Deus, que é tardio em se irar, com a supressão total de seus juízos.
Todavia, se esquecem que serão pesados na balança divina, e sendo achados em falta terão que enfrentar Seu justo juízo, que se manifestará sempre no tempo apropriado, como sucedeu no passado àqueles líderes desviados de Israel.
Miqueias 4
“1 Mas, nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do SENHOR será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão os povos.
2 Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião procederá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém.
3 Ele julgará entre muitos povos e corrigirá nações poderosas e longínquas; estes converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.
4 Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do SENHOR dos Exércitos o disse.
5 Porque todos os povos andam, cada um em nome do seu deus; mas, quanto a nós, andaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus, para todo o sempre.
6 Naquele dia, diz o SENHOR, congregarei os que coxeiam e recolherei os que foram expulsos e os que eu afligira.
7 Dos que coxeiam farei a parte restante e dos que foram arrojados para longe, uma poderosa nação; e o SENHOR reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre.
8 A ti, ó torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, virá o primeiro domínio, o reino da filha de Jerusalém.
9 Agora, por que tamanho grito? Não há rei em ti? Pereceu o teu conselheiro? Apoderou-se de ti a dor como da que está para dar à luz?
10 Sofre dores e esforça-te, ó filha de Sião, como a que está para dar à luz, porque, agora, sairás da cidade, e habitarás no campo, e virás até à Babilônia; ali, porém, serás libertada; ali, te remirá o SENHOR das mãos dos teus inimigos.
11 Acham-se, agora, congregadas muitas nações contra ti, que dizem: Seja profanada, e vejam os nossos olhos o seu desejo sobre Sião.
12 Mas não sabem os pensamentos do SENHOR, nem lhe entendem o plano que as ajuntou como feixes na eira.
13 Levanta-te e debulha, ó filha de Sião, porque farei de ferro o teu chifre e de bronze, as tuas unhas; e esmiuçarás a muitos povos, e o seu ganho será dedicado ao SENHOR, e os seus bens, ao Senhor de toda a terra.” (Miqueias 4.1-13)
Esta parte da profecia de Miqueias revela claramente qual é o método de Deus para emular Seu povo à obediência.
Nós vemos este método declarado nas palavras de Paulo em Romanos 11.22:
“Considera pois a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; para contigo, a bondade de Deus, se permaneceres nessa bondade; do contrário também tu serás cortado.”
Ele usa de severidade para com aqueles que andam voluntariamente errados em relação à Sua vontade, mas de bondade para com aqueles que Lhe obedecem.
A profecia de Miqueias tinha o alvo de declarar a verdade dos juízos de Deus sobre Israel e Judá, por causa do mau caminho deles, entretanto, isto não significava uma rejeição total e final do Seu povo.
Ao contrário, era uma demonstração de que Ele, o Senhor, não muda, e que estava cumprindo tudo que havia dito fazer desde os dias de Moisés.
Ele quer abençoar, mas Seu povo deve se posicionar, vivendo do modo digno da bênção, porque de outro modo, em vez de bênção, buscará juízos corretivos.
Um viver abençoado, sempre é condicional, ou seja, depende de uma sincera obediência à vontade de Deus.
Não há vida de vitória, segundo o Senhor, quando se anda contrariamente à Sua vontade.
Aquisição de bens não significa esta bênção. Como de igual modo perseguições e sofrimentos por causa do evangelho não significam a sua falta.
Este viver abençoado vitorioso consiste em se ter a aprovação de Deus quanto ao que somos e o que fazemos.
O povo de Deus não foi destinado por Ele à ruína e ao despojamento pelo Inimigo, mas à vitória.
Então, aqueles juízos que viriam sobre Israel e Judá, sob a forma de destruição, respectivamente, da parte dos assírios e dos babilônios, não representavam a impossibilidade de vitória para todos os que fossem verdadeiramente piedosos, porque como vimos, mesmo no cativeiro, Eliseu, Daniel, Sadraque, Mesaque, Abdnego e outros, tiveram um viver vitorioso por causa da sua piedade.
Temos então, o incentivo a um viver piedoso, na profecia deste capítulo, porque nele, o Senhor faz boas promessas em relação a Israel, as quais teriam cumprimento, especialmente, quando da manifestação do Messias.
Havia um futuro glorioso prometido para Israel, apesar de todas as assolações que teria que enfrentar, por causa do pecado do próprio povo.
Mas, estas promessas se cumpririam em justiça; por isso se diz que aconteceriam nos últimos dias, e não somente os israelitas seriam beneficiados por esta promessa, mas todos os povos que afluiriam ao monte da Casa do Senhor, que seria estabelecido no cimo dos montes, veja bem, no cimo dos montes de várias nações, e não apenas em Sião (v. 1).
Esta profecia é uma referência ao período da Igreja, espalhada em todas as nações da terra.
Todavia, a partir do verso 2, a profecia se aplica ao governo do Messias no período do milênio, a partir de Jerusalém.
Será, portanto, dali que procederá as ordens e leis para todas as nações da terra, que serão julgadas e corrigidas pelo Rei dos reis; mesmo as nações poderosas e distantes de Jerusalém, que terão que converter seus armamentos de guerra em instrumentos úteis para a produção de alimentos, e não haverá mais guerra de nação contra nação.
Em consequência, não haverá mais necessidade de forças armadas e nem de preparar pessoas para serem ensinadas na arte da guerra, porque o milênio será um período de perfeita paz em todo o mundo.
A tão sonhada paz entre todas as nações, somente poderá ser vista neste período, quando o Messias estabelecer Seu reino de justiça e de paz na terra, logo depois da Sua segunda vinda.
Não haverá mais o temor de violação do direito à propriedade, porque cada pessoa se sentirá segura em sua própria posse, sem o temor de que esta lhe seja tirada por meio da violência ou por decretos injustos.
Nenhuma nação andará mais em nome de outros deuses, mas aos que for dado permanecerem na terra, no período do milênio, adorarão somente ao Senhor.
O Senhor deixaria um remanescente (um povo restante) daqueles que haviam sido afligidos por Ele, e dos que foram expulsos da Sua presença, para formar uma grande nação que reinasse juntamente com Ele no monte Sião, por toda a eternidade.
Então, Judá iria para o cativeiro em Babilônia, mas sairia de lá, pelo braço forte do Senhor, não para apenas voltar à sua própria terra, mas para que se desse cumprimento a estas profecias gloriosas relativas ao reino do Messias.
Miqueias 5
“1 Agora, ajunta-te em tropas, ó filha de tropas; pôr-se-á sítio contra nós; ferirão com a vara a face do juiz de Israel.
2 E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
3 Portanto, o SENHOR os entregará até ao tempo em que a que está em dores tiver dado à luz; então, o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel.
4 Ele se manterá firme e apascentará o povo na força do SENHOR, na majestade do nome do SENHOR, seu Deus; e eles habitarão seguros, porque, agora, será ele engrandecido até aos confins da terra.
5 Este será a nossa paz. Quando a Assíria vier à nossa terra e quando passar sobre os nossos palácios, levantaremos contra ela sete pastores e oito príncipes dentre os homens.
6 Estes consumirão a terra da Assíria à espada e a terra de Ninrode, dentro de suas próprias portas. Assim, nos livrará da Assíria, quando esta vier à nossa terra e pisar os nossos limites.
7 O restante de Jacó estará no meio de muitos povos, como orvalho do SENHOR, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem depende dos filhos de homens.
8 O restante de Jacó estará entre as nações, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais das selvas, como um leãozinho entre os rebanhos de ovelhas, o qual, se passar, as pisará e despedaçará, sem que haja quem as livre.
9 A tua mão se exaltará sobre os teus adversários; e todos os teus inimigos serão eliminados.
10 E sucederá, naquele dia, diz o SENHOR, que eu eliminarei do meio de ti os teus cavalos e destruirei os teus carros de guerra;
11 destruirei as cidades da tua terra e deitarei abaixo todas as tuas fortalezas;
12 eliminarei as feitiçarias das tuas mãos, e não terás adivinhadores;
13 do meio de ti eliminarei as tuas imagens de escultura e as tuas colunas, e tu já não te inclinarás diante da obra das tuas mãos;
14 eliminarei do meio de ti os teus postes-ídolos e destruirei as tuas cidades.
15 Com ira e furor, tomarei vingança sobre as nações que não me obedeceram.” (Miqueias 5.1-15)
Uma das marcas de um verdadeiro profeta de Deus é a que se vê na profecia de Miqueias, porque não tem uma palavra dirigida apenas à resolução de problemas presentes.
Um profeta verdadeiro, como Miqueias, recebe da parte do Senhor, uma visão global do Seu plano, e não vê apenas parte das coisas que estão acontecendo e das que sucederão; mas tudo vê, como peças de um grande conjunto que já está determinado por Deus debaixo do Seu controle, como coisas já cumpridas, apesar de terem seu cumprimento no tempo estabelecido por Ele.
Veja que quando Miqueias está falando dos juízos que viriam sobre Israel e Judá, ele não estava preso à visão daquelas assolações, porque viu que tudo se encaminharia para um futuro glorioso de Israel sob o Messias.
Por isso, a profecia mistura tanto o sítio que viria sobre Israel nos dias do cativeiro (v. 1), quanto o local de nascimento do Messias (Belém), ao mesmo tempo em que afirma que não era um nascimento de existência no tempo como o dos demais homens, porque no seu caso, aquele que haveria de reinar eternamente sobre Israel, conforme tudo o que foi profetizado no capítulo anterior, não tem início de existência, conforme se afirma no verso
2.
Deste modo, havia um tempo para que Israel fosse entregue à dominação dos povos inimigos, para que fossem cumpridos os propósitos específicos de Deus em purificá-los, especialmente de suas idolatrias, conforme afirma na parte final deste capítulo.
Todavia, apesar de Israel ter sido espalhado pelas nações, vivendo como ovelhas errantes, sem pastor; eles teriam no Messias a esperança de serem apascentados na força e na majestade do Senhor seu Deus, para que habitassem em segurança perante Ele.
É no próprio Messias que se encontra a paz de Israel (v. 5), ou seja, do Seu povo.
Os que estiverem debaixo do reino do Messias já não terão mais que temer as ameaças de invasões de povos inimigos, assim como Israel havia temido no passado a Assíria, que por fim, os espalhou por várias partes do mundo.
Deus se levantaria contra todos os seus inimigos, quer dentro do Seu próprio povo, quer em todas as nações, porque com ira e furor tomaria vingança contra todos estes que não lhe obedeceram (v. 15).
Miqueias 6
“1 Ouvi, agora, o que diz o SENHOR: Levanta-te, defende a tua causa perante os montes, e ouçam os outeiros a tua voz.
2 Ouvi, montes, a controvérsia do SENHOR, e vós, duráveis fundamentos da terra, porque o SENHOR tem controvérsia com o seu povo e com Israel entrará em juízo.
3 Povo meu, que te tenho feito? E com que te enfadei? Responde-me!
4 Pois te fiz sair da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e enviei adiante de ti Moisés, Arão e Miriã.
5 Povo meu, lembra-te, agora, do que maquinou Balaque, rei de Moabe, e do que lhe respondeu Balaão, filho de Beor, e do que aconteceu desde Sitim até Gilgal, para que conheças os atos de justiça do SENHOR.
6 Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus excelso? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano?
7 Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma?
8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.
9 A voz do SENHOR clama à cidade (e é verdadeira sabedoria temer-lhe o nome): Ouvi, ó tribos, aquele que a cita.
10 Ainda há, na casa do ímpio, os tesouros da impiedade e o detestável efa minguado?
11 Poderei eu inocentar balanças falsas e bolsas de pesos enganosos?
12 Porque os ricos da cidade estão cheios de violência, e os seus habitantes falam mentiras, e a língua deles é enganosa na sua boca.
13 Assim, também passarei eu a ferir-te e te deixarei desolada por causa dos teus pecados.
14 Comerás e não te fartarás; a fome estará nas tuas entranhas; removerás os teus bens, mas não os livrarás; e aquilo que livrares, eu o entregarei à espada.
15 Semearás; contudo, não segarás; pisarás a azeitona, porém não te ungirás com azeite; pisarás a vindima; no entanto, não lhe beberás o vinho,
16 porque observaste os estatutos de Onri e todas as obras da casa de Acabe e andaste nos conselhos deles. Por isso, eu farei de ti uma desolação e dos habitantes da tua cidade, um alvo de vaias; assim, trareis sobre vós o opróbrio dos povos.” (Miqueias 6.1-16)
Miqueias poderia ter começado esta profecia dizendo: ouvi agora o que diz a Lei de Moisés, ou seja, as Escrituras; mas, em vez disso ele disse:
“1 Ouvi, agora, o que diz o SENHOR: Levanta-te, defende a tua causa perante os montes, e ouçam os outeiros a tua voz.
2 Ouvi, montes, a controvérsia do SENHOR, e vós, duráveis fundamentos da terra, porque o SENHOR tem controvérsia com o seu povo e com Israel entrará em juízo.”
Ele diz: “ouvi, agora, o que diz o Senhor”, ou seja, o que Deus estava dizendo naquela hora por seu intermédio.
Miqueias não se limitou a ler a Lei de Moisés para Israel, ou apenas a se referir aos livramentos que Deus havia dado ao povo, segundo o seu conhecimento da história de Israel.
Não.
Ele foi a boca de Deus para expressar o que faria ao Seu povo, e para declarar a condição deles perante Ele, conforme o teor das palavras das Escrituras.
Todo ministro do evangelho é chamado também a proceder pelo mesmo critério. Não deve ser um mero expositor das doutrinas bíblicas para o seu povo. Não deve ser um simples narrador dos poderosos feitos de Deus na história da Igreja, mas, tal como Miqueias, deve ser a boca de Deus, para traduzir Sua vontade, conforme o teor das Escrituras.
Deus não nos deu as Escrituras para permanecer mudo. Ele nos deu as Escrituras, mas deseja também continuar falando diretamente ao Seu povo, especialmente através de Seus ministros, fazendo com que eles sejam Sua boca, para apascentarem Seu povo, conduzindo-os em santidade.
Um sermão verdadeiro deve ter sido recebido do alto, da parte do Senhor, segundo a expressão da Sua vontade para aquela hora, senão não passará de mera letra que mata, e não poderá produzir os efeitos esperados por Deus.
Caso contrário, como o Senhor poderá ser glorificado devidamente, por tudo o que estiver fazendo entre nós e em nós?
É necessário, portanto ter conhecimento das Suas operações na Igreja, e para tanto, é preciso estar debaixo de uma verdadeira instrução e direção do Espírito Santo, porque somente Ele conhece a mente e o plano de Deus. Lembram que Miqueias disse que estava cheio do Espírito de Deus para poder cumprir o propósito do Senhor?
Não deve ser diferente conosco nos dias da Igreja. Ao contrário, precisamos de um discernimento ainda maior, porque as boas promessas de Deus têm tido cumprimento em nossos dias.
Se Miqueias tivesse ficado maravilhado com as promessas relativas ao futuro glorioso de Israel sob o Messias, a ponto de não pensar em nada mais além disso; o Senhor não poderia continuar se revelando a ele porque, como vemos neste capítulo, as palavras não são consoladoras, mas admoestadoras.
Deus confrontou Israel através do profeta, chamando o povo a refletir na loucura das suas ações, depois dEle ter se revelado manifestando Sua grande benignidade.
Que mal o Senhor havia feito a Israel ou com o que lhe havia enfadado para que lhe tivessem voltado as costas?
Desde que os tirara da escravidão do Egito sob Moisés, lhes havia livrado dos povos inimigos, para que conhecessem Seus atos de justiça.
No entanto, Israel não reconheceu que o amor de Deus pelo Seu povo era um amor voluntário, a expressão completa da Sua graça e misericórdia para com eles, que nada lhes exigiu em troca, senão que fosse também amado por eles.
Então, desconhecendo o propósito de Deus, por causa do endurecimento do pecado, tentaram agradá-Lo com holocaustos e oferendas, ao modo das nações pagãs.
Por isso o Senhor protestou contra eles através do profeta afirmando que não poderia ser agradado nem com milhares de carneiros, dez mil ribeiros de azeite, nem pela oferta de seus primogênitos.
Não seria com nada disso que poderiam apagar perante Ele a culpa dos seus pecados.
Eles já haviam ouvido sobre o que agrada realmente ao Senhor, que é que se pratique a justiça, que se ame a misericórdia, e que se ande humildemente com Deus, temendo Seu nome, porque esta é a verdadeira sabedoria.
Todavia, como podem atinar com este propósito de Deus, aqueles que se conduzem sempre segundo o pendor da carne, e não do Espírito?
Como da carne só provêm o mal, porque tudo o que é gerado da carne é carne, ou seja, nada de bom pode ser esperado da natureza terrena corrompida pelo pecado, e como eles insistiam em andar conforme suas próprias paixões carnais, sem as crucificarem pelo temor ao Senhor, então suas más obras não deixariam de ter o devido castigo.
O que sucedeu a Israel serve de ensino e ilustração para a Igreja, de que o pendor da carne dá para morte, e que somente o pendor do Espírito pode dar para a vida e paz (Rom 8.6).
De forma que sejamos desestimulados a viver segundo a carne, para vivermos segundo o Espírito, porque a bênção de Deus não será achada onde prevalecem as obras da carne, senão os Seus juízos.
Miqueias 7
“1 Ai de mim! Porque estou como quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da vindima: não há cacho de uvas para chupar, nem figos temporãos que a minha alma deseja.
2 Pereceu da terra o piedoso, e não há entre os homens um que seja reto; todos espreitam para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com rede.
3 As suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama.
4 O melhor deles é como um espinheiro; o mais reto é pior do que uma sebe de espinhos. É chegado o dia anunciado por tuas sentinelas, o dia do teu castigo; aí está a confusão deles.
5 Não creiais no amigo, nem confieis no companheiro. Guarda a porta de tua boca àquela que reclina sobre o teu peito.
6 Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa.
7 Eu, porém, olharei para o SENHOR e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.
8 Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o SENHOR será a minha luz.
9 Sofrerei a ira do SENHOR, porque pequei contra ele, até que julgue a minha causa e execute o meu direito; ele me tirará para a luz, e eu verei a sua justiça.
10 A minha inimiga verá isso, e a ela cobrirá a vergonha, a ela que me diz: Onde está o
SENHOR, teu Deus? Os meus olhos a contemplarão; agora, será pisada aos pés como a lama das ruas.
11 No dia da reedificação dos teus muros, nesse dia, serão os teus limites removidos para mais longe.
12 Nesse dia, virão a ti, desde a Assíria até às cidades do Egito, e do Egito até ao rio Eufrates, e do mar até ao mar, e da montanha até à montanha.
13 Todavia, a terra será posta em desolação, por causa dos seus moradores, por causa do fruto das suas obras.
14 Apascenta o teu povo com o teu bordão, o rebanho da tua herança, que mora a sós no bosque, no meio da terra fértil; apascentem-se em Basã e Gileade, como nos dias de outrora.
15 Eu lhe mostrarei maravilhas, como nos dias da tua saída da terra do Egito.
16 As nações verão isso e se envergonharão de todo o seu poder; porão a mão sobre a boca, e os seus ouvidos ficarão surdos.
