O que significa ser cristão?
Eu não acredito que estamos vivendo em uma sociedade pós-cristã, se definirmos a palavra “cristã” da maneira que o Novo Testamento o faz. Quando as pessoas me perguntam isso, eu costumo dizer que estamos vivendo, na melhor das hipóteses, em uma sociedade pré-cristã. Por quê? Como assim? Não acho que tenha havido uma “era de ouro”, um “auge” do Cristianismo no passado, em que alguma vez houve uma sociedade cristã nostálgica.
Alguém me disse uma vez: “Só precisamos voltar para onde estávamos antes desta cultura ter se diluído”. Eu disse: “Você parece não saber quando a cultura se desfez; a cultura se dissolveu em algum lugar entre Os rios Tigre e Eufrates, em Gênesis 3. ”Desde essa época, cada geração tem demonstrado evidências claras de sua queda e alienação de maneiras diferentes. Por isso existem diferentes desafios em cada geração, mas eles estão sempre lá.
Contudo, em vez de sermos uma sociedade pós-cristã, na verdade, somos uma sociedade pré-cristã. Houve uma época em que as pessoas tinham uma compreensão básica das verdades bíblicas e alguma conexão com a igreja. Isso trouxe algum benefício, porque, em muitos casos, havia algum tipo de compreensão estável da moralidade. Mas também trouxe muitas desvantagens, pois o cristianismo nominal não pode salvar ou mudar o quadro.
Muitas vezes, o que um cristianismo nominal faz é o pior: deixa as pessoas perdidas e convictas de que estão reconciliadas com Deus. Eu acho que estamos indo além desse tipo de cristianismo. Isso significa falta de coesão no país e em algumas comunidades.
Portanto, isso também significa que temos a oportunidade de pregar o evangelho no mesmo tipo de sociedade em que o evangelho surgiu – que não era uma sociedade cristã nebulosa e feliz. Foi um império romano politeísta, muito decadente. E o evangelho conseguiu se expressar, permanecer e salvar. Eu acho que o mesmo é verdade agora. A mesma história, mas em outra época.
Autor: Russel Moore
Fonte: Crossway
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21
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