Por Sandro Veiga
Desde a criação do homem no Éden, Deus tem estendido a mão aos homens.
Não faltam relatos em toda a Escritura que demonstrem uma devoção divina para manter o homem em segurança, mas toda esta devoção tem como princípio a relação que o Criador queria manter com o ser criado, uma relação de amor e cuidado para que as criaturas vivessem para o seu agrado Nele e reconhecessem esta dependência.
Mas o problema foi que o homem acreditou que toda essa devoção divina era efeito de algo bom apresentado nele, portanto, desde então, a resposta do homem a todas as reivindicações divinas para que este viva para o seu Criador é: “Faça por merecer!”, e assim, o homem acreditou que tinha em si tudo o que precisava para viver, e que uma ajuda de alguém que “possivelmente” possa estar acima dele deve ser, em última análise, uma opção.
A partir disso, toda a devoção divina foi se revelando a homens que, mesmo tendo toda esta presunção em si, tornaram-se alvos de uma graça que lhes era desconhecida. A expressão “achou graça aos olhos do Senhor” repetida no Antigo Testamento é o indício de como Deus preservou sua devoção aos homens.
Enfim, na revelação final, feita através do Filho, Deus não só consumou, mas também, eternizou sua devoção aos homens, pois ao creditá-lo decretou que todos aqueles que Nele cressem só o fariam porque seriam alvos de toda a graça que há em Seus olhos, de maneira que nunca houve algo no ser criado que atraísse Sua devoção.
Assim, se a graça de Deus é a revelação de toda a sua devoção a quem não merece nenhuma dedicação, Deus só pode operá-la a partir de Si mesmo, por isso, esta graça se manifestou primeiramente de Deus para Deus, do Pai para o Filho.
Portanto, todo aquele que, ao ver-se envolvido por esta graça, e não encontrando em si mérito algum para obtê-la, perguntar a Deus: “Porque eu?”, escutará Dele a seguinte resposta: “Por minha causa”.
Encerro este texto descrevendo essa indescritível graça:
Originou-se de um amor inexplicável
Em um Deus totalmente inexprimível
Sua dimensão sempre foi o imensurável
E revelou-se como um favor irresistível
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Alcançou um pecador completamente inexpressível
Mudando sua condição de um modo inexplicável
Pois o livrou de uma condenação absolutamente factível
Para salvá-lo em um decreto eternamente irrevogável
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Curou o que era imedicável
Realizou o que era impossível
A um pecador completamente insaciável
Deu uma vida absolutamente satisfazível
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Por esta graça Deus esta agora acessível
Em Cristo amorosamente relacionável
No Espírito intimamente perceptível
Mas APENAS a fé no EVANGELHO torna esta condição algo inalterável.
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