17 Lamberão o pó como serpentes; como répteis da terra, tremendo, sairão dos seus esconderijos e, tremendo, virão ao SENHOR, nosso Deus; e terão medo de ti.
18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.
19 Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.
20 Mostrarás a Jacó a fidelidade e a Abraão, a misericórdia, as quais juraste a nossos pais, desde os dias antigos.” (Miqueias 7.1-20)
O profeta descreve no início deste capítulo, a que ponto cresceria a iniquidade em Israel e em Judá, quando fossem levados para o cativeiro.
Toda a vontade de Deus seria subvertida, de modo que o que se veria em Israel e em Judá, seria justamente o oposto de tudo aquilo que é ordenado em Seus mandamentos.
Não haveria homens piedosos e retos no povo do Senhor, senão somente a prática do mal, especialmente pelos próprios líderes da nação.
A tal ponto chegaria a iniqüidade, que ninguém poderia crer num amigo ou confiar num companheiro, de forma que a prudência de se manter a boca fechada, seria recomendada mesmo diante daqueles que fossem mais íntimos, tal seria a predisposição deles para serem dirigidos pelo mal.
Quando a iniquidade se multiplica Satanás governa os corações e os conduz conforme seu próprio querer, independentemente do grau de parentesco ou de amizade, produzindo infâmias, traições, maledicência, e até mesmo a prática da violência, contra pessoas que antes eram amadas e estimadas.
Todavia, o profeta aponta o caminho para aqueles, que tal como Ele, perseverassem em seguir ao Senhor.
Deveriam olhar para Ele e esperar no Deus da salvação deles, porque Ele os ouviria, e ainda que viessem a cair, o Senhor não daria motivo para que seus inimigos se alegrassem a respeito deles, pois o Senhor os levantaria, e os tiraria das trevas para a Sua luz.
Desde que houvesse arrependimento sincero, com confissão do pecado a Deus, Ele julgaria a causa destes que se voltassem para Ele, e executaria o seu direito, de modo que os tiraria das trevas para a luz, para verem a Sua justiça.
Esta justiça graciosa e misericordiosa que está disponível no Senhor confunde os inimigos do Seu povo, que não podem entendê-la.
Eles permanecem debaixo dos seus pecados, porque não confiam na justiça de Deus com a qual somos justificados, a saber, a justiça do próprio Cristo.
É preciso ter muito cuidado na condição de ministros do evangelho, para não tentarmos conduzir as pessoas que nos ouvem a uma justificação que não seja a de Cristo, que é somente por fé, e que é instantânea.
Ao contrário, não devemos conduzi-las a uma justificação falsa, que não ocorrerá, e que seja decorrente de nossos discursos moralistas, que apontam o pecado; não para efeito de produzir arrependimento e a busca de Deus, mas somente a condenação dos outros para que nos sintamos melhores e superiores a eles, julgando possuir uma santidade maior do que a deles, quando na verdade não a possuímos, ou então, que esteja sendo aplicada contrariamente ao propósito de Deus de salvar os pecadores.
Assim, quando a misericórdia de Deus fosse manifestada em toda a Sua plenitude, quando o remanescente de Israel fosse achado reinando em glória juntamente com o Messias no milênio, as nações ficariam ainda mais estupefatas do que antes, porque na sua justiça legalista, baseada no mérito humano, jamais poderão compreender a justiça de Deus, que está baseada na Sua misericórdia, e exclusivamente nos méritos de Cristo, e não nos nossos.
Dá gosto de ler o que foi dito pela boca do profeta quanto a tal misericórdia:
“18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.
19 Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.
20 Mostrarás a Jacó a fidelidade e a Abraão, a misericórdia, as quais juraste a nossos pais, desde os dias antigos.”
Jerusalém de odiada que foi e será, especialmente nos dias do Anticristo, manifestará uma glória ainda maior do que a que tivera antes.
Seus muros serão reedificados, e suas fronteiras aumentadas.
O mundo de pecado será julgado por causa de suas más obras, quando da vinda do Senhor, mas o Seu retorno, para Israel, significará livramento e restauração (v. 11 a 13).
O Senhor apascentará o Seu povo, fazendo maravilhas para livrá-lo das assolações do Anticristo, tal como havia feito nos dias de Moisés quando os livrou do Egito.
De fraco, perseguido e oprimido que era, Israel virá a ser forte no Seu Deus; e honrado por Ele, será motivo de temor para as nações inimigas, que ficarão caladas e pasmadas, em face de todo o bem e poder que o Senhor tiver concedido ao Seu povo.
“1 Palavra do SENHOR que em visão veio a Miqueias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, sobre Samaria e Jerusalém.
2 Ouvi, todos os povos, prestai atenção, ó terra e tudo o que ela contém, e seja o SENHOR Deus testemunha contra vós outros, o Senhor desde o seu santo templo.
3 Porque eis que o SENHOR sai do seu lugar, e desce, e anda sobre os altos da terra.
4 Os montes debaixo dele se derretem, e os vales se fendem; são como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam num abismo.
5 Tudo isto por causa da transgressão de Jacó e dos pecados da casa de Israel. Qual é a transgressão de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém?
6 Por isso, farei de Samaria um montão de pedras do campo, uma terra de plantar vinhas; farei rebolar as suas pedras para o vale e descobrirei os seus fundamentos.
7 Todas as suas imagens de escultura serão despedaçadas, e todos os salários de sua impureza serão queimados, e de todos os seus ídolos eu farei uma ruína, porque do preço da prostituição os ajuntou, e a este preço volverão.
8 Por isso, lamento e uivo; ando despojado e nu; faço lamentações como de chacais e pranto como de avestruzes.
9 Porque as suas feridas são incuráveis; o mal chegou até Judá; estendeu-se até à porta do meu povo, até Jerusalém.
10 Não o anuncieis em Gate, nem choreis; revolvei-vos no pó, em Bete-Leafra.
11 Passa, ó moradora de Safir, em vergonhosa nudez; a moradora de Zaanã não pode sair; o pranto de Bete-Ezel tira de vós o vosso refúgio.
12 Pois a moradora de Marote suspira pelo bem, porque desceu do SENHOR o mal até à porta de Jerusalém.
13 Ata os corcéis ao carro, ó moradora de Laquis; foste o princípio do pecado para a filha de Sião, porque em ti se acharam as transgressões de Israel.
14 Portanto, darás presentes de despedida a Moresete-Gate; as casas de Aczibe serão para engano dos reis de Israel.
15 Enviar-te-ei ainda quem tomará posse de ti, ó moradora de Maressa; chegará até Adulão a glória de Israel.
16 Faze-te calva e tosquia-te, por causa dos filhos que eram as tuas delícias; alarga a tua calva como a águia, porque de ti serão levados para o cativeiro.” (Miqueias 1.1-16)
Nós estaremos comentando um livro do Velho Testamento, e portanto, devemos ter em conta, diante de nós, como pano de fundo, que muito do que está nele contido, se referia ao antigo pacto, o qual foi revogado em Jesus Cristo.
Convém também ser dito que se a aliança antiga foi substituída pela nova, todavia Deus não mudou. Temos aqui revelada a exata expressão do seu caráter santo e justo, que não pode aprovar o pecado em nenhuma de suas formas, e muito menos, que aqueles que criou para estarem debaixo do seu governo amoroso, não reconheçam a sua soberania.
Então, os juízos aqui declarados contra o pecado, não foram suprimidos, mas podemos como dizer que foram adiados para o dia do grande juízo, no qual será fechado o tempo da sua paciência e longanimidade, que tem vigorado na presente dispensação da graça.
Os livros do Velho Testamento, em seus juízos, são portanto, um alerta amoroso, para que nos arrependamos dos nossos pecados, e temamos ao Senhor conforme convém ser temido, para que possamos escapar da condenação eterna, da qual nosso Senhor Jesus Cristo, veio a este mundo para nos livrar.
“1Co 10:5 Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto.
1Co 10:6 Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
1Co 10:7 Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se.
1Co 10:8 E não pratiquemos imoralidade, como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil.
1Co 10:9 Não ponhamos o Senhor à prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes.
1Co 10:10 Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador.
1Co 10:11 Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.”
Quando Miqueias começou seu ministério profético, o Reino do Norte (Israel) não havia ainda sido levado em cativeiro pelos assírios.
Mas o cativeiro estava às portas quando Miqueias começou a profetizar, porque o fizera nos dias dos reis Jotão e Acaz, do Reino do Sul (Judá).
Israel seria levado em cativeiro no sexto ano do rei Ezequias de Judá, quando o rei Oseias de Israel se encontrava no nono ano do seu reinado.
Miqueias foi, portanto, contemporâneo dos profetas Oseias e Isaías, e profetizou corroborando as mensagens destes profetas.
Por isso, encontramos logo no primeiro capítulo deste seu livro, profecias alertando sobre os julgamentos que se aproximavam para devastar tanto a Israel, quanto a Judá.
São citadas as capitais dos dois reinos: Samaria (de Israel) e Jerusalém (de Judá), porque eram nelas que se concentravam os líderes da nação israelita, tanto civis, quanto religiosos, e as ameaças diziam respeito principalmente a eles, a quem cabia trazer o povo debaixo do temor do Senhor.
Tal o mestre, tal o discípulo.
Tal o sacerdote, tal o adorador.
Isto não é necessariamente uma regra para aqueles que estão determinados a viverem segundo a reta justiça, mas é comum que o povo se deixe conduzir por aqueles que lhe lidera, sem levar em conta os frutos que são produzidos por eles.
Como eles buscavam a glória dos homens e não a de Deus, não receberam discernimento espiritual para poderem avaliar quem realmente deveria ser seguido e ouvido, e assim, cairam seduzidos nos braços dos falsos profetas vestidos em peles de ovelhas.
De tão acostumados que estavam em seguir o homem e não a Deus, mesmo quando se levantou entre eles um líder verdadeiramente piedoso, como foi o caso do rei Ezequias, eles não se deixaram persuadir e não se converteram a Deus em seus corações.
Todavia, é impossível enganar a Deus.
Por isso, Ele diz pelo profeta Miqueias que faria de Samaria um monturo, a ponto de descobrir seus fundamentos (v. 7).
As imagens de escultura seriam despedaçadas, e os salários dos que viviam daquele culto impuro seriam queimados (v. 7).
Judá havia se contaminado com o pecado de Israel.
Eles haviam entrado em alianças políticas com eles para se fortificarem, no entanto, isto somente serviu para enfraquecê-los, como o erro de Josafá, de se aparentar com a casa de
Acabe, dando seu filho que viria a reinar depois dele, como esposo de Atalia, filha da perversa Jezabel.
As feridas de Israel eram incuráveis, porque de há muito vinham servindo aos bezerros de ouro e a Baal.
E, nesta aliança com eles, Judá acabou se contaminando pelo mesmo mal da idolatria.
Como as transgressões de Israel foram achadas também em Judá (v. 13), então havia um juízo lavrado da parte do Senhor sobre ambos os povos, e quando este fosse executado não deveria servir de motivo de choro, nem de lamento no pó, nem deveria ser anunciado na terra dos povos inimigos, como na cidade de Gate dos filisteus, por exemplo, porque era da parte do próprio Senhor que lhes sobreviria a ruína do Seu povo.
As alianças de Israel com os filisteus lhes enviando presentes e tributos, de nada lhes adiantaria, porque nada poderiam fazer para livrá-los, quando o Senhor enviasse sobre eles um povo poderoso que os levaria para o cativeiro, a saber, os assírios (v. 16).
Israel e Judá juntaram para si ídolos, imagens de escultura, que tomaram o lugar que é devido exclusivamente à adoração de Jeová, ignorando os dois primeiros mandamentos da Lei que Ele lhes dera através de Moisés.
Os piedosos do povo de Deus prantearam por causa destes juízos, tal como o profeta Miqueias fizera, como aqueles que choram num funeral.
É triste ver como morto quem estava destinado a viver pelo poder do Espírito Santo.
Todos os pecados de Israel e de Judá seriam julgados, com a única exceção daqueles que tiveram as suas transgressões perdoadas, porque permaneceram fiéis a Deus, crendo nele e na sua Palavra.
De igual modo, através de Miqueias, Deus está alertando às pessoas de todos os lugares e épocas, que ele não deixará de visitar com juízos todos aqueles que não tiveram os seus pecados perdoados por causa da fé em Jesus Cristo.
Miqueias 2
“1 Ai daqueles que, no seu leito, imaginam a iniquidade e maquinam o mal! À luz da alva, o praticam, porque o poder está em suas mãos.
2 Se cobiçam campos, os arrebatam; se casas, as tomam; assim, fazem violência a um homem e à sua casa, a uma pessoa e à sua herança.
3 Portanto, assim diz o SENHOR: Eis que projeto mal contra esta família, do qual não tirareis a vossa cerviz; e não andareis altivamente, porque o tempo será mau.
4 Naquele dia, se criará contra vós outros um provérbio, se levantará pranto lastimoso e se dirá: Estamos inteiramente desolados! A porção do meu povo, Deus a troca! Como me despoja! Reparte os nossos campos aos rebeldes!
5 Portanto, não terás, na congregação do SENHOR, quem, pela sorte, lançando o cordel, meça possessões.
6 Não babujeis, dizem eles. Não babujeis tais coisas, porque a desgraça não cairá sobre nós.
7 Tais coisas anunciadas não alcançarão a casa de Jacó. Está irritado o Espírito do SENHOR? São estas as suas obras? Sim, as minhas palavras fazem o bem ao que anda retamente;
8 mas, há pouco, se levantou o meu povo como inimigo; além da roupa, roubais a capa àqueles que passam seguros, sem pensar em guerra.
9 Lançais fora as mulheres de meu povo do seu lar querido; dos filhinhos delas tirais a minha glória, para sempre.
10 Levantai-vos e ide-vos embora, porque não é lugar aqui de descanso; ide-vos por causa da imundícia que destrói, sim, que destrói dolorosamente.
11 Se houver alguém que, seguindo o vento da falsidade, mentindo, diga: Eu te profetizarei do vinho e da bebida forte, será este tal o profeta deste povo.
12 Certamente, te ajuntarei todo, ó Jacó; certamente, congregarei o restante de Israel; pô-los-ei todos juntos, como ovelhas no aprisco, como rebanho no meio do seu pasto; farão grande ruído, por causa da multidão dos homens.
13 Subirá diante deles o que abre caminho; eles romperão, entrarão pela porta e sairão por ela; e o seu Rei irá adiante deles; sim, o SENHOR, à sua frente.” (Miqueias 2.1-13)
Tornamos a lembrar que a precipitação do juízos que vieram sobre Israel e Judá, respectivamente, em 722 a.C, com os assírios, e e em 586 a.C com os babilônios, foi decorrente de estarem debaixo da antiga aliança, que prescrevia a visitação das transgressões da Lei, ainda no período de vigência daquela aliança.
Presentemente, estamos na dispensação da graça, na qual Deus tem adiado seus juízos para o Dia do Seu Grande Juízo Final.
Contudo, como já dissemos, tudo que o Senhor revelou através de Miqueias se refere ao Seu caráter santo e justo, que é imutável.
Portanto, bem irá a todo aquele que der ouvido à profecia.
Por exemplo, Deus declarou expressamente pela boca do profeta, no verso 7, quais são as pessoas às quais a Sua palavra faz bem, a saber, aos que andam retamente.
É possível ter muito conhecimento teológico, muitos dons, no entanto, pouca ou nenhuma retidão no procedimento.
O que predominava em Israel não era o amor ao próximo, mas a cobiça das propriedades alheias, para obterem por meio de fraude e violência, os bens de outros (v. 1,2).
Então o juízo de Deus, ao qual o profeta chama de mal, já havia sido lavrado contra a Sua própria família, ou seja, o Seu povo, juízo do qual não poderiam desviar a cerviz, porque lhes encurvaria os pescoços de tal forma, que não poderiam andar de cabeça erguida, quando chegasse o dia da calamidade que lhes viria da parte do Senhor (v. 3).
Como haviam cobiçado as propriedades de seus irmãos, da sua própria família de Israel, então seriam despojados dos seus bens por um povo estranho, o qual o profeta chama de rebeldes.
Isto significa que não lhes seriam tirados os seus bens porque este povo (assírio) fosse mais justo do que eles, mas para servir de um sinal que era em razão de um juízo de Deus contra os pecados dos israelitas.
Apesar das ameaças de Deus pelos Seus profetas, os israelitas consideravam que eles estavam apenas profetizando agouros, e lhes pediam para que se calassem, porque tinham convicção de que a desgraça não cairia sobre eles (v. 6).
Este é o mesmo erro da Igreja de Laodicéia que prossegue confiante em seu caminho, apesar das profecias da Palavra de Deus que são dirigidas contra ela, e que a convocam ao arrependimento.
Os israelitas chegaram a tal ponto de endurecimento, que este fez com que não aceitassem que estivessem entristecendo o Espírito Santo.
Eles perguntavam ironicamente: “Está irritado o Espírito do Senhor?”
Como poderia, segundo o modo de ver deles, um Espírito bom e consolador como o Espírito Santo, dizer palavras tão duras como as que eram proferidas por Miqueias?
Então voltavam a dizer: “São estas as suas obras?”
Como que ironizando que não poderia ser de modo algum obra do Espírito, os juízos aos quais estava se referindo o profeta.
O Senhor, porém, não lhes deixou sem resposta, conforme já comentamos anteriormente acerca do verso 7, no qual afirma que, eram sim as obras do Espírito, porque aquelas eram Suas palavras, uma vez que elas somente fazem o bem aos que andam retamente.
Assim, a bênção era para o que anda em retidão, e o juízo para os que não andam nos caminhos de Deus, tal como estava fazendo o povo de Israel nos dias de Miqueias.
Eles usavam de violência e roubo contra aqueles que viviam em paz.
Repudiavam suas esposas e tiravam seus filhinhos de debaixo da sua guarda.
Como poderia o Senhor permitir que um povo como aquele habitasse na terra que lhes dera por promessa, através de Abraão, sob a condição de andarem em todos os Seus mandamentos e estatutos?
Porventura não os lançaria fora dela, de forma que não fosse seu lugar de descanso, porque não havia razão para terem descanso da parte do Senhor, já que suas obras eram más?
Eles contaminavam a terra com suas obras ímpias, e o Senhor não permitiria que isto continuasse por muito tempo.
A impiedade deles havia chegado a tal ponto, que bêbados seriam bem recebidos como profetas do Senhor, porque não se importavam que se lhes profetizasse a falsidade (v. 11).
Por isso, haveria apenas boa esperança somente para o remanescente de Israel.
Deus congregaria este restante que lhe fosse fiel e os reuniria num rebanho, como ovelhas num aprisco.
Estes seriam em grande número; entrariam e sairiam pela porta do aprisco, porque o seu Rei iria adiante deles, e o profeta diz quem é este Rei, a saber o próprio Senhor.
Certamente era uma profecia para o tempo futuro, para que se revelasse que a glória de Israel dependeria de estarem unidos ao Messias, que ainda se levantaria sobre a terra, para redimir e santificar o povo de Deus, porque fora dEle, ninguém, será conhecido como participante do Seu povo.
Miqueias 3
“1 Disse eu: Ouvi, agora, vós, cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel: Não é a vós outros que pertence saber o juízo?
2 Os que aborreceis o bem e amais o mal; e deles arrancais a pele e a carne de cima dos seus ossos;
3 que comeis a carne do meu povo, e lhes arrancais a pele, e lhes esmiuçais os ossos, e os repartis como para a panela e como carne no meio do caldeirão?
4 Então, chamarão ao SENHOR, mas não os ouvirá; antes, esconderá deles a sua face, naquele tempo, visto que eles fizeram mal nas suas obras.
5 Assim diz o SENHOR acerca dos profetas que fazem errar o meu povo e que clamam: Paz, quando têm o que mastigar, mas apregoam guerra santa contra aqueles que nada lhes metem na boca.
6 Portanto, se vos fará noite sem visão, e tereis treva sem adivinhação; pôr-se-á o sol sobre os profetas, e sobre eles se enegrecerá o dia.
7 Os videntes se envergonharão, e os adivinhadores se confundirão; sim, todos eles cobrirão o seu bigode, porque não há resposta de Deus.
8 Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito do SENHOR, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel, o seu pecado.
9 Ouvi, agora, isto, vós, cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de Israel, que abominais o juízo, e perverteis tudo o que é direito,
10 e edificais a Sião com sangue e a Jerusalém, com perversidade.
11 Os seus cabeças dão as sentenças por suborno, os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao SENHOR, dizendo: Não está o SENHOR no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.
12 Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de ruínas, e o monte do templo, numa colina coberta de mato.” (Miqueias 3.1-12)
Nos versos 1 a 4 o Senhor dirige uma repreensão e ameaça aos principais sacerdotes e anciãos de Israel, que tinham o encargo de ensinarem a Sua vontade ao povo, e que no entanto, o exploraram, praticando o mal e aborrecendo o bem.
E nos versos 5 a 7 são repreendidos e ameaçados os falsos profetas, que haviam enganado o povo, levando-o a errar, com suas falsas visões.
Profetas interesseiros que profetizavam por dinheiro, e que ameaçavam com juízos de
Deus aqueles que não se submetiam às suas exigências interesseiras.
Todavia, Miqueias dá o seu próprio testemunho de ser totalmente diferente deles, e o que fazia tal distinção era o fato de estar “cheio do poder do Espírito do Senhor, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel, o seu pecado.” (v. 8).
Miqueias não tinha somente aparência de piedade, mas tinha também o poder da mesma operando eficazmente em sua vida.
Todavia, Miqueias não se limitou a dizer que estava cheio do poder do Espírito para protestar contra os pecados de Israel, como também repreendeu os cabeças e chefes israelitas, que abominavam o juízo de Deus, pervertiam tudo o que era direito, e que edificavam a Sião e Jerusalém com sangue e perversidade (v. 9, 10).
Miqueias, portanto, denunciou publicamente a hipocrisia daqueles líderes, dizendo que os juízes davam suas sentenças por suborno, os sacerdotes ensinavam por interesse, e os profetas adivinhavam por dinheiro; e o pior de tudo, o faziam em nome do Senhor, alegando estarem debaixo da sua proteção, tal como costumam fazer os falsos ministros que transitam no meio da Igreja, porque também dizem que tudo o que fazem é em nome de Deus e de acordo com a Sua Palavra, enquanto prosseguem com seu mau testemunho de vida, e más obras.
Estão seguros de que nenhum mal lhes sobrevirá, porque confundem a longanimidade de Deus, que é tardio em se irar, com a supressão total de seus juízos.
Todavia, se esquecem que serão pesados na balança divina, e sendo achados em falta terão que enfrentar Seu justo juízo, que se manifestará sempre no tempo apropriado, como sucedeu no passado àqueles líderes desviados de Israel.
Miqueias 4
“1 Mas, nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do SENHOR será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão os povos.
2 Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião procederá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém.
3 Ele julgará entre muitos povos e corrigirá nações poderosas e longínquas; estes converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.
4 Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do SENHOR dos Exércitos o disse.
5 Porque todos os povos andam, cada um em nome do seu deus; mas, quanto a nós, andaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus, para todo o sempre.
6 Naquele dia, diz o SENHOR, congregarei os que coxeiam e recolherei os que foram expulsos e os que eu afligira.
7 Dos que coxeiam farei a parte restante e dos que foram arrojados para longe, uma poderosa nação; e o SENHOR reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre.
8 A ti, ó torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, virá o primeiro domínio, o reino da filha de Jerusalém.
9 Agora, por que tamanho grito? Não há rei em ti? Pereceu o teu conselheiro? Apoderou-se de ti a dor como da que está para dar à luz?
10 Sofre dores e esforça-te, ó filha de Sião, como a que está para dar à luz, porque, agora, sairás da cidade, e habitarás no campo, e virás até à Babilônia; ali, porém, serás libertada; ali, te remirá o SENHOR das mãos dos teus inimigos.
11 Acham-se, agora, congregadas muitas nações contra ti, que dizem: Seja profanada, e vejam os nossos olhos o seu desejo sobre Sião.
12 Mas não sabem os pensamentos do SENHOR, nem lhe entendem o plano que as ajuntou como feixes na eira.
13 Levanta-te e debulha, ó filha de Sião, porque farei de ferro o teu chifre e de bronze, as tuas unhas; e esmiuçarás a muitos povos, e o seu ganho será dedicado ao SENHOR, e os seus bens, ao Senhor de toda a terra.” (Miqueias 4.1-13)
Esta parte da profecia de Miqueias revela claramente qual é o método de Deus para emular Seu povo à obediência.
Nós vemos este método declarado nas palavras de Paulo em Romanos 11.22:
“Considera pois a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; para contigo, a bondade de Deus, se permaneceres nessa bondade; do contrário também tu serás cortado.”
Ele usa de severidade para com aqueles que andam voluntariamente errados em relação à Sua vontade, mas de bondade para com aqueles que Lhe obedecem.
A profecia de Miqueias tinha o alvo de declarar a verdade dos juízos de Deus sobre Israel e Judá, por causa do mau caminho deles, entretanto, isto não significava uma rejeição total e final do Seu povo.
Ao contrário, era uma demonstração de que Ele, o Senhor, não muda, e que estava cumprindo tudo que havia dito fazer desde os dias de Moisés.
Ele quer abençoar, mas Seu povo deve se posicionar, vivendo do modo digno da bênção, porque de outro modo, em vez de bênção, buscará juízos corretivos.
Um viver abençoado, sempre é condicional, ou seja, depende de uma sincera obediência à vontade de Deus.
Não há vida de vitória, segundo o Senhor, quando se anda contrariamente à Sua vontade.
Aquisição de bens não significa esta bênção. Como de igual modo perseguições e sofrimentos por causa do evangelho não significam a sua falta.
Este viver abençoado vitorioso consiste em se ter a aprovação de Deus quanto ao que somos e o que fazemos.
O povo de Deus não foi destinado por Ele à ruína e ao despojamento pelo Inimigo, mas à vitória.
Então, aqueles juízos que viriam sobre Israel e Judá, sob a forma de destruição, respectivamente, da parte dos assírios e dos babilônios, não representavam a impossibilidade de vitória para todos os que fossem verdadeiramente piedosos, porque como vimos, mesmo no cativeiro, Eliseu, Daniel, Sadraque, Mesaque, Abdnego e outros, tiveram um viver vitorioso por causa da sua piedade.
Temos então, o incentivo a um viver piedoso, na profecia deste capítulo, porque nele, o Senhor faz boas promessas em relação a Israel, as quais teriam cumprimento, especialmente, quando da manifestação do Messias.
Havia um futuro glorioso prometido para Israel, apesar de todas as assolações que teria que enfrentar, por causa do pecado do próprio povo.
Mas, estas promessas se cumpririam em justiça; por isso se diz que aconteceriam nos últimos dias, e não somente os israelitas seriam beneficiados por esta promessa, mas todos os povos que afluiriam ao monte da Casa do Senhor, que seria estabelecido no cimo dos montes, veja bem, no cimo dos montes de várias nações, e não apenas em Sião (v. 1).
Esta profecia é uma referência ao período da Igreja, espalhada em todas as nações da terra.
Todavia, a partir do verso 2, a profecia se aplica ao governo do Messias no período do milênio, a partir de Jerusalém.
Será, portanto, dali que procederá as ordens e leis para todas as nações da terra, que serão julgadas e corrigidas pelo Rei dos reis; mesmo as nações poderosas e distantes de Jerusalém, que terão que converter seus armamentos de guerra em instrumentos úteis para a produção de alimentos, e não haverá mais guerra de nação contra nação.
Em consequência, não haverá mais necessidade de forças armadas e nem de preparar pessoas para serem ensinadas na arte da guerra, porque o milênio será um período de perfeita paz em todo o mundo.
A tão sonhada paz entre todas as nações, somente poderá ser vista neste período, quando o Messias estabelecer Seu reino de justiça e de paz na terra, logo depois da Sua segunda vinda.
Não haverá mais o temor de violação do direito à propriedade, porque cada pessoa se sentirá segura em sua própria posse, sem o temor de que esta lhe seja tirada por meio da violência ou por decretos injustos.
Nenhuma nação andará mais em nome de outros deuses, mas aos que for dado permanecerem na terra, no período do milênio, adorarão somente ao Senhor.
O Senhor deixaria um remanescente (um povo restante) daqueles que haviam sido afligidos por Ele, e dos que foram expulsos da Sua presença, para formar uma grande nação que reinasse juntamente com Ele no monte Sião, por toda a eternidade.
Então, Judá iria para o cativeiro em Babilônia, mas sairia de lá, pelo braço forte do Senhor, não para apenas voltar à sua própria terra, mas para que se desse cumprimento a estas profecias gloriosas relativas ao reino do Messias.
Miqueias 5
“1 Agora, ajunta-te em tropas, ó filha de tropas; pôr-se-á sítio contra nós; ferirão com a vara a face do juiz de Israel.
2 E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
3 Portanto, o SENHOR os entregará até ao tempo em que a que está em dores tiver dado à luz; então, o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel.
4 Ele se manterá firme e apascentará o povo na força do SENHOR, na majestade do nome do SENHOR, seu Deus; e eles habitarão seguros, porque, agora, será ele engrandecido até aos confins da terra.
5 Este será a nossa paz. Quando a Assíria vier à nossa terra e quando passar sobre os nossos palácios, levantaremos contra ela sete pastores e oito príncipes dentre os homens.
6 Estes consumirão a terra da Assíria à espada e a terra de Ninrode, dentro de suas próprias portas. Assim, nos livrará da Assíria, quando esta vier à nossa terra e pisar os nossos limites.
7 O restante de Jacó estará no meio de muitos povos, como orvalho do SENHOR, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem depende dos filhos de homens.
8 O restante de Jacó estará entre as nações, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais das selvas, como um leãozinho entre os rebanhos de ovelhas, o qual, se passar, as pisará e despedaçará, sem que haja quem as livre.
9 A tua mão se exaltará sobre os teus adversários; e todos os teus inimigos serão eliminados.
10 E sucederá, naquele dia, diz o SENHOR, que eu eliminarei do meio de ti os teus cavalos e destruirei os teus carros de guerra;
11 destruirei as cidades da tua terra e deitarei abaixo todas as tuas fortalezas;
12 eliminarei as feitiçarias das tuas mãos, e não terás adivinhadores;
13 do meio de ti eliminarei as tuas imagens de escultura e as tuas colunas, e tu já não te inclinarás diante da obra das tuas mãos;
14 eliminarei do meio de ti os teus postes-ídolos e destruirei as tuas cidades.
15 Com ira e furor, tomarei vingança sobre as nações que não me obedeceram.” (Miqueias 5.1-15)
Uma das marcas de um verdadeiro profeta de Deus é a que se vê na profecia de Miqueias, porque não tem uma palavra dirigida apenas à resolução de problemas presentes.
Um profeta verdadeiro, como Miqueias, recebe da parte do Senhor, uma visão global do Seu plano, e não vê apenas parte das coisas que estão acontecendo e das que sucederão; mas tudo vê, como peças de um grande conjunto que já está determinado por Deus debaixo do Seu controle, como coisas já cumpridas, apesar de terem seu cumprimento no tempo estabelecido por Ele.
Veja que quando Miqueias está falando dos juízos que viriam sobre Israel e Judá, ele não estava preso à visão daquelas assolações, porque viu que tudo se encaminharia para um futuro glorioso de Israel sob o Messias.
Por isso, a profecia mistura tanto o sítio que viria sobre Israel nos dias do cativeiro (v. 1), quanto o local de nascimento do Messias (Belém), ao mesmo tempo em que afirma que não era um nascimento de existência no tempo como o dos demais homens, porque no seu caso, aquele que haveria de reinar eternamente sobre Israel, conforme tudo o que foi profetizado no capítulo anterior, não tem início de existência, conforme se afirma no verso
2.
Deste modo, havia um tempo para que Israel fosse entregue à dominação dos povos inimigos, para que fossem cumpridos os propósitos específicos de Deus em purificá-los, especialmente de suas idolatrias, conforme afirma na parte final deste capítulo.
Todavia, apesar de Israel ter sido espalhado pelas nações, vivendo como ovelhas errantes, sem pastor; eles teriam no Messias a esperança de serem apascentados na força e na majestade do Senhor seu Deus, para que habitassem em segurança perante Ele.
É no próprio Messias que se encontra a paz de Israel (v. 5), ou seja, do Seu povo.
Os que estiverem debaixo do reino do Messias já não terão mais que temer as ameaças de invasões de povos inimigos, assim como Israel havia temido no passado a Assíria, que por fim, os espalhou por várias partes do mundo.
Deus se levantaria contra todos os seus inimigos, quer dentro do Seu próprio povo, quer em todas as nações, porque com ira e furor tomaria vingança contra todos estes que não lhe obedeceram (v. 15).
Miqueias 6
“1 Ouvi, agora, o que diz o SENHOR: Levanta-te, defende a tua causa perante os montes, e ouçam os outeiros a tua voz.
2 Ouvi, montes, a controvérsia do SENHOR, e vós, duráveis fundamentos da terra, porque o SENHOR tem controvérsia com o seu povo e com Israel entrará em juízo.
3 Povo meu, que te tenho feito? E com que te enfadei? Responde-me!
4 Pois te fiz sair da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e enviei adiante de ti Moisés, Arão e Miriã.
5 Povo meu, lembra-te, agora, do que maquinou Balaque, rei de Moabe, e do que lhe respondeu Balaão, filho de Beor, e do que aconteceu desde Sitim até Gilgal, para que conheças os atos de justiça do SENHOR.
6 Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus excelso? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano?
7 Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma?
8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.
9 A voz do SENHOR clama à cidade (e é verdadeira sabedoria temer-lhe o nome): Ouvi, ó tribos, aquele que a cita.
10 Ainda há, na casa do ímpio, os tesouros da impiedade e o detestável efa minguado?
11 Poderei eu inocentar balanças falsas e bolsas de pesos enganosos?
12 Porque os ricos da cidade estão cheios de violência, e os seus habitantes falam mentiras, e a língua deles é enganosa na sua boca.
13 Assim, também passarei eu a ferir-te e te deixarei desolada por causa dos teus pecados.
14 Comerás e não te fartarás; a fome estará nas tuas entranhas; removerás os teus bens, mas não os livrarás; e aquilo que livrares, eu o entregarei à espada.
15 Semearás; contudo, não segarás; pisarás a azeitona, porém não te ungirás com azeite; pisarás a vindima; no entanto, não lhe beberás o vinho,
16 porque observaste os estatutos de Onri e todas as obras da casa de Acabe e andaste nos conselhos deles. Por isso, eu farei de ti uma desolação e dos habitantes da tua cidade, um alvo de vaias; assim, trareis sobre vós o opróbrio dos povos.” (Miqueias 6.1-16)
Miqueias poderia ter começado esta profecia dizendo: ouvi agora o que diz a Lei de Moisés, ou seja, as Escrituras; mas, em vez disso ele disse:
“1 Ouvi, agora, o que diz o SENHOR: Levanta-te, defende a tua causa perante os montes, e ouçam os outeiros a tua voz.
2 Ouvi, montes, a controvérsia do SENHOR, e vós, duráveis fundamentos da terra, porque o SENHOR tem controvérsia com o seu povo e com Israel entrará em juízo.”
Ele diz: “ouvi, agora, o que diz o Senhor”, ou seja, o que Deus estava dizendo naquela hora por seu intermédio.
Miqueias não se limitou a ler a Lei de Moisés para Israel, ou apenas a se referir aos livramentos que Deus havia dado ao povo, segundo o seu conhecimento da história de Israel.
Não.
Ele foi a boca de Deus para expressar o que faria ao Seu povo, e para declarar a condição deles perante Ele, conforme o teor das palavras das Escrituras.
Todo ministro do evangelho é chamado também a proceder pelo mesmo critério. Não deve ser um mero expositor das doutrinas bíblicas para o seu povo. Não deve ser um simples narrador dos poderosos feitos de Deus na história da Igreja, mas, tal como Miqueias, deve ser a boca de Deus, para traduzir Sua vontade, conforme o teor das Escrituras.
Deus não nos deu as Escrituras para permanecer mudo. Ele nos deu as Escrituras, mas deseja também continuar falando diretamente ao Seu povo, especialmente através de Seus ministros, fazendo com que eles sejam Sua boca, para apascentarem Seu povo, conduzindo-os em santidade.
Um sermão verdadeiro deve ter sido recebido do alto, da parte do Senhor, segundo a expressão da Sua vontade para aquela hora, senão não passará de mera letra que mata, e não poderá produzir os efeitos esperados por Deus.
Caso contrário, como o Senhor poderá ser glorificado devidamente, por tudo o que estiver fazendo entre nós e em nós?
É necessário, portanto ter conhecimento das Suas operações na Igreja, e para tanto, é preciso estar debaixo de uma verdadeira instrução e direção do Espírito Santo, porque somente Ele conhece a mente e o plano de Deus. Lembram que Miqueias disse que estava cheio do Espírito de Deus para poder cumprir o propósito do Senhor?
Não deve ser diferente conosco nos dias da Igreja. Ao contrário, precisamos de um discernimento ainda maior, porque as boas promessas de Deus têm tido cumprimento em nossos dias.
Se Miqueias tivesse ficado maravilhado com as promessas relativas ao futuro glorioso de Israel sob o Messias, a ponto de não pensar em nada mais além disso; o Senhor não poderia continuar se revelando a ele porque, como vemos neste capítulo, as palavras não são consoladoras, mas admoestadoras.
Deus confrontou Israel através do profeta, chamando o povo a refletir na loucura das suas ações, depois dEle ter se revelado manifestando Sua grande benignidade.
Que mal o Senhor havia feito a Israel ou com o que lhe havia enfadado para que lhe tivessem voltado as costas?
Desde que os tirara da escravidão do Egito sob Moisés, lhes havia livrado dos povos inimigos, para que conhecessem Seus atos de justiça.
No entanto, Israel não reconheceu que o amor de Deus pelo Seu povo era um amor voluntário, a expressão completa da Sua graça e misericórdia para com eles, que nada lhes exigiu em troca, senão que fosse também amado por eles.
Então, desconhecendo o propósito de Deus, por causa do endurecimento do pecado, tentaram agradá-Lo com holocaustos e oferendas, ao modo das nações pagãs.
Por isso o Senhor protestou contra eles através do profeta afirmando que não poderia ser agradado nem com milhares de carneiros, dez mil ribeiros de azeite, nem pela oferta de seus primogênitos.
Não seria com nada disso que poderiam apagar perante Ele a culpa dos seus pecados.
Eles já haviam ouvido sobre o que agrada realmente ao Senhor, que é que se pratique a justiça, que se ame a misericórdia, e que se ande humildemente com Deus, temendo Seu nome, porque esta é a verdadeira sabedoria.
Todavia, como podem atinar com este propósito de Deus, aqueles que se conduzem sempre segundo o pendor da carne, e não do Espírito?
Como da carne só provêm o mal, porque tudo o que é gerado da carne é carne, ou seja, nada de bom pode ser esperado da natureza terrena corrompida pelo pecado, e como eles insistiam em andar conforme suas próprias paixões carnais, sem as crucificarem pelo temor ao Senhor, então suas más obras não deixariam de ter o devido castigo.
O que sucedeu a Israel serve de ensino e ilustração para a Igreja, de que o pendor da carne dá para morte, e que somente o pendor do Espírito pode dar para a vida e paz (Rom 8.6).
De forma que sejamos desestimulados a viver segundo a carne, para vivermos segundo o Espírito, porque a bênção de Deus não será achada onde prevalecem as obras da carne, senão os Seus juízos.
Miqueias 7
“1 Ai de mim! Porque estou como quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da vindima: não há cacho de uvas para chupar, nem figos temporãos que a minha alma deseja.
2 Pereceu da terra o piedoso, e não há entre os homens um que seja reto; todos espreitam para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com rede.
3 As suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama.
4 O melhor deles é como um espinheiro; o mais reto é pior do que uma sebe de espinhos. É chegado o dia anunciado por tuas sentinelas, o dia do teu castigo; aí está a confusão deles.
5 Não creiais no amigo, nem confieis no companheiro. Guarda a porta de tua boca àquela que reclina sobre o teu peito.
6 Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa.
7 Eu, porém, olharei para o SENHOR e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.
8 Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o SENHOR será a minha luz.
9 Sofrerei a ira do SENHOR, porque pequei contra ele, até que julgue a minha causa e execute o meu direito; ele me tirará para a luz, e eu verei a sua justiça.
10 A minha inimiga verá isso, e a ela cobrirá a vergonha, a ela que me diz: Onde está o
SENHOR, teu Deus? Os meus olhos a contemplarão; agora, será pisada aos pés como a lama das ruas.
11 No dia da reedificação dos teus muros, nesse dia, serão os teus limites removidos para mais longe.
12 Nesse dia, virão a ti, desde a Assíria até às cidades do Egito, e do Egito até ao rio Eufrates, e do mar até ao mar, e da montanha até à montanha.
13 Todavia, a terra será posta em desolação, por causa dos seus moradores, por causa do fruto das suas obras.
14 Apascenta o teu povo com o teu bordão, o rebanho da tua herança, que mora a sós no bosque, no meio da terra fértil; apascentem-se em Basã e Gileade, como nos dias de outrora.
15 Eu lhe mostrarei maravilhas, como nos dias da tua saída da terra do Egito.
16 As nações verão isso e se envergonharão de todo o seu poder; porão a mão sobre a boca, e os seus ouvidos ficarão surdos.
17 Lamberão o pó como serpentes; como répteis da terra, tremendo, sairão dos seus esconderijos e, tremendo, virão ao SENHOR, nosso Deus; e terão medo de ti.
18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.
19 Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.
20 Mostrarás a Jacó a fidelidade e a Abraão, a misericórdia, as quais juraste a nossos pais, desde os dias antigos.” (Miqueias 7.1-20)
O profeta descreve no início deste capítulo, a que ponto cresceria a iniquidade em Israel e em Judá, quando fossem levados para o cativeiro.
Toda a vontade de Deus seria subvertida, de modo que o que se veria em Israel e em Judá, seria justamente o oposto de tudo aquilo que é ordenado em Seus mandamentos.
Não haveria homens piedosos e retos no povo do Senhor, senão somente a prática do mal, especialmente pelos próprios líderes da nação.
A tal ponto chegaria a iniqüidade, que ninguém poderia crer num amigo ou confiar num companheiro, de forma que a prudência de se manter a boca fechada, seria recomendada mesmo diante daqueles que fossem mais íntimos, tal seria a predisposição deles para serem dirigidos pelo mal.
Quando a iniquidade se multiplica Satanás governa os corações e os conduz conforme seu próprio querer, independentemente do grau de parentesco ou de amizade, produzindo infâmias, traições, maledicência, e até mesmo a prática da violência, contra pessoas que antes eram amadas e estimadas.
Todavia, o profeta aponta o caminho para aqueles, que tal como Ele, perseverassem em seguir ao Senhor.
Deveriam olhar para Ele e esperar no Deus da salvação deles, porque Ele os ouviria, e ainda que viessem a cair, o Senhor não daria motivo para que seus inimigos se alegrassem a respeito deles, pois o Senhor os levantaria, e os tiraria das trevas para a Sua luz.
Desde que houvesse arrependimento sincero, com confissão do pecado a Deus, Ele julgaria a causa destes que se voltassem para Ele, e executaria o seu direito, de modo que os tiraria das trevas para a luz, para verem a Sua justiça.
Esta justiça graciosa e misericordiosa que está disponível no Senhor confunde os inimigos do Seu povo, que não podem entendê-la.
Eles permanecem debaixo dos seus pecados, porque não confiam na justiça de Deus com a qual somos justificados, a saber, a justiça do próprio Cristo.
É preciso ter muito cuidado na condição de ministros do evangelho, para não tentarmos conduzir as pessoas que nos ouvem a uma justificação que não seja a de Cristo, que é somente por fé, e que é instantânea.
Ao contrário, não devemos conduzi-las a uma justificação falsa, que não ocorrerá, e que seja decorrente de nossos discursos moralistas, que apontam o pecado; não para efeito de produzir arrependimento e a busca de Deus, mas somente a condenação dos outros para que nos sintamos melhores e superiores a eles, julgando possuir uma santidade maior do que a deles, quando na verdade não a possuímos, ou então, que esteja sendo aplicada contrariamente ao propósito de Deus de salvar os pecadores.
Assim, quando a misericórdia de Deus fosse manifestada em toda a Sua plenitude, quando o remanescente de Israel fosse achado reinando em glória juntamente com o Messias no milênio, as nações ficariam ainda mais estupefatas do que antes, porque na sua justiça legalista, baseada no mérito humano, jamais poderão compreender a justiça de Deus, que está baseada na Sua misericórdia, e exclusivamente nos méritos de Cristo, e não nos nossos.
Dá gosto de ler o que foi dito pela boca do profeta quanto a tal misericórdia:
“18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.
19 Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.
20 Mostrarás a Jacó a fidelidade e a Abraão, a misericórdia, as quais juraste a nossos pais, desde os dias antigos.”
Jerusalém de odiada que foi e será, especialmente nos dias do Anticristo, manifestará uma glória ainda maior do que a que tivera antes.
Seus muros serão reedificados, e suas fronteiras aumentadas.
O mundo de pecado será julgado por causa de suas más obras, quando da vinda do Senhor, mas o Seu retorno, para Israel, significará livramento e restauração (v. 11 a 13).
O Senhor apascentará o Seu povo, fazendo maravilhas para livrá-lo das assolações do Anticristo, tal como havia feito nos dias de Moisés quando os livrou do Egito.
De fraco, perseguido e oprimido que era, Israel virá a ser forte no Seu Deus; e honrado por Ele, será motivo de temor para as nações inimigas, que ficarão caladas e pasmadas, em face de todo o bem e poder que o Senhor tiver concedido ao Seu povo.
Devocional Ligioner
ENCONTRANDO DEUS
Nós todos ouvimos evangelistas citando Apocalipse: “Eis que eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Ap 3:20). Geralmente, o evangelista aplica este texto como um apelo aos não convertidos, dizendo: “Jesus está batendo na porta do seu coração. Se você abrir a porta, ele vai entrar.” No contexto original, entretanto, Jesus dirigiu as suas observações à igreja. Não era um apelo evangelístico.
E daí? O objetivo é que a busca é algo que os incrédulos não fazem por conta própria. O incrédulo não irá procurar. O incrédulo não vai bater. Procurar é coisa dos crentes. Jonathan Edwards disse: “A busca do Reino de Deus é a principal questão da vida cristã”. Procura-se o resultado da fé, não a causa da fé.
Quando somos convertidos em Cristo, usamos a linguagem de descoberta para expressar nossa conversão. Falamos em “encontrar Cristo”. Poderíamos ter um outdoor escrito: “Eu O encontrei”. Essas declarações são verdadeiras. A ironia é esta: uma vez que encontramos Cristo, não é o fim da nossa busca, mas o começo. Normalmente, quando encontramos o que procuramos, isso indica o fim da nossa busca. Mas, quando “encontramos” Cristo, é o início da nossa busca.
A vida cristã começa na conversão; Não termina onde começa. Prossegue. Ela se move da fé para a fé, da graça a graça, da vida a vida. Este movimento de crescimento é estimulado pela busca contínua de Deus.
Na presença de Deus
Na sua caminhada espiritual, você está passando da fé para a fé, da graça para a graça, da vida para a vida? Você está continuamente buscando a Deus?
Passagens para estudo adicional
João 14:23-24; João 15:10
Nós todos ouvimos evangelistas citando Apocalipse: “Eis que eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Ap 3:20). Geralmente, o evangelista aplica este texto como um apelo aos não convertidos, dizendo: “Jesus está batendo na porta do seu coração. Se você abrir a porta, ele vai entrar.” No contexto original, entretanto, Jesus dirigiu as suas observações à igreja. Não era um apelo evangelístico.
E daí? O objetivo é que a busca é algo que os incrédulos não fazem por conta própria. O incrédulo não irá procurar. O incrédulo não vai bater. Procurar é coisa dos crentes. Jonathan Edwards disse: “A busca do Reino de Deus é a principal questão da vida cristã”. Procura-se o resultado da fé, não a causa da fé.
Quando somos convertidos em Cristo, usamos a linguagem de descoberta para expressar nossa conversão. Falamos em “encontrar Cristo”. Poderíamos ter um outdoor escrito: “Eu O encontrei”. Essas declarações são verdadeiras. A ironia é esta: uma vez que encontramos Cristo, não é o fim da nossa busca, mas o começo. Normalmente, quando encontramos o que procuramos, isso indica o fim da nossa busca. Mas, quando “encontramos” Cristo, é o início da nossa busca.
A vida cristã começa na conversão; Não termina onde começa. Prossegue. Ela se move da fé para a fé, da graça a graça, da vida a vida. Este movimento de crescimento é estimulado pela busca contínua de Deus.
Na presença de Deus
Na sua caminhada espiritual, você está passando da fé para a fé, da graça para a graça, da vida para a vida? Você está continuamente buscando a Deus?
Passagens para estudo adicional
João 14:23-24; João 15:10
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
O QUE É MANSIDÃO?
Versículo do dia: Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. (Mateus 5.5)
A mansidão começa quando colocamos nossa confiança em Deus. Assim, porque nós confiamos nele, confiamos nosso caminho a ele. Lançamos sobre ele as nossas ansiedades, frustrações, planos, relacionamentos, trabalhos e saúde.
E, então, esperamos pacientemente pelo Senhor. Nós confiamos em seu tempo, seu poder e sua graça para resolver as coisas da melhor forma para sua glória e nosso bem.
O resultado de confiarmos em Deus, lançarmos as nossas ansiedades em Deus e esperarmos pacientemente por Deus é que não cedemos à raiva rápida e rancorosa. Antes, em vez disso, damos lugar à ira e entregamos a nossa causa a Deus e deixamos que ele nos vindique se lhe agradar.
E, assim, como diz Tiago, nesta confiança quieta, somos tardios para falar e prontos para ouvir (Tiago 1.19). Nós nos tornamos razoáveis e abertos à correção.
A mansidão ama aprender. E ela considera preciosas as feridas feitas por um amigo. E quando deve dizer uma palavra crítica a uma pessoa flagrada em pecado ou erro, fala a partir da profunda convicção de sua própria falibilidade, de sua própria susceptibilidade ao pecado e de sua total dependência da graça de Deus.
A quietude, a flexibilidade e a vulnerabilidade da mansidão são muito belas e dolorosas. Elas vão contra tudo o que somos por nossa natureza pecaminosa. Elas requerem ajuda sobrenatural.
Se você é um discípulo de Jesus Cristo, ou seja, se confia nele, confia o seu caminho a ele e espera pacientemente por ele, Deus já começou a ajudá-lo e o ajudará ainda mais.
E o principal modo pelo qual ele o ajudará é assegurando o seu coração de que você é um coerdeiro com Jesus Cristo e de que o mundo e tudo o que há nele é seu.
Versículo do dia: Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. (Mateus 5.5)
A mansidão começa quando colocamos nossa confiança em Deus. Assim, porque nós confiamos nele, confiamos nosso caminho a ele. Lançamos sobre ele as nossas ansiedades, frustrações, planos, relacionamentos, trabalhos e saúde.
E, então, esperamos pacientemente pelo Senhor. Nós confiamos em seu tempo, seu poder e sua graça para resolver as coisas da melhor forma para sua glória e nosso bem.
O resultado de confiarmos em Deus, lançarmos as nossas ansiedades em Deus e esperarmos pacientemente por Deus é que não cedemos à raiva rápida e rancorosa. Antes, em vez disso, damos lugar à ira e entregamos a nossa causa a Deus e deixamos que ele nos vindique se lhe agradar.
E, assim, como diz Tiago, nesta confiança quieta, somos tardios para falar e prontos para ouvir (Tiago 1.19). Nós nos tornamos razoáveis e abertos à correção.
A mansidão ama aprender. E ela considera preciosas as feridas feitas por um amigo. E quando deve dizer uma palavra crítica a uma pessoa flagrada em pecado ou erro, fala a partir da profunda convicção de sua própria falibilidade, de sua própria susceptibilidade ao pecado e de sua total dependência da graça de Deus.
A quietude, a flexibilidade e a vulnerabilidade da mansidão são muito belas e dolorosas. Elas vão contra tudo o que somos por nossa natureza pecaminosa. Elas requerem ajuda sobrenatural.
Se você é um discípulo de Jesus Cristo, ou seja, se confia nele, confia o seu caminho a ele e espera pacientemente por ele, Deus já começou a ajudá-lo e o ajudará ainda mais.
E o principal modo pelo qual ele o ajudará é assegurando o seu coração de que você é um coerdeiro com Jesus Cristo e de que o mundo e tudo o que há nele é seu.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “E o SENHOR fechou a porta após ele.” (Gênesis 7.16)
Com mãos de amor, Noé foi fechado, separado de todo o mundo. A porta da eleição vem entre nós e o mundo onde aquele que é mau existe. Não somos do mundo, assim como o nosso Senhor não era do mundo (ver João 17.14). Não podemos entrar no pecado e nas buscas da multidão. Não podemos brincar nas ruas da Feira da Vaidade, com os filhos das trevas, visto que o nosso Pai celestial nos fechou do lado de dentro. Noé estava fechado com seu Deus. “Entra na arca” (Gênesis 7.1), foi o convite do Senhor por meio do qual deixou evidente que Ele mesmo tencionava habitar na arca, com seu servo e sua família. Deste modo, todos os escolhidos habitam em Deus e Deus neles. Os eleitos estão encerrados no mesmo círculo onde se encontra Deus, na Pessoa do Pai, o Filho e o Espírito Santo. Oh! que jamais sejamos desatenciosos à chamada graciosa!
Vem, povo meu, entra em tuas câmaras. Fecha as portas atrás de ti e esconde-te por um momento, até que passe a indignação. Noé foi fechado de tal modo que nenhum mal podia atingi-lo. As águas do Dilúvio tão-somente elevaram a Noé, colocando-o mais perto do céu; e as rajadas de ventos apenas o conduziram em seu caminho. Do lado de fora da arca, tudo era ruína; no seu interior, tudo era sossego e paz. Sem Cristo, perecemos, mas em Cristo há segurança perfeita. Noé estava tão fechado na arca, que nem mesmo desejou sair dali. Aqueles que estão em Cristo Jesus, estão nEle para sempre. Nunca mais sairão, pois a fidelidade eterna os encerrou e a malícia infernal não pode arrastá-los para fora. O Príncipe da casa de Davi tem a chave “que fecha, e ninguém abrirá” (Apocalipse 3.7).
Nos últimos dias, o Senhor da casa se levantará e fechará a porta. Em vão, os meros filósofos hão de bater e clamar: “Senhor, Senhor, abre-nos a porta”. Aquela mesma porta que fechará no interior as virgens prudentes, deixará do lado de fora os tolos, para sempre. Senhor, fecha-me em teu reino por meio de tua graça.
Com mãos de amor, Noé foi fechado, separado de todo o mundo. A porta da eleição vem entre nós e o mundo onde aquele que é mau existe. Não somos do mundo, assim como o nosso Senhor não era do mundo (ver João 17.14). Não podemos entrar no pecado e nas buscas da multidão. Não podemos brincar nas ruas da Feira da Vaidade, com os filhos das trevas, visto que o nosso Pai celestial nos fechou do lado de dentro. Noé estava fechado com seu Deus. “Entra na arca” (Gênesis 7.1), foi o convite do Senhor por meio do qual deixou evidente que Ele mesmo tencionava habitar na arca, com seu servo e sua família. Deste modo, todos os escolhidos habitam em Deus e Deus neles. Os eleitos estão encerrados no mesmo círculo onde se encontra Deus, na Pessoa do Pai, o Filho e o Espírito Santo. Oh! que jamais sejamos desatenciosos à chamada graciosa!
Vem, povo meu, entra em tuas câmaras. Fecha as portas atrás de ti e esconde-te por um momento, até que passe a indignação. Noé foi fechado de tal modo que nenhum mal podia atingi-lo. As águas do Dilúvio tão-somente elevaram a Noé, colocando-o mais perto do céu; e as rajadas de ventos apenas o conduziram em seu caminho. Do lado de fora da arca, tudo era ruína; no seu interior, tudo era sossego e paz. Sem Cristo, perecemos, mas em Cristo há segurança perfeita. Noé estava tão fechado na arca, que nem mesmo desejou sair dali. Aqueles que estão em Cristo Jesus, estão nEle para sempre. Nunca mais sairão, pois a fidelidade eterna os encerrou e a malícia infernal não pode arrastá-los para fora. O Príncipe da casa de Davi tem a chave “que fecha, e ninguém abrirá” (Apocalipse 3.7).
Nos últimos dias, o Senhor da casa se levantará e fechará a porta. Em vão, os meros filósofos hão de bater e clamar: “Senhor, Senhor, abre-nos a porta”. Aquela mesma porta que fechará no interior as virgens prudentes, deixará do lado de fora os tolos, para sempre. Senhor, fecha-me em teu reino por meio de tua graça.
quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
O DESAFIO EVANGELÍSTICO DE MATEUS 1.1
Por: Vinicius Musselman
Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. (Mateus 1:1)
Introdução de um livro
Mateus escreveu seu relato evangelístico na metade do primeiro século (segundo estimativas de estudiosos), e o começa com a palavra grega “biblos”, que significa livro, e de onde vem o termo “bíblia”. Seu objetivo principal é mostrar que Jesus é o Messias, aquele que trouxe o Reino dos céus e a Vontade do Pai, que é o cumprimento das profecias e que é o Rei de Israel e dos Gentios.
Para isso, ele divide seu Evangelho em 5 partes (além do começo e do fim), mostrando, não necessariamente em ordem cronológica, a vida e os discursos de Jesus. Cada parte é composta por narrativa e um discurso de Jesus que responde a uma das perguntas abaixo:
(1) Como devem viver os cidadãos do Reino? (caps. 5-7)
(2) Como os discípulos viajantes devem se comportar em suas jornadas evangelísticas? (cap. 10)
(3) Quais são as parábolas que Jesus contou? (cap. 13)
(4) Que alertas Jesus deu sobre não impedir a entrada no Reino e sobre o perdão (caps. 18-20)?
(5) Como vai terminar a história humana? (caps. 24-25)
O mais glorioso assunto
Dada esta introdução, quero agora lhe mostrar como é supremo o assunto tratado por este “livro”, a fim de que você: (1) valorize os escritos inspirados e (2), ainda mais importante, valorize como supremo tesouro o Assunto do mesmo.
Este livro é sobre o Rei
E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. (Mateus 2:2)
Este livro é sobre o Rei dos judeus, mas não só dos judeus como de toda Terra. Ele é o Rei dos verdadeiros judeus, que o são pela fé. E, além disso, Ele não só é um rei, mas é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Nenhum rei se compara a Ele. Nenhum foi mais glorioso, nenhum foi mais majestoso, nenhum foi mais justo, nenhum foi mais generoso, nenhum foi mais piedoso, nenhum foi mais conquistador e nenhum foi mais íntegro. A orla do manto desse Rei é mais majestosa que toda a glória de todos os reis da História somados. Por hora, Ele demonstra misericórdia sem igual a todos que desejam se render a Seu Reinado, mas quando o tempo acabar, governará os reinos com vara de ferro.
E, ainda mais, nenhum governo se compara ao Reinado dele. Seu Reinado é tão extenso que alcança até mesmo onde os olhos não vêem; tão extraordinário que não é baseado na exploração de servos, ou na conquista e exploração de riquezas ou de coisas efêmeras, mas, consiste em paz e alegria, coisas que ouro e prata não compram. E esta alegria e paz não são como os outros reis a dão, mas são tão mais profundas como são eternas.
Ah! Quão majestoso é este Rei. Todos os reis e governos são meras sombras perto dele, meros tipos que devem refletir a Glória do Rei de Sião. Que você possa vislumbrar a glória desse Rei e servi-Lo com alegria!
Este livro é sobre o Amém
Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta (Mateus 1:22)
Um dos focos de Mateus ao escrever seu Evangelho é mostrar que Jesus é o cumprimento de todas as promessas de Deus. O termo grego para “cumprimento” é usado explicitamente cerca de 15 vezes.
Cristo é a realização das promessas de Deus, desde a promessa adâmica do esmagamento da serpente, passando pela bênção de uma descendência bendita dada a Abraão, pelo reinado eterno prometido a Davi e pelo Messias sofredor profetizado por Isaías.
Cristo é o “sim” de Deus; isto é o que Paulo nos fala em 2 Coríntios 1:20:
Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós.
Ah! Que você possa entender o glorioso “Sim” que há em Cristo e confiar nele e na obra que Ele realizou cada vez mais.
Este livro é sobre o Sábio
A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão. (Mateus 12:42)
Quão sábias são as palavras de Jesus. Firmes quando necessárias, mas calmas e brandas para os fracos. Todas faladas com teor exato e de forma precisa no momento oportuno. Livros e livros são escritos sobre as incríveis palavras e parábolas de Jesus, incluindo as próprias cartas apostólicas que nada mais são que uma extensão do ensino de Cristo (João 14:25-26). Sua capacidade ímpar de resumir assuntos colossais em uma pequena ilustração, ou de dar uma resposta final inimaginável para um suposto cheque-mate, demonstram sua sabedoria sem igual.
Ah, meu querido irmão, não estamos falando de um simples sábio, estamos falando daquele que é mais sábio que o mais sábio homem que já existiu; mas não só isso, estamos falando sobre a própria personificação da Sabedoria. Todo o verdadeiro conhecimento e a eterna sabedoria procedem dele.
Ah, que possamos comer desta sabedoria mais doce que o mel e mais valiosa que o ouro ao lermos este evangelho. Cristo é toda sabedoria de que precisamos.
[…] mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é […] a sabedoria de Deus. (1 Co 1:24)
Este livro é sobre o Profeta
Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas. (Mateus 12:41)
Cristo é aquele que fala de forma precisa e correta em nome de Deus! Esta simples frase é estarrecedora. Ele é O Bendito que vem em nome do Senhor (Mateus 21:9); muito superior a todos os outros profetas, inclusive Moisés. As Palavras de Jesus criaram toda realidade tempo-material e em Seu imenso conhecimento, presciência e predestinação, Ele pode decretar e predizer, como profeta, o futuro.
Mas Jesus não é somente um profeta apocalíptico. Ele revela a vontade do Pai. Em Mateus 5 temos claramente uma referência ao ensino profético de Cristo:
E JESUS, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. E, abrindo a sua boca, os ensinava (Mateus 5:1)
Venha como um discípulo do Grande Rabi. Aproxime-se deste livro e leia o maravilhoso ensino que flui d’Aquele que falou tudo quanto ouviu do Pai e nada fez por si mesmo — mostrando assim ser um profeta maior que Moisés, que agiu por si mesmo ao ferir a rocha.
Quer conhecer a vontade de Deus? Ouça o ensino supremo de Cristo. Afinal:
Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho. (Hebreus 1:1)
Olhos para ler e um coração para crer
Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram. (Mateus 13:16,17)
Contudo, olhos para ler este evangelho com a admiração necessária e um coração para crer nestes gloriosos ensinos é algo que não procede de você. Você pode passar seus olhos sobre este livro de forma fria e jamais saborear cada letra escrita.
Querido leitor, ore para que Deus lhe conceda a graça através do Espírito de ter olhos para ler e um coração para crer. E se você já foi tocado por este vento soberano e livre, ore para que seu coração possa ficar cada vez mais deslumbrado ao meditar sobre este Livro. E, ao fazê-lo, faça-o com alegria e temor. Alegria pelo privilégio de poder ler tamanha sabedoria e revelação. Muitos profetas e justos, provavelmente mais piedosos que você, já desejaram ouvir tais palavras, mas não lhes foi possível. E você tem diante de si esta graça imerecida. Alegre-se! Ao mesmo passo, tema, porque ai daqueles que fazem pouco caso das Palavras de Cristo e não crêem nelas e as obedecem. Maior condenação que pecadores atrozes, mas ignorantes, haverá para estes.
Seja sua vida um livro aberto sobre Cristo
Por fim, meu querido irmão, ao vislumbrar esse nosso Herói, o Sábio-Rei-Messias-Profeta prometido, garanta que você seja, também, um telescópio para que outros possam ficar atônitos diante dessa gloriosa visão. Este é o próprio cerne do que significa evangelismo — mostrar quem Cristo realmente é para pecadores incapazes de estimá-Lo.
Convido você a ser um livro aberto para que todos possam ponderar sobre nosso precioso Salvador e assim, se achegar a Ele. Saiba que se o livro de sua vida tiver qualquer outro assunto como principal, o mesmo será um desperdício; mas, se tão somente, Cristo, o assunto mais importante que há, for a sua essência, então o livro de sua vida terá toda significância e terá valido a pena.
Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. (Mateus 1:1)
Introdução de um livro
Mateus escreveu seu relato evangelístico na metade do primeiro século (segundo estimativas de estudiosos), e o começa com a palavra grega “biblos”, que significa livro, e de onde vem o termo “bíblia”. Seu objetivo principal é mostrar que Jesus é o Messias, aquele que trouxe o Reino dos céus e a Vontade do Pai, que é o cumprimento das profecias e que é o Rei de Israel e dos Gentios.
Para isso, ele divide seu Evangelho em 5 partes (além do começo e do fim), mostrando, não necessariamente em ordem cronológica, a vida e os discursos de Jesus. Cada parte é composta por narrativa e um discurso de Jesus que responde a uma das perguntas abaixo:
(1) Como devem viver os cidadãos do Reino? (caps. 5-7)
(2) Como os discípulos viajantes devem se comportar em suas jornadas evangelísticas? (cap. 10)
(3) Quais são as parábolas que Jesus contou? (cap. 13)
(4) Que alertas Jesus deu sobre não impedir a entrada no Reino e sobre o perdão (caps. 18-20)?
(5) Como vai terminar a história humana? (caps. 24-25)
O mais glorioso assunto
Dada esta introdução, quero agora lhe mostrar como é supremo o assunto tratado por este “livro”, a fim de que você: (1) valorize os escritos inspirados e (2), ainda mais importante, valorize como supremo tesouro o Assunto do mesmo.
Este livro é sobre o Rei
E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. (Mateus 2:2)
Este livro é sobre o Rei dos judeus, mas não só dos judeus como de toda Terra. Ele é o Rei dos verdadeiros judeus, que o são pela fé. E, além disso, Ele não só é um rei, mas é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Nenhum rei se compara a Ele. Nenhum foi mais glorioso, nenhum foi mais majestoso, nenhum foi mais justo, nenhum foi mais generoso, nenhum foi mais piedoso, nenhum foi mais conquistador e nenhum foi mais íntegro. A orla do manto desse Rei é mais majestosa que toda a glória de todos os reis da História somados. Por hora, Ele demonstra misericórdia sem igual a todos que desejam se render a Seu Reinado, mas quando o tempo acabar, governará os reinos com vara de ferro.
E, ainda mais, nenhum governo se compara ao Reinado dele. Seu Reinado é tão extenso que alcança até mesmo onde os olhos não vêem; tão extraordinário que não é baseado na exploração de servos, ou na conquista e exploração de riquezas ou de coisas efêmeras, mas, consiste em paz e alegria, coisas que ouro e prata não compram. E esta alegria e paz não são como os outros reis a dão, mas são tão mais profundas como são eternas.
Ah! Quão majestoso é este Rei. Todos os reis e governos são meras sombras perto dele, meros tipos que devem refletir a Glória do Rei de Sião. Que você possa vislumbrar a glória desse Rei e servi-Lo com alegria!
Este livro é sobre o Amém
Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta (Mateus 1:22)
Um dos focos de Mateus ao escrever seu Evangelho é mostrar que Jesus é o cumprimento de todas as promessas de Deus. O termo grego para “cumprimento” é usado explicitamente cerca de 15 vezes.
Cristo é a realização das promessas de Deus, desde a promessa adâmica do esmagamento da serpente, passando pela bênção de uma descendência bendita dada a Abraão, pelo reinado eterno prometido a Davi e pelo Messias sofredor profetizado por Isaías.
Cristo é o “sim” de Deus; isto é o que Paulo nos fala em 2 Coríntios 1:20:
Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós.
Ah! Que você possa entender o glorioso “Sim” que há em Cristo e confiar nele e na obra que Ele realizou cada vez mais.
Este livro é sobre o Sábio
A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão. (Mateus 12:42)
Quão sábias são as palavras de Jesus. Firmes quando necessárias, mas calmas e brandas para os fracos. Todas faladas com teor exato e de forma precisa no momento oportuno. Livros e livros são escritos sobre as incríveis palavras e parábolas de Jesus, incluindo as próprias cartas apostólicas que nada mais são que uma extensão do ensino de Cristo (João 14:25-26). Sua capacidade ímpar de resumir assuntos colossais em uma pequena ilustração, ou de dar uma resposta final inimaginável para um suposto cheque-mate, demonstram sua sabedoria sem igual.
Ah, meu querido irmão, não estamos falando de um simples sábio, estamos falando daquele que é mais sábio que o mais sábio homem que já existiu; mas não só isso, estamos falando sobre a própria personificação da Sabedoria. Todo o verdadeiro conhecimento e a eterna sabedoria procedem dele.
Ah, que possamos comer desta sabedoria mais doce que o mel e mais valiosa que o ouro ao lermos este evangelho. Cristo é toda sabedoria de que precisamos.
[…] mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é […] a sabedoria de Deus. (1 Co 1:24)
Este livro é sobre o Profeta
Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas. (Mateus 12:41)
Cristo é aquele que fala de forma precisa e correta em nome de Deus! Esta simples frase é estarrecedora. Ele é O Bendito que vem em nome do Senhor (Mateus 21:9); muito superior a todos os outros profetas, inclusive Moisés. As Palavras de Jesus criaram toda realidade tempo-material e em Seu imenso conhecimento, presciência e predestinação, Ele pode decretar e predizer, como profeta, o futuro.
Mas Jesus não é somente um profeta apocalíptico. Ele revela a vontade do Pai. Em Mateus 5 temos claramente uma referência ao ensino profético de Cristo:
E JESUS, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. E, abrindo a sua boca, os ensinava (Mateus 5:1)
Venha como um discípulo do Grande Rabi. Aproxime-se deste livro e leia o maravilhoso ensino que flui d’Aquele que falou tudo quanto ouviu do Pai e nada fez por si mesmo — mostrando assim ser um profeta maior que Moisés, que agiu por si mesmo ao ferir a rocha.
Quer conhecer a vontade de Deus? Ouça o ensino supremo de Cristo. Afinal:
Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho. (Hebreus 1:1)
Olhos para ler e um coração para crer
Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram. (Mateus 13:16,17)
Contudo, olhos para ler este evangelho com a admiração necessária e um coração para crer nestes gloriosos ensinos é algo que não procede de você. Você pode passar seus olhos sobre este livro de forma fria e jamais saborear cada letra escrita.
Querido leitor, ore para que Deus lhe conceda a graça através do Espírito de ter olhos para ler e um coração para crer. E se você já foi tocado por este vento soberano e livre, ore para que seu coração possa ficar cada vez mais deslumbrado ao meditar sobre este Livro. E, ao fazê-lo, faça-o com alegria e temor. Alegria pelo privilégio de poder ler tamanha sabedoria e revelação. Muitos profetas e justos, provavelmente mais piedosos que você, já desejaram ouvir tais palavras, mas não lhes foi possível. E você tem diante de si esta graça imerecida. Alegre-se! Ao mesmo passo, tema, porque ai daqueles que fazem pouco caso das Palavras de Cristo e não crêem nelas e as obedecem. Maior condenação que pecadores atrozes, mas ignorantes, haverá para estes.
Seja sua vida um livro aberto sobre Cristo
Por fim, meu querido irmão, ao vislumbrar esse nosso Herói, o Sábio-Rei-Messias-Profeta prometido, garanta que você seja, também, um telescópio para que outros possam ficar atônitos diante dessa gloriosa visão. Este é o próprio cerne do que significa evangelismo — mostrar quem Cristo realmente é para pecadores incapazes de estimá-Lo.
Convido você a ser um livro aberto para que todos possam ponderar sobre nosso precioso Salvador e assim, se achegar a Ele. Saiba que se o livro de sua vida tiver qualquer outro assunto como principal, o mesmo será um desperdício; mas, se tão somente, Cristo, o assunto mais importante que há, for a sua essência, então o livro de sua vida terá toda significância e terá valido a pena.
PORNOGRAFIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS - UM MAL NESSA GERAÇÃO
Recebi dezenas de e-mails de homens e mulheres, alguns já casados e outros ainda solteiros, alguns já amadurecidos na idade, mas todos enfrentavam as mesmas lutas: problemas com masturbação, pornografia e vivendo com uma sexualidade disfuncional.
Por isso segue novamente um estudo detalhado sobre PORNOGRAFIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
Esse é um problema que tem atacado as igrejas, pastores, líderes e as mais diversas classes de evangélicos. É necessário quebrarmos alguns tabus e falarmos abertamente sobre o mal que esse pecado traz para a vida daqueles que têm cada vez mais se aprofundado nessa prática.
Especialistas no assunto consideram que há boas razões para se acreditar que o número de evangélicos no Brasil viciados em pornografia é preocupante. Para eles, não é exagero dizer que, provavelmente, mais de 10% dos evangélicos no Brasil são consumidores de pornografia. Estudos apontam ainda que grande parte desse percentual é de evangélicos adolescentes.
Uma pesquisa feita por Josh McDowell em 22 mil igrejas americanas revelou que 10% dos adolescentes haviam aprendido o que sabiam sobre sexo em revistas pornográficas, e 42% deles disseram que nunca aprenderam qualquer coisa sobre o assunto da parte de seus pais. Outros 10% confessaram ter assistido a um filme de sexo explícito nos últimos seis meses.
Os materiais pornográficos podem ser encontrados e consumidos facilmente tanto no Brasil como em outros paises em diversas formas: cinemas, canais abertos de televisão, DVD’S, livros, revistas, vídeo games e até mesmo em exposição de arte erótica, entre outros. No Brasil, cerca de 8 milhoes de cópias de revistas pornográficas circulam mensalmente.
O vício da pornografia é como uma droga ou álcool, o viciado quebra os limites morais e seus valores pessoais. Um dos resultados disso é a destruição do seu relacionamento com Deus.
Vejamos as raízes, ciclos e consequências da pornografia.
1- Raízes:
Curiosidade – Para a maioria a curiosidade do desconhecido é a razão pela qual os rapazes são atraídos por fotos explicitas de mulheres. Para alguns homens e mulheres que experimentam desejos homossexuais, existe também uma curiosidade, porém focada em outros homens e mulheres focadas em outras mulheres.
Procura por intimidade – Alguns dos usuários de pornografia são “solitários” que não possuem relações sadias com outras pessoas. Talvez não tenham aprendido habilidades sociais para formar relacionamentos sadios de amizade ou namoro; outros possuem medo de se aproximarem por temer rejeições. Então se mergulham na pornografia como válvula de escape.
Relacionamentos Fantasiosos – A pornografia pode estar intimamente ligada com nossas fantasias de intimidade com mulheres e homens. Desejamos amor e aceitação incondicional, e projetamos esta aceitação nas mulheres e homens que vemos na pornografia. Pois Deus nos criou com desejos de compartilhar nossa sexualidade com outra pessoa. Se não pudermos obte-lo por meio de um relacionamento conjugal inspirado por Deus, procuraremos substitutos baratos e a pornografia é o combustível dessa ilusão. Há também aqueles que buscam a pornografia afim de “apimentar” a relação.
2- O ciclo do vicio sexual:
Os viciados em alguma forma de comportamento sexual, passam a ter um ciclo previsível de comportamento recorrente. Ficam preocupados em antecipar os prazeres. Fantasiam as imagens que vão ver e começam a fazer planos de como obter a próxima “dose”.
Começam a praticar um verdadeiro ritual, trilhando passos específicos que o levarão a ter acesso à pornografia. Visitinhas às bancas de revistas e locadoras são um dos caminhados trilhados. O viciado em pornografia chega a perder o bom senso.
Um pastor declara que foi procurado para aconselhamento por um rapaz de sua igreja viciado em pornografia desde a adolescência. A história do rapaz que começou com filmes e revistas pornográficas seguiu com relações sexuais ilícitas, que se tornaram banais. O jovem afirmou que acabou tendo relação sexual com o cachorro que tinha em casa influenciado pelos filmes que assistia.
Os viciados em pornografias geralmente tornam-se viciados em masturbação, o que leva muitas vezes o casamento a ruína. O mesmo pastor mencionado acima afirma ter aconselhado um homem viciado em pornografia que tinha mais prazer em se masturbar no banheiro com uma revista de mulheres nuas do que mantendo relações sexuais com sua esposa.
Muitos viciados após terem feito tal ato, sentem-se desencorajados e sem esperança, se culpam e fazem promessas de não mais repetir o ato. Mas, bastam algumas horas ou semanas para que o ciclo recomece. A tentação de se entregar a pornografia chega a suas mentes e começam a fantasiar novamente a respeito da repetição do ato.
Sentimentos de baixa estima, culpa e vergonha acompanha essas pessoas.
O vicio da pornografia é um sintoma superficial de problemas com raízes mais profundas, como problemas emocionais e relacionais. Essas raízes precisam ser descobertas, confessadas e tratadas para que assim sejam curados pelo Senhor Jesus.
Richard Exley, no livro “Os estágios da Tentação” ensina que:
“A raiz de quase todo fracasso espiritual é a desobediência nas pequenas coisas. Embora não pareça significativa no momento, casa desobediência por menor que seja, é como uma fenda ao muro da alma da pessoa. Através de cada pequena rachadura o ácido do mal penetra e começa a corroer os fundamentos de seu caráter espiritual. Ao longo do tempo sua vontade espiritual fica comprometida e, quando surge uma tentação, ela simplesmente não tem vontade de resistir. Para aqueles que não tem discernimento, pode parecer que a pessoa foi derrubada por aquela crise final, mas na realidade foi a raiz seca da desobediência que fez tudo…
Não é por acidente que o inimigo nos tenta primeiro com coisas aparentemente sem insignificantes. Ele sabe que cada ato de pecado, por menor que seja, é como uma semente no solo de nossa alma.”
3 – Conseqüências:
3.1- Perda do domínio próprio, autocontrole, passa a ser escravos dos desejos.
3.2- Perda da comunhão com Deus
3.3- Casamento fracassado
3.4- Os jovens e adolescentes solteiros não se saciaram apenas com as revistas e filmes e procurarão por sexo ilícito:
Assim como a pornografia cresce em nosso meio, também cresce assustadoramente o número de jovens envolvidos em relações sexuais antes do casamento.
3.5- Vida de pensamentos impuros e masturbação.
3.6- Perda do bom senso, da sanidade:
Uma comerciante crente de 27 anos moradora de São Paulo que era viciada em pornografia afirma que só percebeu a nocividade do seu ato quando começou a ter mais intimidade com Deus. Passou a orar e jejuar. “O Espírito Santo começou a me incomodar e eu fui aos poucos me afastando desse mal, que só agora percebi que era um vício. Tínhamos que assistir a esses filmes para poder ter relação sexual com meu esposo. Hoje não precisamos mais desse mal, que dizíamos ser um incentivo”, declarou ela em entrevista a revista Gospel.
Cabe á nós lideres, e aos pais como igreja do Senhor Jesus, levantar a bandeira da verdade levando nossos jovens e membros a consciência desse mal que tem levado muitos a destruição. Deus tem propósitos e planos para nossa sexualidade, e a pornografia é uma espécie de muleta do diabo para levar os cristãos a cometer pecado, destruindo assim sua comunhão com o Senhor.
Se você enfrenta alguma dificuldade na área da sexualidade e precisa de auxilio e ajuda, entre em contato conosco através do e-mail: saudavelsexualidade@gmail.com
Não temos fórmulas prontas para te oferecer, mas queremos caminhar sobre a verdade que Liberta o homem do pecado, ensinando princípios eternos que regem a nossa vida e nos ajuda a vencer.
Por isso segue novamente um estudo detalhado sobre PORNOGRAFIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
Esse é um problema que tem atacado as igrejas, pastores, líderes e as mais diversas classes de evangélicos. É necessário quebrarmos alguns tabus e falarmos abertamente sobre o mal que esse pecado traz para a vida daqueles que têm cada vez mais se aprofundado nessa prática.
Especialistas no assunto consideram que há boas razões para se acreditar que o número de evangélicos no Brasil viciados em pornografia é preocupante. Para eles, não é exagero dizer que, provavelmente, mais de 10% dos evangélicos no Brasil são consumidores de pornografia. Estudos apontam ainda que grande parte desse percentual é de evangélicos adolescentes.
Uma pesquisa feita por Josh McDowell em 22 mil igrejas americanas revelou que 10% dos adolescentes haviam aprendido o que sabiam sobre sexo em revistas pornográficas, e 42% deles disseram que nunca aprenderam qualquer coisa sobre o assunto da parte de seus pais. Outros 10% confessaram ter assistido a um filme de sexo explícito nos últimos seis meses.
Os materiais pornográficos podem ser encontrados e consumidos facilmente tanto no Brasil como em outros paises em diversas formas: cinemas, canais abertos de televisão, DVD’S, livros, revistas, vídeo games e até mesmo em exposição de arte erótica, entre outros. No Brasil, cerca de 8 milhoes de cópias de revistas pornográficas circulam mensalmente.
O vício da pornografia é como uma droga ou álcool, o viciado quebra os limites morais e seus valores pessoais. Um dos resultados disso é a destruição do seu relacionamento com Deus.
Vejamos as raízes, ciclos e consequências da pornografia.
1- Raízes:
Curiosidade – Para a maioria a curiosidade do desconhecido é a razão pela qual os rapazes são atraídos por fotos explicitas de mulheres. Para alguns homens e mulheres que experimentam desejos homossexuais, existe também uma curiosidade, porém focada em outros homens e mulheres focadas em outras mulheres.
Procura por intimidade – Alguns dos usuários de pornografia são “solitários” que não possuem relações sadias com outras pessoas. Talvez não tenham aprendido habilidades sociais para formar relacionamentos sadios de amizade ou namoro; outros possuem medo de se aproximarem por temer rejeições. Então se mergulham na pornografia como válvula de escape.
Relacionamentos Fantasiosos – A pornografia pode estar intimamente ligada com nossas fantasias de intimidade com mulheres e homens. Desejamos amor e aceitação incondicional, e projetamos esta aceitação nas mulheres e homens que vemos na pornografia. Pois Deus nos criou com desejos de compartilhar nossa sexualidade com outra pessoa. Se não pudermos obte-lo por meio de um relacionamento conjugal inspirado por Deus, procuraremos substitutos baratos e a pornografia é o combustível dessa ilusão. Há também aqueles que buscam a pornografia afim de “apimentar” a relação.
2- O ciclo do vicio sexual:
Os viciados em alguma forma de comportamento sexual, passam a ter um ciclo previsível de comportamento recorrente. Ficam preocupados em antecipar os prazeres. Fantasiam as imagens que vão ver e começam a fazer planos de como obter a próxima “dose”.
Começam a praticar um verdadeiro ritual, trilhando passos específicos que o levarão a ter acesso à pornografia. Visitinhas às bancas de revistas e locadoras são um dos caminhados trilhados. O viciado em pornografia chega a perder o bom senso.
Um pastor declara que foi procurado para aconselhamento por um rapaz de sua igreja viciado em pornografia desde a adolescência. A história do rapaz que começou com filmes e revistas pornográficas seguiu com relações sexuais ilícitas, que se tornaram banais. O jovem afirmou que acabou tendo relação sexual com o cachorro que tinha em casa influenciado pelos filmes que assistia.
Os viciados em pornografias geralmente tornam-se viciados em masturbação, o que leva muitas vezes o casamento a ruína. O mesmo pastor mencionado acima afirma ter aconselhado um homem viciado em pornografia que tinha mais prazer em se masturbar no banheiro com uma revista de mulheres nuas do que mantendo relações sexuais com sua esposa.
Muitos viciados após terem feito tal ato, sentem-se desencorajados e sem esperança, se culpam e fazem promessas de não mais repetir o ato. Mas, bastam algumas horas ou semanas para que o ciclo recomece. A tentação de se entregar a pornografia chega a suas mentes e começam a fantasiar novamente a respeito da repetição do ato.
Sentimentos de baixa estima, culpa e vergonha acompanha essas pessoas.
O vicio da pornografia é um sintoma superficial de problemas com raízes mais profundas, como problemas emocionais e relacionais. Essas raízes precisam ser descobertas, confessadas e tratadas para que assim sejam curados pelo Senhor Jesus.
Richard Exley, no livro “Os estágios da Tentação” ensina que:
“A raiz de quase todo fracasso espiritual é a desobediência nas pequenas coisas. Embora não pareça significativa no momento, casa desobediência por menor que seja, é como uma fenda ao muro da alma da pessoa. Através de cada pequena rachadura o ácido do mal penetra e começa a corroer os fundamentos de seu caráter espiritual. Ao longo do tempo sua vontade espiritual fica comprometida e, quando surge uma tentação, ela simplesmente não tem vontade de resistir. Para aqueles que não tem discernimento, pode parecer que a pessoa foi derrubada por aquela crise final, mas na realidade foi a raiz seca da desobediência que fez tudo…
Não é por acidente que o inimigo nos tenta primeiro com coisas aparentemente sem insignificantes. Ele sabe que cada ato de pecado, por menor que seja, é como uma semente no solo de nossa alma.”
3 – Conseqüências:
3.1- Perda do domínio próprio, autocontrole, passa a ser escravos dos desejos.
3.2- Perda da comunhão com Deus
3.3- Casamento fracassado
3.4- Os jovens e adolescentes solteiros não se saciaram apenas com as revistas e filmes e procurarão por sexo ilícito:
Assim como a pornografia cresce em nosso meio, também cresce assustadoramente o número de jovens envolvidos em relações sexuais antes do casamento.
3.5- Vida de pensamentos impuros e masturbação.
3.6- Perda do bom senso, da sanidade:
Uma comerciante crente de 27 anos moradora de São Paulo que era viciada em pornografia afirma que só percebeu a nocividade do seu ato quando começou a ter mais intimidade com Deus. Passou a orar e jejuar. “O Espírito Santo começou a me incomodar e eu fui aos poucos me afastando desse mal, que só agora percebi que era um vício. Tínhamos que assistir a esses filmes para poder ter relação sexual com meu esposo. Hoje não precisamos mais desse mal, que dizíamos ser um incentivo”, declarou ela em entrevista a revista Gospel.
Cabe á nós lideres, e aos pais como igreja do Senhor Jesus, levantar a bandeira da verdade levando nossos jovens e membros a consciência desse mal que tem levado muitos a destruição. Deus tem propósitos e planos para nossa sexualidade, e a pornografia é uma espécie de muleta do diabo para levar os cristãos a cometer pecado, destruindo assim sua comunhão com o Senhor.
Se você enfrenta alguma dificuldade na área da sexualidade e precisa de auxilio e ajuda, entre em contato conosco através do e-mail: saudavelsexualidade@gmail.com
Não temos fórmulas prontas para te oferecer, mas queremos caminhar sobre a verdade que Liberta o homem do pecado, ensinando princípios eternos que regem a nossa vida e nos ajuda a vencer.
Devocional Ligioner
PROCURANDO DEUS
Quantas vezes você já ouviu cristãos dizerem (ou ouviu as palavras da sua própria boca): “bem, ele não é um cristão, mas está procurando?!” É uma afirmação comum entre os cristãos. A ideia é que existem pessoas em todo o lugar que estão à procura de Deus. O problema deles é que simplesmente não conseguiram encontrá-Lo.
No Jardim do Éden, quando o pecado veio ao mundo, quem se escondeu? Jesus veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos. Jesus não era aquele que estava escondido. Deus não é um fugitivo. Somos os únicos a fugir. A Escritura declara que os ímpios fogem quando ninguém os persegue. Como Lutero observou: “O pagão estremece no sussurro de uma folha. O ensino uniforme da Escritura é que os homens caídos estão fugindo de Deus”.
As pessoas não procuram a Deus. Elas buscam os benefícios que só Deus pode dar a elas. O pecado do homem caído é este: ele procura os benefícios de Deus enquanto foge do próprio Deus. Somos, por natureza, fugitivos.
A Bíblia nos diz repetidamente para buscarmos a Deus. A conclusão que extraímos desses textos é que, como somos chamados a buscar Deus, isso deve significar que nós, mesmo em nosso estado caído, temos a capacidade moral de fazer essa busca. Mas, quem está sendo abordado nesses textos? No caso do Antigo Testamento, é o povo de Israel, que é chamado a buscar o Senhor. No Novo Testamento, os cristãos são chamados a buscar o reino.
Na presença de Deus
Você está buscando os benefícios que Deus pode lhe dar ou buscando o próprio Deus?
Passagens para estudo adicional
Isaías 55:6; Mateus 7:7; Apocalipse 3:20
Quantas vezes você já ouviu cristãos dizerem (ou ouviu as palavras da sua própria boca): “bem, ele não é um cristão, mas está procurando?!” É uma afirmação comum entre os cristãos. A ideia é que existem pessoas em todo o lugar que estão à procura de Deus. O problema deles é que simplesmente não conseguiram encontrá-Lo.
No Jardim do Éden, quando o pecado veio ao mundo, quem se escondeu? Jesus veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos. Jesus não era aquele que estava escondido. Deus não é um fugitivo. Somos os únicos a fugir. A Escritura declara que os ímpios fogem quando ninguém os persegue. Como Lutero observou: “O pagão estremece no sussurro de uma folha. O ensino uniforme da Escritura é que os homens caídos estão fugindo de Deus”.
As pessoas não procuram a Deus. Elas buscam os benefícios que só Deus pode dar a elas. O pecado do homem caído é este: ele procura os benefícios de Deus enquanto foge do próprio Deus. Somos, por natureza, fugitivos.
A Bíblia nos diz repetidamente para buscarmos a Deus. A conclusão que extraímos desses textos é que, como somos chamados a buscar Deus, isso deve significar que nós, mesmo em nosso estado caído, temos a capacidade moral de fazer essa busca. Mas, quem está sendo abordado nesses textos? No caso do Antigo Testamento, é o povo de Israel, que é chamado a buscar o Senhor. No Novo Testamento, os cristãos são chamados a buscar o reino.
Na presença de Deus
Você está buscando os benefícios que Deus pode lhe dar ou buscando o próprio Deus?
Passagens para estudo adicional
Isaías 55:6; Mateus 7:7; Apocalipse 3:20
Devocional Alegria Inabalável - John Piper
IDEIAS TÊM CONSEQUÊNCIAS
Versículo do dia: O intuito da presente admoestação visa ao amor. (1 Timóteo 1.5)
Victor Frankl foi preso nos campos de concentração nazistas de Auschwitz e Dachau durante a Segunda Guerra Mundial. Como professor judeu de neurologia e psiquiatria, tornou-se mundialmente conhecido por seu livro, Man’s Search for Meaning [A Busca do Homem por Significado], que vendeu mais de oito milhões de cópias.
Nesse livro, ele desvenda a essência de sua filosofia, que passou a ser chamada logoterapia, a qual afirma que o motivo humano mais fundamental é encontrar significado na vida. Ele observou em meio aos horrores dos campos que o homem pode suportar quase qualquer “modo” de vida, se ele tiver um “porquê”. Mas a citação que me comoveu recentemente foi esta:
Estou absolutamente convencido de que as câmaras de gás de Auschwitz, Treblinka e Maidanek não foram, em último análise, construídas em um ou outro ministério em Berlim, mas sim nas mesas e salas de aula de cientistas e filósofos niilistas. (“Victor Frankl at Ninety: An Interview” [“Victor Frankl aos Noventa: Uma Entrevista”], em First Things [Primeiras Coisas], abril de 1995, p. 41).
Em outras palavras, as ideias têm consequências que abençoam ou destroem. O comportamento das pessoas — bom e mau — não surge a partir do nada. Decorre de visões dominantes da realidade que se enraízam na mente e produzem o bem ou o mal.
Uma das maneiras pelas quais a Bíblia esclarece a verdade de que as ideias têm consequências práticas é dizendo coisas como: “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que… tenhamos esperança” (Romanos 15.4). As ideias apresentadas nas Escrituras produzem a consequência prática da esperança.
Novamente, Paulo diz: “O intuito da presente admoestação visa ao amor” (1 Timóteo 1.5). A comunicação de ideias pela “instrução” produz amor.
Esperança e amor não surgem do nada. Eles surgem de ideias — visões da realidade — reveladas nas Escrituras.
Outra maneira pela qual as Escrituras nos mostram que as ideias têm consequências é usando as palavras “portanto”, “pois” e outras semelhantes (a palavra grega que essas palavras traduzem aparece 499 vezes no Novo Testamento). Por exemplo: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1). “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1). “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã” (Mateus 6.34).
Se quisermos viver no poder desses grandes e práticos “portantos” e “pois”, devemos nos agarrar às ideias — às visões da realidade — que ocorrem antes deles e estão sob eles.
Versículo do dia: O intuito da presente admoestação visa ao amor. (1 Timóteo 1.5)
Victor Frankl foi preso nos campos de concentração nazistas de Auschwitz e Dachau durante a Segunda Guerra Mundial. Como professor judeu de neurologia e psiquiatria, tornou-se mundialmente conhecido por seu livro, Man’s Search for Meaning [A Busca do Homem por Significado], que vendeu mais de oito milhões de cópias.
Nesse livro, ele desvenda a essência de sua filosofia, que passou a ser chamada logoterapia, a qual afirma que o motivo humano mais fundamental é encontrar significado na vida. Ele observou em meio aos horrores dos campos que o homem pode suportar quase qualquer “modo” de vida, se ele tiver um “porquê”. Mas a citação que me comoveu recentemente foi esta:
Estou absolutamente convencido de que as câmaras de gás de Auschwitz, Treblinka e Maidanek não foram, em último análise, construídas em um ou outro ministério em Berlim, mas sim nas mesas e salas de aula de cientistas e filósofos niilistas. (“Victor Frankl at Ninety: An Interview” [“Victor Frankl aos Noventa: Uma Entrevista”], em First Things [Primeiras Coisas], abril de 1995, p. 41).
Em outras palavras, as ideias têm consequências que abençoam ou destroem. O comportamento das pessoas — bom e mau — não surge a partir do nada. Decorre de visões dominantes da realidade que se enraízam na mente e produzem o bem ou o mal.
Uma das maneiras pelas quais a Bíblia esclarece a verdade de que as ideias têm consequências práticas é dizendo coisas como: “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que… tenhamos esperança” (Romanos 15.4). As ideias apresentadas nas Escrituras produzem a consequência prática da esperança.
Novamente, Paulo diz: “O intuito da presente admoestação visa ao amor” (1 Timóteo 1.5). A comunicação de ideias pela “instrução” produz amor.
Esperança e amor não surgem do nada. Eles surgem de ideias — visões da realidade — reveladas nas Escrituras.
Outra maneira pela qual as Escrituras nos mostram que as ideias têm consequências é usando as palavras “portanto”, “pois” e outras semelhantes (a palavra grega que essas palavras traduzem aparece 499 vezes no Novo Testamento). Por exemplo: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1). “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1). “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã” (Mateus 6.34).
Se quisermos viver no poder desses grandes e práticos “portantos” e “pois”, devemos nos agarrar às ideias — às visões da realidade — que ocorrem antes deles e estão sob eles.
Devocional Do Dia - Charles Spurgeon
Versículo do Dia: “A benignidade e caridade de Deus, nosso Salvador.” (Tito 3.4 – ARC)
Quão agradável é contemplar o Senhor conversando intimamente com o seu povo amado! Não pode haver nada mais encantador que, pelo divino Espírito, ser levado ao fértil campo do deleite. Considere, por um momento, a história do amor do Redentor; tal consideração nos revelará inúmeros atos de afeição – os quais tiveram por modelo, o trançado do coração de Cristo e o entrançado de pensamentos da alma renovada com a mente de Jesus. Quando meditamos nesse amor admirável e contemplamos o todo-glorioso Compatriota da igreja, dotando-a com toda sua antiga riqueza, nossa alma pode desfalecer de regozijo. Quem pode suportar tão imenso amor? Aquele senso parcial deste amor, senso que o Espírito Santo, às vezes, se agrada em nos proporcionar, é superior ao que uma alma pode conter. Quão gloriosa deve ser uma contemplação total desse amor!
Quando nossa alma é capaz de discernir todos os dons do Salvador, tem sabedoria para avaliá-los e tempo para meditar sobre eles, assim como o mundo por vir nos permitirá, seremos capacitados a desfrutar de uma comunhão mais íntima com nosso amado Salvador. Mas, quem pode imaginar a doçura desta comunhão? Talvez ela seja uma das coisas que não subiram ao coração do homem e que Deus tem preparado para aqueles que O amam.
Oh! que as portas dos celeiros de nosso José sejam abertas e vejamos a plenitude que ali está guardada para nós! Seremos completamente dominados pelo amor. Vemos por meio da fé, como em espelho, obscuramente (ver 1 Coríntios 13.12), a imagem refletida de seus tesouros ilimitados. Mas, quando virmos com nossos próprios olhos as coisas celestiais como elas realmente são, quão profunda será a torrente de comunhão em que nossa alma se banhará! Até lá, nossos mais altos sonetos serão reservados para nosso amado Benfeitor, Jesus Cristo nosso Senhor, cujo amor por nós e maravilhoso, ultrapassando o amor humano.
Quão agradável é contemplar o Senhor conversando intimamente com o seu povo amado! Não pode haver nada mais encantador que, pelo divino Espírito, ser levado ao fértil campo do deleite. Considere, por um momento, a história do amor do Redentor; tal consideração nos revelará inúmeros atos de afeição – os quais tiveram por modelo, o trançado do coração de Cristo e o entrançado de pensamentos da alma renovada com a mente de Jesus. Quando meditamos nesse amor admirável e contemplamos o todo-glorioso Compatriota da igreja, dotando-a com toda sua antiga riqueza, nossa alma pode desfalecer de regozijo. Quem pode suportar tão imenso amor? Aquele senso parcial deste amor, senso que o Espírito Santo, às vezes, se agrada em nos proporcionar, é superior ao que uma alma pode conter. Quão gloriosa deve ser uma contemplação total desse amor!
Quando nossa alma é capaz de discernir todos os dons do Salvador, tem sabedoria para avaliá-los e tempo para meditar sobre eles, assim como o mundo por vir nos permitirá, seremos capacitados a desfrutar de uma comunhão mais íntima com nosso amado Salvador. Mas, quem pode imaginar a doçura desta comunhão? Talvez ela seja uma das coisas que não subiram ao coração do homem e que Deus tem preparado para aqueles que O amam.
Oh! que as portas dos celeiros de nosso José sejam abertas e vejamos a plenitude que ali está guardada para nós! Seremos completamente dominados pelo amor. Vemos por meio da fé, como em espelho, obscuramente (ver 1 Coríntios 13.12), a imagem refletida de seus tesouros ilimitados. Mas, quando virmos com nossos próprios olhos as coisas celestiais como elas realmente são, quão profunda será a torrente de comunhão em que nossa alma se banhará! Até lá, nossos mais altos sonetos serão reservados para nosso amado Benfeitor, Jesus Cristo nosso Senhor, cujo amor por nós e maravilhoso, ultrapassando o amor humano.
UMA INTRODUÇÃO À PREGAÇÃO E À TEOLOGIA BÍBLICA (PARTE 3)
Por Thomas R. Schreiner
Direção – Como Fazer Teologia Bíblica ao Pregar
Ao pregar as Escrituras, é vital compreender onde o livro que estamos estudando se situa na linha do tempo da história redentiva. Correndo o risco de simplificar demais, fazer boa teologia bíblica ao pregar consiste em dois passos básicos: olhar para trás e, então, olhar para o todo.
Olhar para Trás – Teologia Antecedente
Walter Kaiser nos lembra de que nós deveríamos considerar a teologia que antecede cada livro à medida que pregamos as Escrituras.
Por exemplo, ao pregarmos o livro de Êxodo, nós dificilmente interpretaremos a mensagem de Êxodo com exatidão se o lermos à parte de seu contexto precedente. E o contexto precedente de Êxodo é a mensagem transmitida em Gênesis. Nós aprendemos em Gênesis que Deus é o criador de todas as coisas, e que ele fez os seres humanos à sua imagem, de modo que os seres humanos estenderiam o governo do Senhor por todo o mundo. Adão e Eva, contudo, falharam em confiar em Deus e em obedecer o mandato divino. A Criação foi seguida pela Queda, a qual introduziu morte e miséria no mundo. Não obstante, o Senhor prometeu que a vitória final viria através da semente da mulher (Gn 3.15). Intenso conflito haveria entre a semente da mulher e a semente da serpente, mas a primeira iria prevalecer. Nós vemos no restante de Gênesis a batalha entre a semente da mulher e a semente da serpente, e nós aprendemos que a semente da serpente é muito poderosa: Caim mata Abel; os ímpios subjugam os justos até que restam apenas Noé e sua família; seres humanos conspiram para fazer um nome para si mesmos ao construírem a torre de Babel. Ainda assim, o Senhor permanece soberano. Ele julga Caim. Ele destrói todos no dilúvio, exceto Noé e sua família. E ele frustra os desígnios dos homens em Babel.
O Senhor faz uma aliança com Abraão, Isaque e Jacó, assegurando que a vitória prometida em Gênesis 3.15 viria por meio da semente deles. O Senhor lhes concederá uma semente, uma terra e uma bênção universal. Gênesis focaliza especialmente na promessa acerca da semente. Em outras palavras, Abraão, Isaque e Jacó não possuem a terra da promessa, tampouco eles abençoam o mundo inteiro durante a sua geração. Mas Gênesis conclui com o relato dos doze filhos que o Senhor concedeu a Jacó.
Então, como essa “teologia antecedente” de Gênesis é crucial para a leitura do livro de Êxodo? Ela é fundamental, pois, quando Êxodo começa com a imensa multiplicação de Israel, nós imediatamente reconhecemos que a promessa abraâmica de muitos descendentes, dada em Gênesis, está se cumprindo. Não apenas isso, olhando para Gênesis 3, nós percebemos que Faraó é um descendente da serpente, enquanto Israel representa a semente da mulher. O esforço de Faraó para matar todas as crianças do sexo masculino representa os desígnios da semente da serpente, à medida que a batalha entre as sementes, preanunciada em Gênesis, continua.
Enquanto continuamos a nos mover pelo livro e Êxodo e o resto do Pentateuco, nós podemos ver que a libertação de Israel do Egito e a promessa de que eles conquistarão Canaã também represente um cumprimento da aliança do Senhor com Abraão. A promessa da terra está agora começando a se cumprir. Além disso, Israel agora atua, em certo sentido, como um novo Adão em uma nova terra. Como Adão, eles devem viver em fé e obediência no espaço que o Senhor lhes concedeu.
Se nós tivéssemos que ler Êxodo sem ser informados pela mensagem antecedente de Gênesis, nós não perceberíamos a significância da história. Nós leríamos o texto à parte do seu contexto, e seríamos vítimas de uma leitura arbitrária.
A importância da teologia antecedente é evidente ao longo do cânon, então nos contentaremos aqui com outros poucos exemplos. Vejamos:
A conquista sob Josué deve ser interpretada à luz da aliança com Abraão, de modo que a posse de Canaã é entendida como o cumprimento da promessa feita a Abraão de que ele desfrutaria da terra de Canaã.
Por outro lado, o exílio dos reinos do norte (722 a.C.) e do sul (586 a.C.) ameaçado pelos profetas e registrado em diversos livros representa o cumprimento das maldições da aliança de Levítico 26 e Deuteronômio 27-28. Se os pregadores e as congregações não conhecem a teologia antecedente da aliança mosaica e as maldições ameaçadas naquela aliança, eles dificilmente poderão discernir o significado de Israel e Judá sendo enviados para o exílio.
A promessa do novo Davi reflete a aliança previamente feita com Davi de que a sua dinastia permaneceria para sempre.
O Dia do Senhor, que é tão proeminente nos profetas, deve ser interpretado à luz da promessa feita a Abraão.
Obviamente, o mesmo é verdade acerca do NT.
Nós dificilmente poderemos entender a importância do reino de Deus nos sinóticos se não conhecermos o enredo do Antigo Testamento e formos ignorantes acerca das alianças e promessas feitas a Israel.
A significância de Jesus ser o Messias, o Filho do Homem e o Filho de Deus está completamente arraigada na revelação prévia.
O livro de Atos, como Lucas aponta em sua introdução, é uma continuação do que Jesus começou a fazer e ensinar, e, portanto, é informada tanto pelo Antigo Testamento como pelo ministério, morte e ressurreição de Jesus.
As epístolas também se alicerçam na grande obra salvadora realizada por Jesus Cristo, e explicam e aplicam às igrejas estabelecidas a mensagem salvadora e o cumprimento das promessas de Deus.
Finalmente, Apocalipse faz sentido como o ápice da história. Não é apenas um anexo aposto ao final para promover alguma excitação sobre o tempo do fim. As muitas alusões ao Antigo Testamento demonstram que a revelação do Apocalipse é traçada sobre o pano de fundo da revelação do Antigo Testamento. Semelhantemente, o livro não faz qualquer sentido a menos que vejamos que ele se coloca como a conclusão de tudo o que Jesus fez e ensinou.
Isso não significa que o enredo da redenção tem a mesma centralidade em todos os livros do cânon. Nós poderíamos pensar acerca dos livros de sabedoria como Cantares de Salomão, Jó, Eclesiastes, Provérbios e Salmos. Contudo, mesmo nesses exemplos, os autores bíblicos pressupõem as verdades fundamentais da criação e queda de Gênesis, assim como o papel especial de Israel como o povo da aliança de Deus. Algumas vezes, eles até mesmo articulam esse papel, como quando os Salmos narram a história de Israel. Ainda assim, nós somos lembrados da diversidade do cânon e reconhecemos que nem toda porção de literatura possui a mesma função.
A principal verdade para os pregadores aqui é que eles devem pregar de tal maneira a integrar os seus sermões no escopo mais amplo da narrativa bíblica da história da redenção. Aqueles nos bancos precisam ver a imagem mais abrangente do que Deus tem feito e como cada parte da Escritura contribui para aquela imagem. O que nos leva ao segundo passo para fazer boa teologia bíblica na pregação.
Direção – Como Fazer Teologia Bíblica ao Pregar
Ao pregar as Escrituras, é vital compreender onde o livro que estamos estudando se situa na linha do tempo da história redentiva. Correndo o risco de simplificar demais, fazer boa teologia bíblica ao pregar consiste em dois passos básicos: olhar para trás e, então, olhar para o todo.
Olhar para Trás – Teologia Antecedente
Walter Kaiser nos lembra de que nós deveríamos considerar a teologia que antecede cada livro à medida que pregamos as Escrituras.
Por exemplo, ao pregarmos o livro de Êxodo, nós dificilmente interpretaremos a mensagem de Êxodo com exatidão se o lermos à parte de seu contexto precedente. E o contexto precedente de Êxodo é a mensagem transmitida em Gênesis. Nós aprendemos em Gênesis que Deus é o criador de todas as coisas, e que ele fez os seres humanos à sua imagem, de modo que os seres humanos estenderiam o governo do Senhor por todo o mundo. Adão e Eva, contudo, falharam em confiar em Deus e em obedecer o mandato divino. A Criação foi seguida pela Queda, a qual introduziu morte e miséria no mundo. Não obstante, o Senhor prometeu que a vitória final viria através da semente da mulher (Gn 3.15). Intenso conflito haveria entre a semente da mulher e a semente da serpente, mas a primeira iria prevalecer. Nós vemos no restante de Gênesis a batalha entre a semente da mulher e a semente da serpente, e nós aprendemos que a semente da serpente é muito poderosa: Caim mata Abel; os ímpios subjugam os justos até que restam apenas Noé e sua família; seres humanos conspiram para fazer um nome para si mesmos ao construírem a torre de Babel. Ainda assim, o Senhor permanece soberano. Ele julga Caim. Ele destrói todos no dilúvio, exceto Noé e sua família. E ele frustra os desígnios dos homens em Babel.
O Senhor faz uma aliança com Abraão, Isaque e Jacó, assegurando que a vitória prometida em Gênesis 3.15 viria por meio da semente deles. O Senhor lhes concederá uma semente, uma terra e uma bênção universal. Gênesis focaliza especialmente na promessa acerca da semente. Em outras palavras, Abraão, Isaque e Jacó não possuem a terra da promessa, tampouco eles abençoam o mundo inteiro durante a sua geração. Mas Gênesis conclui com o relato dos doze filhos que o Senhor concedeu a Jacó.
Então, como essa “teologia antecedente” de Gênesis é crucial para a leitura do livro de Êxodo? Ela é fundamental, pois, quando Êxodo começa com a imensa multiplicação de Israel, nós imediatamente reconhecemos que a promessa abraâmica de muitos descendentes, dada em Gênesis, está se cumprindo. Não apenas isso, olhando para Gênesis 3, nós percebemos que Faraó é um descendente da serpente, enquanto Israel representa a semente da mulher. O esforço de Faraó para matar todas as crianças do sexo masculino representa os desígnios da semente da serpente, à medida que a batalha entre as sementes, preanunciada em Gênesis, continua.
Enquanto continuamos a nos mover pelo livro e Êxodo e o resto do Pentateuco, nós podemos ver que a libertação de Israel do Egito e a promessa de que eles conquistarão Canaã também represente um cumprimento da aliança do Senhor com Abraão. A promessa da terra está agora começando a se cumprir. Além disso, Israel agora atua, em certo sentido, como um novo Adão em uma nova terra. Como Adão, eles devem viver em fé e obediência no espaço que o Senhor lhes concedeu.
Se nós tivéssemos que ler Êxodo sem ser informados pela mensagem antecedente de Gênesis, nós não perceberíamos a significância da história. Nós leríamos o texto à parte do seu contexto, e seríamos vítimas de uma leitura arbitrária.
A importância da teologia antecedente é evidente ao longo do cânon, então nos contentaremos aqui com outros poucos exemplos. Vejamos:
A conquista sob Josué deve ser interpretada à luz da aliança com Abraão, de modo que a posse de Canaã é entendida como o cumprimento da promessa feita a Abraão de que ele desfrutaria da terra de Canaã.
Por outro lado, o exílio dos reinos do norte (722 a.C.) e do sul (586 a.C.) ameaçado pelos profetas e registrado em diversos livros representa o cumprimento das maldições da aliança de Levítico 26 e Deuteronômio 27-28. Se os pregadores e as congregações não conhecem a teologia antecedente da aliança mosaica e as maldições ameaçadas naquela aliança, eles dificilmente poderão discernir o significado de Israel e Judá sendo enviados para o exílio.
A promessa do novo Davi reflete a aliança previamente feita com Davi de que a sua dinastia permaneceria para sempre.
O Dia do Senhor, que é tão proeminente nos profetas, deve ser interpretado à luz da promessa feita a Abraão.
Obviamente, o mesmo é verdade acerca do NT.
Nós dificilmente poderemos entender a importância do reino de Deus nos sinóticos se não conhecermos o enredo do Antigo Testamento e formos ignorantes acerca das alianças e promessas feitas a Israel.
A significância de Jesus ser o Messias, o Filho do Homem e o Filho de Deus está completamente arraigada na revelação prévia.
O livro de Atos, como Lucas aponta em sua introdução, é uma continuação do que Jesus começou a fazer e ensinar, e, portanto, é informada tanto pelo Antigo Testamento como pelo ministério, morte e ressurreição de Jesus.
As epístolas também se alicerçam na grande obra salvadora realizada por Jesus Cristo, e explicam e aplicam às igrejas estabelecidas a mensagem salvadora e o cumprimento das promessas de Deus.
Finalmente, Apocalipse faz sentido como o ápice da história. Não é apenas um anexo aposto ao final para promover alguma excitação sobre o tempo do fim. As muitas alusões ao Antigo Testamento demonstram que a revelação do Apocalipse é traçada sobre o pano de fundo da revelação do Antigo Testamento. Semelhantemente, o livro não faz qualquer sentido a menos que vejamos que ele se coloca como a conclusão de tudo o que Jesus fez e ensinou.
Isso não significa que o enredo da redenção tem a mesma centralidade em todos os livros do cânon. Nós poderíamos pensar acerca dos livros de sabedoria como Cantares de Salomão, Jó, Eclesiastes, Provérbios e Salmos. Contudo, mesmo nesses exemplos, os autores bíblicos pressupõem as verdades fundamentais da criação e queda de Gênesis, assim como o papel especial de Israel como o povo da aliança de Deus. Algumas vezes, eles até mesmo articulam esse papel, como quando os Salmos narram a história de Israel. Ainda assim, nós somos lembrados da diversidade do cânon e reconhecemos que nem toda porção de literatura possui a mesma função.
A principal verdade para os pregadores aqui é que eles devem pregar de tal maneira a integrar os seus sermões no escopo mais amplo da narrativa bíblica da história da redenção. Aqueles nos bancos precisam ver a imagem mais abrangente do que Deus tem feito e como cada parte da Escritura contribui para aquela imagem. O que nos leva ao segundo passo para fazer boa teologia bíblica na pregação.
ESTUDO BÍBLICO: MELHOR DO QUE QUALQUER MODISMO
Isto é a continuação da série de última terça-feira na Igreja “dirigido pelo modismo”. Este artigo é uma adaptação da transcrição de Phil Johnson 2005, Conferência de Pastores – seminário sobre este tema.
Deixamos a última reunião com este pensamento:
A Escritura é melhor do que qualquer modismo. Pregar a Palavra de Deus é mais eficaz do que qualquer metodologia especializada que as igrejas contemporâneas jamais têm inventado. Eu não me importo que pensem que a pregação está “quebrada”. Se quisermos voltar para a clara e exposição e proclamação da Palavra de Deus, tudo o que está quebrado sobre a pregação contemporânea deveria ser fixado.
A natureza da Palavra de Deus garante isso. E isso é exatamente o que eu quero fazer no tempo que resta nesta sessão. Eu quero pregar a vocês sobre a superioridade e a excelência das Escrituras.
Hebreus 4:12 diz: “A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.”
É um texto rico, cheio de significado, mas deixe-me gastar alguns minutos para tentar isolar o que me parece ser as três qualidades principais da Palavra de Deus que são destacadas neste texto, e vamos considerar cuidadosamente o que elas significam.
Primeiro de tudo, isto nos ensina que,
1. A Palavra de Deus é poderosa.
A versão King James diz: “a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes.” Viva (quick), é claro, é a palavra em Inglês antigo para “living”. Fiquei surpreso ao ler o comentário de John Owen em Hebreus que, mesmo tendo sido escrito em 1600, ele teve que explicar a palavra quick para os seus leitores. Referiu-se à palavra quick (viva) como uma tradução inadequada, porque, segundo ele, “essa palavra significa mais comumente “veloz”, do que “vida”. Então, eu não sei quando a palavra quick deixou de ter o significado de “viva”, mas isto foi aparentemente antes da época de John Owen.
Eu cresci em uma igreja onde costumávamos recitar a versão tradicional do Credo dos Apóstolos, que diz: Cristo “subiu ao céu, e está sentado à mão direita de Deus Pai Todo-Poderoso; donde há de vir para julgar os vivos e os mortos.” E isso faz um perfeito sentido para mim. Imaginei que “os quick” – vivificados – foram aqueles que o fizeram através do caminho da cruz, e “os mortos” foram aqueles que não o fizeram.
Mas, com certeza, quick neste tipo de contexto significa apenas “vivo” ou “vivificante”, e é isso que este texto está dizendo. “A Palavra de Deus é viva.” Esse é o sentido correto. Ela fala de vitalidade, vida, atividade, energia. A Palavra de Deus tem uma força de vida que é diferente de qualquer livro meramente humano. Ela não somente é viva, senão que tem o poder de dar a vida para aqueles que estão espiritualmente mortos. Jesus disse em João 6:63: “As palavras que eu vos disse são espírito e são vida”.
Primeira Pedro 1:23: “[Somos] renascidos, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, que é viva, e que permanece para sempre.” Tiago 1:18: “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade”. Salmo 119:50: “Esta é a minha consolação na minha aflição, porque a tua palavra me vivifica.” “A tua palavra me deu vida.”
Você pode ter todos os grandes livros e toda a grande literatura do mundo combinados, e eles não têm esse poder de dar vida. Nenhum livro muda a vida, como a Palavra de Deus. Ocasionalmente, você pode ouvir uma pessoa dizer: “o livro de auto-ajuda transformou a minha vida”, ou “aquele livro de dieta foi revolucionário”, ou “aquele livro sobre filosofia mudou a forma como eu pensava.” Rick Warren faz uma promessa na introdução de “Vida com Propósito” que o seu livro vai mudar a sua vida.
Mas a vida recebida, a vida transformada pelo poder da Bíblia é algo muito mais profundo do que qualquer outro livro possa legitimamente reivindicar. A Palavra de Deus renova o coração, dando vida espiritual aos que estavam espiritualmente mortos. Ela muda o nosso caráter em um nível essencial, fundamental. Ela transforma nossos desejos e nos impacta num nível moral que nenhuma literatura humana pode alcançar. Ela traz uma espécie de purificação e de renovação e santificação que nenhum outro livro poderia pretender oferecer. Ela ressuscita a alma. Ela tem o mesmo poder criativo no comando de Deus, quando Ele disse: “Que a terra produza criaturas viventes conforme a sua espécie, gado, e répteis e feras conforme a sua espécie: e assim foi.”
A Palavra de Deus é intrinsecamente poderosa. Ela tem um tipo de vida e vitalidade que é diferente de palavras meramente humanas. Provérbios 6:22-23 diz o seguinte sobre a Palavra de Deus: “Quando caminhares, ela te conduzirá, quando te deitares, te guardará; e quando tu acordares, falará contigo. Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz, e as repreensões da disciplina são o caminho da vida.” E uma passagem familiar, 2 Timóteo 3:16-17 diz: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e é proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”
Nenhum outro livro tem esse efeito. Ele nos repreende. Ele nos corrige. Ele nos conforta. Ele nos guia e dá luz para o nosso caminho. Ele prega a nós. Ele restringe o pé do mal. Ele franze a testa para nós quando pecamos. Ele aquece nossos corações com segurança. Ele nos encoraja com suas promessas. Ele estimula a nossa fé. Ele nos edifica. Ele ministra a todas as nossas necessidades. Ele é vivo e dinâmico.
E a vitalidade da Escritura é eterna e permanente. Em João 6:68, Simão Pedro disse a Jesus: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna.” A eternidade da vida divina está perfeitamente incorporada na Palavra de Deus. Mais uma vez, Jesus disse ( Marcos 13:31 ), “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.” Isaías 40:8: “Seca-se a erva, e cai a flor, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre.” Salmo 119:89: “Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus.” Primeira Pedro 1:25: “Mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra do evangelho que é pregado a vós.”
Cada página da Bíblia tem um poder de mudança de vida que é tão fresco como no dia em que foi escrito. Nós não temos que fazê-la viver, é viva e ativa. É sempre relevante, eternamente aplicável, falando com o coração com um poder que é o contrário mesmo da maior das obras humanas. Os pensamentos e opiniões dos homens vêm e vão. Eles caem de moda e desaparecem da memória. Mas a Palavra de Deus permanece “viva e eficaz, e é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes.”
E o que é verdade para o todo é verdade para as partes. Cada parte da Escritura é viva e poderosa. Provérbios 30:5: “Toda a Palavra de Deus é pura.” Jesus disse: “Cada palavra que procede da boca de Deus” dá a vida e sustento. É por isso que Deuteronômio 8:3 diz: “o homem não viverá só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor viverá o homem.”
Eu estou sempre maravilhado com as passagens das Escrituras que têm sido instrumentais para trazer as pessoas para Cristo. Eu já lhes disse antes como cheguei à fé salvadora em Cristo, lendo 1 Coríntios como um sênior na universidade. A passagem que me chamou a Cristo não é aquela que você necessariamente pensaria como um texto evangelístico. Primeira Coríntios 3:18: “Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco, para que ele possa ser sábio.” Mas ela repreendeu o meu pecado e fez com que me voltasse para Cristo.
Já ouvi pessoas dizerem como elas foram despertadas para a vida eterna por versos dos Evangelhos, as epístolas, os salmos, e até mesmo algumas das partes obscuras do Antigo Testamento. Duvido que haja uma página de qualquer lugar nas Escrituras que não tenha, em algum momento ou em algum lugar, sido usada pelo Espírito de Deus para converter uma alma. Nada disso é supérfluo. Segunda Timóteo 3:16 novamente: “Toda a Escritura é. . . proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça.”
Meu amigo Joe Aleppo, que está aqui esta semana, me apresentou a um homem, na Sicília, que veio a Cristo durante uma escassez grave de papel após a Segunda Guerra Mundial por causa de uma única página da Escritura de uma Bíblia que alguém tinha jogado fora. Era quase impossível encontrar papel, por isso os comerciantes usavam jornais velhos e outros papéis de rascunho para embrulhar tudo o que vendiam no mercado. Este homem foi até o mercado de peixe e comprou um peixe. Quando ele o desembrulhou em casa, um dos papéis usados para fazer o pacote era uma página descartada de um Novo Testamento. Ele a leu, e este homem que tinha sido católico romano ao longo da vida e nunca tinha lido um versículo da Bíblia por si mesmo, se tornou um crente. A conversão desse homem foi o início do primeiro movimento protestante significativo na ilha da Sicília.
A Palavra de Deus é poderosa. A palavra grega traduzida como “poderosa” em Hebreus 4:12 é energes, que é a fonte de nossa palavra Inglesa “enegetic” – “energizado.” É traduzida como “ativo” em algumas versões, e isso é uma boa tradução. Isto fala de algo que é dinâmico, operativo e eficaz. O apóstolo Paulo escreveu aos crentes em Tessalônica (1 Tessalonicenses 2:13): “Por isso também damos graças a Deus sem cessar, pois, havendo recebido a palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de homens, mas como ela é, na verdade, a palavra de Deus, a qual também opera em vós os que credes.”
A Palavra de Deus sempre opera eficazmente. Ela sempre cumpre o seu objetivo. Em Isaías 55:11, Deus diz: “Assim será a minha palavra, que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a designei.”
Às vezes o propósito de Deus é a repreensão e correção, às vezes, é instrução e edificação. Às vezes, é bênção, outras vezes, é julgamento. O evangelho é “cheiro de morte para morte” para alguns. E para outros é “aroma de vida para vida”. De qualquer modo a Palavra de Deus é eficaz, produtiva e poderosa. Ela sempre produz o efeito que Deus deseja.
É por isso que os pregadores devem pregar a Palavra, em vez de contar histórias e fazer comédia. É nisto que o poder do ministério reside: na Palavra. Não é na nossa inteligência ou em nossas habilidades de oratória. O poder está na Palavra de Deus. E a nossa tarefa é simples: tudo o que temos a fazer é tornar claro o significado da Bíblia, proclamá-la com precisão e clareza. E o Espírito de Deus usa a Sua Palavra para transformar vidas. O poder está na Palavra, não em qualquer técnica ou programa.
Deixamos a última reunião com este pensamento:
A Escritura é melhor do que qualquer modismo. Pregar a Palavra de Deus é mais eficaz do que qualquer metodologia especializada que as igrejas contemporâneas jamais têm inventado. Eu não me importo que pensem que a pregação está “quebrada”. Se quisermos voltar para a clara e exposição e proclamação da Palavra de Deus, tudo o que está quebrado sobre a pregação contemporânea deveria ser fixado.
A natureza da Palavra de Deus garante isso. E isso é exatamente o que eu quero fazer no tempo que resta nesta sessão. Eu quero pregar a vocês sobre a superioridade e a excelência das Escrituras.
Hebreus 4:12 diz: “A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.”
É um texto rico, cheio de significado, mas deixe-me gastar alguns minutos para tentar isolar o que me parece ser as três qualidades principais da Palavra de Deus que são destacadas neste texto, e vamos considerar cuidadosamente o que elas significam.
Primeiro de tudo, isto nos ensina que,
1. A Palavra de Deus é poderosa.
A versão King James diz: “a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes.” Viva (quick), é claro, é a palavra em Inglês antigo para “living”. Fiquei surpreso ao ler o comentário de John Owen em Hebreus que, mesmo tendo sido escrito em 1600, ele teve que explicar a palavra quick para os seus leitores. Referiu-se à palavra quick (viva) como uma tradução inadequada, porque, segundo ele, “essa palavra significa mais comumente “veloz”, do que “vida”. Então, eu não sei quando a palavra quick deixou de ter o significado de “viva”, mas isto foi aparentemente antes da época de John Owen.
Eu cresci em uma igreja onde costumávamos recitar a versão tradicional do Credo dos Apóstolos, que diz: Cristo “subiu ao céu, e está sentado à mão direita de Deus Pai Todo-Poderoso; donde há de vir para julgar os vivos e os mortos.” E isso faz um perfeito sentido para mim. Imaginei que “os quick” – vivificados – foram aqueles que o fizeram através do caminho da cruz, e “os mortos” foram aqueles que não o fizeram.
Mas, com certeza, quick neste tipo de contexto significa apenas “vivo” ou “vivificante”, e é isso que este texto está dizendo. “A Palavra de Deus é viva.” Esse é o sentido correto. Ela fala de vitalidade, vida, atividade, energia. A Palavra de Deus tem uma força de vida que é diferente de qualquer livro meramente humano. Ela não somente é viva, senão que tem o poder de dar a vida para aqueles que estão espiritualmente mortos. Jesus disse em João 6:63: “As palavras que eu vos disse são espírito e são vida”.
Primeira Pedro 1:23: “[Somos] renascidos, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, que é viva, e que permanece para sempre.” Tiago 1:18: “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade”. Salmo 119:50: “Esta é a minha consolação na minha aflição, porque a tua palavra me vivifica.” “A tua palavra me deu vida.”
Você pode ter todos os grandes livros e toda a grande literatura do mundo combinados, e eles não têm esse poder de dar vida. Nenhum livro muda a vida, como a Palavra de Deus. Ocasionalmente, você pode ouvir uma pessoa dizer: “o livro de auto-ajuda transformou a minha vida”, ou “aquele livro de dieta foi revolucionário”, ou “aquele livro sobre filosofia mudou a forma como eu pensava.” Rick Warren faz uma promessa na introdução de “Vida com Propósito” que o seu livro vai mudar a sua vida.
Mas a vida recebida, a vida transformada pelo poder da Bíblia é algo muito mais profundo do que qualquer outro livro possa legitimamente reivindicar. A Palavra de Deus renova o coração, dando vida espiritual aos que estavam espiritualmente mortos. Ela muda o nosso caráter em um nível essencial, fundamental. Ela transforma nossos desejos e nos impacta num nível moral que nenhuma literatura humana pode alcançar. Ela traz uma espécie de purificação e de renovação e santificação que nenhum outro livro poderia pretender oferecer. Ela ressuscita a alma. Ela tem o mesmo poder criativo no comando de Deus, quando Ele disse: “Que a terra produza criaturas viventes conforme a sua espécie, gado, e répteis e feras conforme a sua espécie: e assim foi.”
A Palavra de Deus é intrinsecamente poderosa. Ela tem um tipo de vida e vitalidade que é diferente de palavras meramente humanas. Provérbios 6:22-23 diz o seguinte sobre a Palavra de Deus: “Quando caminhares, ela te conduzirá, quando te deitares, te guardará; e quando tu acordares, falará contigo. Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz, e as repreensões da disciplina são o caminho da vida.” E uma passagem familiar, 2 Timóteo 3:16-17 diz: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e é proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”
Nenhum outro livro tem esse efeito. Ele nos repreende. Ele nos corrige. Ele nos conforta. Ele nos guia e dá luz para o nosso caminho. Ele prega a nós. Ele restringe o pé do mal. Ele franze a testa para nós quando pecamos. Ele aquece nossos corações com segurança. Ele nos encoraja com suas promessas. Ele estimula a nossa fé. Ele nos edifica. Ele ministra a todas as nossas necessidades. Ele é vivo e dinâmico.
E a vitalidade da Escritura é eterna e permanente. Em João 6:68, Simão Pedro disse a Jesus: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna.” A eternidade da vida divina está perfeitamente incorporada na Palavra de Deus. Mais uma vez, Jesus disse ( Marcos 13:31 ), “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.” Isaías 40:8: “Seca-se a erva, e cai a flor, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre.” Salmo 119:89: “Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus.” Primeira Pedro 1:25: “Mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra do evangelho que é pregado a vós.”
Cada página da Bíblia tem um poder de mudança de vida que é tão fresco como no dia em que foi escrito. Nós não temos que fazê-la viver, é viva e ativa. É sempre relevante, eternamente aplicável, falando com o coração com um poder que é o contrário mesmo da maior das obras humanas. Os pensamentos e opiniões dos homens vêm e vão. Eles caem de moda e desaparecem da memória. Mas a Palavra de Deus permanece “viva e eficaz, e é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes.”
E o que é verdade para o todo é verdade para as partes. Cada parte da Escritura é viva e poderosa. Provérbios 30:5: “Toda a Palavra de Deus é pura.” Jesus disse: “Cada palavra que procede da boca de Deus” dá a vida e sustento. É por isso que Deuteronômio 8:3 diz: “o homem não viverá só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor viverá o homem.”
Eu estou sempre maravilhado com as passagens das Escrituras que têm sido instrumentais para trazer as pessoas para Cristo. Eu já lhes disse antes como cheguei à fé salvadora em Cristo, lendo 1 Coríntios como um sênior na universidade. A passagem que me chamou a Cristo não é aquela que você necessariamente pensaria como um texto evangelístico. Primeira Coríntios 3:18: “Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco, para que ele possa ser sábio.” Mas ela repreendeu o meu pecado e fez com que me voltasse para Cristo.
Já ouvi pessoas dizerem como elas foram despertadas para a vida eterna por versos dos Evangelhos, as epístolas, os salmos, e até mesmo algumas das partes obscuras do Antigo Testamento. Duvido que haja uma página de qualquer lugar nas Escrituras que não tenha, em algum momento ou em algum lugar, sido usada pelo Espírito de Deus para converter uma alma. Nada disso é supérfluo. Segunda Timóteo 3:16 novamente: “Toda a Escritura é. . . proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça.”
Meu amigo Joe Aleppo, que está aqui esta semana, me apresentou a um homem, na Sicília, que veio a Cristo durante uma escassez grave de papel após a Segunda Guerra Mundial por causa de uma única página da Escritura de uma Bíblia que alguém tinha jogado fora. Era quase impossível encontrar papel, por isso os comerciantes usavam jornais velhos e outros papéis de rascunho para embrulhar tudo o que vendiam no mercado. Este homem foi até o mercado de peixe e comprou um peixe. Quando ele o desembrulhou em casa, um dos papéis usados para fazer o pacote era uma página descartada de um Novo Testamento. Ele a leu, e este homem que tinha sido católico romano ao longo da vida e nunca tinha lido um versículo da Bíblia por si mesmo, se tornou um crente. A conversão desse homem foi o início do primeiro movimento protestante significativo na ilha da Sicília.
A Palavra de Deus é poderosa. A palavra grega traduzida como “poderosa” em Hebreus 4:12 é energes, que é a fonte de nossa palavra Inglesa “enegetic” – “energizado.” É traduzida como “ativo” em algumas versões, e isso é uma boa tradução. Isto fala de algo que é dinâmico, operativo e eficaz. O apóstolo Paulo escreveu aos crentes em Tessalônica (1 Tessalonicenses 2:13): “Por isso também damos graças a Deus sem cessar, pois, havendo recebido a palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de homens, mas como ela é, na verdade, a palavra de Deus, a qual também opera em vós os que credes.”
A Palavra de Deus sempre opera eficazmente. Ela sempre cumpre o seu objetivo. Em Isaías 55:11, Deus diz: “Assim será a minha palavra, que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a designei.”
Às vezes o propósito de Deus é a repreensão e correção, às vezes, é instrução e edificação. Às vezes, é bênção, outras vezes, é julgamento. O evangelho é “cheiro de morte para morte” para alguns. E para outros é “aroma de vida para vida”. De qualquer modo a Palavra de Deus é eficaz, produtiva e poderosa. Ela sempre produz o efeito que Deus deseja.
É por isso que os pregadores devem pregar a Palavra, em vez de contar histórias e fazer comédia. É nisto que o poder do ministério reside: na Palavra. Não é na nossa inteligência ou em nossas habilidades de oratória. O poder está na Palavra de Deus. E a nossa tarefa é simples: tudo o que temos a fazer é tornar claro o significado da Bíblia, proclamá-la com precisão e clareza. E o Espírito de Deus usa a Sua Palavra para transformar vidas. O poder está na Palavra, não em qualquer técnica ou programa.
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